
━━ 𖥔 ִ ་ ، 𝟳𝟮. 𝗦𝘂𝗮 𝗺𝘂𝗹𝗵𝗲𝗿. | 🔞
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❛ 𝐄𝗎 𝗌𝖾𝗆𝗉𝗋𝖾 𝗏𝗈𝗅𝗍𝗈 𝗉𝖺𝗋𝖺 𝗏𝗈𝖼𝖾̂, 𝗺𝗲𝘂 𝗮𝗺𝗼𝗿. ❜
愛しい人よ、私はいつもあなたのところに戻ってきます。
❛ 𝐄𝗌𝗍𝖺𝗋𝖾𝗂 𝖾𝗌𝗉𝖾𝗋𝖺𝗇𝖽𝗈 𝖺𝗊𝗎𝗂, 𝗽𝗮𝘀𝘀𝗮𝗿𝗶𝗻𝗵𝗼. ❜
小鳥さん、ここで待ってますよ。
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━━ Segunda parte da Grand Line, Novo Mundo; País de Wano.
ᘡTrafalgar Law, Cirurgião da Morte. ❪O ponto de vista dele❫
Afundei-me nela com intensidade, sentindo as paredes quentes e apertadas do sua boceta se contraírem ao meu redor, à medida que cada estocada se tornava mais profunda, brutal e faminta. Os olhos de Elisabette transbordavam lágrimas, enquanto suas unhas arranhavam minhas costas com tamanho desespero que eu podia sentir linhas finas de sangue escorrerem, como marcas do quanto ela era minha ── e de mais ninguém.
Seu corpo, outrora frio e distante como o mármore de um altar, agora fervia embaixo de mim, coberto por suor, gozo e desejo. Estávamos naquilo havia horas, presos um no outro como se o tempo houvesse deixado de existir ── e pela primeira vez, vi-me dominado por uma necessidade que ultrapassava a carne. Era ela. Só ela.
Podia ver meu membro marcando um volume no ventre dela, como se seu corpo se moldasse ao meu, como se me guardasse dentro de si com cada investida firme e ritmada. Seu rosto avermelhado, sua pele pálida adornada por marcas de mordidas, tapas e beliscões ── cicatrizes da minha posse, sinais da minha presença. Eu não sabia amá-la de forma delicada. Queria vê-la marcada, tomada, lembrando-se de mim em cada passo, em cada batida do coração.
Magni D. Elisabette. O Anjo da Morte. A Santa Praga. Sentinela dos Chapéus de Palha, herdeira de maldições celestiais e de promessas silenciosas. Que se explodissem os títulos. Que ardessem as lendas, as expectativas, os fardos que o mundo colocava sobre os seus ombros. Nada disso importava. Porque ela era minha. De forma literal, simbólica, espiritual e carnal. Minha. E continuaria sendo até o último dos meus suspiros ── e, se a morte ousasse nos separar, que minha alma se recusasse a descansar enquanto houvesse qualquer outro homem tentando ocupar o lugar que só a mim pertence.
Ela já havia me visto em todos os meus estados ── da glória mais arrogante à desgraça mais abissal. Presenciou meus risos fugidios, meus sorrisos breves, os acessos de raiva que explodiam como tempestades... e, acima de tudo, me viu chorar. Me viu soluçar, tremer, engasgar com as próprias lágrimas, despido de qualquer orgulho ou máscara. E, em nenhum desses momentos, ela ousou me olhar com pena. Nunca houve julgamento em seus olhos ── apenas compreensão.
Chorei em seu colo como um maldito garoto, rendido à dor de reviver cada porra de lembrança que me perseguiu por uma vida inteira ── desde a maldita Doença do Chumbo Branco até o instante em que encarei Doflamingo outra vez, depois de treze longos anos. E mesmo com a cabeça latejando de merda, mesmo com os pensamentos afogados em escuridão, eu não conseguia parar de pensar nela. Na segurança dela. No bem-estar dela.
Quando dei início aos meus planos de vingança, calculando cada passo com precisão cirúrgica, eu já estava pronto para morrer. Foda-se. Não me importava com nada além de encerrar aquilo ── a minha vida, a minha dor, meu fardo. Eu queria que tudo acabasse. Mas então... eu a conheci. De verdade.
Já não era mais aquela fedelha barulhenta e impetuosa que cruzei em Sabaody ── embora ainda fosse barulhenta e impetuosa. Agora era uma mulher. Uma mulher feita de camadas complexas, enigmas e impulsos. Uma mulher que eu queria desvendar até o fim. Uma mulher que eu queria possuir com cada parte de mim. Uma mulher pela qual eu morreria. Pela qual eu destruiria tudo, se isso significasse a sua salvação.
Para Skypiea, Magni D. Elisabette era a filha maldita de Enel ── a ameaça, a Praga cujo nome ainda assombrava os cantos sagrados das nuvens.
Para os Chapéus de Palha, ela era Lis ── a companheira espirituosa, a artista desastrada que roubava doces e dormia nos cantos do navio ao lado de um espadachim preguiçoso.
Para a Marinha, Elisabette era um monstro ── uma aberração elétrica que deixava destruição por onde passava.
Mas para mim... para mim, porra, ela era o meu amor.
Meu lar.
Minha redenção.
Minha.
Levei a mão até o seu pescoço, envolvendo-o com firmeza, mas com uma delicadeza instintiva ── quase reverente. Senti, sob meus dedos, o pulsar insistente de sua veia e o breve engasgo de sua respiração interrompida. Mesmo assim, em momento algum, seus olhos desviaram dos meus. Aquele par de orbes bicolores carregava tudo ── amor, afeição, medo, um traço pueril de ingenuidade e, acima de tudo, aquilo que a mantinha ancorada à realidade: sua humanidade.
Elisabette passava tanto tempo tentando provar a si mesma que era alguém, que esquecia o óbvio. O simples fato de estar viva, de existir, de respirar, de ser como era ── um ser que ri, que chora, que grita, que fala, que salta e dança de forma desengonçada ── era, por si só, a mais pura e concreta manifestação de sua humanidade.
Elisabette existia.
Elisabette respirava.
Elisabette ria.
Ela fazia tudo aquilo que o livre-arbítrio permitia a um ser humano fazer ── o bem, o mal, o inusitado e o impensável. Ela fazia porque podia. Porque queria.
E eu... eu queria fazê-la se sentir viva. Queria que ela sentisse a desgraça da vida fervendo dentro do próprio corpo, que sorrisse até a mandíbula doer, que chorasse por algo que realmente importasse, que gritasse de raiva e cuspisse verdades com ódio se fosse necessário. Queria que me olhasse nos olhos e risse, zombasse de qualquer atitude minha que considerasse estranha, e gargalhasse como se o mundo fosse pequeno demais para contê-la.
Cada centímetro da minha pele ardia por ela. Cada célula que se multiplicava no meu corpo fazia meu amor por Elisabette se expandir como um vírus, num ritmo insano que beirava o delírio. Eu estava doente. Viciado. Em permanente estado de abstinência.
E ela, por Deus, ela era a droga. A porra da droga da qual eu não conseguia me livrar. Não queria me curar. Não cogitava buscar qualquer merda de tratamento que pudesse arrancar esse vício da minha alma. Magni D. Elisabette era o vício.
Seu rosto.
Sua voz.
Seus olhos.
Seus cabelos.
O cheiro doce de algodão molhado em sua pele quente.
Seu corpo cheio de curvas, no qual eu me perdia todas as noites, como um homem em prece diante do próprio santuário.
Ela era tudo.
Minha obsessão.
Minha perdição.
Já havia perdido a conta de quantas vezes repeti, como uma prece maníaca e silenciosa, as mesmas palavras ── um mantra íntimo, quase sagrado, cuja única função era manter a minha sanidade intacta. Eu precisava reafirmar para mim mesmo, com todas as forças, que era ela. Que era Elisabette. A única capaz de bagunçar minha estrutura emocional ao ponto de fazer meu estômago revirar e, ainda assim, me fazer admitir ── com a vergonha de quem se sabe vulnerável ── que sim, ela era o maldito amor da minha vida.
Mas mais do que isso... ela era o amor para a minha vida.
E sim, há diferença entre ser "o amor da vida" e "o amor para a vida", e Elisabette preenchia ── com brutal perfeição ── ambas as categorias. Não era apenas aquela por quem meu coração gritava; era aquela com quem eu desejava compartilhar os silêncios. Não era apenas quem eu mais amaria; era quem eu queria amar todos os dias, no tédio e no caos, no trivial e no extraordinário. Queria seus olhos nos meus quando eu acordasse e sua voz me amaldiçoando, mesmo que por alguma besteira qualquer, porque até o desgosto vindo dela era melhor do que qualquer prazer vindo de outro alguém.
Dizem que, com o tempo, a vida nos faz apaixonar por muitas pessoas. Que os sentimentos são voláteis e os vínculos, perecíveis. Dizem que o coração é indomável, que o desejo é errante, que o afeto se espalha feito poeira no vento. Talvez estejam certos. Talvez, após tudo isso terminar ── caso eu fracasse em tê-la ao meu lado ──, talvez outras presenças surjam, e eu, como qualquer outro desgraçado humano, acabe me apaixonando de novo. Talvez por um corpo, talvez por uma risada, talvez por uma gentileza qualquer.
Mas amar?
Amar, de verdade, de forma visceral, maldita, enlouquecida ── como se a existência dela estivesse gravada a ferro quente no centro do meu peito?
Não.
Não haverá outra Elisabette.
Não haverá outro amor.
Não haverá espaço para qualquer substituto.
Nem mesmo se a própria Deusa do Amor descesse dos céus e sussurrasse em meu ouvido uma nova promessa de eternidade.
Elisabette é o princípio e o fim da minha capacidade de amar.
E tudo o que vier depois... será apenas ruína.
Beijei-a com voracidade, meus dentes cravando-se com firmeza em seus lábios até que se tornassem feridos, marcados, ensanguentados ── lambuzados com a mistura agridoce de sangue e saliva. Quanto mais eu me aprofundava, mais sentia suas entranhas se contraírem ao meu redor com uma urgência desesperada, como se, ao mesmo tempo que me desejassem com avidez, também não pudessem mais suportar a intensidade da minha presença e implorassem por um alívio que eu me recusava a dar. Mas toda vez que eu cogitava me afastar, findar o ato e conceder-lhe descanso, Elisabette gemia baixo, suplicante, me puxando de volta com seus braços enlaçados ao redor do meu corpo, aprisionando-me a ela com uma força que contradizia qualquer exaustão.
Ela não se importava com a dor que agora se tornava incômoda, nem com o cansaço evidente que já tornava meu corpo lento ── e, honestamente, nada disso mais importava. Seus olhos, ainda marejados, voltaram a encontrar os meus, e antes que eu pudesse articular qualquer pensamento, ela inverteu nossas posições com uma ferocidade tão repentina que me vi jogado contra o futon. Ela arfava alto, o peito subindo e descendo em descompasso, o olhar turvo pela névoa de orgasmos sucessivos que a deixava muda, incoerente, entregue. Por fim, seu corpo cedeu, desabando sobre o meu, dada ao esgotamento absoluto.
A envolvi com meus braços num gesto possessivo e protetor, minha mão afundando em seus cabelos úmidos, enquanto a outra segurava firme sua cintura, conduzindo-a com lentidão nos últimos movimentos ── estocadas ritmadas, mais suaves, mas ainda tão intensas quanto carregadas de necessidade. E quando, finalmente, me retirei, deixei que o calor do meu clímax se espalhasse sobre sua pele, cobrindo sua bunda como uma assinatura carnal, selada com um gemido manhoso e ressentido que escapou de seus lábios ── como uma queixa sussurrada por alguém que sentia profundamente a ausência do que lhe havia sido arrancado.
- Pare de chorar... você está exausta. ─ murmurei contra o seu ouvido, depositando um beijo lento em sua têmpora. - E eu também.
- Mas eu quero mais... ─ ela cravou os dentes em meu ombro com força, rasgando minha pele e arrancando de mim um suspiro entrecortado.
- Não... você já tirou dois dias seguidos de folga. Amanhã precisa trabalhar, e eu estarei de volta à Capital das Flores, circulando pelos bordéis e bares onde os homens de Kaido e Orochi costumam se reunir. ─ declarei, enquanto a afastava de cima de mim com delicadeza, observando-a se acomodar ao meu lado, com os membros dispersos sobre o futon.
Ela estava encharcada de suor, o rosto ruborizado, as bochechas marcadas e inchadas pelos tapas que lhe dei; o corpo coberto de arranhões, mordidas, pequenos cortes e vestígios de sangue. Estava à beira do desmaio, o cansaço consumindo até mesmo sua respiração.
- Precisamos de um banho antes de dormir.
- Certo... banho. ─ resmungou, bufando, enquanto a franja lhe caía diante dos olhos, ocultando seu olhar por um breve momento, à medida que se erguia com esforço.
Em quatro meses, seu cabelo havia crescido mais do que eu esperava. Os fios já ultrapassavam os ombros, quase alcançando a metade das costas. Curiosamente, mais mechas loiras surgiam a cada semana. Bastaria mais algumas e seus cabelos se tornariam completamente dourados, apagando por completo o brilho platinado que antes carregavam ── como se, lenta e silenciosamente, ela estivesse se transformando... em outra pessoa.
O banheiro localizava-se na parte externa da residência, em um anexo nos fundos da propriedade. Embora pequeno, era confortável, construído com madeira de bambu e outros materiais que proporcionavam uma estrutura firme e acolhedora. A iluminação era escassa, com apenas algumas frestas permitindo que a luz azulada da lua atravessasse o ambiente, conferindo-lhe uma atmosfera serena e íntima.
Entramos com cuidado na banheira. Acionei a torneira para enchê-la enquanto a observava se acomodar ali, com os pés apoiados na borda e o restante do corpo afundando lentamente, desaparecendo sob a água que subia, delineando sua figura curvilínea com suavidade.
Elisabette era espaçosa e egoísta. Gostava de ter a banheira apenas para si. E, embora nunca verbalizasse tal desejo, o entortar sutil de seu nariz e o olhar altivo que me lançava eram claros o suficiente para que eu compreendesse a mensagem: "a banheira é exclusivamente minha."
