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━━ 𖥔 ִ ་ ،𝟮𝟱. 𝗧𝗼𝗿𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼.









━━ Segunda parte da Grand Line, Novo Mundo ; Punk Hazard.
ᘡTrafalgar Law, Cirurgião da Morte. ❪O ponto de vista dele❫

Não esperava encontrá-la tão cedo e, pela expressão que se instalou em seu rosto desde o momento em que nos vimos, não ficaria surpreso se descobrisse que ela também não esperava por isso. O olhar assustado, as pupilas trêmulas, a pele pálida e pequenas gotas de suor escorrendo por sua testa denunciavam seu nervosismo ao estar frente a frente comigo após dois anos sem notícias um do outro - não que eu me importe, honestamente. Contudo, ainda me irritava a maneira como ela me encarava, com aqueles olhos que silenciosamente gritavam desespero, quando ela era a única culpada de ter se colocado em tal situação comigo, de ter insistido em pagar algo que eu sequer havia lhe cobrado. Agora, queríamos ou não, tínhamos essa maldita ligação, essa dívida que eu não renegaria porque, por mais estúpida que fosse, não poderia arriscar perder tamanha quantia em dinheiro.

Estávamos nos dirigindo à fábrica para retornarmos ao laboratório de Caesar, a fim de que Guaxinim-ya pudesse investigar melhor a droga usada nas crianças sequestradas e também procurar algo que ajudasse na recuperação e abstinência delas. No entanto, ao meu ver, isso acabaria levando mais tempo do que tínhamos e, no fim, quem acabaria resolvendo tudo seria eu, pois posso fazer algo a respeito, como fiz há alguns anos... comigo mesmo.

Durante o trajeto, Elisabette-ya e o médico do bando do Chapéu de Palha não se calaram por um único segundo, vez ou outra rindo de piadas idiotas contadas por ele ou de perguntas absurdamente burras feitas pela garota de cabelos platinados que nos acompanhava - que eu preferia que não tivesse vindo -, perguntas tão sem sentido e óbvias que me faziam questionar o quão alto seria o eco na cabeça da tão temida "Anjo da Morte", que mais parecia uma criança tonta do que uma mulher de 19 anos.

As risadas dela ainda eram iguais às que eu costumava lembrar em momentos de frustração, quando todos os pensamentos ruins vinham à minha mente para atormentá-la, desde o quão miserável minha vida era até a humilhação de ter sido nocauteado por ela, que naquela época não passava de uma adolescente barulhenta. E, olhando para ela agora, vejo que não muita coisa mudou, pois continua tão barulhenta e agitada quanto na última vez em que a vi.

Em termos de personalidade, ela parece a mesma: rindo alto, falando alto e atropelando as palavras, gesticulando rapidamente com as mãos enquanto falava, suas asas batendo freneticamente enquanto fazia tudo ao mesmo tempo, com penugem soltando-se das penas e misturando-se na pluma negra de seu casaco, que parecia ser a única fonte de calor que possuía.

Observei seus pés tocando minimamente o chão nevado e notei a coloração esbranquiçada na ponta de seus dedos, que estavam ficando roxos e vermelhos ao redor, claramente sofrendo queimaduras pelo gelo. Ter sido baleada na casa de leilões não parece ter lhe ensinado nada sobre pedir ajuda aos companheiros quando necessário, o que é deplorável até mesmo para ela, que por si só já parece ser um problema considerável.

Seu rosto não havia mudado tanto; apenas não parecia mais o de uma menina, agora exibia traços de uma mulher, se é que posso dizer assim. Suas bochechas ainda eram razoavelmente cheias, mas não como costumavam ser há dois anos. Havia pequenas marcas lineares em seu nariz, e ela não era mais tão magra, agora com um corpo aparentemente mais desenvolvido e curvilíneo.

