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O capรญtulo a seguir contรฉm cenas explรญcitas envolvendo bloodplay, nas quais hรก a ingestรฃo CONSENSUAL de sangue humano durante o ato sexual. Tambรฉm estรฃo presentes descriรงรตes de dor intensa provocadas por cortes e mordidas profundas. Caso vocรช seja sensรญvel a esse tipo de conteรบdo, RECOMENDA-SE QUE NรƒO PROSSIGA COM A LEITURA DESTE CAPรTULO. Sinta-se ร  vontade para aguardar o prรณximo ou avanรงar diretamente para o final.

Alguns temas aqui abordados serรฃo sim romantizados com uma carga erรณtica intencional; outros terรฃo cunho puramente literรกrio e fictรญcio, com fins de entretenimento. Por favor, encare esta obra como o que ela รฉ: FICร‡รƒO. Aproveite a leitura com mente aberta e coraรงรฃo preparado.

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โ”โ” Polar Tang, navio-submarino dos Piratas de Copas; em algum lugar da Novo Mundo, rumo ao Paรญs de Wano.
แ˜กMagni D. Elisabette, Santa Praga. โชO ponto de vista Delaโซ

"Desta vez, vamos com calma..."

Essas foram as palavras exatas que Law-san sussurrou antes de, sem qualquer aviso, rasgar com brutalidade minha calcinha e afundar a lรญngua faminta entre minhas pernas, como se minha boceta fosse tudo o que ele desejava. Engasguei com a prรณpria saliva, os dedos se cravando nos lenรงรณis enquanto meu quadril, por puro instinto, se empurrava contra seu rosto. Senti suas mรฃos firmes agarrando minhas coxas quando as fechei em torno de sua cabeรงa, como se quisesse mantรช-lo ali para sempre, preso entre minha carne quente e trรชmula.

Inspirei fundo, tentando recuperar o controle, mas o coraรงรฃo pulsava frenรฉtico dentro do peito, e meu corpo vacilava sob cada toque de sua lรญngua atenta e provocadora, que passeava com maestria sobre minha entrada, lambendo e mordiscando, sem piedade, o ponto mais sensรญvel do meu corpo. Sua respiraรงรฃo quente me queimava, me afundava em um prazer arrebatador. Levei uma das mรฃos atรฉ seus cabelos e o puxei para cima, encarando seus olhos acinzentados e intensos, apenas para corar violentamente com o que vi โ”€โ”€ e, envergonhada por tamanha vulnerabilidade, o empurrei de volta contra mim, desejando mais, desejando tudo.

Dessa vez, ele foi mais rude. Mais faminto. Havia algo de selvagem em seus movimentos โ”€โ”€ como se estivesse sedento por mim hรก sรฉculos. Um gemido arfado escapou dos meus lรกbios quando senti seus dentes cravarem em minha virilha. A dor foi sรบbita e aguda, fazendo-me prender um grito na garganta. Um filete de sangue manchava seus lรกbios quando nossos olhos se encontraram sob a luz azulada do abajur, e naquele instante, fui inteiramente dele.

Sem aviso, ele me penetrou com trรชs dedos de uma sรณ vez. Meus dentes se cerraram de imediato, as lรกgrimas marejando nos olhos. Levei uma mรฃo ร  boca e mordi os nรณs dos dedos, tentando calar o grito que subia por minha garganta โ”€โ”€ por dor, por prazer, por completa rendiรงรฃo. Ele sabia exatamente o que fazia. Sempre soube.

Desde a primeira vez em que me teve, Law-san mapeou cada centรญmetro do meu corpo com precisรฃo cirรบrgica, descobrindo todos os meus pontos fracos e todos os meus desejos ocultos. Ele me desmontava com toques. Fazia-me chorar, gemer, suplicar. E, se por natureza eu sempre fora submissa, ele sabia exatamente como transformar essa submissรฃo em algo que me tornava apenas dele โ”€โ”€ sua mulher, sua devota, sua promรญscua perdida entre os braรงos daquele que sempre soube como me levar ร  loucura.

