Ꮺ 𖧷 🖤 𓏲 𝗽𝗿𝗼𝗹𝗼𝗴𝘂𝗲⨾

𝗁𝗲 𝖺𝘄𝖺𝗄𝖾𝗻𝗂𝗇𝗴!

O VAZIO. Tudo que a garota poderia sentir era o tremendo vazio onde estava. Toda a escuridão que a cercava, não havia nada.

Por onde quer que andava, o nada a seguia. Ela estava presa em um grande e torturante looping.

Até que, repentinamente, enquanto andava por todos os cantos como sempre fazia por um tempo que nem ela pode contar, viu uma luz próxima de onde estava. Isso era estranho para a garota, isso nunca acontecia.

Tomada pela curiosidade, decidiu se aproximar mais da luz, e quanto mais se aproximava, mais sentia que era o certo a se fazer.

Quando se aproximou o suficiente, nem teve tempo para pensar no que fazer, a luz aumentou e ficou mais clara, fazendo com que os olhos da castanha doesse e ela precisasse os tampar com a mão.

Quando os abriu novamente, não soube identificar onde estava, mas uma coisa ela tinha certeza; não era o vasto vazio.

Ela estava em um caixão, então se levantou e começou a explorar a pequena caverna onde estava.

A garota ficou confusa e curiosa sobre o que acontecia, algo não parecia estar certo. Diferentemente do vazio, ela podia sentir coisas. O ar entrando em seus pulmões, dedos dedilhando cada parte de onde estava, a terra dentre seus pés, tudo.

Enquanto andava em círculos pela construção natural de pedras, ela percebeu que não poderia mais ficar ali, precisava sair, mas antes queria entender o que fazia ali.

Ao procurar pelo lugar, encontrou uma pequena placa prateada no caixão. No qual havia um nome marcado com lindas letras minimamente escritas; " Violet Waterhouse ".

A castanha franziu o cenho. Não se recordava de ninguém com esse nome. Na verdade, não se recordava de muita coisa, exceto acordar naquela estranha caverna.

Ao observar melhor, a garota pode ver uma carta escondida dentre os lençóis.

Novamente, o nome Violet Waterhouse aparecia, estava endereçado no papel.

Tomada pela curiosidade, ela abriu a carta, que tinha um tom levemente amarelado.

" Querida Violet, provavelmente não está entendendo nada do que está acontecendo, mas deixe-me lhe esclarecer.

Há algumas horas, soubemos que um grupo rebelde e poderoso estava prestes a atacar nossa vila. Não acredito que seja algo sério, mas não podemos nos arriscar, não podemos arriscar você.

Provavelmente, se estiver lendo esta carta, é porque provavelmente não estou mais neste mundo, nenhum de nós estamos.

Lhe explicando melhor, a colocamos em um feitiço de hibernação, que apenas poderia ser quebrado por uma bruxa de nosso clã, ou após a aniquilação de todas nós. Como está lendo esta carta, infelizmente significa que não sobrevivemos. Eu não sobrevivi.

Mas querida, não lamente. Você sabe o que fazer. Os mate, nos vingue. Seja o que você nasceu para ser, uma lenda.

Com amor, Margot Waterhouse. "

Por mais que confusa, a garota entendia o óbvio; ela era a tal Violet Waterhouse. Entretanto, ainda sim se questionava sobre quem era e o que fazia ali. A única coisa que lhe parecia familiar, era um pequeno colar com um brasão em W que estava dentro da carta.

Ela rapidamente o colocou e prometeu a si mesma que não o tiraria, parecia ser algo importante.

Quanto mais pensava sobre cada momento que ela poderia se lembrsr, mais percebia que continuar ali não lhe ajudaria em nada. Então decidiu enfim sair.

Ao sair, viu que estava cercada por uma densa floresta, e quando o forte vento tocou em sua pele, ela finalmente percebeu suas vestes. Violet estava apenas com um vestido longo branco, que quase não a cobria.

