POV NARRADORA:

O ambiente estava quieto, a única coisa que presente no lugar eram os fungados de choro.

Thomas e Sarah estavam em um pequeno depósito no qual costumavam ficar para se afastar dos testes do cruel, Sarah estava chorando nos braços de Thomas.

— Eu não aguento mais Tommy... Eu não consigo aguentar.

— Ei, ei, olha pra mim — o mesmo levantou o rosto da loira que estava com a cara em seu peito — Você consegue aguentar tá bom? Eu juro que faria de tudo para tirar essa dor que você está sentindo. Tudo.

A mesma olhou na profundidade dos olhos castanhos do garoto, ele era o único que conseguia acalmá-la em situações como está, a garota havia acabado de passar por uma das torturas do cruel.

— Eu nunca vou deixar nada de mal acontecer com você, eu prometo a você.

A mesma forçou um pequeno sorriso, em seguida, Thomas inclinou a cabeça indo em direção aos lábios da garota.

(...)

POV SARAH:

Acordo em um pulo, olho para os lados, minha respiração está desregulada, percebo que está de manhã, o Sol entra pelas frestas da cabana. De repente, gally acordou e me olhou.

— Amor?

— Tá tudo bem, eu só... Tive um pesadelo. — digo colocando as mãos em minha testa, estou suada.

— Certeza que tá tudo bem? — ele disse se levantando e ficando sentado ao meu lado.

— Eu tô ótima — digo olhando para ele com um sorriso de canto. — Eu te juro.

Logo ele corresponde ao meu sorriso, gally colocou sua mão em meus pescoço e inclinou a cabeça, faço o mesmo gesto e logo o mesmo me beijou, retribui na mesma hora em que seus lábios tocam os meus. Logo depois ele finalizou com dois selinhos, logo depois Gally se levantou e pegou sua camiseta que estava ao lado da cama.

— Queria ficar aqui mais um pouco com você. — digo me levantando e ficando sentada na cama.

— Acredite, eu também queria, — ele dizia enquanto vestia sua blusa — mas infelizmente são as regras, cada um pro seu trabalho depois do café da manhã. Tudo o que eu mais queria é ficar aqui o dia inteiro com você, te abraçando e te enchendo de beijos.

— Ainda faltam vinte minutos para o café da manhã...

Logo, gally se virou, ele está com um sorriso de canto em seu rosto.

— vinte, é? — ele pergunta em um tom de voz diferente. Sua voz estava rouca.

Concordei com a cabeça, o mesmo veio até mim, em seguida, me beijou, o puxei para mais perto e logo ele cai na cama novamente, sinto suas mãos por baixo de minha camisa larga, sua mão está gelada, arrepiou com seu toque, solto um suspiro.

(...)

Depois de um tempo, gally e eu trocamos de roupa e saímos de cabana, fomos até o refeitório, quase todos os clareanos estavam lá, Newt, Chuck e Thomas estavam sentados em uma mesa conversando, Alex estava brincando com o chocalho no colo de Newt.

Logo vou até eles, vou até Newt e pego Alex que está em seu colo.

— Oi, Sarah — Chuck disse com um sorriso simpático.

— Oi, Chuck — digo e em seguida me sento ao seu lado. — E aí como foi a noite com esse pequeno?

— Foi ótima, não deu trabalho nenhum — disse Thomas enquanto comia.

— Isso é porque foi sua noite de sorte. Esse teimoso costuma ficar acordado em dias de fogueira. — Newt respondeu rindo

Rimos daquilo, olho para Thomas, o mesmo está com um sorriso radiante em seu rosto.

— O que foi, Thomas? Vocês está sorrindo mais.

— Coloquei meu nome no muro mais cedo. — ele diz, um pouco envergonhado.

— Meus parabéns, Thomas!

— Agora é oficialmente um clareano. — Newt respondeu levantando seu copo.

— É — ele disse rindo.