Meu ventre comeรงou a formigar de forma incontrolรกvel ร  medida que seus dedos me tocavam com fervor, acertando, sem misericรณrdia, exatamente onde sabiam que me quebrariam por dentro. Sua lรญngua castigava o ponto mais sensรญvel do meu corpo com uma devoรงรฃo quase cruel, enquanto as lรกgrimas que escorriam de meus olhos tornavam-se mais densas, resultado da intensidade que me consumia. Cravei as unhas no colchรฃo, os lรกbios entreabertos sufocando um grito que ameaรงava escapar, e entรฃo, subitamente, todo o meu corpo se enrijeceu โ”€โ”€ como se uma descarga elรฉtrica tivesse percorrido minha espinha โ”€โ”€ e me vi sendo levada ao clรญmax, tremendo contra a boca de Law-san.

Ele me segurava com mais forรงa, a mรฃo apertando minha coxa como se nรฃo quisesse permitir que eu fugisse daquele prazer avassalador. Nรฃo demonstrava a menor preocupaรงรฃo com o caos que eu havia me tornado โ”€โ”€ uma confusรฃo de lรกgrimas, gemidos entrecortados e choramingos abafados. Quando ele finalmente se afastou, um fio tรชnue de saliva misturado ร  minha essรชncia ainda nos unia, brilhando sob a luz suave do ambiente. Seus lรกbios, agora รบmidos e vermelhos, foram lambidos com um deleite silencioso enquanto se erguia sobre mim, os olhos escuros fixos nos meus.

Seus dedos deixaram meu interior com lentidรฃo cruel, apenas para voltarem a mim com uma nova intenรงรฃo. Traรงaram cรญrculos suaves e persistentes sobre meu clitรณris, aplicando uma pressรฃo firme e dolorosa, me fazendo arfar novamente โ”€โ”€ frรกgil, entregue โ”€โ”€, enquanto nossos olhares se encontravam, e o mundo ร  nossa volta parecia desvanecer.

Law-san inclinou-se sobre meu corpo devagar, como se cada movimento fosse milimetricamente calculado para me enlouquecer. Sua mรฃo livre deslizou por minha pele gelada, subindo atรฉ envolver meu seio esquerdo, que ele apertou com firmeza antes de beliscar suavemente o mamilo jรก rรญgido pelo tesรฃo. Um gemido arrastado escapou dos meus lรกbios, e meus braรงos envolveram seu pescoรงo num reflexo impulsivo, os dedos se embrenhando nos cabelos de sua nuca enquanto ele se movia dentro de mim com intensidade crescente. A cada nova investida, parecia testar os limites do meu corpo โ”€โ”€ como se quisesse provar que eu era inteiramente dele, que nรฃo havia dor que me fizesse desistir, que ele podia me possuir atรฉ o limite do suportรกvel... e alรฉm.

E a verdade era: ele podia. Mesmo que me rasgasse em pedaรงos, mesmo que o prazer viesse acompanhado de lรกgrimas, eu ainda assim suplicaria por mais. Por mais dele. Por mais daquela dor doce que sรณ ele sabia infligir. Por mais da tortura apaixonada de ser feita sua.

Seus lรกbios buscaram os meus novamente, agora com menos urgรชncia, mas com uma intensidade mais densa, mais carregada de sentimentos obscuros e profundos. Sua lรญngua se movia devagar contra a minha, explorando com calma, enquanto seus dentes capturavam o meu lรกbio inferior em uma mordida suave, possessiva, como se quisesse marcar que eu era sua. Quando sua mรฃo se afastou da minha intimidade para agarrar minha cintura, ele se deitou completamente sobre mim, colando nossos corpos com uma entrega desesperada. Instintivamente, abracei-o com forรงa, como se quisesse fundir nossos corpos num sรณ, como se temesse, ainda que por um segundo, que ele pudesse se afastar โ”€โ”€ mesmo sabendo, no fundo, que Law-san jamais me deixaria ir. Ele nรฃo era o tipo de homem que desiste daquilo que chama de seu.

Seu hรกlito era quente, com um leve sabor de saquรช, revelando que havia bebido antes de vir me ver โ”€โ”€ talvez para controlar algo que transbordava dentro dele. O cheiro de sua pele me envolvia como um feitiรงo: forte, marcante, inconfundรญvel. Quando nossos lรกbios se separaram por falta de ar, ele repousou a testa contra a minha, e o silรชncio entre nรณs foi preenchido apenas pelos nossos suspiros entrecortados. Suas mรฃos, antes firmes e dominadoras, agora subiam atรฉ meu rosto com uma ternura surpreendente, tocando minhas bochechas como se eu fosse feita de porcelana. Ele me olhou com olhos tensos, como se quisesse gravar cada traรงo meu na memรณria, antes de permitir que eu o puxasse novamente para mais perto. Dessa vez, enchi seu rosto com beijos suaves, carinhosos, selando nossa conexรฃo com cada estalo dos meus lรกbios contra sua pele.

