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𝘁𝘄𝗲𝗻𝘁𝘆-𝘁𝘄𝗼 : 𝗍𝗁𝖾 𝖼𝗁𝖺𝗄𝗋𝖺

VINTE E DOIS : O CHAKRA

Ren havia visto os ninjas da folha passarem por ali há dois meses atrás, e desde então não voltaram.

Ele descamava o peixe sobre a mesa de madeira do lado de fora de sua casa, a única casa que restou do vilarejo evacuado. Desde que a caverna de Enten se abriu, os moradores da pequena vila de Ren começaram a ter sonhos e visões sobre o futuro, o garoto de quinze anos sabia que era por conta do poderoso chakra de Enten Ōtsutsuki -o mesmo homem que sua irmã mais velha, Maeve, seguia como um deus.

O Hoshida suspirou, suas mãos de pele negra e dourada fatiando a carne avermelhada do peixe, separando as nadadeiras, calda e cabeça do peixe em um cesto com restos, colocando o que sobrou de comestível do peixe em um segundo cesto repleto deles. Desde um tempo atrás não existiu mais mercado em seu vilarejo, isso porque todos os aldeões se mudaram dali devido aos sonhos e visões estranhas graças ao chakra de Enten.

Ren sabia que era questão de tempo até que que os ninjas da folha fossem investigar o local, foi o que aconteceu a dois meses atrás. Quando o time de ninjas apareceu no pequeno vilarejo há meses, adentrando na caverna e, desde então, nunca mais apareceram de novo; eles provavelmente não sabem quem, lá dentro, o tempo não passa.

Não que Ren pensasse que eles tivessem mortos, não, não é isso, é só que era improvável que eles voltassem de lá de dentro -quer dizer, todos que entraram nunca mais voltaram. Ren se lembrou dos seus estudos sobre a relatividade geral, e de como o chakra de Enten era capaz de dobrar o espaço tempo feito um papel frágil.

Ele nunca teve a oportunidade de conhecer Enten, mas sabia do quanto sua irmã era obcecada por ele; o Hoshida se lembrou de Maeve, e de como ela foi a única pessoa que foi capaz de entrar e sair da caverna, mesmo que ela voltasse após dois anos lá dentro -quer dizer, dois anos para as pessoas do lado de fora. Maeve experimentou coisas únicas, viu o futuro e a linha do tempo feito uma teia de aranha, venerável e frágil igual á uma.

Provavelmente, as coisas que Maeve vivenciou dentro da caverna foi o que a fez mudar. Ren mentalizou a imagem da irmã mais velha, se perguntando como ela estava agora, ou o que estava fazendo no momento; recordou de como sua partida foi dolorosa para ele, decidindo se juntar a Kara para desvendar os segredos de Enten e o espaço tempo.

O Hoshida suspirou, seus olhos azuis e cristalinos parando na mulher não muito distante de sua figura, que ia se aproximando pela vegetação alta e mal cuidada dali. Uma jounin da Folha, seus cabelos eram curtos e negros, utilizando um tapa olho preto e a típica roupa ninja esverdeada.

Ume caminhou alguns passos até chegar no desconhecido de vestes claras, que deixou de limpar o peixe para prestar atenção em sua figura. A Kasugai se lembrou de que o caminho até aqui foi estranhamente silencioso, que até poucos instantes atrás a vila estava povoada, e agora restará apenas um único garoto adolescente.

Recordou-se de ter deixado seus alunos próximo do rio que corria ao redor da vila, de água não tão fundas e calmas. Eizen provavelmente dedicaria seu tempo a desvendar os manuscritos da caverna, Hanami o auxiliaria com isso, enquanto Kuwon apenas gastaria o tempo com algo banal.

Ren se recordou daquela Kunoichi, foi uma das que viera de Konoha. Ele notou que ela não estava dois meses mais velha, e que provavelmente não percebeu os sintomas da viagem no tempo. Agora, a consciência de todo o time seis era dois meses mais velha.

Isso era sutil, mas ainda sim perigoso.

Por exemplo, a consciência de Maeve Hoshida era dois anos mais velha devido ao tempo que passou na caverna -é claro, para Maeve o tempo passou de forma diferente, para ela provavelmente foram apenas alguns meses ou dias. Não se sabe ao certo sobre a dilatação temporal que há lá, isso porque ninguém sobreviveu para contar a história...

ᅳ Me surpreendeu que tenha voltado com vida. ᅳ Ren soprou numa risada muda pelo nariz ao voltar a sua atenção aos peixes. Ume juntou as sobrancelhas ao observa-lo apanhar outro peixe nas mãos.

ᅳ O vilarejo... Onde estão todos? ᅳ A mulher questionou, colocava a mão no fogo ao afirmar que aquela vila estava povoada até momentos atrás. Seu olho azulado correu por todo o local abandonado, observando a pequena residência de Ren atrás dele.

Ren a olhou por uns instantes, ainda inquieto com o fato dela ter voltado com vida.

ᅳ Fugiram. ᅳ Respondeu o garoto, seus fios brancos se baguncaram quando ele acenou com a cabeça para as casas abandonadas e mal cuidadas. ᅳ Nem todos aguentam ver as desgraças que o futuro aguarda... ᅳ O barulho da faca cortando as barbatanas do peixe chegou nos ouvidos de Ume.

Ela juntou as sobrancelhas novamente.

ᅳ Mas... Em tão pouco tempo? Há algumas horas atrás essa vila estava cheia. ᅳ A Kasugai alegou num tom confuso. Ren riu pelo nariz de novo.

Suas orbes azuis e estreitas pararam na kunoichi de novo, tombando a cabeça para o lado ao parar o que estava fazendo.

ᅳ Você tem noção de quanto tempo se passou? ᅳ Ren perguntou, arrancando um suspiro confuso de Ume ao encara-lo. A Kasugai se recordou das gotas d'água parando do ar de repente, se questionando se era mesmo possível que o tempo tenha parado por alguns instantes. ᅳ Se passaram dois meses desde que vocês vieram pra cá. ᅳ No mesmo instante, os olhos de Ume se arregalaram.

ᅳ Dois... Meses? ᅳ Ume perguntou, de voz trêmula.

O tempo não necessariamente parou, apenas passou de forma diferente dentro da caverna.

Normalmente quem entra na caverna não volta. ᅳ O rapaz respondeu, sua mão magra voltando a limpar o peixe de água doce. Ele provavelmente comeria ele no jantar. ᅳ É por causa do chakra daquele cara... Enten. O chakra dele, de alguma forma, se fundiu com a caverna e criou uma zona temporal, é por isso que para vocês o tempo correu diferente.

Faz sentido, concluiu a mais velha, sentindo a gota de suor escorrer pela testa. A Kasugai se perguntou se Konoha ainda estava esperando por eles.

ᅳ Como sabe de tudo isso? ᅳ Ume perguntou, dividindo a atenção entre Hoshida e o peixe morto.

Ele riu breve, um tanto tímido.

ᅳ Sabe, eu gosto bastante de física! ᅳ Riu, de bochechas avermelhadas ao tombar a cabeça um tanto para o lado; Ren se sentia um verdadeiro nerd bobão. Mas então, o sorriso simpático se desmanchou em uma face triste, deixando o peixe de lado por uns instantes. ᅳ E também... Todos que entraram lá não voltaram mais...

Ume se perguntou quantas pessoas Ren perdeu para se tornar tão bom naquilo. Se recordou de não ter visto nenhum cadaver ou ossos na caverna -provavelmente a ação do tempo se torna desconexa para qualquer coisa lá.

A orbe da kunoichi deixou de encarar Ren, pairando sobre as ruas repletas de mato, as casas empoeiradas e a vegetação alta. Se perguntou como aquele garoto se manteve vivo sozinho, ou o porque de estar sozinha.

ᅳ Porque ficou? Porque não foi embora com eles? ᅳ A Kasugai questionou, escutando o barulho da faca sobre a tábua de madeira.

ᅳ Meus pais entraram na caverna há muito tempo atrás. ᅳ Respondeu, atento ao peixe. ᅳ Acho que ainda tenho esperanças de que um dia eles saiam.

Não, eles não iriam sair. Porque estavam mortos. Ren sabia, ele sabia muito bem, no entanto, algo em seu coração não queria aceitar aquilo. O coração é enganoso.

Ren a encarou por uns instantes, percebendo que ela possuía muitas perguntas.

A casa de Ren era simples, pequena mas arrumada.

Desde que Ume encontrou o último habitante daquele pequeno vilarejo todas as respostas pareciam vir a tona. Agora, dentro da pequena residência do Hoshida o time seis esperava pelo delicioso ensopado de peixe que Ren prometeu que ficaria pronto em alguns instantes.