Naturalmente, eu respeitava seus limites e mantinha distância. Afinal, por mais que fosse uma mulher extrovertida, sorridente e disposta a me deixar fodê-la até o talo, eu reconhecia ── e até admirava ── o quanto era mimada.
- Eu gosto de tomar banho na banheira. É confortável, e a água fica bem quentinha. ─ disse ela, sorrindo, enquanto jogava os cabelos para trás, os quais não tardaram a grudar em sua pele molhada. - E você, gosta?
- Bem, se uma certa pessoa me permitisse experimentar como é um banho em uma banheira do País de Wano, talvez eu pudesse dizer se gosto ou não. ─ respondi, aproximando-me lentamente, sentando-me à beirada e apoiando as mãos ali para observá-la mais de perto.
- Quem?
Permaneci em silêncio, fitando seus olhos enquanto arqueava uma sobrancelha. Ela apenas manteve o sorriso nos lábios, visivelmente confusa, mas curiosa em relação às minhas palavras.
- Nada... esqueça.
- Tudo bem, eu esqueço. ─ Elisabette falou com um leve dar de ombros, voltando-se para ensaboar os braços e as pernas com tranquilidade.
Continuei a observá-la com atenção, meus olhos percorrendo cada detalhe de sua silhueta ajoelhada na banheira enquanto ela ensaboava o próprio corpo com suavidade. Seus seios eram fartos, tão generosos que mal cabiam na palma das minhas mãos. Seus quadris largos contrastavam com a cintura absurdamente fina, criando um equilíbrio quase irreal. Esse contraste, por sua vez, harmonizava perfeitamente com os bíceps bem definidos e o abdômen marcado ── resultado do treinamento disciplinado que ela realizava todas as manhãs desde que embarcamos rumo a Wano.
Elisabette acordava cedo, fazia flexões, levantava peso e, por vezes, executava agachamentos com sacos de trigo sobre os ombros. Ela era a própria definição de força e sensualidade.
Era linda. Linda de um jeito que doía. E eu estava exausto de apenas olhá-la nos olhos e percorrer com as mãos cada curva sua, murmurando ao seu ouvido o quanto seu corpo era desejável, o quanto sua beleza era provocante, e como seus olhos ── mesmo tendo mudado ── ainda eram insuportavelmente belos e invejáveis.
Se eu fosse um artista, faria dela uma escultura de ouro em tamanho real, enorme, majestosa, para ser colocada em um pedestal, em um altar ou qualquer espaço sagrado, para que todos pudessem vê-la, contemplar sua forma, sua essência, seu corpo, seu rosto divino. Tudo. Absolutamente tudo nela me pertencia, e era perfeito.
Fui arrancado de meus devaneios no instante em que senti sua mão úmida e fria envolver meu membro, já duro pela segunda vez ── novamente condenado pelos pensamentos impróprios que ela provocava em mim. Seus olhos grandes, de cores desiguais e beleza assombrosa, fitavam os meus com curiosidade quase inocente, como se aguardassem uma orientação. Mas eu estava atordoado, tomado por um misto de surpresa e reverência diante de sua iniciativa ousada.
Engoli em seco, minha garganta se contraindo de desejo, e suavizei o olhar ao segurar seu queixo com delicadeza, erguendo seu rosto para contemplá-la melhor ── minha Lizzy, tão minha, tão ignorante da força que tinha sobre mim.
- Algum problema, Lizzy? ─ murmurei com um sorriso enviesado, trazendo seu rosto para mais perto da minha ereção, que latejava em expectativa. Com a mão livre, guiei a dela, conduzindo-a a apertar meu pau com lentidão. - Assim... isso... exatamente assim.
- Não machuca se eu apertar?
- Não, se fizer com cuidado. ─ respondi, a voz baixa, arrastada, como um segredo sussurrado no escuro. Orientei-a a mover a mão para cima e para baixo, devagar, deixando que seus dedos inexperientes aprendessem meu corpo com precisão. - Desse jeito...
Afastei minha mão da dela e soltei seu rosto, permitindo que assumisse o controle. Não tirei os olhos dela em momento algum ── eu não conseguia. Era como se minha alma estivesse amarrada à dela, dependente de cada gesto, cada piscada, cada suspiro.
Sua mão fria contrastava violentamente com o calor pulsante do meu corpo, provocando em mim um arrepio que percorreu toda a minha espinha. Um arfar rouco escapou dos meus lábios, seguido de um grunhido grave, instintivo, animalesco. Meu coração batia rápido demais, como se buscasse acompanhar o ritmo daquelas carícias que ela reproduzia com crescente firmeza, e então sua boca ── santa e maldita boca ── se aproximou.