Logo ele olhou para mim, encarei ele por alguns segundos. Vários questionamentos rodam minha cabeça naquele momento. De repente sou interrompida por meus pensamentos por Newt.

— Ei, terra chamando pros dois, estão me ouvindo? — Newt dizia rindo enquanto estralava os dedos em frente aos nossos olhos.

Logo todos voltamos a comer, ainda estou confusa sobre meu sonho, não sei muito bem como processar toda a situação.

(...)

Já estava de tarde, todos estavam em seus trabalhos. Eu estava enfermaria ajudando Clint e Jeff a organizar os suprimentos.

— Ah merda!

— O que foi, Jeff? — Clint perguntou

— Estão faltando algumas ervas medicinais no estoque.

— Você quer que eu pegue alguma? — digo me levantando do chão.

— Se não for te incomodar.

— Não, pode deixar.

— As plantas estão no bosque — Jeff disse me entregando o caderninho.

Em seguida, peguei o caderno das ervas medicinais, logo saí da enfermaria e fui para o bosque.

Vou até o bosque e vou até a pequena plantação de ervas que há no centro do local.

Me agacho no chão e logo olho o caderno com anotações de plantas, em seguida pego as ervas que estão faltando.

Depois de um tempo me levanto e me viro para ir embora, começo a andar pelo lugar, de repente vejo o novato.

Ele está agachado vendo uma pequena placa que está pendurada em galhos de árvores empilhados.

— aí — chamo sua atenção

Thomas se assusta e logo vai para trás. Ri de sua situação.

— Que susto, Sarah. — ele disse colocando a mão direita no peito.

— Desculpa, realmente não foi minha intenção. O que veio fazer aqui?

— Newt me mandou vir catar fertilizante. — ele disse mostrando seu balde com a pá

Ri de sua situação.

— Quem é George? — ele perguntou olhando para plaquinha.

— Eu não sei... Nunca o vi, os meninos não costumam falar das pessoas que estão no muro, deve ser um assunto delicado...

logo ele abaixou a cabeça, em seguida, levantou seu olhar olhando diretamente para mim.

— Por que eu sinto que te conheço? Você me é familiar demais para ser algo comum.

— Como uma sensação de déjà vu? Eu também senti isso com você...

— Eu tive um sonho na noite passada, só que não um sonho comum, parecia uma memória, e você tava nele... mas isso é impossível, não é?

— Tecnicamente é impossível... Eu acho...

Logo, o local ficou em silêncio, nos olhamos por tempo, logo Thomas quebrou o silêncio.

— Não é melhor você ir? Seu namorado vai ficar bravo se te ver comigo, e ele não foi muito com a minha cara ontem.

— O gally não vai com a cara de ninguém, — digo rindo — Mas relaxa, deixa que eu me viro com ele.

Thomas sorriu.

— mudando de assunto, vou te mostrar onde tem fertilizante, vem.

— Tá bom

Nos viramos e logo vimos Ben, Ele está um pouco à frente de nós

— Ben, não é? — Thomas perguntou com a voz trêmula, ele havia se assustado novamente — Eu não sei se a gente já... Aí, Tá tudo bem?

Ben nos olhava com um olhar diferente, olho para seus pulsos, suas veias estavam pretas. Ben está Infectado.

— Thomas, corre!

Antes mesmo que pudéssemos correr, Ben é mais rápido e avança sobre nós. Caímos no chão com tudo, Ben fica por cima de nós, nos debatemos para sair, porém não adiantou nada.

— Sai de cima de mim!

— é culpa de vocês, eu vi vocês, vocês fizeram isso, eu vi vocês! — Ben falava em um tom nervoso.

A cada medida que ele falava, Ben nos apertava, sinto dor se espalhando pelo meu pulso, sinto vontade de gritar, logo solto um grito curto não muito alto.

De repente, Thomas pegou uma pedra e tacou na cabeça de Ben, o mesmo nos solta, Thomas vem até mim e em ajuda a levantar.

