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━━ 𖥔 ִ ་ ،𝟮𝟮. 𝐆𝐄𝐍𝐄𝐒𝐈𝐒 - 𝗔 𝗣𝗼𝘂𝗰𝗼𝘀 𝗣𝗮𝘀𝘀𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗩𝗼𝗰𝗲̂.

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━━ Arquipélago Sabaody, Grand Line ; próximo a Red Line.
ᘡElisabette, Anjo da Morte. ❪O ponto de vista Dela❫

Há alguns dias, cheguei ao Mar Azul e, eventualmente, segui diretamente para o Arquipélago Sabaody, optando por ficar em uma das pousadas que havia na cidade principal. Coincidentemente, a recepcionista informou que apenas um quarto estava desocupado. Fiquei surpresa ao descobrir que era o mesmo em que dividi com Trafalgar-san há dois anos, quando nos conhecemos e ele, bem, cuidou de mim à sua maneira. Não houve muitas mudanças, tudo permanece igual, para ser sincera. A cama continua no mesmo lugar, os móveis são os mesmos e nem mesmo a pintura das paredes foi retocada. É como voltar àquele dia, àquela manhã, em que acordei aqui e me deparei com ele, que havia tratado meus ferimentos e "consertado" tudo o que havia de errado em meu corpo.

Kaminari, ao contrário do que eu esperava, era um pássaro bem tranquilo e não estava me dando tanto trabalho quanto eu antecipava. Ele era comportado e, às vezes, saía do quarto para voar pelas redondezas, mas rapidamente retornava para pedir comida, à qual eu, obviamente, lhe dava sem hesitar. Sua companhia era intrigante, pois nunca passou pela minha cabeça que pássaros do Sul pudessem ser tão "humanizados", por assim dizer.

Ao acordar pela manhã, antes mesmo do nascer do sol, não demorei a fazer todas as minhas higienes matinais e a correr para organizar minha mala antes de sair do quarto. Eu queria me encontrar logo com meus companheiros, sabia que todos já estavam por aqui, espalhados pelos lugares de Sabaody para não ficarmos todos juntos e chamarmos a atenção da Marinha ou de caçadores de recompensas. Tudo o que queríamos era partir logo para a Ilha dos Homens-Peixes e, finalmente, conseguirmos seguir para o outro lado da Red Line, na segunda parte da Grand Line, o Novo Mundo.

Vesti um vestido branco que alcançava os joelhos e envolvi-me em meu casaco de penas negras para ocultar minhas asas. Ademais, escolhi usar um véu para dissimular meu rosto, pois não desejava ser reconhecida. Seria uma perturbação se porventura provocasse problemas para meus companheiros ao atrair algum inimigo até onde o Sunny estava atracado.

Sem comunicar às recepcionistas da pousada, retirei-me pela varanda e saí correndo com Kaminari voando acima de mim, seguindo-me sem protestos, pelo que eu lhe era muito grata. Não queria ser obrigada a eliminá-lo e usá-lo como refeição por desobediência. Mesmo que fosse necessário, não poderia fazê-lo, afinal, é ele quem irá transportar as plantas curativas e a Tenshi Tenshi no Mi até Skypiea quando eu estiver em posse das duas em minhas mãos.

Enquanto caminhava, era como se estivesse revivendo aquele dia, quando saí para comer durante a madrugada junto com Trafalgar-san. Foi a mesma noite em que tudo na minha vida pareceu mudar drasticamente, quando descobri coisas sobre mim que jamais soube, tudo através da pessoa que jurei a mim mesma odiar para sempre, aquele que planejava matar assim que o encontrasse - Urouge, o Monge Louco, como é conhecido aqui no Mar Azul.

