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𝐟𝐢𝐯𝐞

Horas passaram-se e a garagem – finalmente – estava vazia. A Sunset Curve teve de levar seus equipamentos para o Orpheum, organizar tudo para a passagem de som, deixando Hayley arrumando-se para o show.

A morena levantou-se do sofá, após pentear seus cabelos, e encarou o instrumento à sua frente com o desejo de tocá-lo sem ser vista.

A linda melodia do piano começou à preencher o local – antes silencioso – pela doce menina que viu-se livre, depois de um bom tempo. Cada tecla tocada era revigorante para si.

Sentia-se acolhida naquele lugar, sozinha, só ela e a música. Queria expressar-se e colocar para fora tudo o que estava sentindo.

Desde a falta de apoio e respeito dos seus pais com seus sonhos, seu irmão saindo de casa, seu namoro escondido, o término com Luke e a discussão que teve com Keaton e Mary, levando-a também à ir embora, buscando apoio de sua nova família de músicos adolescentes.

Família.

Ela sentia-se tão melhor agora por ter sido abraçada e aceita pelos meninos. Porém, por conta do triste episódio com o vocalista da banda, ainda era um pouco complicado vê-lo todos os dias, apesar dele ainda ser seu amigo e uma pessoa muito importante para ela.

Mas não quer dizer que sua memória resetaria o ocorrido e tudo ficaria cor de rosa.

Abriu seu caderno, com a capa toda decorada, e decidiu escrever uma música sobre seus atuais pensamentos bagunçados, como uma resposta para Ghost Of You, de Luke. Não precisou demorar tanto pois ela estava – visivelmente – inspirada.

Tentou criar um arranjo apenas com o piano, tocando as primeiras notas e deixando-se levar. Fechou os olhos, sentindo seu corpo absorver a melodia, passando por suas veias, chegando em seus delicados dedos e sendo emitido também pela sua belíssima voz.

"Yelling at the sky
Screaming at the world
Baby, why'd you go away?
I'm still your girl
Holding on too tight
Head up in the clouds
Heaven only knows where you are now
How do I love, how do I love again?
How do I trust, how do I trust again?"

Hayley concentrava-se em expor seus sentimentos, carregando em cem por cento a emoção que aquela música passava. Era uma forma de aliviar todo o peso que vinha sentindo ao longo do tempo.

Lembrar do término não foi a melhor das ideias pois, além de recente, era um assunto delicado. Estava magoada demais para deixar essa questão no passado rapidamente.

Tudo graças ao seu pai.

"I stay up all night
Tell myself I'm alright
Baby, you're just harder to see than most
I put the record on
Wait 'til I hear our song
Every night I'm dancing with your ghost
Every night I'm dancing with your ghost"

Respirando fundo, tentava engolir o nó que formava-se em sua garganta. Era muito difícil ter apenas 16 anos e sofrer por coisas que um adulto cisma em dizer que adolescentes não passam, por serem novos demais. "Inexperientes".

Como a dor da rejeição, falta de apoio e abandono.

"Never got the chance
To say a last goodbye
I gotta move on
But it hurts to try
How do I love, how do I love again?
How do I trust, how do I trust again?"

Jamais passou em sua cabeça que sairia de casa tão nova, antes de concluir o ensino médio, pois Keaton e Mary seriam contra seus ideais e objetivos.

Jamais pensou que seu irmão sairia de casa pela mesma causa sendo que ele merecia muito mais apoio do que realmente tinha.

Reggie sempre foi esse garoto doce e gentil que todos conheciam e a dureza de seus pais foi totalmente injusta com ele.

Ambos estão passando por uma situação tensa e complicada onde não sabem o dia de amanhã, se irão sobreviver ou não no meio de todo esse caos.

"I stay up all night
Tell myself I'm alright
Baby, you're just harder to see than most
I put the record on
Wait 'til I hear our song
Every night I'm dancing with your ghost
How do I love, how do I love again?
How do I trust, how do I trust again?"

Seu coração estava doendo e tudo o que ela queria era desabar. Sentia-se perdida, desnorteada e rejeitada por aqueles que juraram amor quando pequena.

Eles desistiram dela. Desistiram de apoiar sua menina.

Além, claro, do Luke, que optou por seguir as ordens de Keaton. Optou por terminar com ela, alegando não ser o suficiente para Hayley. Apenas porque o homem não era a favor de tal relacionamento.

Não deveria ser ela quem decidiria isso?

