𝟬𝟬. IRMÃOS MUTANTES
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Início da Primeira Guerra Mundial.
Dia 28 de Julho de 1914.
Alemanha, Bonn.
Vários problemas atingiram as principais nações européias no início do século XX. Alguns países estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Entre esses estava a Alemanha, que iria declarar, na madrugada de 1º de agosto, guerra à Rússia.
Hope Holloway, aos seus 14 anos, andava com seus pais pelas ruas da capital Alemã, Bonn. De 1949 até a década de 1990, a capital provisória da República Federal da Alemanha (RFA) era Bonn, porção ocidental, enquanto Berlim era o centro da República Democrática da Alemanha (RDA), porção oriental.
Ela e seus pais não tinham uma vida muito agitada e nem luxuosa, já que sua família era pobre e fazia o máximo para ganhar o pouco de dinheiro que conseguiam. Não era apegada a riquezas e muito menos sentia vergonha da vida que levava, mas também não negava que, para ela, eles mereciam uma vida melhor por todo esforço que faziam. Tinha orgulho de seus pais.
Repentinamente, um estrondo quase ensurdecedor ocorreu a alguns metros do local onde estavam, causando pânico na população. Homens, mulheres e crianças, correndo de um lado para o outro, desesperados com algo no qual eles nem sabiam do que se tratava. Soldados apareceram no meio do caos e gritavam com civis, os mandando voltar para suas casas. Era um verdadeiro inferno.
─ Voltem agora para suas casas, agora! ─ Um dos soldados gritou com uma senhora bem debilitada. ─ Estou mandando você voltar!
─ Vamos, Hope! ─ A mãe puxava a garota com todas as suas forças, mas ela não saía do lugar.
─ Não, mãe, espere, ela precisa de ajuda! ─ Gritou de volta para Sophia, largando dos braços da mãe e correndo em direção ao soldado. ─ Ei, deixe ela em paz! ─ Empurrou o quanto pode o homem.
─ O arquiduque Ferdinando morreu! ─ Gritou um homem descabelado pelas ruas. ─ Eles estão vindo!
Durante a visita do arquiduque Francisco Ferdinando, o herdeiro do trono austríaco, a Sarajevo, na capital da Bósnia, ele foi assassinado. Sua visita foi vista como uma provocação, colocando em jogo os grupos nacionalistas da Sérvia e Bósnia. Foi aí que então, Gavrilo Princip, membro do grupo nacionalista da Bósnia, atirou no arquiduque e na sua esposa. Logo mais, sendo preso ao cometer o atentado.
─ Sua garota insolente! ─ O soldado deferiu um tapa forte no rosto da adolescente, que ficou estática com o ato. ─ Saia daqui agora, antes que eu leve você para outro lugar!
Hope sentiu uma enorme onda de calor em seu corpo. As mãos e os pés passaram a formigar, a respiração mais ofegante e o coração acelerado. O soldado arregalou os olhos quando olhou em direção às mãos dela e viu ondas esverdeadas como água, subindo sobre a extensão dos braços e ficando cada vez mais visível aos olhos. Ele piscou diversas vezes, achando que estava tendo alucinações, mas quando abria novamente, nada mudava.
O chão começou a tremer ao redor dele e a cor dos olhos dela ficaram esverdeados. Hope perguntou o que estava acontecendo, já que aquilo nunca havia acontecido com ela. Ela mexeu sua mão direita e, quando percebeu, o mesmo soldado com quem ela discutia segundos atrás, começou a flutuar. Assustou-se, mas não tentou mudar ou entender por agora o que era aquilo.
Com toda a raiva que possuía, por diversos motivos, fechou a mesma mão em que utilizava sua magia. Ela não sabia o que aconteceria, mas o resultado foi ainda mais assustador do que antes. O homem, que antes apenas flutuava, começou a engasgar à medida que as mãos dela iam se fechando. O coração apertou e causou diversos arrepios no corpo, como se ele estivesse prestes a ter um ataque cardíaco. Sem nenhum remorso e lembrando-se da situação anterior, levantou sua mão esquerda e, movimentando rapidamente as duas para o centro, quebrou o pescoço dele.