— Vai, vai, vai!

Logo começamos a correr entre as árvores do bosque, em seguida Ben nos derrubou e rolamos no pequeno morro abaixo, logo nos levantamos e começamos a correr novamente.

— Socorro! — Thomas gritou

— Socorro, Alguém ajuda a gente!

Logo saímos da parte Escura do bosque e chegamos ao centro da clareira onde havia sol.

De repente Ben nos derruba, caio para o lado, vejo Ben por cima de Thomas, fico imóvel, meu corpo travou diante a situação.

— Eu vou matar vocês dois!

Logo Todos os clareanos vieram até nós, Newt pegou a pá e bateu contra a cabeça de Ben, o mesmo caiu no chão.

— segura ele, segura ele!

Logo os clareanos foram até Ben e o seguraram.

— Ben, se acalme!

De repente sou tirada de meu transe ao ouvir o choro de Alex, me levanto rapidamente e procuro o choro, ele está no colo de Clint, Alex está chorando alto, logo corro até eles.

— Da ele aqui!

Digo e logo em seguida pego Alex no colo.

— Calma, Calma, a mamãe tá aqui, a mamãe tá aqui...

Logo, Alex parou de chorar, ele está mais calmo.

— vocês estão bem? — Chuck perguntou, preocupado.

— ele nos atacou! — Thomas respondeu.

Gally me olhou, o mesmo verificou se havia algum vestígio de machucados em mim, sua expressão é preocupante.

— fica calmo! — Gally tentou acalmá-lo, Ben estava se debatendo.

Logo Alby chegou ao local

— levanta a blusa dele! — Alby ordenou.

— não, não!

Logo Newt levantou sua blusa, logo vimos uma marca de picada de verdugo, estava com veias roxas e pretas saltadas, Arregalo os olhos com aquilo.

— ele foi picado! A luz do dia?

— por favor... — Ben dizia implorando por sua vida —me Ajudem por favor! Por favor, por favor...

— levem ele pro amansador.

— Não, não!

— socorristas!

— Não!

— fica tranquilo!

— eles fizeram isso, Foram eles!

Logo os meninos o tiram dali, logo Alby olhou para mim e Thomas.

— Chuck ajuda ele com isso.

— Tá

Chuck pegou algumas faixas e Enfaixou o braço de Thomas. Me sentei em uma das
redes e fiquei observando o amansador.

Logo Alby chegou ao local e se sentou ao
lado de Thomas, o mesmo começou a
fazer perguntas para Alby.

— o que aconteceu com ele?

— Se chama transformação, é o que acontece quando alguém é picado. Escuta, não conseguimos tirar uma palavra Coerente do Ben desde de o ocorrido, nada do que ele diz faz sentido e só vai ficar pior, a infecção tá se espalhando e Ele é perigoso, o que ele disse a vocês?

— Ah.. ele disse que nos viu e que isso tudo era nossa culpa. Como poderia ser nossa culpa?

Alby olhou atentamente para Thomas, ele está pensando em uma resposta para o garoto.

— Descansem um pouco.

Alby se levantou para ir embora, porém logo Thomas o impediu.

— pera ia alby

— que?

— o que vai acontecer com ele?

Alby apenas ficou em silêncio por Alguns segundos e logo falou

— ele não vai ficar mais por aqui. — Ele Falou e logo saiu.

Infelizmente Eu sabia o que aquilo significava, apenas respirei fundo tentando não chorar diante aquela situação.

(...)

O sol já estava se pondo na clareira, Alguns dos clareanos estavam em frente as portas do labirinto, todos estavam com lanças. Ben seria mandado para o labirinto.

Olho para trás e vejo Minho trazendo Ben, o mesmo está amarrado em cordas.

— Só me escutem, por favor me escutem, por favor, Minho! Alby! Sarah faz alguma coisa!