Uma lágrima solitária escapou, inevitavelmente. Seus dedos estavam vermelhos com tamanha precisão que ela tocava o instrumento e seu rosto encontrava-se corado, principalmente seu nariz.

Como poderia amar novamente? Como poderia confiar?

"I stay up all night
Tell myself I'm alright
Baby, you're just harder to see than most
I put the record on
Wait 'til I hear our song
Every night I'm dancing with your ghost
Every night I'm dancing with your ghost
Every night I'm dancing with your ghost."

Ao terminar a canção, mais lágrimas caíram, transformando-se em um choro doloroso. Não queria que fosse desse jeito e acabou desabando longe da vista dos meninos.

Alguém faz parar? Diminuir o desconforto que seu coração sentia como se fosse esmagar?

A jovem não queria que os amigos soubessem sobre isso e constantemente jurava para eles que estava bem. Por mais que Reggie, Alex, Luke e Bobby perguntassem, Hayley sempre negaria.

Mal sabia ela que os meninos haviam retornado e estavam atrás da porta da garagem, ouvindo tudo. A sensação de estarem errando em como ajudá-la aumentou e a dúvida do que poderiam fazer para melhorar.

Luke estava desesperado.

Todos sabiam que ele não aguentava ver uma pessoa chorando e tudo o que almejava era fazer algo coerente o mais rápido possível. Ver Hayley triste o deixava triste também.

O coração de Reggie estava despedaçado, machucado. Sua irmãzinha estava muito mal e ele sentia-se incapaz de fazer alguma coisa. Recriminava-se em como era um péssimo irmão.

Alex, por sua vez, estava emocionado. Ele podia sentir o que ela sentia, entendendo perfeitamente, e nada melhor que o próprio baterista para conversar com ela.

Hayley não é apenas uma pessoa, é um sentimento. — Luke comentou, boquiaberto com o talento dela. — Um forte sentimento.

— Minha irmãzinha consegue ser melhor que todos nós juntos. Tinha que ver quando ela cantou Queen no meu aniversário de 10 anos só porque sou fã da banda. — Seu sorriso era orgulhoso, além de cabisbaixo. — O que faremos agora? Estou me sentindo um péssimo irmão por não saber o que fazer. Não quero vê-la assim...

— Deixa que eu converso com ela, Reggie. Eu entendo a dor que Hay está sentindo.

— E você é o mais sensível entre nós três, então é a melhor opção mesmo.

— Nossa. Valeu, Luke. — Alex revirou os olhos. — Vou lá. Fiquem aqui.

Entrou na garagem devagar, preparando-se para conversar com ela, não querendo assustá-la com a abordagem.

A mesma estava com o rosto escondido entre os braços apoiados no piano, não percebendo a movimentação ao seu redor.

Seus soluços não eram tão altos todavia, eram presentes. Alex respirou fundo e sentou-se ao seu lado, a abraçando e permanecendo ali em silêncio.

Ele sabia que ela precisava de um abraço para acalmar-se. Alex era ótimo em entender as pessoas e aconselhar, sendo um excelente ouvinte.

E ele a conhecia bem.

Quando Hayley ficou mais calma, olhou para o melhor amigo, que secou suas lágrimas e sorriu para ela, a reconfortando.

— Sempre soube que você cantava muito bem. Já pensou em substituir o Luke? Seria uma excelente líder. — Ouviu-a rir baixo, notando ter dado certo.

— Eu não canto, só...

Se expressa.

Isso... — Ficou um pouco surpresa com o fato de Alex a entender tão bem.

— Sabe, Hay, eu posso ser bem reservado mas compreendo perfeitamente o que você está passando. Também saí de casa porque meus pais eram contra algo que eu penso e acredito. E não me refiro apenas à banda, você sabe. Depois que me assumi gay, eles mudaram completamente comigo. Foi questão de tempo para sair de casa e eles nem se importarem.

— Alex, não sei o que falar agora mas...

— Você não precisa, Hay. — Sorriu. — Só quero que saiba que, às vezes, não precisamos ouvir algo, apenas ter alguém por perto para nos fazer sentir bem e querido. Um simples abraço já muda tudo. Os meninos me acolheram quando mais precisei e, apesar deles serem péssimos com as palavras... — Ambos riram, concordando. — Me ajudaram de um jeito único, entende? E você, mesmo sabendo que sou gay, nunca me virou as costas. Sempre esteve comigo em qualquer momento e sou eternamente grato por isso. Foi minha melhor amiga no momento mais tenso da minha vida, quando muitos se afastaram. Você estendeu os braços e me abraçou, me ouvindo chorar, desabafar, e fez carinho em meus cabelos até adormecer. E eu faria o mesmo por você, Hay.