Sua língua, quente e suave, deslizou pela extensão do meu pau, lambendo com lentidão os piercings que adornavam minha pele sensível, provocando um prazer agonizante. Vi meu próprio pré-gozo escorrer por seus lábios, e ela o saboreou com a ponta da língua enquanto me olhava com uma luxúria que jamais pensei ver em alguém tão burrinha quanto ela. Mas ela era minha ── e a minha Lizzy sempre superava minhas expectativas.
- Continue... exatamente assim. ─ murmurei, a voz arrastada, pesada de desejo e dominação.
- Assim? ─ ela sorriu com timidez, antes de envolver-me por completo com a boca. Quando sua garganta me acolheu, arqueei as costas em puro êxtase, um tremor me rasgando de dentro.
Trinquei os dentes, cerrando os olhos, e enterrei a mão em seus cabelos, guiando seus movimentos com firmeza, quase brutalidade. Queria mais. Precisava mais. Ajudava-a a continuar, a aceitar cada centímetro meu, a aprender o peso e o gosto da minha posse. Seus olhos marejaram, e sua respiração entrecortada se esforçava pelas narinas, mas ela não recuou. Gemeu ── fraco, abafado ── e seu som vibrou ao redor de mim, fazendo meu membro pulsar ainda mais em sua boca quente, perfeita, feita para mim.
Ali, enterrado naquela boca que me pertencia, saboreando sua dedicação e o contraste delicioso entre sua inocência e sua submissão, soube que nenhum outro toque jamais me satisfaria. Ela era o meu vício, meu altar, minha perdição.
- Boa menina... ─ sussurrei roucamente, as palavras se derramando como mel envenenado. Ela parou, olhou para mim com aqueles olhos de sol e céu, e soube que tinha sido marcada por mim para sempre.
Não tardou para que eu atingisse o ápice, derramando-me por completo no interior de sua garganta ── e ela, como se tivesse sido feita para isso, engoliu cada gota. Cada mililitro. Sem hesitar. Sem desviar o olhar. Sem sequer fazer uma careta. Apenas aceitou tudo o que eu lhe dei, com uma naturalidade que beirava a devoção, permitindo que meu prazer se tornasse parte dela. Nenhum resquício escapou por seus lábios; ela foi precisa, meticulosa, como se tivesse prazer em me satisfazer por inteiro.
Quando, por fim, afastou-se de mim, sua língua deslizou duas últimas vezes pela ponta, como quem se despede de um presente raro, antes de me encarar com aquele sorriso travesso ── um sorriso malicioso e encantador, típico de quem sabe exatamente o que fez... e gostou.
- Gostou? Eu engoli tudo, como você disse que eu deveria fazer da última vez. ─ zombou ela, sorridente, puxando-me para dentro da banheira. A água espirrou para todos os lados, molhando-me por completo.
- Resolveu dividir a banheira, sua boqueteira egoísta?
- Eu não sou uma batateira. ─ respondeu, rindo.
- O quê?
- Você disse que eu sou uma "batateira egoísta". Isso não é verdade. Eu sou uma birkan.
- O quê? Não, eu não... ─ parei por um instante, fitando-a, até suspirar e desviar o olhar. - Esquece. Vamos apenas terminar o banho.
Acomodei-me na banheira, sentindo a água quente envolver meu corpo enquanto relaxava os músculos, permitindo-me saborear aquele instante de tranquilidade. Elisabette se deitou contra mim, suas costas repousando suavemente sobre o meu peito, a nuca acomodada em meu ombro. Meus braços a envolveram com ternura, repousando ao redor de sua cintura, e, com delicadeza, depositei um beijo em sua bochecha ── gesto que arrancou dela um sorriso doce, ainda que tênue.
Minhas mãos deslizaram sob a água, acariciando sua pele com leveza. Meus dedos percorreram sua barriga em movimentos lentos, como se quisessem memorizar cada contorno seu, enquanto ela, enfim, parecia se permitir descansar. Um suspiro satisfeito escapou por entre seus lábios pálidos, seus olhos se cerrando lentamente, rendidos ao relaxamento.
- Queria viver assim para sempre. ─ murmurou Elisabette, em um sussurro tão baixo que quase se perdeu no silêncio ao nosso redor.
- Quem sabe... em outra vida, passarinho. ─ respondi, a voz rouca e carregada de ternura.
Minhas palavras arrancaram dela um novo suspiro ── este, no entanto, pesado, trêmulo, à beira do choro. Em silêncio, ela acomodou o corpo mais junto ao meu, um pedido mudo para que eu a mantivesse firme, ancorada à realidade. E assim o fiz, apertando-a contra mim como se pudesse afastar dela tudo o que ameaçava desmoroná-la por dentro.
O Festival do Fogo se aproximava. Faltavam apenas duas semanas para que todos estivéssemos reunidos, aliados em prontidão, prontos para invadir Onigashima e enfrentar Kaido. Qualquer erro, por menor que fosse, poderia ser nossa ruína. Por isso, precisávamos estar preparados para tudo: imprevistos, armadilhas, traições. E, embora os outros não confiassem plenamente em Elisabette ── embora alguns sequer a levassem a sério ──, eu não conseguia ignorar o alerta silencioso que se acendia dentro de mim toda vez que ela se mostrava agitada demais perto de Kanjuro.