- Vocรช รฉ tรฃo carinhosa... โ”€ ele murmurou, a voz rouca fazendo um arrepio percorrer minha pele. - Tรฃo boazinha e amorosa.

- Vocรช nรฃo gosta? โ”€ sussurrei, levando a mรฃo atรฉ seu rosto e acariciando sua bochecha com gestos suaves e gentis.

- Eu nรฃo disse isso... โ”€ respondeu com um leve sorriso tรญmido, agora sendo ele quem distribuรญa beijos delicados pelo meu rosto. - Mas, se quiser que eu seja honesto, devo confessar que nรฃo gosto muito de grude. No entanto, se for vocรช... eu abro uma exceรงรฃo.

- E o urso? โ”€ franzi o cenho, arqueando uma sobrancelha.

- Ele tambรฉm.

Fiz um leve beicinho, ciente de como ele era vulnerรกvel a coisas minimamente adorรกveis. E, embora eu ainda sentisse certo receio em me aproximar de Bepo, nรฃo podia negar que ele possuรญa uma aparรชncia... exรณtica e curiosamente fofa. Nรฃo era exatamente encantador ou adorรกvel no sentido clรกssico, mas havia algo de agradรกvel em sua aparรชncia. Se observรกssemos com atenรงรฃo e foco, era possรญvel notar uma certa ternura naquela imensa bola de pelos brancos, com o focinho e os lรกbios negros, acompanhados de uma enorme lรญngua azul-escura. Ainda assim, eu nรฃo era fรฃ o suficiente para desejar sua amizade ou tolerar sua presenรงa por muito tempo sem sentir a vontade repentina de sair correndo โ”€โ”€ ou, quem sabe, espetรก-lo como se fosse um churrasco.

- Vocรช nรฃo gosta do Bepo, nรฃo รฉ? โ”€ Law-san apertou meu nariz entre os dedos, fazendo-me grunhir.

- Ai! Para de adivinhar o que eu penso!

- Nรฃo estou adivinhando. Vocรช sรณ nรฃo sabe esconder o que estรก pensando, รฉ expressiva demais. โ”€ respondeu, apertando meu nariz mais uma vez. Quando soltou, ele estava vermelho e pulsando. - Tch...

- O quรช? โ”€ aproximei o rosto do dele, desconfiada.

- Vocรช estรก parecendo o Buggy de capacete. โ”€ disse, de repente, me olhando sรฉrio, enquanto eu permanecia calada, apenas o encarando.

- Eh?

- Estou brincando. โ”€ ele sorriu de canto, puxando-me para um beijo, mas continuei parada, com o cenho franzido, refletindo sobre suas palavras. - O que foi?

- Quem รฉ Buggy?

- O Palhaรงo. Aquele que estava com vocรช em Marineford.

- Boga?

- Buggy... โ”€ suspirou, se afastando de cima de mim para deitar ao meu lado. E, mesmo que o espaรงo na cama fosse pequeno, cabรญamos os dois porque... bem, Law-san era magrinho.

Ficamos em silรชncio, lado a lado, como se o tempo houvesse desacelerado apenas para nรณs. Ele repousava com a cabeรงa sobre o travesseiro, o olhar fixo na parte superior da beliche, enquanto eu, com uma das mรฃos caรญda ao lado do corpo e a outra repousada suavemente sobre seu peito, mantinha minha cabeรงa aninhada em seu ombro. Sem trocar palavras โ”€โ”€ porque jรก nรฃo eram necessรกrias โ”€โ”€, Law-san virou-se levemente atรฉ que seus dois braรงos me envolveram por completo. E ali, entre seus gestos silenciosos, encontrei abrigo. Estava encolhida, protegida, encaixada no รบnico lugar do mundo que fazia sentido: contra o peito dele.

Ergui os olhos, encontrando os dele โ”€โ”€ acinzentados, intensos, mal iluminados pela luz tรชnue do abajur. E, como se fosse a primeira vez, nos beijamos. Um beijo suave, รญntimo, repleto de significados calados. Eu gostava de beijรก-lo. Gostava da sensaรงรฃo dos seus lรกbios contra os meus, do calor de sua lรญngua, da maciez quase indecente que sua boca oferecia. Era quente e รบmido. E mesmo que parecesse estranho admitir... era gostoso. Muito gostoso.