— Alex, nunca me afastaria de você. Não sou nem louca! Ser gay não é uma doença e está longe de ser. Eu te amo muito e você é o meu melhor amigo. Eu quem sou grata por nossa amizade e o quanto ela amadureceu ao longo dos anos. — Também sorriu, fungando um pouco. — Só queria me sentir eu novamente, sabe? Digo... Essa situação toda é caótica demais. Parece que estou perdida, sozinha e sem rumo. Ultimamente estou tão confusa e quebrada.

— Você nunca estará sozinha. Estamos aqui para juntar cada caco de vidro que se espalhou pelo chão e consertá-lo pra você, com muito amor e carinho. — Segurou sua mão, acariciando-a. — Volto à repetir: Não está sozinha, Hay. Estamos com você para o que der e vier. Somos uma família e é o que famílias fazem. Lembre-se: você é a nossa estrelinha. Prometo que nunca sairemos do seu lado e, qualquer coisa, pode desabafar com a gente. Principalmente comigo. Eu tenho o dom pra coisa. — Riram com sua brincadeira que tinha um grande fundo de verdade.

— Amo vocês. Muito!

— Também te amamos, Hay. Muito! — Abraçaram-se, ficando alguns minutos ali em silêncio.

— Ah, cara! Também quero um abraço. — Reggie reclamou, um pouco alto demais para Luke. — Eles sabem que adoro abraços quentinhos...

— Cala a boca, idiota. Ela vai nos ouvir!

— Já podem sair de trás da porta, meninos. Não são nenhum pouco discretos. — Riu, vendo-os correrem para dentro. — Alguém já falou que vocês são muito fofoqueiros?

— Alguém já falou que possui uma linda voz? — Luke rebateu, conseguindo deixá-la sem reação.

— Me desculpa por eles, Hay. São tão inconvenientes...

— Alex, dá uma licencinha. Quero abraçar minha irmã agora. — Assim que o loiro saiu, o moreno jogou-se nos braços dela. — Fiquei com saudades de ouvi-la cantar, HayHay. Canta mais? Por favor, por favor, por favorzinho!

— Agora não, Reggie. — Ela estava visivelmente sem graça pelos meninos saberem seu – não tão – segredo.

— Por que nunca disse que cantava?

— Porque eu não canto, Luke. Como eu disse, foi apenas para me expressar.

— Uau! Se isso não era cantar, então não sei tocar guitarra. — Ironizou. — Muito bem por sinal. Você sabe que eu mando ver na guitarra.

— Bobão.

Seu bo... — Notou o que iria dizer e tratou de parar na mesma hora. — Então! Por que não toca novamente pra gente? Essa letra é sua? Pera, você compõem? E eu não sabia disso também? — Tentou pegar o caderno, sendo impedido por ela, que puxou para si na mesma hora.

— Já disse que não canto, Luke. Não sou profissional como vocês e... Enfim. Apenas me garanto na dança. Não canto. Fim de papo! Agora, para de ser chato e sossega.

— Sua voz é perfeita, Hay. Bem que eu desconfiava de que era você quem estava cantando "November Rain" aquele dia. — Alex sorriu, encorajando-a.

— Só eu que nunca havia ouvido ela cantar? Qual é, cara?! — A expressão irritada de Luke era extremamente fofa para a garota. — Você escondeu isso de mim... — Grunhiu, descontente.

— Pois agora você já ouviu. Eu sabia que você ficaria insistindo quando soubesse então não contei. E parem de insistir vocês também, crianças. — Riu dos biquinhos que eles faziam.

— Graças ao meu grande dom de espionagem, eu consegui ouvi-la.

— Porque você não presta, Patterson. — Revirou os olhos, rindo.

E você gosta mesmo assim. — Murmurou. — Sabe de uma coisa? Você deveria cantar hoje, no Orpheum. Isso!

Hayley não conseguiu responder, rindo muito alto por conta do nervosismo. Seus olhos estavam cheios de lágrimas e negava com a cabeça levemente.

Eles a olhavam confusos, calados. Em uma hora, a garota estava triste e chorando, em outra, estava gargalhando de algo que Luke disse como se fosse uma grande piada.

— Qual é a graça? Estou falando sério! Você manda muito bem na música e é capaz de fazer todos sentirem o que quer que sintam. — Luke estava empolgado, ajoelhando-se perto dela. — Deveria fazer com que todos a ouvissem. Merece reconhecimento, Hayley!