Embora seus braços e pernas estivessem cobertos pelo casaco, nas poucas vezes em que sua pele aparecia era possível notar os músculos definidos. Seus cabelos, que eu lembrava bem de serem totalmente platinados, com um tom que recordava o prateado, agora exibiam algumas mechas loiras e a raiz estava quase da mesma cor.

Ela havia crescido, isso era um fato. Já não era mais uma menina e demonstrava certa seriedade diante da situação em que nos encontrávamos, embora sua personalidade asquerosa da maldita pirralha que conheci ainda estivesse presente, o que poderia ser um enorme problema. Em meio aos barulhos e agitações que ela produzia, permanecia aquela teimosia e impulsividade que por pouco não me fez partir seu corpo em vários pedaços e espalhá-los por Sabaody, apenas para me divertir com o desespero dela em procurar por cada uma de suas partes espalhadas.

Faltava pouco para chegarmos à fábrica. Eu já estava vendo a entrada dos fundos do laboratório quando notei que Elisabette-ya havia parado de caminhar para olhar o horizonte além da parte nevada de Punk Hazard.

Franzi o cenho imediatamente e estreitei o olhar para encará-la com reprovação, mas minha repreensão silenciosa de nada serviu, pois seu olhar parecia perdido. Algo em seus olhos me alertou, como se, mesmo não olhando para mim, fosse fácil identificar que algo a incomodava - e, pelo visto, não eram seus pés quase necrosando. Olhei na mesma direção que ela, mas não vi nada além de um céu acinzentado e flocos de neve na tempestade rotineira e habitual da ilha, à qual eu já havia me acostumado, apesar dos pesares.

- Tem algo se aproximando. E é grande... bem grande! - disse ela, abrindo suas asas e se preparando para levantar voo, mas agarrei seu pulso antes que ela colocasse tudo a perder por conta de um delírio causado pelo frio.

- Não vá para lugar nenhum. Se você sair voando por aí igual um pombo desgovernado, vão saber que você e o restante do seu bando ainda estão vivos.

- Eu preciso ver o que é, me parece uma ameaça em potencial. - protestou, balançando o braço para afastar meu aperto.

- Eu já falei que não. - retruquei, dando as costas para ela e voltando a andar. - Estamos quase chegando.

- Esse é um jeito muito rude de tratar uma dama.

Essa maldita frase novamente. Dois anos se passaram, e só de ouvi-la dizer isso para mim outra vez, meu sangue fervia e uma veia saltava na minha testa. Inferno de mulher. Se ela não fosse de extrema utilidade, eu a eliminaria aqui e agora, encontrando uma forma de evitar que o guaxinim visse e seguiria caminho com ele. Encarei seus olhos azuis com evidente irritação no semblante, e ela apenas suspirou, voltando a focar o horizonte com um olhar desconfiado.

Eu estava prestes a repreendê-la novamente, chamando sua atenção e apressando-a para que entrássemos logo no laboratório de Caesar. Contudo, antes que eu pudesse pronunciar qualquer palavra ou emitir um único som, gritos seguidos de uma explosão, resultante de algo se chocando contra os escombros do navio do G-5, ecoaram por todo o ambiente, atraindo nossos olhares para onde estavam os fuzileiros navais e os residentes de Punk Hazard.

Nico Robin pousava majestosamente no chão com asas formadas por mãos que logo desapareceram em pétalas de flores levadas pelo ar. Franky surgia do convés destruído com um punho gigante de seu corpo robótico, terminando de arrebentar tudo. Por fim, Monkey D. Luffy ria alto e anunciava para todos que estava ali para "socar o Mestre e sequestrá-lo", praticamente expondo nosso objetivo sem qualquer preocupação.