Tomada pela coragem e ainda com algumas dúvidas, a única coisa que Violet sabia era que não desejava mais ficar naquela caverna, presa como estava antes.

Quando adentrou na floresta, um forte vento bateu em sua pele, a fazendo tremer e abraçar a si mesma para se aquecer. A cada passo que dava dentro daquela floresta, sentia que se perdia cada vez mais na imensa escuridão.

O ambiente a fazia se lembrar de onde estava antes, no vazio.

A pequena possibilidade de voltar a aquele lugar fez com que todo o seu corpo entrasse em alerta. Ela não poderia permitir isso.

Novamente, porém mais forte, uma ventania tomou conta de toda floresta. Mas essa era diferente, parecia a estar guiando para algo.

Seus instintos a diziam para seguir aonde o vento ia. Como se fosse uma pequena voz em sua cabeça, a guiava para o caminho correto, e então ela o fez.

Quanto mais andava, mais Violet ficava confusa com o seu caminho, mas mesmo assim o seguia. Tudo em seu ser a pedia para faze-lo.

Sem perceber, se aproximava novamente de uma luz, mas essa era diferente da última. Quando percebeu, ela se aproximou mais e começou a ouvir alguns ruídos que desconhecia, além de cheiros diferentes de seu costume.

Ela se aproximou mais um pouco e sua visão começou a doer por toda luz no local, mas logo se acostumou e ficou admirada com tudo que via. Cavalos, pessoas com roupas engraçadas e animadas com coisas fúteis.

Violet adentrou na cidade ainda encantada e viu tudo que a cercava, casas e lojas, era tudo incrivelmente encantador.

A castanha não sabia exatamente para onde ia, ela apenas olhava para tudo que passava por ela admirada. Quando deu por si, estava em frente a uma rua estreita e escura, mas Violet se viu tentada a ir em sua direção, assim o fez.

— Olá — Um homem apareceu repentinamente atrás de Violet. O que fez a garota se assustar e olhar em sua direção — Será que posso lhe ajudar? Parece estar perdida — O homem disse com um sorriso sagaz em seus lábios.

— Não, obrigada — Violet sorriu gentilmente e o homem a olhou confuso. Quando a garota estava pronta para ir voltar seu caminho, mas o homem segurou seus braços e a impediu de continuar.

— Você está perdida, e quer que eu te ajude — Afirmou enquanto olhava sem piscar aos olhos da garota, o que a deixou confusa.

— Não? — Afirmou com dúvida em sua voz e se soltou de seu aperto, e dessa vez, o homem ficou confuso.

— O que você é? — Questionou enquanto se aproximava de forma ameaçadora na direção de Violet — Lobisomem? — Ela o olhou confusa — Bruxa? — Ela ainda não conseguia o entender — Oh não, é uma vampira?

— Do que está falando? — Ela o questionou e ele sorriu sadicamente.

Antes que a garota pudesse fazer qualquer coisa, o homem foi até ela em um piscar de olhos e a prende pelo pescoço na parede.

— Me solte! — Disse com a sua voz falhando e tentando a todo custo sair dali, mas o homem apertou mais seu pescoço.

Ela sentiu seus olhos queimarem levemente e então, sem conseguir resistir, segurou o pulso do homem com força e o quebrou.

Após conseguir se soltar, ela enfiou a mão em seu tórax e arrancou seu coração em apenas um movimento.

Quando voltou a si, percebeu o que havia feito e jogou o coração no chão assustada. Ela não podia acreditar no que havia feito.

— Nossa, você realmente roubou o coração dele — Uma garota loira que apareceu repentinamente na frente de Violet brincou — Meu nome é Lexi, e o seu?

𝑵𝑶𝘁𝕒𝙨 𝗱𝕒 𝑨𝑼𝘁𝗈𝕣𝙖:

Oiê pessoas, tudo bem com vocês? Então esse foi o prólogo. Não foi lá aquelas coisas, mas espero que tenham gostado.

Eu vou postar o próximo capítulo amanhã, me digam o que acharam sobre esse prólogo.