Me controlo para não chorar.

Ben se ajoelhou em frente ao labirinto, Minho corta as cordas que o perdiam, Minho foi pra mais perto do labirinto segurando uma sacola em sua mão.

— por favor... não, não por favor!

Minho olha pra alby, Alby concorda com a cabeça, então minho joga a sacola que estava não mão dentro do labirinto.

— Agora!

Logo, Chuck saiu dali, todos os meninos apontaram suas lanças para Ben, o mesmo
Implorava por sua vida como nunca.

Logo, a corrente de ar se formou e o labirinto começou a se fechar, Os meninos começaram a empurrar Ben para dentro do labirinto, Ben gritava pedindo socorro.

Logo Ben ah estava dentro do labirinto, as portas se fecharam, e os gritos de Ben pararam completamente. Tudo ficou quieto.

— ele pertence ao labirinto agora! — Alby disse firme.

Dentro de alguns segundos saiu dali, a essa altura já estou chorando.

(...)

Já estava de noite, todos ainda estavam tentando processar o que havia acontecido pela tarde. Agora estou em minha cabana, Alex dormiu. Estou olhando meu machucado no pulso, o sangramento havia parado, porém o corte é profundo.

De repente ouço alguém batendo na porta, era gally.

— Pode entrar gally.

Logo ele entrou e fechou a porta, olho para ele, vejo ele olhando para meu machucado.

— Deixa que eu te ajudo com isso.

Logo ele pegou uma faixa e ficou de frente à mim, em seguida, ele começou a passar devagar sobre meu pulso machucado.

— Por que estava no bosque com o novato? — ele perguntou sem olhar para mim. Sua expressão está seria.

— Pra sua informação, eu não estava com ele no bosque, eu fui pegar alguma ervas medicinais para Jeff e Clint. — Digo tudo de uma vez.

— Não me parecia isso — ele disse enquanto guardava a faixa.

— pergunte a Clint e Jeff, pelo menos neles você vai querer acreditar ao invés de acreditar na sua própria namorada!

— Eu acredito em você, Sarah, Você é a única pessoa que eu confio nesse lugar!

— Sério? Porque se acreditasse tanto em mim como tá dizendo, você não precisaria me perguntar isso!

Digo saindo da frente de gally, logo me viro e me sento na cama, apoiei meu braço conta meus joelhos e logo coloco minhas mãos no rosto. Me seguro para não chorar.

— Só por favor não vamos discutir por conta disso, tá? — digo com a voz baixa. — A única coisa que eu não quero é fazer é brigar com você agora...

Logo gally se abaixou em minha frente e tirou minha de meu rosto, logo olho para ele.

— Eu não quero brigar com você, tá bom? Eu não quero... Eu só estou preocupado com você, eu não confio nele.

— Ele acabou de chegar... Se acha que eu vou te trocar por ele, você está muito enganado!

Logo ele ficou em silêncio, abaixei a cabeça, deixo as lágrimas caírem.

— Me perdoa... — ele disse em um tom de voz baixo. — me perdoa, Sarah..

Logo, olho para ele, o mesmo passa a mão sobre meu rosto. Vejo seus olhos acumulando água.

— Eu não consigo ficar brigado com você por muito tempo.

— Acredite, nem eu consigo...

Ignoro tudo e logo, o abraço, gally envolveu seus braços por volta de minha cintura.

— Olha, esquece esse assunto, eu não vou mais tocar no assunto do Thomas, tá bem?

Logo concordei com a cabeça, gally se inclinou e beijou o topo de minha testa.

— Eu te amo... Mais do que tudo.

— Eu também te amo, gally...

Ficamos ali pelo resto da noite, já estávamos bem diante tudo.

(...)

———————————————————

Esse capítulo tá enorme!! Agradeçam isso.

Doeu essa briga deles...

Bom, é isso tchau até o próximo capítulo

Beijos da Autora 😘😘