Esse imbecil! Por que resolveu entrar em combate? Isso não estava no plano e ainda pode causar um problema maior se Monet suspeitar minimamente de mim, já que ela parece ser um milhão de vezes mais esperta do que o próprio chefe. Afinal, há uma grande diferença entre ser inteligente e ser esperto. Sim, devo admitir que Caesar Clown é um gênio, mas, por outro lado, é também um grande idiota que não sabe o que faz da vida, a menos que seja em prol de um sucesso que ele vai morrer sem conseguir alcançar.

- O que vamos fazer? - perguntou o guaxinim, parecendo se divertir com a luta que se desenrolava a alguns metros de onde estávamos.

- Vamos entrar. - respondi, dando as costas para aquela situação e seguindo para a porta dos fundos do laboratório.

- Você tem a chave? Se quiser, posso arrombar! - Elisabette-ya interveio na conversa, apertando os punhos enquanto sorria.

- Mas ele consegue se teleportar!

- Oh, é mesmo! Se eu arrombasse, faria muito barulho, né? Que bom que você consegue se teleportar, isso vai nos poupar forças.

- Sim! Isso é muito maneiro!

- Verdade!

- Calem a boca. - falei em um tom ríspido, obtendo sucesso ao ver os dois se calando com sorrisinhos em seus lábios enquanto me encaravam com admiração. - Room.

No mínimo, os dois estavam se comportando, apesar de terem sido bastante barulhentos e agitados durante todo o trajeto. Agora que estávamos dentro da fábrica, ambos pareciam mais determinados e comportados, especialmente a pirralha, embora vez ou outra ainda olhasse para trás como se estivesse procurando por algo ou se sentisse incomodada. Eu estava curioso, admito, mas não perderia tempo com conversas fúteis, além de não termos intimidade suficiente para tal.

Precisávamos ser rápidos e cuidadosos; qualquer deslize, meu ou deles, poderia colocar tudo a perder, especialmente porque Caesar já tinha noção de que o Mugiwara-ya planejava sequestrá-lo, mesmo sem saber os motivos. Agradeço às divindades que aquele cabeça de vento não tenha mencionado meu nome ou insinuado minha participação no plano.

O combinado era que eu deixaria o médico do bando do Chapéu de Palha na sala onde costumava passar o tempo livre, bebendo ou lendo algum livro interessante da prateleira. Esta sala também dava acesso ao laboratório onde Caesar Clown realizava seus experimentos e estudos, sobre sabe-se lá que planos bestas ele tinha. Eu iria distrair Monet e levá-la para longe, permitindo que o guaxinim investigasse a droga, enquanto Elisabette-ya ficaria escondida nos arredores. Quando concluíssemos e tivéssemos a chance de fugir do laboratório, pegaríamos Caesar e finalmente partiríamos rumo à Dressrosa.

Assim que chegamos ao nosso destino, a garota de cabelos platinados voou para o teto e se escondeu atrás de alguns canos de metal, enquanto eu entrava na sala, encontrando Monet completamente sozinha. Ótimo. Era minha chance. Com ela estando sozinha, seria bem mais fácil distraí-la e levá-la para longe. Por mais que eu odiasse, sabia bem como fazer isso e que desculpa usar.

Entrei silenciosamente na sala, desamarrando a corda que prendia a sacola onde o Guaxinim-ya estava escondido, facilitando sua saída quando eu levasse a mulher para longe.

Monet permanecia sentada, em silêncio, estudando como de costume. Já havia perdido as contas de quantas vezes a encontrara ali, lendo livros, jornais ou revistas e fazendo anotações em um caderno, que logo viraram dois, três, muitos cadernos cheios de anotações. Todos os dias, ela ficava naquele mesmo lugar, estudando algo novo. Quando não, estava me atazanando com suas cantadas estúpidas que, mesmo odiando admitir, me fizeram ceder pelo tédio de passar horas sozinho, andando de um lado para o outro pelo laboratório, fingindo procurar por algo.

- O Mestre não está.

- É mesmo? Aonde ele foi?

- Eu não sei. - ela finalmente se virou para me encarar, com aquele mesmo sorriso cínico de sempre. - Do jeito que ele é, deve estar vendo a luta lá fora.

- Já vi tudo que queria ver na ilha. Estou pensando em deixá-la, em breve.

- Vamos sentir sua falta.

- "Vamos"? - arqueei uma sobrancelha, pousando minhas mãos sobre o sofá enquanto devolvia o sorriso na mesma medida.

- Conheço esse sorriso. - ela sussurrou, cruzando as pernas e fazendo menção de se levantar.

- Há algo que quero que você me ajude. Pode vir comigo?

- Oh, essa é a primeira vez que você toma a iniciativa e me chama para sair. Que gracinha!

Minha resposta à sua provocação foi franzir o cenho e torcer os lábios. Em seguida, dei as costas para ela, ouvindo suas reclamações sobre meu mau humor, e saímos juntos da sala. De relance, pude ver Elisabette-ya nos seguindo silenciosamente e com cautela, como se temesse ser vista. Agradeci internamente por ela estar agindo com tanto cuidado, em vez de sair batucando por cada pilar e cano que estivesse em seu caminho. No fim, ela seria de grande ajuda, e confesso ter me precipitado em julgar que sua presença seria um incômodo.

Monet, por outro lado, estava com um olhar diferente, mais estreito do que o normal. Ela parecia mais presunçosa do que de costume. Era cínica, traiçoeira e sorrateira, a própria desgraça em forma de mulher, e me via em negação ao pensar nas vezes em que, levado pelo álcool, acabara na cama com ela.

Algo estava errado, e eu não sabia o quê. Monet estava sorridente demais e demonstrava estar ansiosa por algo, sem sequer tentar esconder isso. Eu a conhecia o suficiente para saber que ela estava tramando algo. Entretanto, ela não poderia fazer nada contra mim, não quando seu coração estava nas mãos de Caesar, que acreditava ser o do Caçador Branco, mas ela ainda acreditava que seu órgão permanecia em minhas mãos, como um pacto de confiança entre mim e seu mestre. Porém, nem tudo são flores. Assim como eu a "tinha" em minhas mãos, ela também me tinha nas suas, pois meu coração também estava comprometido e sob a custódia deles.

E era o que eu queria acreditar.

Inferno. Eu deveria imaginar.

De repente, comecei a sentir uma dor aguda e quase insuportável no peito, como se alguém estivesse me causando danos através do meu coração. Levei a mão até o lado esquerdo do peito, apertando por cima do tecido do sobretudo, numa esperança falha de tentar aliviar o incômodo, que parecia se intensificar a cada segundo. A cada passo que dávamos em direção ao fim do corredor, onde ficava o quarto de Monet, a dor aumentava.

Suor frio começou a escorrer pela minha testa e logo pude sentir o sangue quente subindo pela garganta, escorrendo pelos meus lábios e me fazendo cuspir no chão. Caí de joelhos, sentindo minhas pernas fraquejarem, e lutei para que meu corpo inteiro não tombasse, evitando a humilhação de me ver caído aos pés daquela mulher miserável. Monet perguntava inocentemente o que estava acontecendo e alegava que eu parecia sentir dor, quando era óbvio o que estava acontecendo e mais óbvio ainda que ela sabia quem estava me causando toda aquela agonia. Meu olhar encontrou o dela por frações de segundos, e pude ver o brilho do seu cinismo cintilando nas orbes amareladas enquanto um sorriso sonso se abria em seus lábios.

- Quem está aí!? - gritei, quase me deixando levar pelo desespero do momento.

Meu corpo finalmente chegou ao seu limite e me vi caindo completamente sobre o chão, batendo o rosto contra a poça do meu próprio sangue. Apertei os olhos e tentei levantar, mas estava fraco demais para me apoiar nos cotovelos e ter algum tipo de suporte para me erguer. Respirei fundo e vi mais sangue saltando de minha boca e nariz. Merda. Não seria exagero dizer que estava morrendo aos poucos, graças ao bastardo que estava machucando meu coração de forma a me deixar nesse estado humilhante e deplorável, caído sobre meu próprio sangue, sem forças ou disposição para lutar ou, no mínimo, me defender de quem quer que estivesse se aproximando.

- Sou eu. - uma única frase foi o bastante para que eu reconhecesse o dono daquela voz. Também foi suficiente para fazer com que o suor escorrendo pela minha testa se tornasse ainda mais gelado e arrepiasse minha pele.

- Por quê? O que faz aqui?

- Há quanto tempo. Você cresceu, Law.

Era Vergo. A última pessoa que eu queria e esperava ver naquele momento. É estúpido dizer, mas na presença dele eu me sinto miseravelmente fraco e vulnerável, não apenas pelo fato de ele estar com meu coração sendo esmagado entre seus dedos, mas também pelas memórias que me vêm à mente ao ver seu rosto depois de catorze anos sem ouvir sua voz ou vê-lo nas reuniões no QG da Marinha. Nessas reuniões, os Shichibukais se reuniam para discutir qualquer asneira do Governo Mundial ou simplesmente para repreender uns aos outros, e o que me aliviava era o fato de que Doflamingo nunca aparecia em nenhuma delas, evitando o desgosto de ter que vê-lo, sempre sorridente, asqueroso e imundo, apenas por existir e respirar o mesmo ar que eu.

Tudo o que aconteceu, todas as desgraças que precisei enfrentar junto com a culpa que precisei carregar, enquanto lidava e continuo lidando todos os dias com o fato de que Corazón morreu para que eu pudesse viver, nunca fizeram sentido para mim. Nunca entendi o porquê, nunca entendi para quê, porque não consigo encontrar sentido.

A lembrança dele chegando baleado no esconderijo, mas comemorando por ter conseguido encontrar a Ope Ope no Mi, demonstrando uma felicidade genuína por finalmente obter algo que pudesse me curar da Doença do Chumbo Branco, que estava me consumindo aos poucos, fazendo-me morrer lentamente. O sorriso em seu rosto, a risada, ouvi-lo dizer que me amava com um largo sorriso formado pelos seus lábios vermelhos tanto pelo batom borrado quanto pelo sangue que escorria entre eles, manchando sua pele e sua camisa estampada com corações.

E tudo isso, porque fui inútil o suficiente para não conseguir retribuir seu ato nobre. Eu só tinha um único trabalho: encontrar algum fuzileiro naval e entregar sua carta, mas tudo que consegui fazer foi atrair um ex-executivo para onde ele estava, que o reconheceu imediatamente e não tardou em espancar nós dois, deixando claro que nos deixaria ali para morrer. Nem mesmo tive a chance de vê-lo soltar seu último suspiro, porque sei que ele aguentou até que eu estivesse longe o suficiente de Doflamingo e Vergo para poder enfrentar aquele novo inferno sem atraí-los de volta para mim e desperdiçar a última chance de fugir e viver uma vida à qual eu já havia desistido.

- Acha mesmo que ele nunca suspeitou? Também não confiamos em Caesar. Por isso, ele decidiu enviar uma de suas agentes: Monet. - disse ele, me encarando de cima com o olhar escondido por detrás dos óculos escuros. - Agora você é um dos Sete Corsários, não é? Muito bem.

- Quando chegou aqui, Vergo? - questionei, arfando algumas vezes enquanto lutava para manter a consciência, com o sangue pingando pelo canto da minha boca.

- Acabei de chegar. Por sorte, estava em Dressrosa. Peguei carona em um cargueiro SAD que estava de saída. Foi a melhor decisão.

- Melhor decisão!? Eu lhes causei algum mal?

- Não, mas já estaria morto se fosse o caso. Não brinque com gente grande, Law.

