P.O.V Adhara Addams

Acordei vendo Xavier dormindo ao meu lado. Dei um sorriso e passei a mão no seu rosto. Ele apertou minha cintura, me puxando mais para perto dele.

— Xavier? — murmurei baixinho enquanto fazia carinho em seu rosto. — Tenho que voltar para o meu quarto.

— Só 5 minutos — respondeu Xavier, sonolento, enfiando seu rosto na curva do meu pescoço.

— Só 5 minutos — repeti, me ajeitando na cama. Peguei meu celular e vi que eram 5h da manhã. — Ah, dormir uma hora a mais não vai fazer diferença — falei, guardando o celular e voltando a dormir.

(...)

P.O.V Xavier Thorpe

Já fazia uns 5 minutos que eu estava acordado, fazendo carinho no rosto da Adhara enquanto ela dormia. Dei um sorriso bobo olhando para ela. Aos poucos, ela foi abrindo os olhos.

— Bom dia — murmurei.

— Bom dia — respondeu Adhara sonolenta. — São quantas horas? — perguntou, passando a mão no rosto. Seu cabelo estava todo bagunçado, o que a deixava ainda mais linda.

— Não sei — respondi. Nesse momento, escutei alguém batendo na porta. Olhei para Adhara, que rapidamente saiu da cama e se escondeu debaixo dela. A porta se abriu, revelando Ajax.

— Cara — disse Ajax. — São 8h da manhã, tá geral no pátio já. Vamos.

— Eu já vou. Só vou trocar de roupa — respondi sorrindo.

— Posso te esperar aqui — ofereceu ele.

— Não! — disse, sentando na cama. — Quer dizer, eu vou demorar. Vai na frente — saí da cama e fui até ele, colocando as mãos nos ombros dele. — Pode ir.

— Certeza? — questionou Ajax assim que abri a porta para ele.

— Claro. Te vejo logo — falei, empurrando-o para fora do quarto e logo trancando a porta. Virei-me, vendo Adhara saindo debaixo da cama.

— Tenho que voltar para o quarto — disse Adhara, pegando sua roupa e indo em direção ao banheiro.

— Pode ir assim. Depois você me devolve a roupa — falei, me aproximando dela.

— Tem certeza? — perguntou ela.

— Claro — respondi. Ela deu um sorriso tímido, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

— Te vejo na cidade?

— Sim — respondi, vendo ela se aproximar e deixar um beijo na minha bochecha antes de se afastar e ir até a janela.

(...)

P.O.V Adhara Addams

Tomei um banho super rápido e corri para o pátio. De longe vi minha irmã e caminhei até ela.

— Então? O que viu no livro? — perguntei.

— Apareceu? — respondeu Wandinha, cruzando os braços. — Onde estava?

— Por aí — dei de ombros. — Agora me diz, o que estava naquele livro?

— Talvez possamos ser responsáveis pelo fim de Nunca Mais — respondeu Wandinha. — A questão é, o desenho de nós duas é compartilhado com um peregrino. Ainda não sei o motivo disso.

— Todos os alunos devem se apresentar ao serviço voluntário às 10h — ouvimos a voz da Weems e nos viramos para vê-la. — E depois o almoço comunitário será às 13h. Como sabem, este ano o Dia da Interação culmina com um evento muito especial: uma nova estátua será dedicada na praça da cidade e teremos apresentações de alunos de Nunca Mais. Como representantes da escola, confio que vão se comportar e se dedicar às tarefas. — Todos começaram a comemorar. Olhei para Xavier, que sorriu de volta. Os professores começaram a entregar os cartões com nossas obrigações. Antes que eu pudesse abrir o meu, Brett apareceu na minha frente.

— Troca comigo, por favor — pediu Brett. Olhei sem entender. — Vai, por favor.

— Tá bom — concordei e trocamos. Abri o meu e vi que era Cata Ventos. Claro, ele não queria servir as mesas.

— Oba! Eu tirei Peregrinos — Enid disse, aparecendo feliz. — Me dou bem com as pessoas e adoro me apresentar, então a escolha foi óbvia. E vocês?

— Troquei com o Brett, peguei Cata Ventos — respondi e vi minha irmã abrindo o dela.

— Tralhas de Porão — disse Wandinha, sem dar muita importância.

— É uma loja de antiguidades esquisita — respondi, fazendo uma careta junto com Enid. — Você vai adorar.

— Estou torcendo as garras para pegar a mesma tarefa do Ajax — Enid disse, olhando para ele. Nesse momento, a diretora se aproximou querendo falar com Wandinha, e eu e Enid nos afastamos dela.

(...)