Holloway olhou para si como se não acreditasse no que conseguia fazer. O suor de nervosismo desceu pela testa e pescoço, o estômago embrulhou e ela olhou para os pais. Richard e Sophia não pareciam surpresos ─ pois eles já sabiam que a filha adotiva era especial. Deixaram para contar quando ela completasse, assim como a verdadeira história de Hope.
─ O que está acontecendo? ─ Perguntou olhando para os dois, que ficaram sem reação quando ela descobriu seus poderes. ─ Mãe, o que é isso? ─ Assustada, olhou para as próprias mãos.
─ Hope, querida, olhe para mim. ─ O pai andou rapidamente em sua direção e segurou nos ombros dela. ─ Precisamos ir agora! Conversamos em casa.
─ Acontece que você é um monstro! ─ Uma mulher que passava por ali gritou assustada para ela. Não dava para culpar totalmente. Ela viu uma garota, de apenas 14 anos,matar um soldado sem nem mesmo encostar nele. ─ Vai queimar no inferno!
É, agora, definitivamente, ela já estava passando dos limites impostos por uma garota que havia acabado de se descobrir.
Mais soldados surgiram, mas todos eles foram lançados contra as paredes. Objetos voaram na direção dos mesmos, eles levitaram durante alguns segundos e no final, todos tiveram o mesmo fim: a morte. Então, a partir daquele momento, ela percebeu o quão poderosa ela era. O que poderia fazer com aquilo? Era um mistério. Aquilo era apenas a ponta do iceberg de seus poderes.
─ Vamos, Hope, agora! ─ O pai a puxou uma última vez, lhe carregando desesperado pelos braços e torcendo para que ninguém mais chegasse a tempo para ir atrás dos três.
A consequência direta do assasinato do arquiduque foi uma crise política que ficou conhecida como Crise de Julho. Porém, como não houve saída nobre e diplomática para a Crise, a consequência final foram declarações de guerra acontecendo por todo o mundo. Aqui estão algumas delas: No dia seguinte a Áustria declarou guerra à Sérvia. Dia 30 os russos fizeram o mesmo para defender a Sérvia, fazendo com que alemães e austríacos mobilizassem seus exércitos. Dia 1º de agosto a Alemanha declarou guerra à Rússia e, no dia 3, à França. No dia 4, o Reino Unido declarou guerra à Alemanha.
E foi daí, que começou a Primeira Guerra Mundial.
A primeira guerra formou dois grupos, a da Tríplice Aliança (com seus principais sendo Alemanha, Áustria-Hungria, Império Otomano e Itália) e a Tríplice Entente (com seus principais sendo Rússia, Grã-Bretanha e França). E, apesar da Itália fazer parte da Tríplice Aliança, recusou-se a participar da guerra e em 1915 ficou do lado da Tríplice Entente.
Naquele ano a sociedade conheceu mais presencialmente os mutantes. Ingratos do jeito que permaneceram, passaram a repreender os "seres diferentes" ─ ou também chamados naquela época, as aberrações. Seus discursos eram os mesmos, de que os mutantes queriam a extinção da humanidade, mas se esqueceram que, de fato, os mutantes também são humanos.
Hope, seguindo o conselho de seus pais, se escondeu por muitos anos. Fazendo o que podia pelos seus mais próximos e por aqueles que assim como ela, eram diferentes. Esgueirando durante as duas guerras que viveria, perdendo as pessoas na qual ela mais amava e criando uma casca auto protetiva para os seus sentimentos.
∵ ⊗ ∴
Hoje em dia, no auge da Guerra Fria.
Miami, ano de 1962.
─ Você vai me dizer agora mesmo para onde vão levá-los ou eu vou acabar com você agora mesmo. ─ A garota de cabelos enrolados apertava o rosto de um homem loiro contra a mesa de um bar. ─ E eu não estou pedindo.
─ Olha na sua bunda, vadia! ─ Sorriu sentindo-se superior a ela. Não sabia que ela tinha poderes e que poderia acabar com a vida dele ali mesmo.
