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━━ 𖥔 ִ ་ ، 𝟬𝟭. 𝗨𝗺 𝗺𝘂𝗻𝗱𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗮𝗶𝗻𝗱𝗮 𝗻𝗮̃𝗼 𝗰𝗼𝗻𝗵𝗲𝗰̧𝗼.

━━ Thousand Sunny, Grand Line ; em frente a Red Line.
ᘡElisabette, Anjo da Morte. ❪O ponto de vista Dela❫

Há cerca de três meses, navego nos mares da Grand Line como pirata, fazendo parte da tripulação dos Piratas do Chapéu de Palha. A cada dia, sinto-me mais viva e significativa nesse mundo. Ver meus companheiros diariamente faz meu coração palpitar forte no peito, e sinto-me lisonjeada por tê-los conhecido, mesmo que não tenha sido nas melhores condições. Ao menos, os conheci, afinal.

Em pouco tempo, vivemos tantas coisas juntos que não há mais nada que me faça sentir como se fosse uma intrusa entre eles. Sinto-me tão bem acolhida que é como se sempre pertencesse a essa tripulação. Precisava de um pequeno empurrão - ou um choque de 100 mil volts - para finalmente estar aqui ao lado deles. Em tão pouco tempo, tornaram-se de extrema importância para mim, algo que finalmente posso chamar de família.

Quando saímos de Skypiea, caímos diretamente em uma base da Marinha chamada G-8. Foi quase impossível escaparmos vivos, pois os fuzileiros navais conseguiram capturar alguns de nós, nos cercar, e por pouco não ficamos presos lá. Imagine, eu, que mal havia saído das Ilhas do Céu, sendo presa no meu primeiro dia no mar azul? Senti como se meu coração estivesse prestes a voar do peito, mas Usopp me garantiu que aquilo era um dos menores problemas que já haviam enfrentado e que provavelmente passaríamos por ainda mais encrencas devido ao fato de termos um capitão... "cabeça de vento".

Realmente não entendi o que ele quis dizer com isso, mas imagino que o atirador apenas tentou me dizer que Luffy era bem ventilado e não sentia tanto calor.

Existem inúmeras coisas que ainda não entendo sobre as pessoas do mar azul. Há tantos seres diferentes que não sei como me deixei ficar presa em Upper Yard por tanto tempo, servindo ao meu pai, quando poderia ter fugido para cá há tempos. São tantas coisas maravilhosas! Seres de raças diferentes, de tamanhos variados e inúmeras culturas novas. É um mundo completamente novo para mim. Sinto-me como uma semente no meio de um jardim enorme cheio de flores, apenas esperando o momento certo para florescer.

Ainda não sei ler nem escrever, porém a Robin tem me ensinado sempre que tem tempo! Há alguns dias, aprendi algumas letras do alfabeto, e embora seja um pouco complicado decorar tantas letras e ainda mais difícil juntá-las para formar alguma palavra legível, não deixarei os esforços dela serem em vão.

Quando estivemos em Water 7, conhecemos uma criatura chamada ciborgue, Franky, que logo virou nosso companheiro e nos presenteou com um novo navio após o Going Merry... ter partido. Eu não consegui compreender o sentimento dos meus companheiros pelo navio não ter mais conserto. Não era apenas um navio? Usopp e Luffy até mesmo discutiram por conta disso, e eu fiquei intrigada. Às vezes, me sinto um pouco perdida nos assuntos deles, na maneira como falam ou com os papéis que costumam ler, o que chamam de "jornal". Inclusive, foi em um desses tais "jornais" que veio a minha primeira recompensa.

Para salvar nossa companheira, nos tornamos oficialmente inimigos não só da Marinha, mas principalmente do Governo Mundial. Derrotamos a CP-9, derrubamos alguns fuzileiros e transformamos Enies Lobby em um verdadeiro caos. No entanto, foi o próprio governo quem acionou um Buster Call para obliterar aquele lugar, garantindo que não sairíamos vivos. Isso não serviu de nada, pois cá estamos nós.

