
━━ 𖥔 ִ ་ ،𝟬𝟲. 𝗢 𝘀𝗮𝗻𝗴𝘂𝗲 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝘃𝗲𝗿𝗺𝗲𝗹𝗵𝗼.
━━ Arquipélago Sabaody, Grand Line ; próximo a Red Line.
ᘡElisabette, Anjo da Morte. ❪O ponto de vista Dela❫
Meu coração estava batendo disparado, como se fosse pular do meu peito e saltitar pela plateia. Ver Camie-chan acorrentada como um animal selvagem era digno da minha mais profunda raiva e desgosto; sequer me lembro da última vez que me senti com tanto ódio assim. O olhar dela me quebrou por completo. Ela estava tão assustada e nos olhava com desespero. E, mesmo que estivesse submersa em um tanque de água, eram nítidas as lágrimas em seus olhos. No momento em que o mestre de cerimônias deu início ao leilão da nossa amiga sereia, todos ficaram afoitos e agitados, fazendo comentários estúpidos sobre como gostariam de ter uma sereia para "se divertir" e que seria ótimo tê-la como... animal de estimação.
Tínhamos 200 milhões de berries, e eu tinha certeza de que isso seria mais do que o suficiente. Se até Nami estava disposta a entregar tudo de bandeja para recuperar Camie-chan, por que eu deveria ser contra? Dinheiro são apenas algumas notas e círculos de metal; podemos conseguir de novo outra hora, mas ela? Era uma chance única. Uma chance única de salvá-la de viver um inferno como escrava.
Quando cheguei ao mar azul, eu sabia que as coisas seriam diferentes do que eu conhecia e estava acostumada a ver ouvir, porém não esperava que fosse tão diferente assim. Em Skypiea, tudo sempre foi mais tranquilo e pacífico - mesmo sob o governo de Enel -, por mais simples que fossem as nossas vidas. Saber que tudo pode acontecer a qualquer momento e me pegar desprevenida faz com que eu fique sempre alerta, atenta aos mínimos detalhes e preparada para atacar ou defender a mim ou meus companheiros. Não é à toa que, nas duas únicas vezes que fiquei desorientada e sem usar o Mantra, não consegui desviar do El Thor e não pressenti os movimentos dos inimigos que levaram Camie-chan.
- O lance inicial é de..!
- 500 MILHÕES! - o Dragão Celestial gritou, levantando-se de seu assento e erguendo uma placa. - Eu a compro por 500 milhões!
Silêncio. Um silêncio ensurdecedor e extremamente doloroso ficou entre todos nós no instante em que aquele nobre anunciou o seu lance. Aquele desgraçado havia conseguido superar tudo o que tínhamos e tenho certeza de que não passou despercebido apenas por nós, mas por todos presentes no leilão. Apertei com força Inazuma contra meu peito e enfiei uma mão em minha bolsa, sentindo o saco com minhas joias, apertando-o também.
Se eu ganhar tempo... nem que seja mais alguns minutos... eu poderia pedir ao Sanji que corresse até o banco mais próximo e trocasse tudo por berries. Tenho certeza de que todas devem valer uns 300 milhões ou mais... ou então... porcaria! Tudo está se esvaindo da minha mente. Meu coração está disparado, estou sentindo todas as minhas veias tremerem e meus músculos ficarem rígidos. Precisamos fazer algo logo! Se Luffy estivesse aqui, no fim, ele conseguiria resolver tudo... eu... eu deveria pensar... o que ele faria? Ah, sim... ele faria a coisa mais estúpida possível.
- 600 MILHÕES DE BERRIES! - gritei, chamando a atenção de todos para o nosso grupo.
- Lis! Você ficou maluca!? - Nami agarrou meu braço, horrorizada e confusa. - Não temos esse dinheiro nem nos nossos sonhos!
- Confia em mim.
- Esse é o problema! Eu não confio em você! - ela choramingou, levando ambas as mãos até o rosto.
- Vamos ganhar tempo até que o Luffy chegue até aqui! - Sanji ficou ao meu lado, demonstrando estar tão desesperado a ponto de concordar com meu plano absurdo.