Era como observar uma bomba prestes a explodir, uma tensão constante em sua postura, nos olhos que não conseguiam fixar-se em nada por muito tempo, nas mãos trêmulas que se escondiam sob a água, como se tivessem vontade própria. Desde que ingeriu a Tenshi Tenshi no Mi, Elisabette havia mudado. Ou melhor, dividido-se. Não era apenas uma evolução de sua personalidade; era como se mais de uma existência habitasse aquele corpo. Havia a Elisabette que eu conhecera ── extrovertida, meticulosa, quase etérea. E havia a outra... mais sombria, mais impulsiva, marcada por uma urgência silenciosa de destruição.
O Anjo da Morte e a Santa Praga.
Ambas eram reais, tangíveis, presentes. E ainda que suas presenças se fundissem com certa fluidez, havia momentos em que a cisão entre elas se tornava impossível de ignorar. A Praga ── cautelosa, racional ── mantinha-se em silêncio, desconfiada, mas contida. Já o Anjo da Morte reagia com desespero. O pânico tomava conta de seus gestos, o olhar se perdia, os dentes cerravam-se como se precisasse prender algo dentro de si para não ferir o mundo ao redor. Na presença de Kanjuro, essa faceta surgia com uma intensidade assustadora ── nervosa, inquieta, às vezes à beira de um rompante violento. Sua única resposta era o isolamento: ela se afastava, como uma fera ferida, por medo de não conseguir conter os próprios impulsos.
Mesmo sem compreender por completo o que se passava dentro dela, eu via. Sentia. E o simples fato de estar perto dela, sentindo seu coração bater em um ritmo descompassado sob minha palma, bastava para saber que algo nela clamava por ajuda ── ou controle.
━━ NARRADOR. ; ❪O ponto de vista do Leitor❫
Elisabette, sob a identidade de Shiranami, encontrava-se na barraquinha de doces, vendendo seus produtos ao lado de Usopp ── que atuava como Usohachi, o vendedor de óleo de sapo. O dia estava claro, e a Capital das Flores exalava uma atmosfera de serenidade, com os civis caminhando pelas ruas com a tranquilidade de quem desconhece as dificuldades enfrentadas por aqueles que vivem além dos limites daquela grande cidade.
Enquanto Elisabette organizava os doces sobre a mesa, um tufo de cabelos esverdeados surgiu por entre as construções, esgueirando-se por detrás das casas e parando ao lado da barraca. Ao reconhecer a pequena figura, a sentinela dos Chapéus de Palha sorriu largamente, imediatamente abaixando-se para abraçá-la.
- Kayo-chan! ─ exclamou, erguendo a menina nos braços e apertando seu pequeno e frágil corpo contra o peito.
- Ei, Shiranami, quem é essa garotinha? ─ perguntou Usopp, curioso.
- Ah, é uma menininha que conheci ontem. O nome dela é Kayo! ─ respondeu com alegria.
- Opa! E aí, Kayo-chan! ─ disse ele, sorrindo, embora sua expressão tenha mudado rapidamente para uma de confusão ao notar o olhar arregalado e silencioso da pequena, fixo nele. - Ela não fala muito, hein? Quantos anos ela tem?
- Law-san disse que ela é surda. ─ explicou Elisabette, erguendo a menina no ar novamente. Kayo soltou uma risada fraca, quase inaudível. - Acho que ela tem uns quatro anos. É tão pequenininha...
- Ah, entendi... Bem, isso explica esse silêncio todo.
- Okobore.
- Hã?
- Ela é de Okobore. ─ ela murmurou em um tom mais baixo, inclinando-se na direção do companheiro. Usopp arregalou os olhos imediatamente.
- Okobore!? O que ela está fazendo aqui!? Se alguém descobrir isso, ela tá lascada! ─ sussurrou em desespero, rapidamente cobrindo as duas com um pano qualquer. - Você enlouqueceu!?
- Eu não a trouxe. Ela veio sozinha. ─ respondeu, revirando os olhos e franzindo o cenho. Colocou Kayo de volta no chão, que, sem hesitar, se agarrou às suas pernas, procurando segurança.
Os braços esguios de Kayo agarraram-se firmemente às pernas de Elisabette, enquanto seus olhos arregalados permaneciam fixos nos olhos bicolores da mais velha, que apenas levou as mãos à cintura, sem saber ao certo o que fazer com a pequena. Havia algo naquela criança que despertava uma simpatia inesperada em Elisabette, algo que ela mesma não conseguia compreender completamente. Em poucos instantes, ajoelhou-se diante da menina e começou a passar os dedos pelos fios de cabelo dela, tentando arrumá-los. Estavam sujos, embaraçados e visivelmente maltratados.