- Neste caso, o melhor a fazer é acabar com você. - falei, usando minhas últimas forças restantes para agarrar o cabo da minha nodachi e retirar a bainha, finalmente avançando contra Vergo.

- Seja educado. - ele apertou com força o meu coração, fazendo-me cair novamente. - É "Senhor Vergo" para você.

Ele segurava um bastão na mão livre, e arregalei os olhos ao vê-lo adquirir um tom escuro e uma aparência metálica, junto com seu braço. Isso me trouxe à mente memórias de sua habilidade de blindar o corpo inteiro com Haki de Armamento. Fechei os olhos com força, esperando ser atingido pelo golpe, quando Elisabette-ya interveio em alta velocidade, aparando o bastão com os braços cruzados em frente ao corpo, ambos os antebraços cobertos por Haki. De forma surpreendente, ela conseguiu defender o golpe antes que eu fosse atingido, sem sequer se desequilibrar ao pousar no chão e já segurando o bastão blindado.

Notei que em sua mão havia uma concha redonda de cor rosa alaranjada e alguns furos pela extensão. Franzi o cenho em confusão, questionando como ela pretendia lutar usando uma concha, quando tinha uma foice presa às costas.

Tentei me levantar novamente, pois não poderia deixá-la lutando sozinha, especialmente considerando que a situação havia saído do planejado. No entanto, estava fraco demais e vulnerável. Qualquer movimento brusco que eu fizesse poderia dar a Vergo a oportunidade de usar meu coração contra mim. Restou-me permanecer caído no chão, vendo minha visão escurecer e tudo ao meu redor se transformar em borrões, enquanto as vozes ficavam distantes. Lutei para me manter acordado, pelo menos para avisar a pirralha para não morrer e fugir.

- IMPACT! - ela gritou e, para minha surpresa, Vergo foi arremessado quando uma explosão de ar saiu dos buracos da concha que ela segurava.

- Que situação... - escutei Monet cantarolando enquanto avançava em direção à garota de cabelos platinados com uma de suas asas transformadas em gelo afiado.

- Foge... - murmurei com fraqueza, tentando me apoiar com as mãos, mas fui rapidamente erguido pelos braços dela.

- Que coisa! - ela franziu o cenho, saltando comigo para o outro lado do corredor, escapando por pouco do ataque de Monet. - Fique aqui! Eu cuido dela.

Elisabette me colocou encostado na parede e finalmente retirou a foice de suas costas, girando-a em suas mãos, soltando algumas faíscas elétricas enquanto se colocava à minha frente, em posição defensiva. Vi Monet sorrir, claramente se divertindo com toda aquela situação: Vergo caído no final do corredor, uma garota que tinha metade da idade dela prestes a enfrentá-la, e eu jogado feito um peso morto, incapaz de fazer mais do que observar enquanto sangrava.

- As lâminas das minhas asas são capazes de cortar diamantes. - ela disse, sorrindo zombeteira, enquanto a pirralha apenas a encarou confusa.

- Eu não estou com nenhum diamante. - por fim, as duas começaram a se enfrentarar em uma luta que parecia estar sendo intensa, se eu pudesse enxergar com clareza.

Enquanto Elisabette e Monet se engajavam numa batalha violenta, pude sentir o peso da fraqueza se intensificar dentro de mim. Observava as trocas de golpes, os movimentos ágeis e precisos de ambas, mas a visão começava a se turvar, como se estivesse olhando através de uma névoa espessa. Cada vez mais, as formas se distorciam, os sons se tornavam abafados. As vozes delas pareciam distantes, ecoando como murmúrios distantes em meus ouvidos. Tentei manter-me alerta, lutando contra a vertigem que ameaçava me dominar, mas o esforço era em vão. Gradualmente, as cores se desvaneceram, os contornos se tornaram borrões indistintos, até que tudo se perdeu na escuridão e a consciência me abandonou por completo.

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