A intromissão que eu precisava
O som do trem sobre os trilhos podia ser ouvido com mais intensidade através do toque do meu rosto, quando encostei minha testa no vidro da janela.
Eu não queria admitir meu sofrimento e raiva, eu precisava me controlar, eu não sabia o que fazer ainda com tudo que havia acontecido.
- Jenna, você está bem? - Perguntou a voz masculina num tom preocupado, porém tranquilo e carinhoso.
Minha dor de cabeça estava chegando no ápice, eu podia deduzir o motivo. Fazer previsões seguidas tinha um peso sobre meu corpo, a minha mente ficava sobrecarregada e a minha ansiedade só aumentava com tudo que eu sabia do futuro, e agora, o meu presente, não me servia de nada.
Eu e meu novo companheiro de viagem estávamos a sós em uma cabine, para o descontentamento de Sophia que não gostou muito dessa incomum aproximação. Eu precisava de um tempinho com ele para entender esse nosso novo lance. E ela? Bom, ela ficou surpresa, riu e depois transamos, como sempre era o fim das nossas conversas mais sérias.
- Eu deveria ter pedido a Sophia aquela poção para dor de cabeça. - Falei me virando para ele escorando meu corpo no vidro jogando minha cabeça pra cima. O gelado que vinha da janela ajudava um pouco a aliviar a dor, chegava a ser prazeroso.
Quando olhei para ele, o mesmo olhava para o meu corpo com um semblante pensativo e com a boca levemente aberta.
Eu estava com uma das saias elegantes que tinha, era curta com um rasgo lateral que um dia fora discreto, eu havia rasgado mais um pouco na subida para o vagão do trem, então mostrava ainda mais minhas coxas. Eu entendia o olhar dele agora, Neville sempre estudava meus movimentos de forma meio boba, mas sei lá, me excitava o jeito dele me olhar. Depois do beijo, esse olhar se intensificou.
Os últimos 3 dias em Hogwarts foram bem tristes. O clima fúnebre e pânico ainda estava no ar. As cerimônias e lamentações de McGonagall em todas as refeições me enchiam de tédio, eu quis enviar cartas para todos: vovó, meu país, Jorge e até para Snape, mas nada fiz, era impossível no momento.
Depois da nossa aproximação no pátio, pensei em jogar Neville numa sala, mas ele não merecia isso. Ele era gentil e fofo e me despertava maturidade - tesão, também - mas com ele eu decidi tentar , não digo que iria conseguir - ir aos poucos mesmo sentido vontade de pular em cima dele. Aquele olhar inocente de inexperiência e desejo me deixava louca. Não nos agarramos nos últimos três dias, eu não tive tempo de conversar com ele porque fiquei sem jeito, não sabia o que esperar até o último momento que não aguentei mais, o convidei para a cabine.
Mas eu não estava tão bem quanto eu gostaria, mesmo com os arrepios que me dava com sua presença eu precisava entender o que estava acontecendo comigo.
- Hey! - O chamei fazendo ele olhar no susto para o meu rosto. - E você, está bem? O que está pensando? - Perguntei me sentando ao seu lado.
- É que você está muito bonita com essa blusa branca, eu nunca te vi de branco e...
- Hum?
- Acho que está tão linda chamando atenção.
- O que exatamente está chamando? - Eu sabia ser cínica. Ele olhou para os meus seios que marcavam a blusa e deu um sorriso tímido.- Ah, meu busto.
- Eu tô muito bobão, não estou ?
- Não mais quê um homem normal.
- Ah. - Murmurou desanimando olhando para o chão.
- Nev - Falei pegando seu rosto e posicionando na frente do meu. - Tá tudo bem, você não teve muitas experiências, já eu, sou muito impulsiva.
- Foi só duas vezes com a Ana e foi tão rápido.
Levantei uma das sobrancelhas pensativa - ao mesmo tempo que eu queria saber eu também não queria.
- Rápido? - Perguntei olhando para os seus amendoados olhos pequenos que me assustavam com aquelas pílulas levemente dilatadas.
- Da parte dela, sabe?
Duvido muito.
- Não, não sei. - Sussurrei olhando para seus lábios ainda segurando seu rosto fofo fazendo carinho em suas bochechas.