Kayo espirrou, limpando o nariz com o dorso da mão, enquanto observava em silêncio os esforços quase inúteis da jovem para domar as madeixas verdes.
- Caramba... Tá complicado aqui, hein, Tatuzinho? ─ murmurou Elisabette, lambendo o polegar e passando-o pela franja da menina, numa tentativa frustrada de colocá-la para trás. No entanto, os fios logo voltaram a cair sobre o rostinho franzino. - Poxa vida...
- Acho que essa moita aí só sossega com um corte. ─ comentou Usopp, observando a cena com um leve sorriso.
- É... Concordo. Você tem uma tesoura aí?
- Aqui. ─ Usopp entregou-lhe o objeto, que Elisabette pegou imediatamente. - Só não vai cortar a menina, hein? É só o cabelo!
- Não fale bananeiras.
- Asneiras!
- Tanto faz! ─ respondeu ela, fazendo um beicinho antes de se levantar e segurar a mão de Kayo. - Pode ficar de olho nas coisas pra mim? Vou dar um banho nela e ver o que posso fazer com esse cabelo.
- Certo, certo... Vai lá. E toma cuidado!
Enquanto caminhavam em direção à casa de banhos, a pequena Kayo observava com olhos curiosos a Capital das Flores. Seu olhar se detinha em cada esquina, em cada poste e em cada casa, analisando tudo com admirável atenção - surpresa e encantada com todas aquelas coisas que, mesmo visitando o local em segredo com frequência, ainda lhe pareciam novas, fazendo seu pequeno coração bater com excitação e sua respiração falhar em meio à ansiedade.
- Ainda bem que consegui uma desculpa para sairmos dali. O óleo de sapo do Usohachi tem um cheiro tão enjoativo... Achei que fosse vomitar. Você concorda comigo, Kayo-chan? ─ sorriu, balançando a mãozinha para atrair a menina até si.
Kayo riu. Uma risada fraca, mas ainda assim genuína, como se realmente compreendesse as palavras dirigidas a ela.
- Eh eh eh! Você é tão engraçadinha com esses olhões. Um corpinho pequeno com uma cabeça grande e olhos enormes... Alguém já te disse que parece um pirulito? Eu adoro pirulitos. Já comeu um? Eu vendo, sabia? Você quer um? Pode me pagar quando crescer.
Kayo apenas piscou, desviou o olhar e voltou a admirar os arredores da Capital das Flores.
- Vou interpretar isso como um "sim". Só não vai contar para o Law-san, pode ser? Ele disse que tenho comido doces demais desde que montei a barraquinha. Falou que é por isso que tenho tido diarreia quase todo final de semana. Ele é meio grosseiro às vezes, sabe? Mas é um gatinho... então eu deixo passar. Você já teve cárie? Ele disse que estou com um dente de trás careado por causa dos doces. Você sabe o que é cárie? É bem nojento. O Law-san falou que no sábado vai fazer uma restauração no meu dente. Será que dói? ─ Elisabette continuava a falar, sem parar, mesmo ciente de que provavelmente não seria nem ouvida nem compreendida pela menina.
Após mais alguns minutos de caminhada, ambas chegaram à casa de banhos. Elisabette pagou pela entrada das duas e conduziu a pequena Kayo até os vestiários, onde começaram a se preparar para o banho. A menina sentou-se timidamente sobre um banquinho branco, e Elisabette acomodou-se atrás dela, pronta para iniciar o ritual de cuidado.
Com um gesto delicado, Elisabette despejou uma grande porção de xampu na palma da mão, enchendo o ar com um aroma suave e adocicado. Aos poucos, seus dedos mergulharam nos cabelos embaraçados da criança, espalhando a espuma com movimentos circulares, firmes, porém gentis. O couro cabeludo de Kayo cedeu ao toque, e os gravetos, a poeira e os nós que haviam se alojado ali foram se desfazendo como se, junto com a sujeira, também se lavassem os vestígios de abandono.
Elisabette franziu o nariz em alguns momentos ao puxar mechas grudadas e bolos de fios, mas não parou nem por um segundo. Cada gesto seu carregava uma ternura silenciosa, como se estivesse lavando algo muito mais profundo do que cabelo ── talvez uma memória, ou uma mágoa antiga que não era sua, mas que, por alguma razão, ela se sentia responsável por aliviar.
Logo, as duas estavam cobertas de espuma, brincando entre bolhas de sabão que flutuavam como pequenas estrelas. Risos leves ecoaram pelas paredes de pedra, e mergulhos repetidos nas fontes termais completaram o instante de quase inocência. Era como se o tempo houvesse parado ali, naquele espaço íntimo e cálido, onde o mundo lá fora não podia alcançar.
