• ˖ 🎸 𖥻. 𝓒hapter 10
🎸. 𝓜ason's pov
A casa estava cheia de vozes, risos e música alta. Mason havia chegado à festa com Scarlett ao seu lado, mas desde o momento em que cruzou a porta, ele sentiu um desconforto crescente. Cada som parecia mais alto do que deveria, cada rosto parecia desconhecido e ameaçador. Ele não gostava de multidões, e estar ali, cercado de gente que ele mal conhecia, fazia sua mente correr em todas as direções.
Scarlett estava animada, conversando com algumas pessoas no canto da sala, e Mason se esforçava para se manter firme. Ele estava encostado em uma parede, fingindo que estava interessado em alguma coisa no celular. O som das risadas e da música misturava-se com o barulho de copos se chocando e vozes se sobrepondo.
─── Mason, vem cá! ─── Scarlett acenou para ele, tentando integrá-lo à conversa, mas ele apenas sorriu de maneira forçada e acenou que não, tentando não parecer rude. Ele queria se juntar a ela, mas algo dentro dele o segurava. A pressão de estar ali era esmagadora.
Ele desviou o olhar para a multidão, sentindo um aperto no peito que não estava disposto a soltar. Era como se as paredes da casa estivessem se fechando em torno dele. Sua respiração ficou pesada, e ele sentiu o suor começar a se formar em sua testa. O som das conversas ao seu redor parecia cada vez mais distante, abafado, como se ele estivesse submerso.
Tentando se acalmar, ele se afastou lentamente da multidão, procurando um lugar mais tranquilo. A música alta, as risadas, os olhares desconhecidos... tudo parecia estar conspirando contra ele. Seu coração batia descompassado, e ele sabia que estava à beira de um ataque de pânico. Precisava sair dali, precisava de ar.
─── Preciso de um tempo ─── murmurou para si mesmo, empurrando a porta de vidro que levava ao jardim.
Do lado de fora, o ar fresco noturno o atingiu como uma lufada de alívio. Por alguns segundos, ele respirou profundamente, tentando acalmar o ritmo descontrolado de seu coração. O jardim estava iluminado por pequenas luzes penduradas em cordões, criando um ambiente quase mágico. Mas mesmo ali, longe da multidão, Mason não conseguia se livrar da ansiedade. Ele se sentia desorientado, à beira de um colapso. Seus pensamentos estavam embaralhados, e a sensação de sufoco persistia.
Foi quando ouviu passos atrás de si.
Antes que pudesse reagir, alguém esbarrou nele. O impacto o desequilibrou e, ao tentar se apoiar no chão, sentiu uma dor aguda quando um dos convidados pisou em sua mão.
─── Desculpa! ─── gritou a pessoa, que estava claramente bêbada e nem percebeu a gravidade da situação.
Mason deixou escapar um gemido de dor, caindo de joelhos enquanto segurava a mão que agora latejava intensamente. O pânico que estava apenas à espreita dentro dele se libertou de uma vez. A dor física e a pressão mental se misturaram, e ele sentiu o chão se mover sob seus pés. Tudo ao seu redor parecia girar. O ar não entrava. Sua visão começou a escurecer pelas bordas.
Ele estava sufocando.
─── Mason? ─── a voz de Scarlett atravessou a neblina de pânico que o envolvia.
De repente, ela estava ao seu lado, com uma expressão de pura preocupação. Ela se abaixou, olhando para ele de perto.
─── Mason, respira. Respira fundo, estou aqui ─── disse ela, sua voz suave, mas firme. Ela segurou a mão dele, a que não estava machucada, e ele sentiu o toque quente e reconfortante dela contra sua pele fria e suada.
No instante em que os dedos de Scarlett se fecharam em torno de sua mão, uma onda de emoções o atingiu. Era uma sensação estranha, quase reconfortante, mas também intensa e confusa. Ele sentiu algo se agitar em seu estômago, como se borboletas estivessem se libertando. Era uma sensação de segurança misturada com nervosismo, e aquilo o pegou de surpresa. Mesmo em meio ao caos de sua mente, ele não pôde evitar notar o efeito que o toque dela tinha sobre ele.
Ela estava ajoelhada ao lado dele agora, olhando diretamente em seus olhos, sem soltar sua mão.
─── Você vai ficar bem, Mason. Respira fundo comigo, tá? ─── Scarlett guiou sua respiração, inspirando lenta e profundamente, e Mason tentou seguir o ritmo dela.
Aos poucos, o pânico começou a ceder. A visão dele voltou a se estabilizar, e o som ao seu redor, antes abafado, voltou a ficar mais claro. Mas, acima de tudo, ele conseguia sentir o calor da mão de Scarlett segurando a dele, ancorando-o naquela realidade.
─── Desculpa... ─── ele sussurrou, ainda sem fôlego, as palavras saindo entrecortadas ─── Eu só... não consigo...
─── Ei, tá tudo bem. Você não precisa pedir desculpas ─── respondeu Scarlett, suavemente. Ela apertou a mão dele de leve, e Mason sentiu novamente aquele formigamento esquisito em seu peito ─── Eu sabia que você não gostava de festas, mas queria te trazer aqui porque achei que poderia ser divertido. Eu não devia ter te pressionado.
Mason balançou a cabeça, ainda respirando com dificuldade.
─── Não é sua culpa. Eu... eu só não sei lidar com tudo isso. Multidões, as pessoas... Eu fico sobrecarregado.
Scarlett assentiu, compreendendo. Ela não soltou a mão dele, o que o fez se sentir menos exposto, menos vulnerável.
─── Você não precisa ficar aqui, sabe? Podemos sair, se quiser. Podemos ir a algum lugar mais tranquilo ─── ela sugeriu.
Mason olhou ao redor, vendo os outros convidados voltarem à sua própria diversão, sem prestar atenção a eles. O mundo ainda girava, mas Scarlett estava ali, ao seu lado, como uma âncora em meio à tempestade.
─── Talvez... talvez sair seja uma boa ideia ─── ele concordou, ainda se sentindo abalado.
Scarlett o ajudou a se levantar, sem nunca soltar sua mão. Eles caminharam juntos de volta para a parte de dentro da casa, e Scarlett deu um rápido aceno para os amigos que a observavam, mas não parou para explicar nada. Ela estava focada em Mason.
Do lado de fora da casa, o ar fresco da noite mais uma vez envolveu Mason, e ele sentiu uma leve melhora. A festa, as vozes, o caos... tudo parecia distante agora.
─── Vamos dar uma volta? ─── Scarlett perguntou, sua voz gentil.
Mason assentiu. Eles começaram a caminhar pela calçada, o silêncio confortável entre eles. Mesmo com o caos interno que ele havia acabado de enfrentar, havia uma paz em estar ao lado dela. Ele olhou para as mãos deles, ainda entrelaçadas, e sentiu aquele mesmo formigamento no peito, as "borboletas" voltando a se agitar.
Scarlett olhou para ele, seus olhos brilhando à luz da rua.
─── Está melhor agora?
─── Sim. Muito melhor ─── ele respondeu, com um sorriso fraco, mas genuíno. As palavras saíram mais fáceis do que ele imaginava. Scarlett havia conseguido acalmá-lo de uma maneira que ninguém mais conseguia. Ela havia estado ao lado dele quando ele mais precisou, e agora ele se sentia mais forte por causa disso.
E, de repente, ele percebeu: talvez as borboletas não fossem só nervosismo. Talvez fosse algo mais.
EU TIVE 10000 DE SURTOS COM ESSE CAPÍTULO KKKK
espero que gostem!semana que vem tem mais 🫵😍
XOXO,BIA 💋
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