Nunca compreendi aquele homem, nunca entendi quais eram suas verdadeiras motivações. Por muito tempo, ele tentou me matar. Nas vezes em que nos encontramos aqui, ele me maltratou, me humilhou e me agrediu tanto que sentia meus ossos rangendo de dor. E, no final, ele me entregou um Eternal Pose por vontade própria, sem hesitação ou segunda pensamento. Confesso que fiquei confusa... mas também agradecida, pois foi graças a ele que consegui chegar a Skypiea.

Meus pés tocavam o chão do arquipélago, sentindo a umidade que formava as bolhas aderir à minha pele, enquanto suspiros escapavam por meus lábios a cada passo que eu dava. Sentia-me leve, como se fosse composta apenas pelas próprias penas de minhas asas, ocultas pelo casaco.

O ar era puro, preenchendo meus pulmões e fazendo sorrisos involuntários surgirem em meu rosto sempre que sentia aromas diversos dançando com o vento. Cheiro de doces, churrasco, mariscos e até mesmo perfumes florais inundavam minhas narinas, deixando-me inebriada pela tranquilidade que podia proporcionar, tão diferente da última vez em que estive aqui, quando sentia apenas o aroma era de sangue, pólvora e, principalmente, medo. Meu medo. Medo de ficar sozinha, medo do desconhecido e medo de nunca mais reencontrar meus companheiros, o medo que me via fadada a enfrentar um mundo enorme pela primeira vez, sozinha.

Kaminari voava acima de mim, seguindo-me enquanto algumas pessoas apontavam para ele, curiosas com sua aparência peculiar; embora alguns parecessem reconhecer sua espécie como um Pássaro do Sul, pois eu podia discernir alguns murmúrios.

Jamais os julgaria, pois é natural sentir-se intrigado com o que é diferente. Eu mesma fiquei fascinada com muitas coisas que descobri no Mar Azul. Tantas coisas... sempre tão diversas e distintas do que eu conhecia anteriormente. Animais de variadas raças, várias espécies de flores e tantos seres que nunca havia presenciado. Um homem-peixe híbrido com gigante! Jamais imaginei que presenciaria tal fenômeno, até o dia em que participei da Davy Back Fight e me deparei com um. Também tive minha primeira visão de uma sereia quando estávamos em Enies Lobby, a senhora Kokoro... embora a imagem tenha sido tão perturbadora que apenas agora me lembrei disso, acreditando firmemente que Camie-chan fosse a primeira sereia que vi.

- LIS! - ouvi uma voz fina e doce chamar por mim, fazendo-me parar imediatamente e virar rapidamente na direção do som.

- CHOPPER! - exclamei, ajoelhando-me no chão e abrindo os braços para recebê-lo em um abraço caloroso.

- EU SENTI SAUDADES DE VOCÊ! - disse ele, com lágrimas nos olhos, enquanto esfregava o focinho em meu rosto.

- Eu também senti saudades de você! - segurei seu rosto entre as mãos e o cobri de beijos. - Você parece ainda mais adorável do que antes!

- Quem você está chamando de "adorável", sua tonta!? Eu não sou adorável de jeito nenhum!

- É sim! - abracei-o com força, sentindo seu corpo quente e macio contra o meu, como segurar um bicho de pelúcia.

- Lis! Eu senti tanta, tanta, tanta falta de abraçar você! Hihihi!

- Eu também, Chopper... eu também senti. - inclinei-me, afundando o rosto em sua cabeça e acariciando a lateral de seu corpinho felpudo, enquanto escutava suas risadas. Céus, eu realmente sentia falta de abraçá-lo como se fosse um filhote.

Carreguei o médico de nosso bando e o acomodei nos ombros, da mesma forma como costumávamos fazer há dois anos, e então saí correndo com ele, rindo durante todo o trajeto. Estava tão feliz por revê-lo, tão radiante que meus lábios formavam um dos maiores sorrisos que já havia dado em toda a minha vida, tudo por tê-lo reencontrado depois de tanto tempo sem vê-lo, sem abraçá-lo e sem ouvir sua voz doce chamando por mim, pronunciando coisas bobas e se oferecendo para cuidar de meus ferimentos quando eu os tinha.