Beijรก-lo era diferente de tudo que eu jรก havia vivido. Nada se comparava ร quela sensaรงรฃo โ”€โ”€ nem Camie, na Ilha dos Homens-Peixes, nem Bellamy, durante nossa partida de Dressrosa. Foram beijos agradรกveis, que me fizeram sentir viva por um instante, embora um tenha sido meu primeiro e o outro estivesse envolto em um contexto que sempre carregarรก um peso agridoce em minha memรณria. Algo que poderia ter sido tudo, algo que talvez tivesse florescido... se os caminhos e escolhas nรฃo fossem tรฃo diferentes. Mas graรงas a isso, eu enxerguei com clareza o que realmente precisava sentir โ”€โ”€ e quem eu precisava ter. Trafalgar Law.

Nossas lรญnguas deslizavam uma na outra em uma danรงa lenta, ritmada, carregada de ternura e algo que ouso chamar de paixรฃo. Era como um trecho vivo dos romances que Robin costumava me ler nas tardes preguiรงosas do Sunny. E mesmo que houvesse dominรขncia em seus gestos โ”€โ”€ um domรญnio que me acendia por dentro โ”€โ”€ havia tambรฉm gentileza. Cuidado. E eu me arriscaria a dizer... amor. Sim, amor. Um amor que, mesmo que ele nรฃo confessasse a todo momento, transbordava em cada toque, em cada olhar, em cada gesto de zelo.

Ele gostava de mim. Gostava de me segurar, de me beijar, de me ter. De cuidar de mim. E quando disse, com a voz baixa e firme, que me amava... algo dentro de mim se realinhou. Ele me amava. Ainda que eu jรก nรฃo fosse a mesma, ainda que o tempo e as dores tivessem me moldado em alguรฉm diferente, ele olhava para mim como se eu ainda fosse ela โ”€โ”€ e, de certa forma, eu era. Para ele, eu era aquela mulher. E sempre seria.

E estava tudo bem. Porque eu o amava tambรฉm. Com uma forรงa que me assustava e me completava. Pessoas vรฃo e vรชm. Sentimentos mudam, se apagam, se reinventam. Mas o amor... o amor que eu sentia por ele era inegociรกvel. Era profundo. Denso. Um amor que me tirava o fรดlego e, ao mesmo tempo, me devolvia a paz. Ele era quebrado. Eu tambรฉm. E talvez fosse por isso que funcionรกvamos tรฃo bem: dois seres perturbados, intensos, sedentos um pelo outro. Viciados.

Alguns poderiam dizer que era tรณxico. Que minha visรฃo do amor era distorcida, que o prazer carnal, o desejo e o vazio preenchido por seu corpo nรฃo eram amor. Mas estariam errados. Porque eu sei. Eu sinto. Era amor. Porque eu era dele. E ele era meu.

- Eu gosto quando vocรช me beija... โ”€ murmurei, envolvendo seu rosto entre minhas mรฃos, enquanto ele roรงava beijos suaves em meus lรกbios e, em seguida, deslizava para minhas bochechas com a mesma ternura.

- Gosta?

- Sim... muito. โ”€ respondi em um tom contido, um pouco tรญmida pela confissรฃo, mas logo fui atraรญda de volta para ele, que segurou delicadamente meu queixo, guiando meu olhar ao encontro do seu. - Law-san...

- Entรฃo, eu vou te beijar. โ”€ sussurrou, com a voz rouca e arrastada, antes de selar nossos lรกbios em um beijo lento, cheio de segundas intenรงรตes. - Sempre que eu sentir vontade... eu vou te beijar, tantas vezes quanto o tempo permitir. โ”€ completou, ao mesmo tempo em que inverteu nossas posiรงรตes com firmeza e cuidado, acomodando-me em seu colo, inclinada sobre ele.

Eu podia sentir sua ereรงรฃo, firme e palpitante, pressionando-se contra minha virilha. Suas mรฃos envolviam meu quadril com forรงa, guiando meus movimentos num vai e vem lento e ardente, forรงando-me a me esfregar contra ele โ”€โ”€ minha intimidade nua encharcando o tecido de sua calรงa a cada fricรงรฃo mais ousada. Meus gemidos, baixos e entrecortados, escapavam entre nossos lรกbios enquanto um choro contido vibrava em minha garganta.