- 1 BILHÃO DE BERRIES!
- Esse basculho... - rangi os dentes, apertando os punhos com força. - 10 BILHÕES DE BERRIES!
- Maninha, acho que você está começando a passar dos limites... - Franky colocou a mão em meu ombro e me fez olhar para ele.
- 20 BILHÕES!
Engoli em seco e fiquei encarando os olhos do ciborgue com desespero. Era verdade que eu estava exagerando e podia nos colocar em risco, mas eu não queria que perdêssemos a Camie-chan! Eu me sentia culpada pela captura dela, assim como Papagu e Hachi também se sentiam, Chopper, Brook e Luffy também sentiam uma parcela de culpa. Ela poderia estar bem se eu tivesse com meu Mantra ativado; ela estaria bem se estivéssemos todos atentos a ela, sabendo que Camie-chan era um alvo fácil ao estar desacompanhada e vulnerável a qualquer sequestrador que tentasse pegá-la desprevenida, como aconteceu.
Quando o mestre de cerimônias por fim anunciou que nossa amiga estava vendida ao Dragão Celestial, foi quando senti meu mundo desmoronar e a ficha cair do desastre que havia acabado - e ainda iria - acontecer à sereia.
Estávamos todos sem esperança, com nossos corações a mil, com o peso do mundo inteiro caindo em nossas costas. Eu queria chorar, entretanto não podia. Chorar é... coisa de criança. E eu sou uma mulher, não uma menina. Maldição! Eu estava apertando as mãos com tanta força que sentia minhas unhas perfurando levemente a minha pele, o que com certeza deixaria marcas visíveis mais tarde, mas quem liga? Isso não é importante agora.
Foi quando, de repente, escutei Luffy se aproximando e um fio de esperança retornou a mim. Virei de costas rapidamente e olhei para a entrada do leilão, escutando gritos ao longe e um som de algo chegando. Sorri largo, quase rindo pelo milagre. Segurei Inazuma em minhas mãos e me preparei. Sabia que, a partir do momento em que nosso capitão estivesse aqui, ele iria agir por impulso e causar uma tremenda confusão, e nada melhor do que estar preparada desde já.
E, milagrosamente, o capitão do bando do Chapéu de Palha invadiu o local do leilão da maneira mais inusitada possível! Junto de um peixe-voador e um dos subordinados de Duval, Luffy aterrissou de forma desajeitada junto de Zoro, destruindo alguns assentos e trazendo a atenção de toda a plateia para a nossa tripulação. Suspirei aliviada, depois olhei de canto para Nami e pisquei para ela, como se dissesse "eu falei para confiar em mim". Estávamos quase todos reunidos, agora só restava Usopp, Brook e Robin, contudo nossa formação estava feita, mesmo que incompleta. Eu quase podia escutar o som de tambores anunciando a nossa presença.
Como esperado, o garoto com chapéu de palha agiu por impulso e com imprudência, sequer nos cumprimentando e correndo direto na direção de Camie-chan, que agora sorria em um misto de alívio - por ele ter aparecido - e desespero - por ainda estar acorrentada e presa a uma coleira. Hachi logo tratou de ir atrás de Luffy para impedi-lo de fazer qualquer besteira, mas... o pior aconteceu. Algo tão nojento e asqueroso capaz de fazer meu suco gástrico borbulhar no meu estômago, me dando uma azia imediata.
- É bem o que a Robin disse... eles discriminam os homens-peixe e sereias nestas ilhas! - nossa navegadora nos contou com um olhar horrorizado, encarando a cena mais à frente.
- Discriminam a Camie e o Hachi!? - Chopper, assim como todos nós, ficou extremamente chocado e, conhecendo a sua história, imagino que ele entenda como eles se sentem.