- É que... - ele ficou um pouco vermelho e visivelmente tímido, mas me mantive firme buscando seu olhar - a gente estava vestidos e foi uma vez na sala comunal da Lufa-lufa a noite, eu acho que ninguém viu, é sério, - reiterou preocupado - eu achava que demorava mais.- Se questionou pensativo . - A outra vez foi na sala do professor de feitiços, foi tudo tão rápido, achei que ela só quisesse estudar.
- Escrota.
- O que quer dizer?
- Deveria pensar mais em você. - Falei me apoiando em suas pernas acariciando suas coxas. - Ela só queria usar você pra relaxar.
- É, mas eu... - ele umedeceu os lábios e olhou para minhas mãos em sua perna - to bem. Deixa isso pra lá.
- Hum, é por isso que lembro de assistir seus devaneios com ela sem roupa nas aulas do Flitwick.
- Pois é, mas ela nunca tirava nada.
- É mesmo? - Perguntei sarcasticamente me levantando tirando minha blusa de cetim branca. - Eu não tenho nenhum problema com isso. - Falei colocando uma das mãos na cintura.
Ok, eu estava entediada, era divertido demais brincar com ele, admito que agora fazia mais sentido minhas expressões estranhas do futuro o olhando com malícia.
- Aí, Deus. - Suspirou olhando para os seios que vestia um sutiã de renda preto. - Você parece muito mais experiente mesmo.
- Pois é, perdi as contas muito cedo. - e joguei a blusa no canto do banco. Eu nunca tinha transado num trem, mal não faria tentar. - Precisamos conversar.
- Com você assim?
- É, me sinto confortável assim. E você?
- É, - respondeu levantando as sobrancelhas meio embasbacado - acho que consigo.
- Bom, eu pensei esses dias na época que namorei com o Fred no quinto ano, consegui convencer a Umbridge de que eu estava investigando o " grupo do Potter" e o que vocês tramavam contra ela, eu a enrolei , e deu certo. - Falei pensativa mas ele estava focado em outra coisa, pelo menos o olhar dele. - Você está me ouvindo?
- Aham, claro. - Confirmou me encarando de volta. - Sei que foi um período ruim. Está tentando me dizer que ficando comigo o mesmo vai acontecer?
- É, você estava prestando atenção. - Falei sorrindo. - Então, eu estou pensando na sua segurança, você precisa me dizer, quer que eu me afaste de você ou...
- Claro que não.- Falou com firmeza.- Eu não quero me afastar de você, só se você quiser.
- Eu não gosto de sigilo. - Eu era muito cínica. Se for com um professor ou com o Zyan, tudo bem.
- Eu não tenho vergonha de você. - Disse ele pensativo.
Talvez eu tenha com um professor.
- E porque alguém teria? - Perguntei pensando melhor.- O que quis dizer com vergonha, Neville?
- Nada, eu juro. - Respondeu levantando os ombros. - Eu até quero te apresentar pra minha avó.
- Credo. - Falei olhando pro chão. - Nada pessoal, mas sinto que ela é um nojo.
- Um pouco tradicional e elegante de mais. Excessivamente preocupada, eu sei, e melindrosa. Mas sabe, é que meu pai... - e deu um suspiro - bom, ele ainda está onde está e isso faz ela temer o tempo inteiro as pessoas principalmente que se aproximam de mim.
- Entendo. - Respondi com sinceridade.
- Se ela visse o que eu vi de você, daria a ela esperança e isso seria muito importante para mim.
Impressionante como sem querer Neville fazia eu me sentir uma criança malcriada. Eu julgava muita gente sem entender ou conhecer suas dores, e ele me fazia questionar até minhas atitudes mais primitivas, como estar só de sutiã conversando com ele sobre um assunto muito sério. Eu era muito imatura.
- Eu sou ridícula. Vou por minha blusa. - Falei me levantando.
- Não faz isso. - Falou se levantando também, se pondo a frente.
Eu o encarei com admiração e ele me olhou com um sorriso carinhoso, sem pensar muito eu o empurrei contra a janela o fazendo bater a cabeça no vidro, mas ele não ligou.
- Desculpa. - falei jogando meu corpo sobre o dele e minhas mãos sobre seus ombros. - Eu não queria fazer isso com você, não estou te objetificando, eu só tô afim de te agarrar a muito tempo e parece que fazer isso, faz eu me sentir melhor.