Tudo โ”€โ”€ os movimentos, os grunhidos roucos que ele deixava escapar, o calor entre nossos corpos โ”€โ”€ tudo parecia vir ao custo da minha sanidade. Eu o desejava com uma urgรชncia crua, necessitada de sua presenรงa dentro de mim. E ele sabia. Sabia pela maneira como me olhava, com aquele brilho lascivo e ardente nos olhos; sabia pela forma como agarrava meu quadril, me obrigando a continuar, a usรก-lo, a me satisfazer em seu colo como se fosse tudo o que eu conhecia.

Ele queria que eu pedisse. Que implorasse. Que me quebrasse em sรบplica.

E eu estava ร  beira disso.

Mesmo sem nunca ter visto outro homem ereto antes, eu podia dizer com certeza: Law-san era grande... grosso... intenso demais para o meu corpo, e era exatamente por isso que ele me marcava. Mesmo acostumada ao ritmo de suas estocadas, ร  brutalidade de sua posse, ainda havia dor โ”€โ”€ uma ardรชncia deliciosa e familiar que fazia meus mรบsculos se contraรญrem de prazer.

Num gesto sutil, sua mรฃo direita se ergueu. Um anel cintilou em sua palma, irradiando um azul claro cintilante, e antes que eu pudesse reagir, minha camisola desaparecera. Estava nua โ”€โ”€ por completo โ”€โ”€ exposta para ele. Meus seios se moviam em ritmo com meus quadris, a pele vulnerรกvel implorando pelo toque, e minha intimidade ร  mostra, latejando com a mesma intensidade com que eu me sentia suja... desejando ser tocada, dominada, amada de forma indecente.

Sem dizer uma รบnica palavra, Law-san fez um gesto sutil, sinalizando para que eu me erguesse de seu colo. Obedeci, ainda sem compreender completamente seus intentos โ”€โ”€ atรฉ vรช-lo retirar a calรงa, junto da cueca, revelando-se por inteiro diante de mim. Seu membro, rรญgido e pulsante, brilhava com sua prรณpria lubrificaรงรฃo, como se tambรฉm clamasse, desesperadamente, pela minha presenรงa.

Senti o ventre formigar de expectativa, minhas mรฃos trรชmulas ansiando por tocรก-lo, enquanto meu rosto ardia em rubor. Encarei-o em silรชncio, mordendo suavemente os lรกbios, os olhos semicerrados num misto de fascรญnio e desejo contido. Engoli em seco โ”€โ”€ um pedido mudo, um apelo silencioso para que ele me permitisse finalmente senti-lo.

Com lentidรฃo, afastei-me um pouco, observando-o enquanto deixava a cama e se erguia, com uma imponรชncia tranquila, e estendeu a mรฃo em minha direรงรฃo, indicando que eu o seguisse. Fomos ficando frente a frente, os olhos presos um no outro. Senti meu coraรงรฃo galopar no peito, ameaรงando rasgar a pele e escapar de mim โ”€โ”€ ainda mais quando ele retirou a camisa e revelou, sob a luz fraca, o espetรกculo que era seu corpo.

Suspirei, tensa e encantada. Meus olhos desceram para as tatuagens que adornavam seu peitoral, o abdรดmen bem definido, os ombros marcados. A ponta dos meus dedos deslizou, reverente, pela tatuagem em forma de coraรงรฃo negro em seu peito, atรฉ alcanรงar o sรญmbolo sorridente da Jolly Roger.

Foi entรฃo que ele tomou minha mรฃo com firmeza, guiando-a, fazendo com que eu o olhasse novamente.

- Venha cรก... โ”€ ele sussurrou, a voz rouca e arrastada, segurando-me com firmeza e facilidade antes de me erguer em seus braรงos. Encostou-me delicadamente contra a parede, e minhas pernas, instintivamente, envolveram sua cintura, selando nossos corpos em um encaixe รญntimo e desesperado.

- Law-san...

- Inferno... โ”€ ele arfou, levando uma das mรฃos para guiar seu pau atรฉ minha entrada, onde se afundou sem hesitar. Senti meu interior se moldar ao redor dele, apertando-o em um abraรงo quente e possessivo. Um gemido trรชmulo escapou de nรณs ao mesmo tempo, como se nossos corpos conversassem por meio do prazer. - O que vocรช faz comigo deveria ser crime... โ”€ rosnou contra minha pele, a voz carregada de desejo e tormento, antes de estocar fundo, me fazendo estremecer por inteiro.