Quando o banho chegou ao fim, afastaram-se das águas e seguiram até uma pequena sala de vestir. Ali, Elisabette sentou Kayo diante de um espelho antigo, lascado em um dos cantos, mas ainda inteiro o bastante para refletir a silhueta delicada da menina ── e, de certo modo, também a da mulher que agora a observava com olhos brandos.
- Certo, Tatuzinho. Não vou cortar muito, tá legal? Apenas as pontinhas... e um pouco da franja, que está comprida demais. ─ murmurou Elisabette, com um beicinho.
Kayo, por sua vez, apenas piscou, em um gesto silencioso que, naquele instante, parecia significar plena confiança.
Com cuidado, a jovem de cabelos platinados fez exatamente o que havia prometido. Cortou cerca de cinco dedos do comprimento dos fios da pequena, deixando-os na altura do meio das costas. Passou a tesoura mais algumas vezes para ajustar as pontas, mas, ao observar o resultado, ainda não se sentiu satisfeita.
Elisabette respirou fundo e aparou mais um pouco, até que o cabelo de Kayo repousasse suavemente logo abaixo dos ombros. Observou-a novamente e, desta vez, sorriu com contentamento diante do resultado ── os fios ainda estavam longos o suficiente para permitir penteados delicados, mas curtos o bastante para aliviar o incômodo do calor excessivo.
Por fim, ajeitou a franja da menina, aparando-a cuidadosamente até que ficasse logo acima dos olhos, mas ainda tocando suavemente as sobrancelhas. Para finalizar, prendeu duas pequenas tranças laterais, ajustou a postura da menina diante do espelho e a endireitou para que pudesse se ver refletida.
Os grandes olhos verdes de Kayo brilharam, e um arrulho suave escapou de sua garganta, como um sopro de satisfação que não precisava de palavras.
- Você gostou? ─ perguntou Elisabette com um sorriso grande, segurando com firmeza os ombros delicados da menina, mantendo-a em frente ao espelho. - Eu sempre cortava minha franja quando era menor, mas... cortar um cabelo inteiro assim, é a primeira vez.
Kayo expressava genuíno entusiasmo, emitindo sons agudos de alegria enquanto suas pequenas mãos exploravam as tranças recém-feitas e a franja aparada. Havia em seu olhar uma espécie de encantamento infantil, como se não conseguisse compreender como um simples banho e um corte de cabelo poderiam transformar sua aparência de maneira tão marcante. O semblante antes opaco parecia agora levemente mais vívido ── embora o brilho em seus olhos fosse apenas um disfarce tênue para a fragilidade latente em seu corpo miúdo e desnutrido.
Em um impulso espontâneo, ainda tomada pela euforia, a menina virou-se e se atirou em um abraço apertado ao redor da cintura de Elisabette, envolvendo-a com firmeza inesperada. Surpresa, a jovem riu suavemente, curvando-se para acomodar os braços ao redor da pequena e afagar sua nuca com ternura. O gesto, tão sincero e repentino, lhe arrancou um sorriso ── que durou pouco.
Subitamente, uma sensação estranha a percorreu. A visão embaçou, como se sombras flutuantes invadissem seu campo de percepção. Um calor vertiginoso subiu-lhe pela nuca e, por um breve instante, tudo pareceu girar em torno de si. O peso de seu próprio corpo tornou-se desproporcional, e ela precisou apoiar-se rapidamente na parede próxima para não cair.
Kayo ergueu o rosto, alarmada. Seus olhos arregalados buscavam respostas, confusos diante da súbita mudança de expressão da mais velha.
- Estou... apenas um pouco cansada, só isso. ─ disse Elisabette, forçando uma tranquilidade que não sentia, a voz levemente entrecortada e abafada por um mal-estar que parecia vir das profundezas do próprio ventre, pulsando em ondas sutis, desconcertantes, mas persistentes. Levou a mão ao abdômen por reflexo, como quem tenta apaziguar algo que não compreende.
Respirou fundo e tentou sorrir, ainda encostada na parede.
- Que tal descansarmos um pouco? Meu futon é bem macio... pode até dormir no meio, como uma princesinha.
Kayo assentiu em silêncio, ainda receosa, mas confiante. Pegou a mão da mais velha com cuidado, e juntas deixaram a casa de banhos, caminhando pelas ruas da Capital das Flores. O corpo de Elisabette parecia mais pesado a cada passo, como se algo em seu interior estivesse desalinhado. O suor frio na nuca e a estranha sensação de calor nas têmporas vinham acompanhados por uma exaustão que não condizia com o pouco esforço feito.
E ainda assim, ela seguia sem suspeitar de nada. Apenas culpava o cansaço, o calor, talvez a comida ── qualquer coisa que fizesse sentido em sua lógica prática.
E assim, retornaram à modesta residência que chamavam de lar ── ou, ao menos, aquilo que fingiam ser um.
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