- O que!? Desculpas? Eu que peço por ser lerdo todo esse tempo. - Respondeu afobado me pegando pela cintura.
Mas eu não deixei ele prosseguir, o fiz se entregar rapidamente aos meus beijos enquanto eu segurava seu rosto esfregando meus seios nele. Ele apertou minha cintura com as mãos mas foi eu que pressionei nossos corpos, ele apenas se perdia em como reagir enquanto eu sugava e mordiscava seus lábios e voltava minha língua com gosto dentro da sua boca.
- Jenna? - Murmurou pegando ar.
- Huuum. - Sussurrei gemendo encarando seu rosto bem de perto.
- Não te deixa sem graça eu ficar assim?
- Assim como?
- Sabe... - ele olhou para o lado com vergonha. - Excitado.
- Não. É exatamente isso que eu quero. - Falei esfregando meu quadril no dele, sentindo o seu desejo aumentar. - Está te incomodando?- Perguntei olhando para a expressão perdida dele.
- Não, eu só estou com vergonha. - Me respondeu com um sorriso gentil me olhando nos olhos. - Me sentindo bobo.
- Se continuar a me interromper vai estar sendo.
Eu voltei a beija-lo , pegando suas mãos e conduzindo-as para o meu quadril. A cada descida dos seus dedos sobre o tecido da minha saia eu ia com os meus subindo. Os beijos dele ficaram ainda mais descompassados e perdidos a medida que sua mão descia sobre minha bunda, a insegurança dele só me excitava ainda mais.
- Isso realmente é bom pra você? - Me perguntou piscando fundo visivelmente perdido.
- Quer sentir como estou agora?
- Como assim? Sentir o que?
Eu me atrevi a tocar sobre sua calça na região do seu pau, que estava muito mais duro do que eu imaginei. Ele se assustou chocado olhando para minha mão , ao mesmo tempo que ele estava impressionado ele também sorria.
- Do mesmo jeito que você está louco, eu também estou... molhada. Quer sentir?
Ele soltou um "aham" quase babando olhando para os meus lábios. Peguei sua mão esquerda e abri um pouco minhas pernas introduzindo lentamente seus dedos no meio delas.
TOC
TOC
TOC
E alguém bateu na porta da cabine.
"Jenna, a gente precisa conversar sobre uma coisa séria." - Falou Sophia do outro lado.
"Não é possível." - Murmurei sentindo a mão dele tocar o tecido da minha calcinha.
- Então, você realmente está molhada?
- É, bastante.
- Acho que você precisa se secar, não é? - Ele me perguntou preocupado.
- Como é que é?- Indaguei rindo.
- É que não sabia que ficava assim.
- Como pode não saber?
- Ana era rápida como eu disse, ela apenas abria meu zíper e sentava sabe, aí...
- Ah, não! Eu não quero saber mesmo! - Me afastei largando sua mão, indo pegar minha blusa.
Após me vestir irritada, abri a porta com tanta violência que dado ao susto da amiga, imagino que foi alto o som.
- O que você quer!? - Indaguei praticamente gritando.
- Uau, empatei sua foda , é? - Debochou ela rindo, escorando um braço no batente.
- Qual assunto sério!? - Perguntei empurrando ela pra fora, distante da porta.
- Nossa, sua boca tá vermelha, - Observou ela se escorando na parede do corredor do trem. - Não tava com o pau do Neville aí, tava?
- Cala a boca! É claro que não. - Infelizmente! - fala logo ou eu vou esganar você!
- Ok,ok. Beijos eu até tolero mas outra coisa não. - E vendo minha expressão de ódio ela riu e prosseguiu. - Então, andei conversando com algumas meninas e elas disseram que o Zyan sumiu na noite da morte do diretor.
- E o que eu tenho haver com isso!?
- Olha, pelo mínimo que conheço dele, TUDO quê de bizarro que aconteceu com ele é meio que culpa sua, sabe?- Falou a amiga me vendo cruzar os braços e levantando uma das sobrancelhas. - Se não foi EU ou você, talvez seja interessante investigar. Ele não é um cara qualquer, ele é um nobre e isso vai acabar vazando...
- Boa desculpa para vir atrás de mim.
- Verdade, né. - Falou sorrindo com malícia. - Mas estou preocupada com você, você não está falando muito, parece que vai explodir a qualquer momento, estou com medo. - Concluiu ficando séria.