- A-ah... devagar... โ”€ supliquei, os olhos marejados, a voz embargada pela dor prazerosa daquela posiรงรฃo. Enlacei seu pescoรงo, minhas mรฃos se entrelaรงando em sua nuca, buscando apoio e refรบgio. - Assim machuca...

- Essa รฉ a intenรงรฃo, meu passarinho... โ”€ murmurou com um sorriso torto, cruelmente afetuoso, cravando o olhar nos meus olhos como se quisesse me possuir por completo โ”€โ”€ corpo, alma e qualquer parte de mim que eu sequer soubesse que existia.

Um gemido fraco e trรชmulo escapou dos meus lรกbios entreabertos, enquanto lรกgrimas finas nublavam minha visรฃo. Os movimentos dele tornaram-se mais firmes, mais rรกpidos, e cada estocada atingia com precisรฃo brutal o fundo do meu ventre, onde dor e prazer se encontravam numa fronteira tรชnue e enlouquecedora. Um arrepio cortante percorreu minha espinha, eriรงando cada centรญmetro da minha pele, fazendo-me apertar ainda mais as pernas ao redor de sua cintura numa tentativa quase inรบtil de suportar o impacto sem me desfazer em gritos roucos ou gemidos obscenos demais para o momento.

Doรญa. Deus, como doรญa. Mas o tormento era delicioso โ”€โ”€ e eu o desejava com fervor.

Nรฃo era preciso confessar em voz alta: o modo como meu corpo o recebia, sem resistรชncia, era prova suficiente de que eu ansiava por cada centรญmetro dele, por cada estocada crua e profunda. Eu o acolhia, mesmo quando a dor queimava minhas entranhas, mesmo quando as paredes รบmidas da minha boceta o envolviam com uma mistura perigosa de necessidade e submissรฃo. Porque, apesar do desconforto, eu gostava. Gostava da dor. Do ardor. Da invasรฃo. Da brutalidade velada em seus movimentos controlados.

Talvez estivesse perdendo o juรญzo... Ou talvez fosse ele quem me arrastava para essa espiral de loucura silenciosa, onde a dor era a forma mais cruel e verdadeira de conexรฃo. Eu queria saber atรฉ onde conseguiria suportรก-lo, o Cirurgiรฃo da Morte. Queria que ele me partisse em pedaรงos, me destruรญsse com precisรฃo cirรบrgica, desmontando minha alma e meu corpo como um quebra-cabeรงa de รณrgรฃos e carne viva, apenas para me refazer โ”€โ”€ ao seu modo. Como sua aliada, sua amante, sua criaรงรฃo, sua posse. E mesmo que eu nรฃo soubesse o que ele via em mim, bastava que ele me visse como dele... do mesmo jeito que, inegavelmente, eu o via como meu.

Meus dentes afundaram em seu ombro com selvageria, rompendo sua pele sem piedade. O gosto metรกlico e salgado do sangue escorreu lentamente por minha garganta, quente, viscoso, despertando algo feroz e primitivo dentro de mim โ”€โ”€ uma besta adormecida que se banqueteava da dor mรบtua como se fosse รชxtase puro. O corpo dele reagiu ao ferimento como eu reagi ao sabor de sua carne: com violรชncia e necessidade.

Num impulso, ele me prensou contra a parede, colando nossos corpos. Meus seios ficaram espremidos contra seu peito, e o ar fugiu dos meus pulmรตes com a forรงa da posiรงรฃo. As investidas se tornaram mais intensas, nรฃo completamente profundas, mas certeiras, castigando minha carne sensรญvel com ritmo cruel e prazeroso. Eu delirava, revirando os olhos e mordendo sua pele ensanguentada, abrindo ainda mais a ferida como uma loba no cio. E foi ali, entre os rosnados que ele sussurrava contra minha orelha e a pressรฃo brutal de suas mรฃos em minhas nรกdegas, que me senti prestes a chorar โ”€โ”€ nรฃo de dor, mas de prazer absoluto e impiedoso.

Law-san mordeu lentamente o lรณbulo da minha orelha, descendo com beijos รบmidos e arrastados pelo pescoรงo atรฉ alcanรงar o osso da clavรญcula, onde cravou os dentes com tamanha intensidade que me arrancou um grito contido. Levei a mรฃo ร  boca, tentando abafar os sons que escapavam, mas era em vรฃo โ”€โ”€ aquilo jรก ultrapassava qualquer limite suportรกvel. Quando percebi, jรก soluรงava em gemidos manhosos contra a curva de seu pescoรงo, minhas mรฃos cravadas em seus cabelos, puxando com forรงa suficiente para fazรช-lo inclinar a cabeรงa para trรกs. O calor febril de nossos corpos se confundia com o sangue que escorria de seu ombro, tingindo a pele com a cor do delรญrio.

Entรฃo, ele ergueu uma das minhas pernas e deixou a outra tombar, e, por um momento, perdi o equilรญbrio ao sentir o contato gelado do chรฃo metรกlico do navio-submarino sob meu pรฉ. Sem qualquer aviso, penetrou-me com lentidรฃo e brutalidade. Suas investidas eram dolorosamente lentas, quase uma tortura refinada, como se o prazer estivesse em cada centรญmetro que ele tomava. Seus dentes voltaram a me buscar โ”€โ”€ cravando-se em meu pescoรงo com ferocidade suficiente para abrir a pele, fazendo-me sangrar. E, logo depois, ele beijava e lambia o ferimento com uma devoรงรฃo animalesca, transformando a dor em uma experiรชncia transcendente.

Estรกvamos naquela posiรงรฃo hรก tanto tempo que minhas pernas doรญam, meu interior ardia, e eu podia sentir os tremores em seu corpo โ”€โ”€ como se ele mesmo estivesse no limite, lutando para permanecer de pรฉ. Suas mรฃos me sustentavam com firmeza, mesmo quando seus movimentos tornavam-se mais suaves, quase cuidadosos, como se a intensidade tivesse evoluรญdo para algo ainda mais รญntimo. Mordendo os lรกbios, deixei escapar suspiros fracos, o peito arfando em busca de fรดlego, mergulhada em uma nรฉvoa de dor, prazer e pertencimento.

Law-san permaneceu dentro de mim, movendo-se lentamente, com uma delicadeza quase reverente. Carregou-me em seus braรงos como se eu fosse feita de cristal, tropeรงando em seus prรณprios pรฉs atรฉ nos lanรงarmos juntos sobre a cama. Meus seios ainda oscilavam com o ritmo de suas estocadas quando sua boca encontrou meus mamilos, mordiscando-os com intensidade. Seus dentes deixaram marcas ao redor das aurรฉolas, afastando-se apenas para que eu visse โ”€โ”€ um fio fino de sangue misturado ร  saliva tingia seus lรกbios, manchando seus dentes com um vermelho profano. Era uma visรฃo perturbadora... e ainda assim, absurdamente bela.

Suas mรฃos agarraram meus seios com forรงa, e seus quadris voltaram a se mover com brutalidade, penetrando-me fundo, como se o tempo fosse escasso e o mundo, irrelevante. Como se tudo que ele fosse estivesse concentrado naquele ato, em se perder dentro de mim. Seus olhos, fixos nos meus, brilhavam em pura luxรบria... mas tambรฉm havia algo mais. Havia necessidade. Havia fome. Havia desespero. Ele me olhava como se eu fosse a รบnica coisa que lhe restava โ”€โ”€ como se meu corpo fosse seu รบnico alรญvio, sua รบnica salvaรงรฃo, seu templo particular.

E eu sabia. Sabia que para ele, eu era mais do que um corpo. Ele me tocava como se eu fosse sagrada. Como se eu fosse sua. Sua deusa. Sua perdiรงรฃo. Seu vรญcio.

Os dedos de Law estavam manchados de sangue โ”€โ”€ meu e dele, indistinguรญveis. A visรฃo era embriagante. Seus quadris perderam a violรชncia inicial, movendo-se agora com lentidรฃo cerimonial, como se cada estocada fosse um verso de uma prece esquecida. Testas coladas, respiraรงรตes entrelaรงadas, nossos olhos nunca se desviavam. E entre sussurros, juramos promessas impossรญveis. Declaraรงรตes de amor que sรณ poderiam existir naquele instante, naquele universo paralelo feito de suor, sangue e carne.

E eu acreditei. Quis fugir com ele. Para longe. Onde apenas o nosso amor existisse โ”€โ”€ mesmo que torto, mesmo que doentio, mesmo que amaldiรงoado.

Entรฃo, ele perdeu o controle.

Seu corpo inteiro enrijeceu. Tombou sobre mim, colando nossos peitos, nossos coraรงรตes, nossos desejos. Meus braรงos e pernas o envolveram com forรงa enquanto os dele me apertavam como se quisessem me fundir a ele โ”€โ”€ como se fossemos um sรณ, desde sempre. Seus movimentos tornaram-se ainda mais lentos, quase reverentes. Era como se ele quisesse memorizar cada pulsar, cada contraรงรฃo, cada centรญmetro de mim.

E quando o fim o atingiu, ele se enterrou fundo, as mรฃos em meu rosto, os olhos marejados. Trafalgar Law โ”€โ”€ o homem temido, o Cirurgiรฃo da Morte โ”€โ”€ estava ali, nu, vulnerรกvel, humano. E no momento em que nossas bocas se encontraram em um beijo quente, terno e apaixonado... ele veio.

Dentro de mim.

Era quente. Espesso. Intenso. Como uma oferenda sagrada. Como se meu corpo fosse um altar, e ele, um devoto se entregando por inteiro ร  divindade do desejo. ร‰ramos pecado. ร‰ramos รชxtase. ร‰ramos amor. Do nosso jeito distorcido, insano โ”€โ”€ mas verdadeiro. Porque nada jamais pareceu tรฃo certo quanto tรช-lo completamente, sentindo-o me preencher com tudo que era dele. Como se aquele gozo fosse uma promessa silenciosa: "vocรช รฉ minha".

Ele se moveu apenas mais algumas vezes antes de se afastar, retirando-se de dentro de mim devagar. Seu pau ainda latejante, sujo de sua prรณpria essรชncia e do que ele havia deixado em mim, arrastou consigo um fio do que escorreu da minha cavidade โ”€โ”€ lento, quente, impuro.

Meus olhos se demoraram ali.

Law segurou meu queixo e se deitou novamente sobre mim, me abraรงando com tanta forรงa que parecia temer que eu desaparecesse. E eu retribuรญ com o mesmo fervor, porque estar ali com ele โ”€โ”€ inteira, marcada, preenchida โ”€โ”€ era tudo que eu precisava. E tudo que eu sempre quis.

- Law-san... โ”€ murmurei com a voz dรฉbil, quase um sussurro arrastado pela exaustรฃo. Meus olhos mal conseguiam permanecer abertos, e minha cabeรงa repousava, pesada, sobre a curva do pescoรงo dele, onde seus mรบsculos tensos denunciavam a tormenta que o consumia. Seu corpo tremia. Ele estava chorando.

- Ei... โ”€ sobressaltei-me, tentando, com delicadeza, me afastar apenas o suficiente para poder vรช-lo, para entender o que estava acontecendo. Mas seus braรงos me envolveram com forรงa, impedindo minha partida.

- Nรฃo...

- Tรก tudo bem, eu sรณ... โ”€ tentei outra vez, hesitante, movida por um cuidado quase instintivo. Porรฉm, seus braรงos se fecharam ainda mais ao meu redor, como se temesse que eu escapasse por entre seus dedos.

- Apenas fique aqui. Mas, por favor... fique em silรชncio. โ”€ sua voz, embargada e trรชmula, nรฃo soava como uma ordem, mas como um apelo desesperado, uma sรบplica nascida de um coraรงรฃo despedaรงado. Havia algo na sua maneira de pedir que me paralisou โ”€โ”€ um misto de dor e necessidade, de fragilidade e desejo. Permaneci ali, imรณvel, envolta por seus braรงos, confusa... e calada. Porque, naquele instante, mais do que palavras, ele precisava de presenรงa. Da minha presenรงa.

Eu nรฃo sabia, de fato, o que deveria fazer, mas tinha plena consciรชncia de que algo precisava ser feito. E, como se esse gesto pudesse, de alguma forma, confortรก-lo ou ao menos dissipar a sombra que o envolvia, envolvi-o em meus braรงos, abraรงando-o com firmeza, aninhando-o contra meu peito... atรฉ que a tempestade dentro dele passasse.

- Tรก tudo bem... eu tรด aqui.

โ”โ”โ”โ”โ”โ”โ”โ”โ”โ”โ”โ”โ”โ”โ”โ”โ”โ”







Por favor, รฉ meu aniversรกrio, nรฃo me xinguem pelo que estava รณbvio que ia acontecer desde o inรญcio. ๐Ÿ˜ž๐Ÿ‘Ž


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