Talvez se soubesse, teria ficado calado.
Hope sabia que o homem nunca abriria a boca, então passaria para o jeito difícil ─ ou como sabemos, utilizando seus poderes. Não usá-lo de início parecia ser mais divertido, já que quando as pessoas lhe desafiavam, ficavam surpresos com o que viria logo depois. Leu sua mente e descobriu a resposta para a pergunta. Incluindo endereço, quantas pessoas, quando e quem era o responsável pela barbaridade.
Faziam alguns meses que ela estava perseguindo uma rede de sequestradores. Eles pegavam jovens no meio da rua e os levavam para laboratórios secretos, no único intuito de fazer experiência, criar mutantes e ter poder sobre eles. Mas até agora, só havia encontrado pessoas que serviam para o dono ou dona dessa rede. A única coisa que ela sabia era que essa pessoa tinha poderes e conseguia manter-se escondido dos demais.
Impaciente e com as respostas que precisava, Holloway virou de costas e com seus poderes, despencou o teto do bar sobre ele, que morreu na hora.
Enquanto voltava para o apartamento em que estava hospedada, seu sensor de presença avisou da presença de mais dois mutantes algumas quadras dali. Despreocupada, optou por voltar para casa e esperar que eles a seguissem de noite. Sabia que os dois queriam falar com ela, mas não se daria ao trabalho de ir até eles.
Na parte da noite, a mulher foi até uma boate famosa que havia no bairro, em busca do nome que descobriu ao ler a mente do homem morto mais cedo. Ela trajava um vestido preto de um palmo acima do joelho, uma jaqueta de couro preta que ela usava em quase todos os lugares, uma bota preta de cano alto ─ sem salto e com seus cabelos soltos e propositalmente um pouco bagunçados. Quando entrou no bar, todos olharam para ela.
Estava à procura de um cara chamado Marcos, alguém que nunca havia visto falar. No balcão, dois homens muito bonitos que estavam sentados na bancada do bar, olhavam para ela. O primeiro parecia ser simpático, notou quando sorriu de orelha a orelha para ela. Já o segundo, mais sério, era mais na dele e a encarava com uma expressão neutra. O mais simpático levantou o copo que segurava na mão direita e a chamou para sentar-se com ele.
Eram eles, os dois que lhe seguiram mais cedo. Sentiu a energia deles e identificou que eram os mesmos poderes. Muito poderosos e muito diferentes. O primeiro mais leve e o segundo mais defensivo.
─ Boa noite, senhorita Holloway. ─ Sorriu para ela com animação. O cabelo quase dividido no meio dava um charme e combinava com seu estilo. ─ Você é ainda mais bonita de perto.
─ E vocês são mutantes. ─ Retrucou falando direta e reta. Hope não era alguém de rodear no que falaria e tinha o costume de ser bem sincera. Às vezes, um pouco sincera demais. ─ Porque estão me seguindo e o que querem? ─ Perguntou.
─ Ela é bem direta. ─ O mais alto comentou intercalando seu olhar entre os dois. ─ Gostei dela.
─ Você ainda não viu nada. ─ Hope roubou a cereja que estava dentro do copo de bebida de um deles e comeu. ─ Então, qual de vocês vai falar o motivo de estarem aqui.
─ Você já sabe. ─ O que lhe chamou respondeu. Imaginava que ela já teria lido a mente do amigo para saber do que se tratava aquela intervenção.
─ Eu até poderia, mas como você já sabe, viver não teria muita graça se eu lesse a mente de todo mundo e soubesse o que eles iriam falar. ─ Holloway pegou o drink cor de vinho que o homem ainda não havia bebido e tomou. O álcool desceu pela sua garganta como um alívio, já que o dia estava um pouco frio e aquilo lhe esquentou. ─ Só uso se for necessário.
A mulher não costumava sair lendo a mente das pessoas só por diversão. Era chato saber de tudo que estavam pensando e quais as respostas certas para dar. A interação e o erro fazia parte da sociabilidade humana, então se ela já soubesse quais seriam as respostas, não teria nenhuma graça. Para o que muitos era normal, para ela era intrigante. Imaginar qual a resposta da outra pessoa e perguntar "no que você está pensando".