Depois, acabamos presos em um navio que também era uma ilha: Thriller Bark, onde Gecko Moria - um Shichibukai - vivia e praticava coisas absurdas. Aquele homem roubava as sombras das pessoas para colocar em corpos já falecidos e trazê-los à vida como zumbis, que viriam a se tornar seus servos. Ter conhecimento dessa informação foi algo que despertou imediatamente sensações empáticas em meu peito, fazendo-me querer acabar com aquele homem, mesmo que não fosse diretamente com minhas próprias mãos, pois essa tarefa ficou a cargo do nosso capitão, Monkey D. Luffy. Achávamos que tudo estava resolvido, que finalmente poderíamos ir para casa, até que... outro pirata que trabalhava para o governo apareceu.

Seu nome era Bartholomew Kuma, também conhecido como "Tirano". Aquele homem tinha uma alma pesada e carregada de dor; pude sentir isso com meu Mantra, percebendo o sofrimento em seu interior, embora seu físico e comportamento não demonstrassem isso. Não sei o que houve, mas percebi que aquele Shichibukai não estava nada contente em ser o que era. No entanto, logo vi que estava totalmente errada e tirei conclusões precipitadas quando ele atacou a todos nós sem hesitar.

O bom é que no final de tudo, como sempre, ficamos todos bem! Nos divertimos muito nas ruínas da mansão que havia em Thriller Bark. Cantamos, dançamos, bebemos... quer dizer, eles beberam. Franky não me deixou beber, disse que eu ainda era menor de idade e que ele era pirata, não um marginal para deixar uma garota da minha faixa etária beber bebidas alcoólicas. Não sou uma criança e não gosto de ser tratada como uma, porém gosto quando meus companheiros demonstram preocupação comigo e da forma como são pacientes com as coisas que ainda não sei. Eles sempre me explicam sobre assuntos que não compreendo e me corrigem quando digo algo errado ou acabo agindo como uma boba na frente das pessoas.

Deixando um pouco dos meus pensamentos de lado, respirei fundo e senti o ar adentrar em meus pulmões enquanto olhava para o céu. Podia sentir o vento forte da manhã balançar meus cabelos e minhas asas, bagunçando alguns dos meus fios e fazendo com que penugens voassem com a ventania razoavelmente forte.

Eu estava no convés, com meus cotovelos apoiados na amurada do Sunny, enquanto meu queixo descansava em minhas mãos. Nunca tive o costume ou o desejo de usar sapatos; estava sempre descalça para poder sentir o solo firme tocar a palma dos meus pés. Mesmo no nosso navio, permanecia sem nada para cobri-los ou protegê-los. Gostava de sentir o piso gramado e gélido que vez ou outra ficava morno, dependendo do clima. Assim como gostava de caminhar várias vezes durante o dia para poder sentir cada canto do chão amadeirado.

Quando ainda estava em Skypiea, meu pai dizia que era uma bênção que eu pudesse voar e que deveria fazer bom uso dessa graça divina para ostentar minhas habilidades de voo. Embora soubesse que tudo isso apenas se dava ao fato de eu ter nascido com tal deficiência, com asas grandes demais comparadas às do povo das Ilhas do Céu, sejam eles birkans, skypieans ou shandias.

Soltei um suspiro ao ter tal lembrança envolvendo Enel; ainda era doloroso para mim lembrar dele e não sentir tristeza. Ele cuidou de mim, do jeito dele, mas cuidou. Apesar de todos os erros que cometeu, das vezes em que me eletrocutou como punição ou qualquer outra atrocidade que tenha feito contra mim e qualquer outra pessoa daquele lugar, Enel era e continua sendo meu pai. É um vínculo que jamais será desfeito, não importa o quão longe estejamos um do outro, o tanto que tenhamos brigado na última vez que estivemos juntos... ele ainda era meu pai. Sangue do meu sangue, carne da minha carne.

- Você passou a noite acordada e ainda 'tá toda ferrada por causa do que aconteceu em Thriller Bark. Por que não dorme? - escutei a voz de Zoro vindo do meu lado, embaixo de mim. Havia esquecido que ele estava dormindo ali.

- Não estou com sono... e nem ferrada, nenhum inseto me ferrou.

- É o quê!? - franziu o cenho. - Ah, esquece o que eu disse! Eu quis dizer que você 'tá machucada, é isso. Entendeu agora ou quer que eu desenhe? - ele retrucou com a voz agitada, pude perceber o aborrecimento estampado no rosto do meu companheiro.

- Você sabe desenhar? - o olhei curiosa.

- Não.