Onde quer que meu coração estivesse - seja em uma prateleira ou encerrado em um baú -, eu sabia que pulsava vigorosamente com toda a agitação que experimentava, com toda a alegria que inundava meu ser e as correntes elétricas turbilhonando em minhas veias, fazendo-me sentir plenamente viva e feliz.

Eu corria, saltitava e ria ao lado de meu pequeno companheiro, que incessantemente expressava sua felicidade e elogiava o doce aroma que emanava de mim, comparando-o a nuvens fofas. Sinceramente, nunca compreendi como tal fragrância era possível, e sempre me divertia com os elogios aleatórios de Chopper ao longo de nossos dias desde que nos tornamos amigos, quando me juntei ao bando. Segundo ele, eu parecia uma boneca de porcelana com cabelos nevosos, como se fosse uma escultura de gelo que ganhou vida. Nunca compreendi completamente essa analogia, uma vez que jamais havia visto neve em toda a minha vida, já que nas Ilhas do Céu predominam apenas sol e chuva.

Não demorou muito para chegarmos ao Mangue #41, onde todos já aguardavam ansiosamente nossa chegada. Quando meus olhos encontraram o Thousand Sunny, um sorriso brotou em meus lábios, revelando todos os meus dentes, enquanto uma excitação indescritível tomava conta de mim ao avistar meus queridos companheiros no convés. Eles acenavam para mim e para Tony Tony, que prontamente desceu de meus ombros e galopou em sua forma mais animalesca em direção ao nosso navio, chamando nossos amigos, enquanto eu permanecia ali, imóvel, apenas os observando com um sorriso no rosto.

Foram dois longos anos sem notícias suas, e aqui estamos novamente, prestes a embarcar em mais uma jornada repleta de aventuras, unidos como sempre, lutando uns pelos outros, descobrindo novas ilhas, novos biomas e fazendo novas amizades para compartilharmos saudades e tecermos promessas doces e carinhosas de um possível reencontro.

"O que nos aguarda no Novo Mundo?", questionava-me silenciosamente enquanto caminhava lentamente em direção ao Sunny, dando meu último passo no solo pegajoso do Arquipélago Sabaody. Foi aqui, neste lugar, que vivenciamos tantas experiências em um único dia, há dois anos, um período que, assim como para mim, também deve ter sido marcante para eles. Foi aqui onde testemunhamos a crueldade do mundo, independentemente da posição social, e onde conhecemos nossos futuros adversários, como Eustass "Capitão" Kid, Trafalgar Law, Hawkins, Scratchman Apoo, X-Drake, entre outros membros da chamada Pior Geração.

Assim que todos estávamos reunidos, foi evidente que nos cumprimentamos calorosamente! Trocamos abraços, soltamos risadas contagiantes, brindamos à nossa reunião e gritamos de alegria por estarmos novamente juntos. Em seguida, iniciamos os preparativos para a partida: Franky partiu para realizar ajustes no navio, Nami coordenou as tarefas de preparação, enquanto eu e os demais nos ocupamos em afastar alguns fuzileiros navais que disparavam contra o Thousand Sunny. Nossa jornada começou oficialmente, embora ainda não tenha atingido sua plenitude!

- Pessoal! - exclamou Luffy, fazendo-nos voltar os olhares sorridentes para ele. - Tenho muitas novidades para compartilhar com vocês, mas antes de tudo, quero agradecer por aceitarem minha decisão egoísta há dois anos!

- Não foi a primeira vez. - observou Sanji.

- Pois é! Você só olha para o próprio umbigo! - acrescentou Usopp.

- Levantar âncora!

- Sim!

- Prontos, Luffy-san!

- PARTIR! - gritou nosso capitão com toda a energia de seus pulmões, enquanto nós apenas assentíamos em concordância com suas palavras. - Rumo à Ilha dos Homens-Peixes! - concluiu, com determinação.