— Já disse e vou repetir que não canto, Luke.

Eu posso jurar que a sua voz é a mais bela que já ouvi, Hayley. É como se soubesse o que sentimos e quisesse transmitir na música. Por favor, canta pelo menos pra mim?

Era difícil – senão impossível – resistir à aquele olhar de cachorro que caiu da mudança. Ele sabia como agir com ela assim como ela sabia agir com ele.

Ambos conheciam-se tão bem que eram capazes de escreverem uma biografia sobre um ao outro.

— Tudo bem. — Suspirou. — Irei cantar mais uma música e apenas isso. Podem escolher alguma em meu caderno.

— Legal! — Alex e Reggie comemoraram.

— Foi você quem escreveu essa música? Dancing With Your Ghost? — Leu o nome na página aberta.

— Sim... — Riu de nervoso. — É só um rabisco que fiz minutos atrás.

Wendy, é perfeita. — Analisou a letra, admirado com o quão boa ela era. Olhou para a outra folha, encontrando mais uma composição. — E essa aqui? After...?

— Essa não! — Retirou o caderno de suas mãos novamente, fechando-o e deixando-os levemente assustados. — Ela não. Escolhe outra, menos ela.

— Aquela que estava no início... Not About Angels, pode ser?

Você e sua mania de escolher as mais improváveis... — Resmungou, vendo-o sorrir presunçoso.

Respirou fundo, abrindo o caderno e colocando no local escolhido. Seria a primeira vez que cantaria para outras pessoas, tirando seu irmão que já tinha ouvido-a cantar.

Tinha uma certa timidez em emitir a voz publicamente porque não achava ser tão boa quanto Reggie afirmava que ela era.

Depois que Keaton fez um comentário infeliz sobre Hayley cantar e não ser "bem vista", ela decidiu guardar esse talento consigo.

O que fez Reggie sentir falta das tardes em que cantavam e tocavam juntos.

"We know full well there's just time
So is it wrong to dance this line?
If your heart was full of love
Could you give it up?

'Cause what about, what about angels
They will come, they will go
Make us special
Don't give me up
Don't give me up

How unfair it's just our luck
Found something real
That's out of touch
But if you'd search the whole wide world
Would you dare to let it go?

'Cause what about, what about angels
They will come, they will go
And make us special
Don't give me up
Don't give me up

'Cause what about, what about angels
They will come, they will go
And make us special
It's not about, not about angels
Angels."

Abriu os olhos, encontrando os olhares dos mesmos. Eles a encaravam com sorrisos nos rostos, lágrimas nos olhos e a nítida admiração por ela.

Por Hayley.

Perceberam que a garota tinha muita vocação, habilidade e destreza guardada para si. Precisava – mesmo – ser mostrada à todos o quanto antes.

Com olhares cúmplices, os rapazes sabiam exatamente o que fazer e esperavam que sua resposta fosse positiva à oferta.

E iriam apelar ao máximo para isso da maneira mais baixa possível: olhar pidão.

Hayley, pelo amor de Deus, queremos muito você em nossa banda. Por favor, aceita tocar com a gente hoje?

— Por favorzinho, maninha!

— Aceita, Hay!

— Pensa bem, Hayley. Cantar para todos no Orpheum e lançar sua carreira na música! Você vai estourar nas rádios com a gente! Com a Sunset Curve!

— Eu não canto em público, Luke. Não adianta insistir e fazer essa carinha fofa. Isso só funciona com o Reggie.

É porque eu sou muito fofo, né?

— Você é um filhotinho de golden retriever, irmão. — Apertou a bochecha dele, que sorria meigo.

— Vamos, Hayley! Por favor... Por nós? Pela sua família? Aceita, por favorzinho?

Me contam o que acharam do capítulo e o que querem ver por aqui. E não esqueçam da estrelinha, fantoms! #TellYourFriends

Uma coisa super importante, galerinha: MUITÍSSIMO obrigada pelos 1K na fic. Sério, obrigada mesmo! Amo vocês, fantoms! ❤️

Para quem queria saber, o grande dia no Orpheum está chegando! Preparados?

Uma dúvida rapidinho: o que acharam da interação entre Hayley e Alex? Pretendo continuar e focar na amizade deles também ao longo do livro.

E por último, aqui está a segunda música cantada por Hayley:

[Deveria haver um GIF ou vídeo aqui. Atualize a aplicação agora para ver.]

— xoxo, eve

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