─ É ótimo saber que achamos a pessoa certa. É um prazer conhecê-la. ─ Sorriu a elogiando. Ele estendeu a mão para cumprimentá-la e Erik fez o mesmo logo depois. Imaginou que eles estavam sendo tão legais por um único motivo: pedir um favor. ─ Meu nome é Charles Xavier e esse aqui é o meu amigo Erik Lehnsherr.
─ Você é aquele professor de Oxford. Doutorado em Genética, Biofísica e Psicologia. ─ Citou algumas das realizações de Charles. Havia visto sobre ele enquanto pesquisava sobre mutantes. ─ É um bom trabalho.
─ Obrigado. ─ Agradeceu gentilmente. O sorriso de Xavier era do tipo encantador. ─ Seus pais ficariam muito orgulhosos pelo que fez e está fazendo todos esses anos. ─ Estava contente com a atitude da garota de proteger os mutantes.
─ Eu duvido. ─ Negou. Não acreditava que seus pais teriam orgulho da pessoa que se tornou.
─ Agora que vocês já tiveram esse lindo momento, vamos direto ao assunto. ─ Erik interrompeu a conversa dos dois, fazendo Charles balançar a cabeça negativamente e desistir momentaneamente de retrucar. ─ Estamos aqui por ordem do governo para recrutar mutantes.
─ Com certeza não se dependesse de você. ─ A morena apontou para Lehnsherr, que concordou.
─ Estamos na base de Pesquisa Covert da CIA. Recrutando mutantes para fazer parte da Divisão X. ─ Xavier continuou. Hope não pareceu muito interessada em trabalhar para o governo quando ele citou a organização. ─ Precisamos de você para nos ajudar a recrutar novos mutantes e derrotar Sebastian Shaw. Ele está prestes a iniciar uma guerra termonuclear.
─ Porque já não basta estarmos em meio a guerra fria. ─ Revirou os olhos. Ela já havia escutado falar sobre Shaw, um nazista no qual ela não teria nenhum remorso de matar.
─ O Charles acha que você é boa. ─ Disse Erik, cruzando os braços. ─ Eu confio nele e acredito nos mutantes.
─ Dá para perceber que você não gosta de pessoas que não são mutantes. ─ Hope colocou a taça de vidro em cima do balcão e o encarou. ─ Não julgo. Também não costumo confiar em quase ninguém.
─ Mas está pensando em confiar em nós, não é? ─ Xavier falou confiante, pedindo mais três bebidas no bar para eles. ─ Assim como nós estamos confiando em você e lhe recrutando em primeira mão.
─ Então eu seria a primeira burra a entrar para o seu grupinho e achar que isso vai acabar bem? ─ Falou fingindo surpresa e falsa animação. Charles e Erik riram. ─ Que honra.
─ Eu diria inteligente. ─ Falou o telepata um tanto convencido.
─ Porque eu estaria concordando com você? ─ Indagou.
─ Exatamente. ─ Afirmou com convicção.
─ Seu amigo é uma gracinha. ─ Holloway disse olhando para Erik e rindo de verdade pela primeira vez naquela conversa, zombando do jeito de Xavier. Era engraçado vê-lo com tanta confiança de que suas ideias eram realmente muito boas.
─ Precisamos de você. Está nessa há muito tempo e seria de grande ajuda. ─ Charles pediu. Acreditava nela e sabia que uma hora ou outra, Hope aceitaria a proposta. ─ Você gosta de ajudar as pessoas.
─ Sabe que eu não sou do tipo pacifista como você, não é? ─ Perguntou para confirmar.
─ Mas também não é radical. ─ Refutou a negação dela. ─ O meio termo é algo bom.
─ E significa que tanto posso seguir os meios pacíficos, quanto não. ─ Citou de forma hipotética. Hope, por si só, já era alguém bem misteriosa. ─ Eu sou uma incógnita.
─ Confio em você.
Ela queria fazer as coisas de uma maneira diferente. Queria ajudar as pessoas ─ não apenas mutantes, mesmo que eles fossem sua prioridade. Para alguém que teve que se esconder por anos por causa de pessoas preconceituosas, essa ideia ainda estava bem no papel. Era difícil querer colocar todo mundo no mesmo barco, mas também não fazia sua consciência pesar de noite.
─ Matei várias pessoas. ─ Resistiu, falando isso no intuito dele desistir e seguir em frente.
─ Então pare.
─ Não é tão fácil assim.
─ Eu acredito em você, Hope. ─ Insistiu Xavier, dando um sorriso encorajador.
─ Vocês vão ficar nessa até quando? ─ Erik bufou impaciente com a discussão dos dois. ─ Você quer isso, então para de tentar fazer a gente ir embora.
Ela pensou, uma, duas, três vezes. Encarou eles por alguns segundos, bateu os dedos sobre o balcão do bar e balançou a cabeça como alguém muito pensativa. Erik cruzou os braços e Charles deu um sorriso empolgante. Eles já sabiam a resposta, caso contrário, ela já teria negado.
─ Minha Santa Achiropita! Tá, meu Deus, como vocês são insistente, que inferno! Estou dentro. ─ Levantou os braços em rendição. Não estava sendo obrigada a fazer nada. Pelo contrário, gostou da ideia. ─ Mas se vocês tentarem me passar a perna, eu os transformo em um objeto.
─ Você pode fazer isso? ─ Lehnsherr perguntou sem acreditar. Nunca havia conhecido nenhum mutante com tamanho poder.
─ Tente me enganar e descobrirá.
Holloway, depois de revirar os olhos diversas vezes, estendeu a mão direita para que os dois melhores amigos apertassem. Erik por sua vez estendeu a sua e apertou a mão dela, mas na vez de Charles, ele ignorou sua mão e lhe puxou para um abraço apertado.
─ Não sou muito de abraços. ─ Disse Hope para Xavier com a voz um pouco baixa.
Olhou estranhamente para Erik como se perguntasse que diabos seu amigo estava fazendo. Lehnsherr riu ao ver que as bochechas da Holloway estavam amassadas contra o ombro do telepata.
─ Você aprende. ─ Charles lhe apertou uma última vez e a largou em seguida.
─ Se acostume, ele é assim. ─ Erik falou dando dois tapinhas no ombro de Charles.
Quando as bebidas chegaram, Xavier pediu para que cada um pegasse um dos copos e erguesse para fazer um brinde.
─ A nova família. ─ Brindou o professor, com o mesmo sorriso simpático.
─ A nossa vitória. ─ Foi a vez de Erik. Ele não aparentava ser tão sentimental quanto os outros, mas realmente acreditava e confiava na junção de sua espécie mutante.
─ Isso vai ser mais difícil do que eu imaginei. ─ Hope foi a última a falar alguma coisa. Sua personalidade nada convencional e seu humor bastante sarcástico, não costumavam criar discursos motivacionais.
Os três brindaram e viraram os copos de uma só vez. Antes de saírem e viajarem para a base secreta da CIA, Charles fez menção a tirar sua carteira do bolso para pagar a conta, mas Holloway interrompeu. Com alguns movimentos baixos com a mão direita, adentrou na mente do barman e o fez acreditar que eles já haviam pagado a conta.
─ Tenham uma boa noite e voltem sempre. ─ O homem sorriu agradecendo a preferência e virou-se para atender outros clientes.
─ Vamos? ─ A mulher apontou para a porta de saída e pediu para que os dois a seguissem até seu apartamento.
Para completar a noite, um vinil começou a tocar ABBA, a banda favorita dela naquela época. Hope sabia que sua vida havia acabado de mudar. Pois, a partir daquele momento, uma nova fase da sua vida estava prestes a começar.
∵ ⊗ NOTES ∴
01 ━━━━━ sim, eu sei que abba só é dos anos 70, mas mesmo assim quis colocar como se fosse de antes ─ já que é a banda favorita da hope. bandas como beatles, the rolling stones, the who e pink floyd são dos anos 60, mesmo que algumas tenham começado no meio da década.
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