[💌] 𝒃𝒓𝒂𝒕 ✧ ཻུ۪۪⸙͎ ፧ ࿐
NO OUTRO DIA, ZAYN ESTAVA acordado no meio da manhã, ansiando animadamente para sair de casa e ver as pessoas.
— Você tem certeza de que quer ir? — Trisha o questionou preocupada, arrumando o suéter amarelo com Lhamas em sua estampa e acariciando a franja ondulada do mais novo.
— Sim, mamãe, está tudo bem com o Zee, não se preocupe, eu voltar logo! — Zayn disse com um sorriso reconfortante no rosto.
— Tudo bem, mas tenha cuidado, raio de sol. — A mulher sorriu de volta e regressou a sentar-se.
Zayn se olhou uma última vez no espelho e saiu de casa abraçado a seu ursinho. Fazia frio naquela manhã, talvez chovesse, Zayn amava chuva. O garoto fez o caminho até a delicatéssen e formou um leve bico em seus lábios ao não encontrar Liam em lugar algum, mas por quê? Ele não quer ver o castanho, não mesmo, o atendente foi tão grosso com ele e Malik nem ao menos sabe o porquê. Mas, bem, se ele não queria vê-lo, por que estava lhe procurando?
O moreno pegou tudo que sua mãe pediu e saiu assim que recebeu seu troco, ele foi embora muito feliz, ninguém o xingou ou foi rude com o mesmo, além disso ele fez um novo amigo, Geoff, o senhor de meia idade parecia ser um ótimo amigo. Ele era o fundador da delicatéssen.
O garoto entrou em casa com um grande sorriso, caminhou até a cozinha e colocou as sacolas na mesa.
Trisha que já terminara de comer, levantou-se e pegou o troco em cima da mesa e deixou um beijo no topo da cabeça do filho.
— Eu vou guardar as compras, querido, se precisar de algo me chame. — Ela virou-se para sair, porém voltou atrás e o encarou. — Você pode lavar a louça? Menos as facas, não encoste nas facas.
— Tudo bem, mamãe, Zee não vai, não se preocupe. — O moreno disse sorrindo para a mãe que concordou e saiu com as sacolas de compras da cozinha.
Zayn colocou Teddy na cadeira ao seu lado e se sentou, os doces a sua frente pareciam irresistíveis.
— Mamãe não vai brigar. — Ele sussurrou para si mesmo e pegou o cupcake colorido, ele era tão delicado quanto Zayn. O garoto tirou o pequeno papel e tirou um pedaço do bolinho com seus pequenos dedos.
As horas passaram tão devagar para Zayn, ele estava animado para voltar até a padaria mesmo sua mãe não deixando, com certeza o garoto iria dar um jeito, ele queria ver Liam de novo. Ele queria? Sim, sim, ele queria.
O menor subiu em silêncio para o quarto assim que sua mãe entrou no banheiro, ele seria rápido e ela não ia desconfiar que ele tinha saído. Zayn vestiu uma calça muito apertada na verdade, e um moletom rosa com gatinhos pretos e brancos que ficava enorme em sua silhueta.
O chuveiro ainda estava ligado quando o garoto saiu de casa, se ele fosse rápido sua mãe não ia descobrir, ele não ia ficar de castigo novamente.
Zayn sentiu o olhar das pessoas em si assim que entrou na padaria, tudo bem, as pessoas não estavam acostumadas a ver um homem de vinte anos usando uma chupeta rosa da Minnie.
Ele se sentia envergonhado a essa hora, o garotinho caminhou devagar pelo local procurando pela sessão de biscoitos e finalmente achou. Só tinha um problema, Zayn não alcançava. Depois de diversas tentativas com Liam olhando para ele e se divertindo, Malik desistiu e resolveu tentar pedir ajuda ao outro.
Inicialmente, Liam ignorou o garoto nos primeiros minutos, controlando-se para não gritar ao ouvir o miúdo repetir seu nome diversas vezes. O castanho pegou o pacote de bolacha e colocou nas mãos do mais novo, repuxando seus lábios em um sorriso leve quando sentiu as mãos pequeninas e quentinhas roçarem nas suas. O que? Não, ele não estava pensando nisso. Seus pensamentos foram interrompidos assim que sentiu o outro afastar suas mãos.
— Obrigado! — Ele ouviu Zayn dizer sem olhar seus olhos, Liam soltou um baixo riso, fazendo o menor levantar sua cabeça rapidamente, encontrando um sorriso suave no rosto sempre carrancudo do mais velho.
— Tudo bem, algo mais? — Liam falou grave e baixo, mas ele não estava olhando para o moreno, na verdade, seus olhos estavam no computador, batendo o biscoito e dois cupcakes pois de certa maneira peculiar, o castanho sabia o que ele iria pedir. E ele quis bater em alguma coisa por isso.
— Sim, e-eu quero mais dois Cupcak– — O moreno interrompeu sua fala ao ver seu novo amigo.
— Zayn, como está, filho? — Geoff sorriu para o garoto. — Vai descansar, Liam.
— Bem. — O menino respondeu sorrindo timidamente, observando o tatuado parado no mesmo lugar, seus grandes olhos brilhantes focados na figura gigantesca em sua direção.