- Então não quero. - sorri largo para ele, que apenas estalou a língua e revirou-se para dormir novamente.

Dentre todos aqui, Zoro acabou se tornando bem mais próximo de mim e me ensinou a manusear espadas. Minha arma principal sempre foi minha foice - um presente de meu pai -, a Inazuma. Desde que entrei para o bando, ele tem dedicado seu tempo livre para beber enquanto me ensina a lutar com espada, dizendo que se eu continuar me esforçando, posso me tornar uma excelente espadachim, mesmo que eu nunca chegue ao nível dele, como o próprio diz. Zoro costuma ser um pouco duro comigo na maioria das vezes, mas ao mesmo tempo, ele demonstra se importar comigo e várias vezes me protegeu quando foi preciso. Ele sabe que posso cuidar de mim mesma, que meu Mantra me ajuda a prever os movimentos dos meus adversários, e ele simplesmente coloca os instintos protetivos dele acima das minhas habilidades e me defende.

No começo, eu achava isso um pouco irritante, não gostava quando ele ou qualquer outro dos meus companheiros me protegia e me defendia. Entretanto, com o passar do tempo, passei a gostar da preocupação deles com o meu bem-estar. Meu pé atrás quanto a isso deve-se ao fato de que passei a vida toda vivendo sozinha e me virando para me cuidar ao mesmo tempo que tinha que proteger Upper Yard de invasores.

Olhei para baixo, para o pequeno barco ancorado ao lado do nosso navio, o Takoyaki 8. Sanji, Usopp, Luffy, Brook e Nami estavam lá, comendo bolinhos de polvo fritos, que estavam sendo feitos pelas pessoas que havíamos salvado não muito tempo atrás, desde que ancoramos o Sunny em frente à Red Line. Os bolinhos estavam sendo preparados por Hachi, Camie-chan e Papaggu, todos da Ilha dos Homens-Peixe. Eu comi alguns e simplesmente adorei! Nunca provei nada parecido, porém estaria mentindo se dissesse que superaram as guloseimas que o nosso cozinheiro costuma fazer para mim e para as meninas durante o dia.

- Eu nunca havia visto uma sereia antes. - sussurrei, olhando encantada para a garota de cabelos verdes que fritava os bolinhos de polvo em uma frigideira.

- Veremos mais sereias assim que conseguirmos chegar à Ilha dos Homens-Peixe, Eli-chan. - Robin surgiu de repente, fazendo brotar algumas mãos da amurada do navio para apertar levemente as minhas bochechas e acariciar o topo da minha cabeça.

- Robin! - virei rapidamente para olhá-la com um sorriso nos lábios. - Você acha que iremos comer doces gostosos lá? - perguntei.

- Se a bolha de revestimento não estourar e nos afogarmos até a morte ou sermos esmagados pela pressão do mar... sim, iremos comer doces.

- QUE MEDO! - gritei com os olhos arregalados.

A única reação dela foi rir da minha expressão e voltar para onde estava, em uma cadeira de praia onde se sentou para ler um livro enquanto o guarda-sol a protegia dos raios solares. Não importa quanto tempo passe ou o tanto que eu esteja acostumada com a presença da Robin, nunca irei aprender a lidar com as coisas assustadoras que ela diz. Meu coração sempre dispara no peito quando ela fala algumas de suas suposições cheias de atrocidades e tragédias, como na vez em que prendi a asa em um galho de árvore e ela disse que, se não achássemos Chopper a tempo, teríamos que amputar e usar como isca para atrair peixes para a janta. Nico Robin é uma mulher que me causa calafrios, embora eu goste muito dela e a ache uma ótima professora nos momentos que tiramos para ela me ensinar sobre o mar azul.

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━━ Arquipélago Sabaody, Grand Line ; próximo a Red Line.

Depois de meia hora navegando, chegamos a um conjunto de ilhas chamado "arquipélago", um local de grande parada para muitos piratas e fuzileiros navais que estão a caminho do Novo Mundo, o Arquipélago Sabaody! Era um local incrível, cheio de árvores estranhas e listradas, todas numeradas, o chão coberto por uma grama gosmenta que formava bolhas voando por toda parte daquela região. Todos nós estávamos surpresos, encantados com o quão exótico era aquele ambiente, tão cheio de verde, e podíamos ouvir de longe o som que vinha da cidade que havia ali. Eu sentia grandes presenças, presenças de pessoas fortes, de adultos, crianças, idosos, animais. Meu Mantra foi capaz de registrar todos os seres vivos que estavam presentes em Sabaody, desde uma formiga minúscula até um gigante.