Ver o público tratando nosso amigo homem-peixe como se ele fosse uma aberração foi o que fez o meu sangue ferver ainda mais. Ele estava em desespero e Papagu correu para acudi-lo enquanto placas, lixo e outros objetos pequenos eram arremessados na direção de Hachi. Apertei Inazuma com força e estreitei os olhos, desviando o olhar daquela cena que, para mim, era um absurdo agonizante. Hachi... apesar de seus pecados, de ter se envolvido com o tal Arlong, ele demonstrava ter mudado e se tornado alguém melhor ou ao menos se esforçando para ser. Por que essas pessoas não enxergam isso!? Malditos mortais. Todos eles... são indignos do perdão divino.
E, quando menos esperávamos, um tiro foi efetuado. Hachi havia sido baleado pelo mesmo Nobre Mundial que tinha feito a compra de Camie-chan. Aquele homem... se é que eu posso chamá-lo assim... esse desgraçado... atingiu um "adversário" de guarda baixa e pelas costas. Há covardia maior que esta em uma batalha? Acredito que não. Não há.
O sangue vermelho que o homem-peixe derramava de seu ferimento e por seus enormes lábios apenas me fez perceber uma coisa, uma coisa que todos sabem, mas que nunca o farão pensar como os seres racionais que são: por dentro, somos todos iguais.
O sangue é líquido. O sangue quase sempre morno. O nosso sangue com um gosto levemente salgado e de ferro. E é o nosso sangue, acima de tudo, no tom mais vermelho possível. Nossas aparências podem não ser iguais, tampouco as raças não são as mesmas, todavia o sangue e o interior é igual. Por que... diferenciar por algo tão... fútil? Acima de todos nós, apenas Deus.
E, até onde sei, ninguém aqui possui o título de Deus.
Hachi chorou, se humilhou - como se isso ainda fosse possível - e implorou ao capitão que ele não piorasse a situação, mas sabíamos bem como aquele menino era tudo, menos responsável. Luffy levantou-se e deixou o nosso amigo com Papaggu, que também chorava e pedia a ele para que não fizesse nada... porém, ele fez. Graças aos céus, ele fez. Monkey D. Luffy, aquele que será o Rei dos Piratas, acertou um soco em cheio no rosto do Dragão Celestial, um soco tão forte e cheio de ódio que fez aquele maldito voar longe e formar uma enorme nuvem de fumaça nos locais destruídos pelo impacto.
- Foi mal, pessoal... agora que eu esmurrei esse cara, um Almirante vai descer com uma frota inteira... - foi o que ele disse enquanto colocava seu chapéu de volta na cabeça.
- Perdi minha chance de cortá-lo ao meio porque 'cê bateu nele antes. - Zoro, que estava prestes a desembainhar uma de suas espadas, a guardou novamente.
- E eu aqui, ansiosa para fazer jus ao meu apelido. - revirei os olhos e dei uma risada.
- Shishishishi!
Aquela risada era o que sempre trazia um sorriso para os meus próprios lábios. Eu só queria manter ele com aquela risada para sempre, protegê-lo da maldade e fazer o possível para que Luffy sempre me olhasse com aquele sorriso e desse aquela risada. Olho para ele, e me pergunto: o que seria da minha vida se eu nunca tivesse conhecido os Chapéus de Palha? Nem eu sei a resposta para essa pergunta e, sinceramente, prefiro nunca saber. Porque, sem eles, eu tenho plena consciência que sozinha eu não conseguiria viver.
✦ . ⋆ ˚ ☆
━━ ᘡNarrador. ; ❪O ponto de vista do Leitor❫
Como era de se esperar, dada a situação em que Luffy do Chapéu de Palha havia colocado sua tripulação, não demorou para que os guardas que estavam na casa de leilões cuidando da segurança dos Dragões Celestiais começassem a avançar contra o bando e as pessoas saíssem desesperadas do local, afinal, logo, de fato, um almirante da Marinha chegaria com uma frota para tentar fazê-los se render após a agressão do capitão pirata a um nobre.