Payne negou com a cabeça, abrindo a estufa para dizer:
— Estou terminando o pedido do pirralho. — Seu pai o lançou um olhar surpreso, encarando Zayn e seus olhos cintilantes para seu filho no instante seguinte. Suas sobrancelhas se ergueram, surpreso e confuso. — Que Cupcakes, vamos! — Exigiu o maior olhando para o moreno pelo vidro através da estufa, assustando-o e fazendo seus olhos se arregalarem, apontando rapidamente para um Cupcake de cobertura rosa e outro de cobertura amarela.
O castanho pegou uma caixa e colocou os doces, pondo-os dentro de uma sacola e a entregando para o menor, efetuando o pagamento e finalizando a compra. Zayn parecia hipnotizado, seus olhos dourados focados somente no homem enorme se movendo, até que ele saiu para seu descanso, não dizendo nada para o moreno e dando dois tapinhas amigáveis no ombro de seu pai.
— T-tchau, Liam! — Malik disse rápido quando o viu saindo para a traseira do café, porém tudo que recebeu como resposta foi um aceno rápido de costas sem sequer virar para olhá-lo.
— Não fique magoado com Liam, querido, ele é rude assim mesmo. — Geoff disse sorrindo um pouco e se debruçou brevemente no balcão para falar algo apenas para Zayn ouvir. — Mas, eu acho que ele não desgosta tanto de você como das outras pessoas.
O mais novo concordou com a cabeça, sorrindo largamente enquanto dizia:
— Zee também gosta dele. — Resolveu sozinho, observando a porta por onde o maior tinha saído, meio esperançoso em vê-lo voltar por ela, mas não aconteceu de fato.
Quando o castanho voltou, revirou os olhos ao ver seu pai abraçando o pequeno que sorria e logo saia do estabelecimento, fazendo o sino em cima da porta soar seu som agudo e irritante. Então, ele resolveu ir para o escritório, esperando seu sermão.
O problema era que seu pai não era exatamente um homem carinhoso com ele — pelo menos, não desde que ele tinha ido para a cadeia —, e Liam o compreendia. A coisa era que Geoff nunca soube o motivo de ele ter feito o que fez e, não importou quantas vezes ele o confrontou sobre o assunto, Payne nunca o contou, mas, o motivo tinha sido àquilo a aliviar sua sentença e mesmo que todos os amigos e conhecidos da família o tratassem com repugnância, ele jamais se arrependeria do que fez porque foi por um bem maior, por alguém que não merecia morrer sem justiça. Quando foi perguntado por seus familiares sobre o motivo, sua única resposta sempre foi a mesma, rica e fria, recitada milhões de vezes na história por milhares de bocas desconhecidas:
— Olho por olho, dente por dente.
Com isso, todos ficavam em silêncio, assombrados com o jeito como as palavras se desgarravam de sua boca facilmente. A única a olhá-lo com um olhar suave e acolhedor sempre fora sua mãe, pois ela, diferentemente de todos os outros, sabia o motivo para ele tirar a vida de um homem. Ela sabia sobre tudo que a seu único filho homem dizia respeito e, de maneira louca, ela nunca deixou que alguém o difamasse diante de sua presença porque para ela sim sabia sobre os atos de seu menino favorito e, mesmo que não devesse e soubesse, ela se orgulhava dele por fazer o que ninguém teve a coragem insana de fazer.
Depois de longos minutos, enfim seu pai voltou para o escritório.
O homem se sentou à sua frente com um olhar duro em sua direção, entediando o castanho ligeiramente ao que, inevitavelmente, ele começou a falar de Zayn.
— Liam, ele é como uma criança grande — Geoff explicou, olhando fixamente para seu primogênito. — Você não deve magoar uma criança, deve? — Payne arqueou uma sobrancelha com uma cicatriz pequena onde já não jaziam mais pêlos, parecendo analisar a pergunta.
— Eu estava estressado, ele começou com aquela coisa de “olha meu ursinho” e eu quis deixá-lo em silêncio por um momento, eu não conseguia pensar. — Exprimiu evasivo, revirando seus olhos. — E além do mais, eu não gosto de crianças.
Geoff o observou e Liam soube pelo modo como ele lhe olhava que ele diria o que o castanho não queria ouvir.
— Você não gostava da Indie? Ou não gosta da Lisa?
Liam grunhiu com as feições endurecidas, levantando-se e saindo do espaço pequeno, sentindo-se sufocado quando saiu para o lado de fora, precisando pegar um cigarro e acendê-lo antes que explodisse.
A verdade para o castanho era que Zayn lhe lembrava desesperadamente Indie e ele ainda não sabia se queria odiar o garoto por foder com sua mente ou amá-lo por fazer seu coração partido bater e se aquecer outra vez. Payne não queria que aquele coração batesse outra vez por alguém nunca mais, porém às vezes o destino gostava de se divertir às custas de pessoas como ele.
Liam tinha lavado e enxaguado o sangue embora, queimado as roupas e enterrado a arma. Assistiu ela ser enterrada e ele também. Olhou para a lápide longamente e se entregou à polícia por livre arbítrio, pagou o seu preço, ele foi um bom homem apesar de tudo, mas parecia que alguém ainda não estava satisfeito com todos os seus feitos. Alguém queria vê-lo pagar outra vez.
__________________
esse capítulo é sempre um estalo no coração, socorro 🌴
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro