𝘁𝘄𝗲𝗻𝘁𝘆-𝘀𝗲𝘃𝗲𝗻 : 𝗌𝗎𝗇
VINTE E SETE : SOL
ᅳ Eu trabalho pra' uns caras que já dissecaram essas vadias várias vezes... ᅳ Começou Kuwon, observando o grupo de robôs que pareciam estar buscando qualquer movimentação de chakra.
Escondidos na copa de uma das inúmeras árvores, o time seis parecia estar se reunindo pela última vez. Kuwon explicou que o principal atributo desses robôs são a detecção de chakra, eles atacam se baseando nisso, por isso reduziram seu chakra ao mínimo naquela copa, a fim de deduzir um plano concreto.
ᅳ A forma mais fácil de acabar com elas é sobrecarregando o seu sistema. ᅳ Acrescentou o Uchiha, dando um leve olhar para os amigos.
ᅳ Como um choque? ᅳ Hanami perguntou, notando que poderia utilizar seu arsenal de estilo raio contra elas.
ᅳ Não, com chakra mesmo. ᅳ Kuwon corrigiu, tirando uma das folhas de seu campo de visão ao avistar o grupo de robôs ao chão. ᅳ Já devem ter percebido que essas coisas utilizam ninjutsu, significa que possuem um sistema de chakra.
Eizen tocou ao queixo com uma das mãos, escutando com atenção as explicação do colega enquanto resmungava.
ᅳ Mas... São robôs. Será que a Kara está tão avançada a ponto de criar um núcleo de chakra artificial? ᅳ O Kamato questionou, direcionando o olhar para a rosada ao seu lado.
ᅳ Não são robôs. ᅳ Novamente, a voz rouca de Kuwon chegou aos ouvidos da dupla de colegas. ᅳ São ciborgues. E há muitos deles... incontáveis.
Hanami pareceu pensativa ao analisar os robôs lá de cima, encarando, por breves momentos, as costas dos colegas a sua frente. Eizen pareceu levar aquela missão com a última e, por mais que o Kamato se parecesse neutro diante de tudo aquilo, Hanami sabia que ele estivera inquieto.
ᅳ Kuwon, você disse que podemos sobrecarrega-las com chakra. ᅳ A rosada relembrou, trazendo a atenção dos olhos da dupla de garotos para si. Era até estranho -e um pouco desconfortável-, ter as orbres negras e vazias de Kuwon em si. ᅳ Como exatamente fazemos isso? Onde vamos conseguir tanto chakra?
Era um ótimo questionamento. Eizen eventualmente perguntaria sobre isso se Hanami não o fizesse. Ambos escutaram o Uchiha resmungar, antes de um sorriso de lado surgir em seu rosto.
ᅳ Alguma idéia? ᅳ O azulado perguntou, tombando a cabeça para o lado quando questionou.
ᅳ Sabe, aquilo que Rikura falou sobre o núcleo de chakra é real. A minha organização está trabalhando em um jeito de replicar o chakra de Yori e fazer isso se tornar mais fácil. ᅳ Kuwon começou, escutando uma resmungo da outra Uchiha ali.
ᅳ Chakra de Yori? O que tem o chakra dele? ᅳ Ela questionou, levantando uma das sobrancelhas.
ᅳ Por algum motivo desconhecido o chakra de Yori é como um veneno para os Ōtsutsuki, acreditamos que seja fruto de muita adaptação... já que ele foi um ser humano comum que se fundiu a inúmeros Ōtsutsuki. ᅳ Continou o rapaz, surpreendendo os colegas com seu conhecimento. ᅳ É claro, toda essa situação seria mais fácil se Hanami tivesse acesso a todo o chakra dele.
Hanami resmungou, se lembrando que o uso de uma Lança Trovão foi o suficiente para que aquela Meris desligasse em poucos segundos. Se relembrando de como todos os golpes que Ume Sensei desferiu não foram o suficiente, até que Hanami a atacasse.
Ela estivera pensativa, encarando os inúmeros robôs reagentes a chakra, criando uma nota mental para agradecer Ume por ter-lhes ensinado a mascarar a assinatura de chakra. Se tornaram, então, assim, invisíveis aos sistemas das robôs.
ᅳ Bem, levando em consideração que estamos em desvantagem numérica, acho que a melhor estratégia é acabarmos com todas de uma vez. ᅳ Murmurou Eizen, mais para si mesmo do que para o grupo.
Ele estivera em dualidade. Não confiava mais em Kuwon, mas a outra metade de seu super-cérebro sabia que iriam precisar das habilidades dos Uchiha para daquela situação. O Kamato limpou a garganta, buscando dentre as memorias quais eram os pontos fracos daqueles ciborgues.
ᅳ Pensou em algo? ᅳ Dessa vez fora Kuwon, tombando a cabeça um tanto para o lado ao observar o azulado pensativo, que resmungou em resposta antes de olha-lo.
ᅳ Hm... Na verdade, sim. ᅳ Remoou, tocando ao próprio queixou enquanto se virava para o seu time, que pousaram os olhos em si. ᅳ Se o que Rikura falou sobre o núcleo de chakra estiver certo, não podemos perder tempo com lutas prolongadas, devem ser golpes certeiro que não deixam brecha pra que elas consigam reagir.
ᅳ Algo tão rápido como um teleporte? ᅳ Questionou a rosada, trazendo a atenção do Kamato para si por breves segundos.
ᅳ Isso, como um teleporte, mais precisamente pelas costas. ᅳ Soprou, com o indicador elevado. ᅳ Kuwon, você pode prende-las em um domo de terra, isso reduzirá a nossa área de ataque e se tornará mais fácil ataca-las.
O de cabelo branco bufou, negando com a cabeça quando seus olhos negros se fecharam por breves instantes. Incrédulo.
ᅳ Deixa eu ver se entendi... ᅳ O Uchiha começou, levantando ambas as sobrancelhas quando ditou em um tom rouco. ᅳ Você quer que Hanami entre lá dentro sozinha? ᅳ Seu tom de voz era sacartisco, quase como se não pudesse acreditar no que escutava. O mais velho se aproximou do rapaz do meio, que o encarou confuso. ᅳ Você tem noção do quão raras e especiais pessoas como ela são? Eu não assumo riscos.
ᅳ Isso não é sobre você eu sobre seus interesses idiotas. ᅳ Rebateu o do cabelo azul, revirando os olhos de um lado ao outro de sua cabeça enquanto o outro resmungava. ᅳ Somos um time, todos nós devemos cooperar.
ᅳ Cooperar? ᅳ Kuwon riu baixo, irônico. ᅳ Cooperar? E o que você vai fazer, Eizen? Bolar um plano e depois ser protegido por nós dois? Porque é só isso que você sabe fazer, correr pras nossas costas enquanto fazemos o trabalho duro. ᅳ Se alterando, Kuwon possua raiva o suficiente para cuspir palavras na frente do melhor amigo, ignorando o fato de que sua voz poderia estar alta para que as ciborgues escutasse.
ᅳ Ei, Kuwon! ᅳ A garota tentou cala-lo, mas parecia que a raiva havia os consumido quando sua voz beirou a inexistência diante da discussão.
ᅳ Exato, eu confiava o suficiente em você, e enquanto isso você vendia informações da vila pra sei lá quem! ᅳ Tomando o lugar de onde estaria a voz de Hanami, Eizen alegou para o outro, que piscou algumas vezes diante de sua fala.
ᅳ Nem todo mundo nasce em berço de ouro como você. O que eu fiz foi pra salvar a minha própria pele, foi sobrevivência. Será que o seu super-cérebro sabe o que é isso? ᅳ O de cabelos brancos cerrou os punhos, seus olhos se tornaram estreitos quando a sua voz um tanto alta chegou até Eizen irritado. ᅳ Que tal, eim? "Sobrevivência", é a sua palavra do dia, pra você fazer a lição de casa com o papai e com a mamãe quando chegar de missão... Se você chegar em casa, porque é exatamente isso o que essa palavra quer dizer!
E, cortando sua língua como uma faca afiada, de repente Eizen não possuía mais palavras para com aquilo. O silêncio estremeceu o lugar por um instante, ambos os garotos se entre olhando enquanto eram vigiados pelos olhos atentos da menina ao seu lado. No fundo, os garotos também sabiam que aqui não se passava de uma perca de tempo, haviam coisas muito mais importantes a serem feitas agora.
Mas um som agudo, como o sussurro do vento entre a fresta da janela, ressou nos ouvidos dos três ali que logo buscaram a razão para aquele barulho. Como um enorme feixe de luz, a explosão de chakra vinda de uma das Meris atingiu o time acima da copa da árvore. É claro, podem enxergar através de chakra mas não são surdas...
Quando Hanami se chocou contra o chão e resmungou pela queda, a primeira coisa que seus olhos viram foram todas aquelas ciborgues de olho no grupo. Ao menos 15 daquelas robôs astutas de olho em si. Ela se sentia tão observada que se sentia pequena diante delas.
Seus olhos logo captaram seus amigos correndo em direção de muitas delas. Kuwon, com seu estilo terra, conseguia moldar o terreno ao seu favor enquanto aproveitava a brecha do tempo para golpea-las com os pés. Já Eizen criava armas em meio às sobras que o rodeava, como faíscas negras diante da pele luminosa daquelas ciborgues, golpeando sua casca endurecida do inimigo astuto.
Seu corpo magro e flexível era ágil, Kuwon parecia que sabia exatamente o que estava fazendo em meio aquela luta. Enquanto Eizen parecia ter todos os movimentos calculados e ensaiados em sua cabeça, sem qualquer nervosismo diante daquilo.
Ela se levantou apressada, prestes a sacar uma de suas kunais quando Kuwon alegou em um grito.
ᅳ Não, Hanami! Fuja! ᅳ Kuwon não poderia arriscar perder a salvação de seu mundo. Hanami era preciosa demais para morrer assim, tão de repente.
O mangekyō sharingan do esbranquiçado se ativou quando ele desviou de uma das investidas da robô, dividindo a atenção de seus olhos sanguinários entre Hanami e o inimigo. A garota, por outro lado, relaxou os ombros e apertou os olhos.
Ela se deixaria ser protegida novamente?
De novo?
Chutando parte da Meris, Kuwon conseguiu tempo o suficiente para encara-la de respiração inquieta.
ᅳ Vá para a folha e se proteja! ᅳ Gritou, notando a face da garota mudar. Algo entre assustada ou confusa.
Ela que, por outro lado, respirava fundo diante daquele caos. Mas, o cenário mudou, Hanami já deverá estar acostumada as memorias de Yori que apareciam hora ou outra.
Era de noite, e a lua iluminava a figura de Momoe sentada sobre a pedra fria, ao fundo uma vila destruída a muitos anos atrás perante ao poder de Momoshiki e os outros. A loira resmungou, guardando uma mecha de seu cabelo para atrás da orelha, fios grandes o suficientes para parecerem infinitos. Yori, por outro lado, estivera sentado ao seu lado em uma das pedras locais, encarando o horizonte negro coberto pela noite fria daquela memória distante.
O rapaz parecia nublado, ele não precisava dizer nada para Momoe, visto que ela já havia percebido isso. Ela resmungou, na tentativa de trazer a atenção do rapaz para si, mas fora falho; se levantou e se sentou ao lado dele, ajeitando suas vestes claras ao seu lado. É Momoe quem quebra o silêncio, sua voz é doce e calma, quase como casual, parecia que ela estava pensando alto enquanto admirava as estrelas da noite.
ᅳ Sabe... é engraçado como as pessoas gostam de dar nomes para tudo. Coisa, monstro, aberração... Eles te olham e te chamam disso como se fossem especialistas em definir o que você é. ᅳ Seu tom de voz era calmo, mas cômico, rindo da própria piada enquanto balançava a cabeca em um sorriso. ᅳ A verdade é que eles não sabem de nada, nada sobre você. ᅳ Os olhos de Momoe encararam o rapaz ao seu lado, suas orbes azuis ganhando um brilho especial quando se tratava de Yori. ᅳ Não sabem quantas horas você passa aqui sentado pensando em como salvar esses idiotas.
A verdade é que, desde que Yori chegou a essa realidade, parecia que todos o odiavam. Exceto Momoe.
ᅳ Para eles você é uma coisa, algo pra usar, algo para matar. Como alguém que não tem sonhos ou medos... ᅳ A loira suspirou, piscando algumas vezes. ᅳ É como se você não tivesse mais permissão para ser você mesmo. Mas eu te conheço, sabia disso? Eu sei que você é mais humano do que eles, é alguém que só quer paz... Um lugar para chamar de lar, e alguém para chamar de seu.
E, como um choque, o corpo do rapaz estremeceu diante da risada baixa da mulher. Ele inconscientemente levou seus quatro olhos até ela, e seu mundo se iluminou de novo. Hanami viu algo se intensificar naquele instante, pois ela vê Yori não apenas como um homem poderoso, mas como alguém que encontrou em Momoe sua única âncora. Ela era seu sol, que cortava a escuridão incessante, a razao pela qual ele ainda se levantava todas as manhãs, mesmo que o mundo insista em derruba-lo.
A mão delicada da mulher tocou aos próprios cabelos loiros, de bochechas quentes quando o encarou.
ᅳ Você é o meu lar, sabia? Eu soube disso desde o dia em que te vi pela primeira vez. E não importa o que te digam ou o que tentem fazer, isso não vai mudar. ᅳ A loira encostou sua cabeça no braço forte de seu amado, se sentindo imensamente protegida enquanto estivesse sob vigia dele. ᅳ E eu irei fazer questão de afirmar isso todos os dias pra você, se for preciso.
Yori ameaça piscar os olhos. Ele a amava de uma maneira tão completa que Momoe parecia ser a única coisa que ainda mantinha o mundo dele em equilíbrio. O dos cabelos negros sentiu a falta do peso de sua cabeca em seu braço forte.
Hanami parecia ver o mundo diante de sua perspectivas: Momoe.
Mas o cenario mudou, trazendo o entardecer e a imagem da vista de cima da cabeça do sétimo hokage. E, no lugar de Momoe se tornou Boruto.
Uma memória não tão distante que insistia em perambular pela sua mente nos momentos mais inusitados possíveis. Naquele dia Hanami e Boruto se encontraram na face do sétimo como de costume, e se faziam alguns dias desde o beijo no hospital.
Nunca mais falaram sobre aquilo, então.
Ela ainda possuía seu olho coberto pelo tapa olho bordado pela mãe de Eizen, e seu olho visível refletia a vista do Uzumaki pensativo diante do céu do anoitecer. Ele parecia distante, como se apenas estivesse ali por uma promessa.
Hanami se lembrava que eventualmente iria suspirar, deixando de olha-lo para observar a vila sendo coberta pelo véu escuro da noite.
ᅳ Sabe, eu tenho a impressão de que tudo começou a dar errado quando Yori apareceu. ᅳ Ela soprou, trazendo os joelhos para próximo do busto quando ditou em um tom cansado.
Boruto riu baixo, ele parecia ter a mesma percepção que ela.
ᅳ E não é? ᅳ Riu, tombando a cabeça quando a brisa quente da noite bateu contra sua figura. Estendendo a própria palma da mão para encarar o karma de Momoshiki ali. ᅳ Eu penso que nada vai voltar a ser como antes. ᅳ Sua voz saiu um tanto depressiva, de timbre baixo ao encarar a própria mão.
ᅳ Acho que eu sempre hesito no final, não importa o que aconteça. No fundo eu acho que não consigo, mesmo todos dizendo que eu sou especial. ᅳ A Uchiha soprou, seu tom era calmo ao trazer a atenção dos olhos do rapaz para si. ᅳ Já se sentiu assim?
O loiro suspirou, suas orbes alcançaram o chão antes de observar a vila abaixo.
ᅳ Quase todo o dia.
Hanami suspira, o queixo pousando sobre os joelhos ao lado do colega, enquanto observava a luz das casas tremeluzerem como vaga-lumes.
ᅳ Eu acredito que Yori era assim também. Sempre se perguntando se ele não podia fazer mais, ou do porque hesitava tanto. ᅳ Resmungou, o olho estreito enquanto iluminada pela luz do luar. ᅳ Eu não sei porque, mas... eu consigo sentir isso tão claramente. É assustador.
O garoto ouve atentamente, enclicanando a cabeça.
ᅳ Quem diria que Yori e Momoshiki tinham tanto em comum. ᅳ Ele resmungou num suspiro, tentando ignorar o fato de que seu ombro se encostava com o dela.
A fala de Uzumaki chamou a atenção da rosada, que elevou o queixo ao questiona-lo.
ᅳ Você acha que ele ainda está ai dentro?
Ele não responde de imediato, em vez disso leva seu olhar até a vila de novo, em um suspiro dramático como se já houvesse aceitado de que nada daquilo mudaria.
ᅳ Às vezes, eu acho que sim. Outras vezes, acho que sou só eu me convencendo disso. ᅳ Remoou, mordendo o lábio quando se lembrava de cada detalhe de seus pesadelos. De como sua lamina era feroz ao rasgar o rosto dela de novo e de novo em um ciclo infinito. Parecia que Momoshiki gostava de brincar com suas fraquezas. ᅳ Mas, no fundo, é como se ele estivesse sempre esperando, não me deixa esquecer que eu não sou só eu... que eu nunca serei só eu.
Sua voz trazia consigo uma conotação triste, sabendo -novamente- que nada seria como antes. Ele sabia que, mesmo sendo muito novo, teria que arcar com as responsabilidades de ter um poderoso ser dentro de si, dividindo espaço com sua alma insignificante neste vasto universo.
A garota suspirou lento, por um momento escutando apenas o vento balançando as árvores enquanto refletia Boruto em seu olho apaixonado. Ela queria poder dize-lo tudo o que sentia, mas era impedida por si mesma -por algum motivo.
A Uchiha, então, anunciou algo diante do silêncio.
ᅳ Você já se perguntou o que mantém uma pessoa de pé? ᅳ Hanami tinha sua voz curiosa, como se perguntasse a opinião de um amigo sobre algum fato interessante. Rapidamente captou os olhos e a curiosidade do loiro em si em um resmungo. ᅳ Quer dizer... Antes eu me perguntava o porque do papai passar tanto tempo fora de casa, e mesmo que a mamãe me dissesse o motivo, eu não queria acreditar porque via apenas da minha perspectiva... na verdade, ele faz isso por amor a vila e a nós.
Como uma lâmpada acendendo na cabeça do menino, ele resmungou curioso.
ᅳ Sabe, porque uma pessoa luta? Porque Yori lutou por tanto tempo sendo que sempre esteve fadado a morrer? ᅳ Ela continuou, ainda vidrada na vila. ᅳ Todos que vieram antes de mim tiveram sua existência apagada, mas nunca desistiram porque tinham um sol.
ᅳ Um sol? ᅳ Fora a vez dele, em uma dúvida baixa.
ᅳ Alguém por quem você possa continuar lutando. Um motivo para viver e se levantar todas as vezes. ᅳ Ela pausou, seu olho desviando para o chão quando corou perante sua próxima frase. ᅳ Sabe... alguém que você gosta.
Boruto não precisou de muito tempo para se tornar vermelho também. Endireitando a postura quando desviou o olhar para a luz brilhante no céu. Ele não housou dizer nada, pois sabia que gaguejaria ou acabaria com tudo -de novo.
Embora estivesse curioso para saber se Hanami ja havia encontrado seu sol.
A rosada murmurou algo inaudível, algo que ela não tinha coragem de dizer em voz alta. Escondendo parte de sua face entre o joelho quando corou intensamente. Enventualmente sua cabeça tombaria o lado, acomodada no ombro do Uzumaki quieto.
A lua era a mesma desde o início dos tempos. E tinha seu brilho voltado para si.
Um tanto cansada por iluminar as mesmas almas apaixonadas durante tanto tempo.
Hanami, tendo noção de que aquelas memórias se passaram em questão de segundos em sua cabeça, voltou a realidade quando Kuwon foi golpeado para longe por uma das ciborgues. Eizen encarou seu corpo se chocando com uma das inúmeras árvores ali, chamando por seu nome.
ᅳ Kuwon! ᅳ Ele gritou, rodopiando no ar ao cair perfeitamente de pé sobre o chão, mirando seu olhar preocupado no garoto jogado no chão, não conseguindo tempo para desviar da investida da outra robo.
E eventualmente Kamato seria lançado para longe também, e as robos suspiraram satisfeitas por tira-los da equação. Seu sorriso se voltou a Uchiha, que as encarou de volta.
Hanami sabia que aquele ciclo nunca acabaria, até que ele acabasse com ele.
A Uchiha apertou seu punho, enquanto uma das Meris caminhou breve até sua direção com um sorriso no rosto.
ᅳ Finalmente... ᅳ A robô do cabelo espetado suspirou, sorrindo vitoriosa ao encara-la do outro lado do campo de batalha. ᅳ Sem cerimônias. Já nos vimos antes, embora eu tenha um novo corpo.
Hanami apertou os punhos ao perder um dos passos para trás. Seu coração inquieto relembrava as melhores memórias no pior momento possível. Vamos, Hanami! Não é hora para pensar nisso!
Ela pensou se iria morrer, e de como morreria sem dizer o que gostaria de dizer. Sem fazer coisas que desejavam, ou tirar os sonhos da folha de seu diário. Seus olhos se fecharam com força, e quando se abriram deixaram de ser verdes brilhantes para um vermelho negro.
De ambos os rinnegans na palma das mãos surgiram estacas negras -eventualmente, Hanami aprendera a conjura-las com Sasuke em um de seus treinamentos-, três delas em cada mão sendo equilibrada entre os vãos dos dedos.
ᅳ Eu já derrotei uma de você. ᅳ Ela resmungou, embora fosse baixo, Meris escutou.
ᅳ Derrotou uma versão mais fraca. ᅳ Respondeu, trocando o peso entre as pernas. ᅳ Diferente dos humanos, estamos em constante evolução. Laços humanos não nos prendem. Você, Yori, é fraco por causa de laços humanos.
ᅳ Laços humanos? Será que vocês nos rejeitam tanto porque não são capazes de amar? ᅳ A garota questionou, seus olhos vermelhos nem ao menos deixando de vigiar cada ciborgue.
A ciborgue pareceu séria antes de falar.
ᅳ Se laços humanos fossem realmente bons ou importantes, Yori não teria perecido. ᅳ Outra das inumeras Meris parecia ter a resposta da ponta da língua, se aproximando. ᅳ São uma ilusão que os humanos criam para não desistirem. É algo natural para uma espécie inferior.
E quanto a Momoshiki? Ele morreu por amar demais sua irmã.
A Uchiha pareceu pensativa, apertando as estacas negras entre os dedos. Será que o amor é mesmo uma maldição?
Será mesmo?
. . . ♥︎ ?! notas da autora:
Meooo esse capítulo teve 3,700 palavras, socorro!
Fiquei muito tempo sem escrever, e peço perdão por isso. Aconteceram muitas coisas, desde as chuvas á problemas familiares, mas está tudo resolvido agora! Agradeço a paciência de vocês 😭🩷
O capítulo foi revisado, mas é provável que ainda tenha alguns errinhos, peço perdão desde já!
É isso, beijinhos 🩷
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