- Já ouviu falar em manguezais? - a voz de Hachi chamou minha atenção até a conversa entre ele e nosso cozinheiro. O assunto me interessou imediatamente e não tardei em olhá-los.

- Manguezais? - Sanji o olhou confuso, eu também. - São vegetais cujas raízes podem ficar escondidas pela maré? - perguntou.

- Isso mesmo. - o homem-peixe afirmou. - Embora as raízes fiquem sempre expostas nesta ilha, o Arquipélago Sabaody é lar dos maiores manguezais do mundo, os Manguezais Puro Músculo.

- Manguezais Puro Músculo? Parecem bem parrudos, mesmo! E eu também sou! - Luffy gritou, cheio de excitação em sua voz enquanto levantava os braços.

Permaneci quieta, prestando atenção na conversa que era de total interesse de todos no bando. Hachi nos explicava tudo o que sabia sobre Sabaody. Ele nos disse que havia cerca de 79 mangues e que cada um deles era uma ilha com suas próprias cidades, recursos, etc. Também nos afirmou que elas coletivamente eram chamadas de "Arquipélago Sabaody". O homem-peixe também alertou que cada mangue tinha um número, e que logo chegaríamos ao Mangue #44, o porto comercial onde iríamos atracar o nosso navio. Passamos por debaixo de várias raízes, surreais de grandes; suas sombras eram capazes de escurecer o Thousand Sunny por completo enquanto passávamos por elas. Também pude notar o quão escuro era por dentro de suas raízes - um local perfeito para um esconderijo -, até pude me imaginar ali dentro escondida, como se eu fosse um caranguejo danado esperando por algum desavisado para beliscar o dedo do pé.

Meus olhos brilhavam; eu podia sentir isso com clareza. Tudo era tão novo para mim, cada lugar para onde íamos era cheio de novidades que encantavam meu olhar e meu coração. O cheiro que vinha dali era suave e refrescante, mas com uma pitada ardente em minhas narinas, talvez pelas partículas de gosma que se alastravam no ar e que eu acabava inalando junto com o ar.

O Arquipélago Sabaody era um lugar bonito de se ver, de se apreciar fisicamente. Porém, eu podia sentir as vibrações que esses manguezais exalavam, podia sentir dor e desespero de pessoas ao longe. Sabia que havia não só uma, mas centenas de pessoas em completa angústia e pavor, pedindo por ajuda e clamando por socorro. Engoli o seco, sentindo minha pele arrepiar e um frio percorrer minha espinha. Meu Mantra sempre me fora útil, nunca falhou ou deixou que eu falhasse em me colocar na defensiva. Ao mesmo tempo que isso era bom, também era ruim. Sentir a dor de quem não posso ajudar sempre foi angustiante. Sempre foi doloroso ter esse Mantra. Pode ter sido mesmo uma bênção dos céus, assim como também pode ser uma maldição que me tira a paz muitas vezes.

- Certo, chegamos! Este é o Mangue #41. Vamos aportar aqui. - Hachi anunciou a todos nós, sua voz cheia de entusiasmo.

- Que incrível! - gritei sorridente, apoiando-me na amurada do navio e inclinando meu corpo para a frente para fitar melhor tudo o que tinha ao redor do porto. Senti alguém me segurando pela blusa, olhei para trás e vi Zoro.

- Não vá cair, pomba lesa!

- "Pomba lesa"? - pisquei algumas vezes enquanto olhava para ele com um olhar confuso.

- Olha, sinceramente... apenas não caia! - gritou.

- Certo, certo! Não caio. - falei, depois pulei do navio diretamente no gramado gosmento.

Todos saímos do Sunny e começamos a caminhar rumo à entrada do Arquipélago Sabaody, todos animados e conversando com alegria, ansiosos para o que iríamos conhecer. Também prestamos atenção no número do mangue para não nos perdermos. Percebi Usopp e Chopper cochichando algo sobre já saberem quem iria se perder, logo olhamos os três para o nosso amado espadachim sem senso de direção, que nos encarou de volta com uma carranca confusa e irritada. Não importa para onde fôssemos ou com quem estivéssemos, Zoro sempre desviava instantaneamente do nosso caminho e acabava perdido. Como? Não sei, mas acontecia sempre. O lado bom disso é que ele sempre acaba chegando primeiro no local exato que queremos e nos encontramos no final. Talvez seja o jeito dele de ser, perdido e "avoado", como Nami disse que ele era.

De repente, Luffy pulou em uma das bolhas que não estourou de imediato, pelo contrário, continuou a flutuar e levá-lo para o alto. Arregalei os olhos, de forma que eles brilharam intensamente como estrelas cintilantes enquanto meu capitão continuava subindo e subindo com a bolha. Papaggu começou a explicar algo sobre as bolhas e algumas resinas, mas o ignorei e bati as asas em uma velocidade que, em cerca de segundos, eu estava lado a lado com o garoto com chapéu de palha. Olhei para ele com um sorriso e ele fez o mesmo. Os demais continuaram conversando algo enquanto permaneciam no chão; todavia, minha atenção naquele momento era apenas nele.

- Está se divertindo, Lis!? - ele gritou enquanto me olhava com aquele sorriso largo e marcante, o mesmo sorriso que me cativou e intrigou na primeira vez que o vi.

- Sim!

- Shishishishi! E você ainda queria recusar vir para o bando! - dito isto, Luffy começou a pular de bolha em bolha enquanto eu o seguia voando.

Sua risada sempre me causou uma onda de alívio, que me fazia rir também. Luffy tinha um grande efeito não só em mim, mas em todos da tripulação. Era como se ele fosse o sol que nos guiava em meio à escuridão de nossos passados. Isso era o que me fez respeitá-lo, que me fez vê-lo como alguém digno da vida que tem. Que me fez querer servi-lo como sua subordinada, sua tripulante. Não era como eu era serva de Deus - meu pai -, eu ainda tinha liberdade de agir e pensar como eu queria.

‐ Ué? - o escutei murmurar. ‐ As bolhas estão estourando! - a bolha em que estava em cima estourou e ele começou a despencar rapidamente em direção ao chão.

- VOCÊ NÃO CONSEGUE FICAR UM MINUTO SEM CAUSAR CONFUSÃO!? - voei rapidamente para pegá-lo, mas não alcancei sua mão e o segurei pela bermuda.

Meus esforços para segurá-lo foram todos em vão, porque a cintura dele ficou flutuando comigo enquanto o restante de seu corpo continuou caindo até que se chocou contra o gramado, com sua cabeça atolando no chão. Fiquei parada por um tempo, apenas observando a cena dele tentando tirar a cabeça do buraco feito por ele mesmo, analisando a situação com um olhar neutro e então finalmente o soltei e sua cintura voou bruscamente na direção dele fazendo som de elástico e batendo no restante do corpo que afundou ainda mais. Suspirei quando isso aconteceu e depois dei uma gargalhada alta, risada esta que foi escandalosa e atraiu o olhar assustado de Usopp para mim. Olhei confusa para ele e fui ao encontro do atirador.

Pousei ao seu lado e o escutei murmurar que minha risada lembrava a de meu pai, o que me fez sorrir desconcertada. Ele não era a primeira pessoa que fazia comparações entre mim e Enel, algumas pessoas de Birka costumavam dizer isso para mim, até os sacerdotes diziam que eu tinha algumas semelhanças com o nosso Deus e que isso apenas provava que eu era digna de ocupar seu lugar quando o "momento certo" chegasse.

Por um momento, olhei para Hachi e os outros. Logo pude notar o quão sérios estavam e prontamente me liguei à conversa, me aproximando deles junto de Usopp, que parou ao meu lado junto a Luffy - que milagrosamente tirou a cabeça de dentro do buraco -, então começamos a prestar atenção no que nosso amigo homem-peixe nos dizia em um tom que me fez arrepiar dos pés até as penas de minhas asas. Não era só sua voz que mostrava medo, mas sua aura também. A alma dele estava apavorada, o seu aviso e a forma como falava foram o suficiente para nos deixar atordoados. Hachi quase nos implorou para que não nos envolvêssemos em confusão com os Nobres Mundiais e, mesmo relutantes, aceitamos.

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