— Quero que você fale com Xavier.—Wandinha ordenou assim que descemos do ônibus—Isso é uma ordem! — e me entregou o livro. — E tome isso, depois irei pegar de volta.

— Tá bom — respondi, guardando o livro na minha mochila. Olhei para frente e vi Xavier olhando para uma parede branca. Wandinha já havia saído, então me aproximei dele. — Por que está aí parado olhando para uma parede branca? — perguntei, parando ao seu lado.

— Não estava em branco da última vez — respondeu Xavier sério. Achei estranho, de manhã ele estava todo fofo.

— Eu disse algo errado? Fiz algo mais cedo? Ou por que do nada está chateado porque eu e Wandinha recusamos seu convite?

— Sei lá, eu me arrisquei por você e sua irmã — disse Xavier.

— Por favor! Estávamos bem de manhã e agora tá assim? Ah, vai se ferrar! — digo saindo, mas senti ele segurando minha mão.

— Desculpe — disse Xavier.

— Xavier, tudo bem. Olha, tenho coisas importantes para fazer.

— Tipo o quê? — perguntou ele, levantando uma sobrancelha.

— Achar o monstro que matou o Rowan.

— Pela última vez, amor. Rowan foi expulso — disse Xavier, descruzando os braços. — Todo mundo viu.

— Então, baby, falou com ele depois?

— Mandei mensagem, mas ele não respondeu. Ele não deve querer mais saber de Nunca Mais.

— Ou ele tá morto.

— Olha, até te entendo, mas a Wandinha se importa? Ela nem conhece ele — disse Xavier, saindo andando. Fui atrás dele.

— Não sei por que você não se importa. Olha, pode ignorar ou inventar mil desculpas, mas ninguém vai parar a Wandinha — falei, pegando o livro da minha mochila e logo abrindo.

— Ótimo. Pode acrescentar "ladra" ao seu currículo — disse Xavier rindo e parando de andar. Olhei para ele com a cara fechada. — Parece sua irmã. Qual é o interesse por um velho diário do Beladona? — apenas virei e mostrei para ele.

— Já viu isso antes, não foi? — perguntei.

— Já. Alguns dias antes do Festival da Colheita. Estava na mesa do Rowan — respondeu Xavier.

— E não me disse! — fechei o livro e bati no braço dele.

— Ai. Foi mal! Achei que ele tivesse roubado depois de ser expulso do clube. Aí o confrontei e ele surtou. — me aproximei dele e toquei em sua cabeça, vendo a discussão deles. Afastei-me devagar.

— Ele jogou você contra a parede — murmurei, abaixando a mão.

— Nossa. Como você...? — Xavier me olhou surpreso. — Cada dia você está evoluindo. Olha, é estranho você e sua irmã estarem aí. Este diário tem uns 30 anos. Por que o Crackstone está aí no desenho com vocês?

— Pera aí? Quem, mesmo? — perguntei novamente.

— Adhara, é o Joseph Crackstone. Ele é o fundador da cidade — respondeu Xavier. — É um cara importante. Veja só. — Me virei e vi dois homens colocando um cartaz com a foto de Joseph Crackstone. — Esse é ele.

— Te vejo por aí — digo, guardando o livro. Dei um beijo na bochecha dele e saí correndo.

(...)

Encontrei Wandinha e contei tudo o que descobri. Ela me ouviu atentamente, com aquela expressão séria de sempre.

— Então, Xavier disse que o diário estava com Rowan antes do Festival da Colheita — comecei. — E que o confronto entre eles foi por causa disso. Ele até mencionou que Rowan surtou quando foi confrontado.

— Interessante.—Wandinha franziu o cenho—Isso confirma minhas suspeitas sobre Rowan. Vou terminar de investigar isso. Preciso trocar com Enid, pois tenho que ir ao Peregrinos.

— Certo. Vou para o Cata Ventos então. Boa sorte — respondi.

Mais um capítulo amores espero que gostem e me desculpem se tiver erros de português amores ❤️ 🥰 ❤️ 🥰

Então, vcs sabem que Adhara é bruxa e geralmente bruxas tem visões, Adhara começou a ter após a chegada da Wandinha, e além disso ela só tem as msm da irmã quando toca nela. As outras visões são diferentes, pode ser quando ela toca em alguém ou a visão vem do nada.

O que acharam desse capítulo???

Até o próximo capítulo amores 🥰 🥰 🥰

Irei tentar postar outro capítulo as 21:30 meu celular travou então tenho que arrumar ele.

Aliás tenho uma fic do Chuck que tenho arqueiva a anos.Pensei em posta um dia. O que acham?