Quando o navio começou a submergir, senti todos os pelos do meu corpo se eriçarem e minha pele se arrepiar. Dei meia-volta em meus pés e subi na rede para observar o horizonte antes de nos afundarmos completamente no mar. Desejava contemplar, uma última vez, o oceano deste lado da Grand Line, fitar este céu sul, onde se encontrava Skypiea. Como estariam todos lá? Seriam mais pessoas afetadas pela Febre das Árvores? Tantas perguntas, mas nenhuma com respostas precisas ou exatas.

Como será o Novo Mundo? O que nos aguarda lá? Como persuadir meus companheiros a seguirmos para Dressrosa sem levantar suspeitas? Céus... talvez devesse discutir isso pelo menos com Chopper. Ele é extremamente inteligente, com certeza saberá desenvolver algum remédio capaz de ao menos retardar o avanço da doença e, posteriormente, ajudar-me a transformar tudo em uma cura necessária. Preciso agir o quanto antes, o mais rápido possível.

Deslizei minha mão dentro da bolsa e retirei o Vivre Card de Gan Fall, engolindo em seco ao constatar que metade dele já havia se consumido. Imediatamente, deduzi que o estado do senhor estava se agravando cada vez mais e que, se não agisse rapidamente para encontrar a planta e recuperar a Tenshi Tenshi no Mi, poderia... perdê-lo. Perdê-lo antes mesmo de poder testemunhar o cumprimento da promessa que lhe fiz, de trazer-lhe a fruta e a cura para purificar o solo de Upper Yard e aliviar o sofrimento de todos os afetados. É por isso... é por isso que devo, que tenho que fazer isso. Sei que não conseguirei obter o perdão deles, afinal, a Febre das Árvores ressurgiu devido às ações de meu pai e, por ser sua filha, devo assumir as consequências de seus atos e corrigir seus erros.









━━ Segunda parte da Grand Line, Novo Mundo ; em algum lugar do mar.

Havia decorrido aproximadamente uma semana e alguns dias desde que estávamos navegando pelos mares do Novo Mundo, e tantos eventos ocorreram que me senti sobrecarregada só de pensar nisso. No mesmo dia em que chegamos à Ilha dos Homens-Peixes, nos vimos envolvidos em uma enorme confusão devido a um mal-entendido, com uma parcela de culpa atribuída ao nosso capitão cabeça oca - para ser mais preciso, idiota. Por algum tempo, fomos feitos reféns por uma tripulação pirata que controlava uma parte do Reino Ryugu, o Distrito do Homem-Peixe.

Hody Jones liderava-os juntamente com seus cúmplices, os quais quase nos mataram e nos causaram muitos problemas, quase levando à destruição do país inteiro com a Arca Noah, atraída pela Princesa Shirahoshi. No entanto, como era de se esperar, no final, Luffy conseguiu derrotar nosso principal inimigo daquele momento. Contudo, isso teve um custo elevado, pois quase perdemos Luffy mais uma vez.

A batalha contra o homem-peixe resultou em ferimentos graves, levando-o à beira da morte devido à perda de sangue. Jinbe, como um verdadeiro anjo, ofereceu-se para doar o sangue necessário, desafiando a lei que proibia humanos e homens-peixes de compartilharem tal ato de generosidade. Para mim, foi um dos gestos mais nobres e belos que testemunhei em toda a minha existência. Refletir sobre o sofrimento contínuo que aquele povo enfrentou e ainda enfrenta nas mãos dos seres humanos, simplesmente por pertencermos a raças diferentes, é algo que me assombra e dilacera profundamente, machucando até mesmo minha alma.

Luffy convidou Jinbe para se juntar ao nosso bando, pedindo que ele se tornasse nosso companheiro. Ele aceitou com prontidão, exibindo um sorriso caloroso em seus lábios azul-celeste. Entretanto, optou por adiar sua entrada na tripulação, pois, segundo ele, há algumas pendências que precisa resolver antes de se unir a nós.