Elisabette retirou seu casaco de penas pretas e guardou novamente em sua bolsa, agora tendo liberdade para voar livremente e lutar sem mais se segurar. Ela sorriu e saltou de onde estava na direção de um grupo de guardas que iam na direção de Chopper, que cuidava do ferimento de Hachi, e, sem nem pensar duas vezes, ela os cortou ao meio com sua foice, sujando a lâmina com o sangue daqueles homens. Pelo canto de seus olhos, ela encarou a rena em sua forma humanoide e piscou, depois voou em alta velocidade na direção de outros inimigos que continuavam indo e vindo tanto nela quanto em seus companheiros.
A platinada estava possessa. Enraivecida tanto pela situação de Camie por quase ter sido vendida como escrava quanto por Hachi ter sido atingido de uma forma tão covarde por um daqueles que, aos olhos dela, não passavam de escória.
Graças ao seu Mantra, Elisabette logo percebeu que já haviam cercado a casa de leilões e rapidamente a garota de cabelos platinados ficou em alerta, arregalando os olhos e levando sua atenção para a entrada. "Eu vou destruir esse lugar", ela pensou consigo mesma, segurando com força o cabo de Inazuma, que começara a soltar algumas faíscas elétricas e passavam pela lâmina até o corpo da birkan. Entretanto, precisaria esperar que todos saíssem e que ninguém fosse pego pelos fuzileiros navais, também precisavam garantir que a sereia fosse salva o mais rápido possível.
- Estamos cercados. - Elisabette disse assim que pousou em cima de um dos assentos.
- HÃ!?
- A Marinha chegou faz um tempo, ô do Chapéu de Palha. - Trafalgar Law, que estava sentado não muito longe deles, se colocou na conversa do bando.
- Quem é você? - Luffy olhou de canto para o capitão dos Piratas de Copas. - E esse urso aí?
- QUE ASSUSTADOR! - a platinada arregalou os olhos e se agarrou em Usopp.
- VOCÊ VIVE SENDO ENGOLIDA POR REI DOS MARES E FATIANDO ELES AO MEIO E ESTÁ COM MEDO DE UM URSINHO!? - o atirador da tripulação questionou com indignação.
- Eles já haviam cercado o local antes do leilão começar. O QG da Marinha tem um posto avançado no arquipélago. - Law continuou, mantendo seu olhar fixo no Chapéu de Palha. - Eu não sei quem eles queriam pegar, mas duvido que esperassem que alguém fosse bater nos Dragões Celestiais. - ele riu sarcasticamente. - Belo espetáculo, ô do Chapéu de Palha.
- Você deve ser Trafalgar Law. - Robin interveio. - Luffy, ele é um pirata.
- O quê!? Até o urso?
- E aquele homem... Eustass "Capitão" Kid. - ela continuou.
- Hein!? É o homem com a recompensa maior que a do Luffy-san!? - Brook teria arregalado os olhos se tivesse.
A birkan logo largou Usopp e os deixou conversando entre si, correndo ao encontro de Camie, que ainda observava toda a situação com preocupação no olhar. Elisabette se aproximou com cuidado da sereia e deu um tapinha na cabeça dela, dizendo que estava tudo bem e que, agora - finalmente -, ela estava segura e logo seria liberta, podendo voltar para o mar e viver a vida livre que sempre teve e continuaria tendo. O coração da platinada estava aquecido, mesmo que eles estivessem correndo tamanho risco, para ela só importava que agora sua amiga estava segura e sob seus cuidados e proteção enquanto a situação se desenrolava.
Novamente, como havia acontecido não muito tempo atrás, o olhar da garota de cabelos platinados se encontrou com o daquele mesmo pirata, que agora ela já conhecia o nome: Trafalgar Law, O Cirurgião da Morte, capitão dos Piratas de Copas.
Os olhos azuis de Elisabette estavam colados ao olhar cinzento daquele homem, que apenas mantinha aquele jeito debochado de encará-la, de forma que ela não sabia se ficava irritada, desconfortável ou assustada. Ela o achou estranho, não conseguia decifrá-lo, tampouco entender o que se passava com o moreno tatuado. "Esquisito, não me olhe assim", a mais jovem pensava consigo mesma, esperando que o pirata parasse de encarar primeiro, o que não aconteceu e, por fim, ela se deu por vencida, revirou os olhos e, antes que pudesse dizer ou fazer qualquer coisa, sentiu algo gélido tocar a sua nuca.
- Imperdoável! Em resposta, matarei esta pirata e a sereia que eles tanto querem! - Santa Shalria, uma Nobre Mundial, estava com uma pistola apontada para a cabeça da platinada, que se manteve imóvel e encarando a amiga em sua frente.
- Os 20 bilhões! Por favor, Santa Shalria! Este item ainda não foi pago! Por favor, espere! Santa Shalria! - o mestre de cerimônias veio ao encontro da mulher, que virou a outra mão para ele e segurava mais uma arma.
- Quieto, plebeu! - ela atirou.
Virando-se novamente, a Dragão Celestial destravou sua pistola e manteve a arma pressionada contra a nuca da birkan, que não sabia o que fazer, nem mesmo seus companheiros tinham alguma ideia de como ajudá-la e, por mais que tentassem, era óbvio que não conseguiriam chegar a tempo de deter aquela mulher. Elisabette mordeu os lábios e apertou os punhos com força, escutando o ranger fraco de suas unhas contra o cabo de sua foice. Ela olhou nos olhos de Camie e engoliu em seco, e um sorriso formou-se em seus lábios rosados enquanto a sereia de cabelos verdes apenas se desesperava ainda mais com aquela cena diante de si.
- Camie-chan, feche os olhos, sim? - ela pediu, sua voz era terna e gentil na esperança de passar alguma confiança.
- E-Elisabette-chi..!
- Tudo bem, tudo bem. Eu vou ficar bem, ok?
Camie apenas virou de costas e colocou as mãos nos ouvidos para tentar abafar o som do tiro que seria efetuado contra sua recente amiga, deixando que algumas lágrimas voltassem a rolar por suas bochechas enquanto tremia de medo e desespero. A platinada, por outro lado, apenas fechou os olhos com força e, assim que escutou o gatilho sendo puxado, ela ergueu uma de suas asas para empurrar a arma para cima e girou nos calcanhares para atacar a Nobre Mundial, que a acertou com um tiro no quadril. Tomada pela raiva e pela dor daquele ferimento, Elisabette gritou e estava pronta para matar aquela mulher ali mesmo, sem se importar se viessem dois ou mais almirantes ao seu encontro apenas para levá-la presa, aquela maldita iria pagar por tê-la ferido e por ter pensado em matar Camie.
Entretanto, antes mesmo que ela fosse para cima de Santa Shalria, uma forte pressão invisível invadiu seus corpos, fazendo a nobre cair desacordada e a birkan apenas tombar para trás, encostando no tanque de água, sendo segurada pela sereia que a olhou com preocupação.
De imediato, Elisabette reconheceu aquela habilidade e arregalou os olhos, recordando das vezes em que Enel fazia algo parecido para puni-la ou seus servos. Ela ficou em alerta novamente, segurando Inazuma com força e se colocando à frente de Camie para protegê-la de um possível ataque vindo daquele homem, pois, novamente, ele usou aquela habilidade e derrubou todos os soldados que haviam permanecido na casa de leilões.
Law, de onde estava, não tardou em notar o sangue escorrendo pelo quadril da garota de cabelos platinados e correr por sua perna. A tensão era tanta que os companheiros da garota não haviam notado que o tiro havia lhe atingido e, aproveitando tal deixa, ela na mesma hora retirou o casaco de sua bolsa e o vestiu, fechando-o em seu corpo, assim escondendo a ferida e o sangue. Já haviam problemas demais para ela ser mais um; faria o possível para cuidar daquilo assim que tudo estivesse resolvido. O Cirurgião da Morte estreitou os olhos, a encarando com um olhar severo que ela sequer percebeu, sua atenção estava totalmente envolta a Silver Rayleigh, o pirata que acabara de usar algo tão poderoso para derrubar todos os adversários ali, o que tinha deixado Elisabette intrigada por fazê-la lembrar do que menos queria em um momento como aquele.
"Essa pirralha é uma piada", foi o que Trafalgar pensou quando desviou seus olhos acinzentados da mais jovem.
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