Hanami sentou-se sobre uma das cadeiras da cozinha, observando o pequeno porta-retrato sobre uma cômoda abaixo da janela, provavelmente se tratando da família de Ren; Ume sabia que, naquela fotografia, se tratavam de Maeve, Ren e seus pais. Não parecia ter sido tirada há muito tempo.

Kuwon se debruçou-se sobre uma das janelas, seu cabelo branco, curto e liso se bagunçou com a brisa quente do local. Ele sentia um leve incômodo em seus olhos, e pensou se aquilo não seria graças a forte presença e poder do chkra de Enten na caverna; escolheu não contar pra Eizen por motivos óbvios.

O Kamato, por outro lado, desistiu de tentar compreender os desenhos e escrituras da caverna, agora andava de um lado ao outro pela pequena cozinha da Ren, ao mesmo tempo em que sentia o delicioso cheiro do caldo que o rapaz fizera. Desde que Ume chamou ele e seus colegas para a casa de Ren, Eizen esteve pensando e muitas coisas.

A mente do garoto do meio parecia um turbilhão, isso porque muitas perguntas -algumas com respostas, outras sem qualquer resquício delas- vinham a sua mente lhe atazanar, como se não bastasse os problemas com Boruto e Hanami graças ao karma e a Yori. Ambos que, por mais que Eizen tentasse compreende-los, ainda sim era uma grande incógnita.

Ume suspirou, seus braços cruzados ajeitaram o cabelo negro por de trás da orelhas de forma ligeira, fitando o kanji estampado do manto branco nas costas de Ren. "Controlar", era o que estava escrito, provavelmente Eizen foi o primeiro a pensar sobre o que aquilo pudesse significar.

ᅳ Você mencionou que as pessoas que entram na caverna não voltam mais. ᅳ Ume começou, rodopiando sobre o próprio eixo com sua bota grande e preta, observando todos os seus alunos atentos -exceto por Kuwon, que parecia mais interessado nas flores do lado de fora da casa de Ren.

ᅳ Ah, sim! ᅳ O do pele negra concordou, dando uma breve olhada para a mulher através de seus ombros magros. Alcançou a concha -talher- próxima de alguns temperos na bancada, segurando uma de suas tigelas. ᅳ É por causa do chakra de Enten, dizem que as pessoas perdem a noção do tempo lá dentro e ficam desnorteadas. ᅳ Explicou, enchendo uma das tigelas com o caldo e o peixe.

ᅳ Enten... ᅳ Hanami suspirou, em sua mente a imagem de Enten Ōtsutsuki estampada. Um calafrio correu por seu corpo.

Eizen se recordou de quando Rikura contou sobre Enten, de como ele era capaz de manipular o espaço tempo parecendo fazer fácil. Ele questionou se por terem matado o Tokigami isso teria quebrado a zona temporal -no caso, atemporal.

ᅳ Como vocês saíram de lá? O que tem lá dentro? ᅳ Ren questionou, seus passos foram calmos até a garotinha sentada na mesa, deixando de forma delicada a tigelas com o ensopado cheiroso e talheres. Hanami agradeceu num sorriso.

Eizen encarou Ume, que fizera o mesmo ao lançar um olhar preocupado. Ambos não sabiam se era uma boa ideia contar sobre Rikura.

ᅳ Ah... Derrotamos um monstro enorme lá dentro, parecia que o chakra dele destorcia o tempo. ᅳ Revelou o Kamato incerto, pousando ambas as mãos no bolso de sua calça azulada e larga, observando Ren. ᅳ É provável que aquele monstro tenha devorado as pessoas que entraram lá.

O do cabelo branco e longo pousou a mão no queixo, resmungando algo sobre antes de voltar a atenção em servir seus convidados. Ren suspirou, pensando que pessoas morreram esquecidas lá dentro, isso também significava que seus pais estavam igualmente mortos.

ᅳ Isso faz sentido... Eu achava que era o chakra de Enten que enlouquecia as pessoas. ᅳ Soprou Ren, levando uma tigela até Ume.

ᅳ O chakra? ᅳ Eizen questionou. Observando o Hoshida de costas encher mais uma tigela.

ᅳ Isso. Há muito tempo atrás Maeve, minha irmã mais velha, entrou na caverna e passou dois anos lá dentro só que... quando voltou não era mais ela mesma. ᅳ Ren começou, uma expressão triste tomando conta de seu rosto bonito. Ele se lembrou de quando reencontrou Maeve dois anos depois, ela não pareceu ter envelhecido, mas estava acabada. ᅳ Ela enlouqueceu, falando coisas sobre Enten ser seu deus supremo. Maeve ficou obcecada pela eternidade e a imortalidade, e aí Code apareceu...

Code! Pensou Kuwon, pela primeira vez desde que entraram na casa de Ren ele parou seus olhos cobertos no rapaz, que entregava a tigela para Eizen.

ᅳ Code prometeu a Maeve que Enten e os Ōtsutsukis venceriam, e que a glória os alcançaria hora ou outra... ᅳ As mãos do rapaz pousaram em uma das cadeiras, num suspiro entristecido. Ele deu as costas, alcançando uma quarta tigela para Kuwon, que agora parecia interessado na conversa. ᅳ Minha irmã se juntou a Kara sem muito esforço de Code, ele parecia bem interessado no que Maeve vivenciou na caverna.

Kuwon se aproximou do grupo, recebendo a tigela e os talheres, não tardando de levar o ensopado até a boca.

ᅳ Acha que isso têm algo a ver com o chakra de Enten? ᅳ Eizen questionou, de boca cheia, levando os olhos azuis de Ren para si.

ᅳ Com certeza. ᅳ Concluiu, apoiado em uma das cadeiras. ᅳ Maeve estava mais forte quando saiu da caverna, parecia que o chakra de Enten havia se fundido com o dela. ᅳ Acredito que isso possa acontecer com vocês também...

Hanami resmungou, levando uma colherada até a boca. O olho de Ume encarou Ren por uns instantes, voltando a atenção ao ensopado.

ᅳ É difícil dizer, mas acho que dois meses é suficiente para que o chakra de Enten se funda com o de vocês... ᅳ O Hoshida começou, dividindo a atenção entre os membros do time seis, que estavam saboreando o ensopado delicioso, antes de parar fixamente em Hanami. ᅳ Exceto ela.

Hanami gelou, sabia que era por conta de Yori. Kuwon achou que seria uma boa hora para intervir, não tinha conhecimento se Ren era confiável para contar sobre Yori -visto que sua irmã fazia parte da Kara e, além disso, Kuwon era naturalmente desconfiado. O Uchiha pousou a mão no encostou da cadeira da amiga, colocando a tigela vazia sobre a mesa ao trazer a atenção de Ren para si mesmo de forma brusca -não só de Ren, mas do time seis.

ᅳ O que vai acontecer com a gente? Quais os efeitos colaterais do chakra de Enten? ᅳ Perguntou o garoto pálido, tombando a cabeça para o lado. Ren suspirou, notando sua desconfiança nítida.

ᅳ É difícil dizer porque normalmente as pessoas não voltam da caverna. ᅳ Alegou o outro, do outro lado da mesa ao responder o garoto desconfiado. ᅳ Se fosse pra ter um palpite, eu diria que esse chakra os daria habilidades especiais relacionadas ao espaço tempo... É claro, se o seu corpo se adaptar ao chakra de Enten.

Eizen levantou uma das sobrancelhas, deixando a tigela vazia de lado.

ᅳ O que quer dizer com isso? ᅳ Hanami perguntou, com a tigela vazia a sua frente.

ᅳ Bem, se você encher um copo com água demais ele vai transbordar... ᅳ Eizen chamou a atencao do grupo, coçando a nuca. ᅳ Quer dizer que o nosso núcleo de chakra não pode receber mais chakra do que ele suporta.

ᅳ Muito bem observado, Eizen. ᅳ A sensei elogiou, deixando a tigela sobre a mesa.

ᅳ Acredito que dois meses seja uma pequena quantidade de chakra, mas ainda sim é importante ficar de olho em alguma alteração. ᅳ Ren soprou, seus olhos observando o grupo com uma certa preocupação. ᅳ Eu adoraria estudar o chakra de Enten, e acompanhar a evolução de vocês.

Kuwon se perguntou se o incomodo em seus olhos era por conta do chakra de Enten, talvez ele despertasse algo novo em seu Mangekyō Sharingan. Hanami, por outro lado, sentia que o chakra de Yori em si serviu como um escudo, não sentido nada de diferente até o momento; diferente dos demais de seu time que se sentiam estranhos, de alguma forma.

Ume tombou a cabeça, voltando a cruzar os braços sobre seu colete verde.

ᅳ Ren, quer vir para a Folha conosco?

. . . ♥︎ ?! notas da autora:

Eu amo o Ren de todas as formas possíveis 🩷 e pra não perder o costume, fiz um aesthetic do Ren Hoshida pra vocês terem uma melhor visualização dele ;)

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