Fiquei encantada ao saber que ele se juntaria a nós em algum momento, e também ansiosa. Embora não tenha tido muitas conversas profundas com ele, descobrir sobre seu passado como um pirata temido, e seu envolvimento indireto com a história de nossa navegadora, pegou-me de surpresa. Porém, ele demonstrou genuíno arrependimento, e seu perdão pareceu sincero. Vi isso não apenas em seus olhos, mas senti isso emanar de seu coração. Suas palavras foram sinceras, gentis e reconfortantes. Se Nami pôde perdoá-lo, por que nós não deveríamos? Jinbe é um homem de grande caráter, com um coração nobre, digno de nosso apoio e companheirismo. Afinal, ele fez tudo por Luffy durante a Guerra dos Maiorais e sacrificou-se para salvá-lo mais uma vez, desta vez na Ilha dos Homens-Peixes.

E aqui estamos nós, diante de uma tempestade intensa e feroz, que sacode o navio violentamente de um lado para o outro, nos obrigando a nos segurarmos firmemente no Sunny para evitar sermos lançados ao mar. Nem mesmo boias salva-vidas seriam suficientes para nos proteger do agitar das águas.

Kaminari se encolheu no ninho do corvo, amedrontado com a chuva e os trovões estrondosos, enquanto eu me agarrava ao mastro para resistir à fúria dos ventos. Olhei para cima e vi Zoro se segurando nas cordas da rede, contemplando a ilha desconhecida diante de nós, que Nami assegurava não estar indicada pelas agulhas do Log Pose.

Nunca fui adepta de tempestades e trovões, pois... me lembram meu pai e... simplesmente não aprecio. Sinto-me distraída e desorientada, incapaz de usar o Mantra com clareza, justamente por estar agitada e sem foco para me conectar com os ventos e sentir o que está ocorrendo ao nosso redor. A chuva castigava meu rosto e encharcava minhas roupas, enquanto as gotas grossas escorriam pela minha pele. Meus cabelos, descontrolados pela ventania, voavam como uma cascata desgrenhada. Estava difícil até para ouvir as vozes de meus companheiros, a menos que conseguissem gritar mais alto que o vento uivante. Agarrei-me ao mastro e comecei a escalar, mantendo-me nele como uma pequena macaca albina, observando nossa companheira ruiva, que parecia igualmente atordoada.

- Vamos para aquela ilha! - o capitão exclamou, animado, com os olhos brilhando como duas estrelas cintilantes.

- Mandei esperar!

- Por quê!? Lá tem um vulcão, pô! Deve ser incrível! Quem poderia resistir a isso?

- Escuta, Luffy! - Nami o interpelou, tentando chamar sua atenção. - Nenhuma das três agulhas aponta para aquela ilha! Isso é extremamente estranho, até para os padrões do Novo Mundo! - argumentou.

- O vulcão está explodindo! - falei, apontando na direção da ilha à nossa frente.

- Está entrando em erupção de novo! - ele riu, como de costume. - A ilha está bem ali! Quem se importa com essas suas agulhas? Vamos logo para lá!

- Não! Não podemos nos aproximar mais! O mar está em chamas! - quando ela disse isso, voltei minha atenção para a água, notando o brilho vermelho do fogo e os raios.

Foi então que ouvimos o Den Den Mushi acionar um S.O.S., com o caramujo chorando desesperadamente. No princípio, quando nos aproximamos, Robin nos alertou para não atendermos, pois poderia ser uma armadilha, com a linha possivelmente grampeada pela Marinha, o que nos colocaria em apuros. No entanto, Luffy sequer a escutou e atendeu imediatamente, revelando-se como o futuro Rei dos Piratas e ouvindo as súplicas da pessoa do outro lado da ligação.

Descobrimos então, através do desconhecido, que ele procurava pelo "Chefe" e que ele se encontrava em um lugar chamado Punk Hazard, alegando que todos estavam em perigo e precisavam de resgate imediato. Nossa primeira reação foi ignorar, mas nosso capitão, responsável e nada imprudente, decidiu que queria ir àquela ilha para averiguar a situação, também movido pela curiosidade de encontrar o samurai. E agora, pergunto-me, o que seria exatamente um "samurai"? Pelo nome, poderia ser algum mestre culinário com habilidades singulares na preparação de salmões.









━━ Segunda parte da Grand Line, Novo Mundo ; Punk Hazard.

Para decidir quem acompanharia Luffy até a ilha flamejante, fizemos um sorteio utilizando palitos, e os sorteados foram: Robin, Zoro e Usopp. O atirador do bando entrou em pânico e pediu repetidamente para que eu trocasse de lugar com ele, porém, recusei, pois só de olhar de longe, é possível perceber que aquele lugar deve ser extremamente quente, e não desejo ficar ensopada de suor ou me transformar em uma Elisabette cozida.

Não havia se passado muito tempo desde que partiram, apenas meia hora ou talvez uma hora inteira, enquanto permanecíamos a bordo apenas Nami, Franky, Chopper e Brook. Desfrutávamos de algumas sobremesas que Sanji havia preparado com o peixe que trouxera do Reino Ryugu. Sempre apreciei esses momentos, quando ele presenteava nosso paladar com delícias doces que faziam meu coração palpitar de alegria, ao sentir cada doce deslizar pela garganta, inundando-me com a doçura que elevava minha energia, como ondas elétricas percorrendo minhas veias.

- Que cheiro é esse? - ouvi Chopper murmurar enquanto movia seu focinho de um lado para o outro.

- Deve ser o perfume da senhorita Nami! - o cozinheiro disse sorridente, aproximando-se de nossa companheira, que apenas revirou os olhos.

- Não... esse cheiro...

- CHOPPER! - gritei ao vê-lo cair desmaiado no chão, então um odor desagradável impregnou minhas narinas.

Nami caiu. Depois Brook. Por fim, Franky. Arregalei os olhos e encarei Sanji, começando a me sentir desorientada e sonolenta. Caminhei em passos desengonçados até ele, que me olhava da mesma forma. Senti seus braços me envolvendo com força e começou a me guiar até a cozinha na esperança de afastar nós dois daquilo que estava nos causando a sonolência. Minha visão começou a escurecer e minhas pernas estavam começando a fraquejar, resultando em alguns tropeços enquanto subíamos as escadas. Respirei fundo e acabei por inalar ainda mais daquilo que quer que fosse, que nos intoxicava daquela forma e nos deixava tão tontos e cheios de sono e cansaço, com nossas pálpebras pesando.

- San... Sanji... - murmurei, sentindo nossos corpos tombando enquanto estávamos em frente à cozinha.

- Minha anjinha... - ele me olhou com os olhos semicerrados, me puxando para perto e me segurando com mais força, como se tentasse me proteger. - Não... não me solte... - seus olhos se fecharam.

Eu não conseguia mais raciocinar; tudo que eu via era Sanji desmaiado ao meu lado, caído no chão junto comigo enquanto me segurava com tanta firmeza. Tentei me manter acordada, até mesmo o chamei inúmeras vezes, mas minha voz falhava antes mesmo de completar alguma frase. Por fim, escutei passos se aproximando de onde estávamos e, devido à minha visão embaciada, não pude identificar quem eram e nem mesmo escutá-los com clareza. Suas vozes pareciam tão distantes, como se estivessem longe, embora eu os sentisse perto.

Meus olhos começaram a se fechar e a última coisa que vi antes de apagar completamente foi uma figura amarela de joelhos ao meu lado, aproximando sua mão do meu rosto.

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