- Quando a gente chegar, me acompanha até a minha casa? - Pedi a ela desanimada.
- Hum?Acha sua casa segura pra mim?
- Nós duas somos melhores juntas e acho que se aqueles vermes acreditam no meu pai, talvez a casa esteja protegida ou sei lá, eu tô com medo, não sei o que vou encontrar lá.
- Tudo bem, meu bem. - Ela falou se aproximando. - É um momento delicado, eu prefiro ficar ao seu lado.
- Fora que eu preciso daquela poção para dor de cabeça.
- Aaaãh, nunca foi por amor a mim, poxa, você quer me usar. - Brincou se aproximando do meu rosto com um sorriso malicioso.
- Para de piada e entra.
- Uhul! - Torceu.
Quando entramos voltei a me sentar ao lado do Neville que fitava o chão com as pernas meio abertas olhando para as mãos. Sophia sentou na nossa frente e como de costume, colocou uma das pernas sobre o banco.
- Uau, que bizarro. Já imaginei a Jenna com qualquer um mas com você é muito estranho. Nem nos meus piores fetiche.
- Fetiches? Você tem? - Perguntei.
Ela riu pensativa.
- Com certeza. Hey, falando nisso, vi a Alice. - Disse com um sorriso estranho no rosto.
- Sua ex.
- É, ela se formou e me falou que vai pra Holanda, o pai dela é trouxa, ela estava aqui só por causa de Hogwarts, os pais são separados mas ela acha melhor ficar com ele agora já que está acontecendo tudo isso por aqui. Hey, ele tem plantação de Canábis, o mundo trouxa ama essa erva, é medicinal e ouvi dizer que ajuda no Alzheimer.
- Tá, mas e daí?
- Quer dizer que ela tem propriedades que são benéficas para o cérebro.
-Ta, mas e... - Eu não levei um segundo a mais pra entender o olhar dela sobre o Neville e depois para mim. Fazia parte do seu plano para ajudar os pais do amigo, isso eu tive certeza. - Espero que ela seja de grande ajuda.
- Vai ser, eu acredito que em breve posso começar alguma coisa.
- Mas tão rápido?
- Porque Altzaimer, Sophia? - Perguntou Neville pensativo, não sei se estava realmente interessado ou apenas lembrando do amasso que tínhamos acabado de dar.
- Estudos pessoais, eu te conto no caminho.
- Vai precisar de cobaia. - Falei descrente.
- Ou não. - Respondeu ela com um sorriso maroto. - Mas e aí? Tão namorando? -
- Não tive tempo de perguntar pra ele. - Respondi já que o amigo seguia perdido e acanhado.
- Tava com a boca ocupada, né? - Brincou Sophia com a voz mais grave.
- Aí, Sophia, onde você quer chegar? - Falei cruzando os braços.
- Não, não vou dar crise de ciúmes, não, mas sinceramente , o que vocês têm? O que querem ter? - Perguntou a amiga com uma das sobrancelhas erguida.
Neville ficou ainda mais tímido encolhendo os ombros.
- Eu acho que é melhor a gente não rotular...
- Ihhhhh... esse papinho de rótulo começou. - Debochou a amiga rindo. - Vai te iludir igualzinho como fez comigo, Nev.
- Já chega! - Gritei me levantando.
- ok,ok, parei! É brincadeira, a gente tem um relacionamento aberto, e eu amo isso, acho incomum, mas eu amo. - Se redimiu falando rápido.
Me sentei novamente irritada.
- Eu sei. - Falou Neville acanhado. - E digo que diante dessa situação eu não sei o que pensar, nem o que fazer. Sério , eu não imagino o que seja pra você, não parei para pensar.
- Desculpa , a gente não deveria nem ter ficado.
- Não, não estou reclamando, eu quero isso, mas não parei pra pensar na Sophia.
- Isso o que? - Perguntou a amiga com um ar carinhoso.
Neville ficou um tempo em silêncio olhando para Sophia que escorava um dos braços na perna que estava sobre o banco ficando de perna meio aberta, bem deselegante. Ela sorriu com gentilmente e levantou os ombros e sacudiu de leve.
- Eu aprovo vocês juntos. - Falou Sophia. - Eu amo vocês e acho que somos um grupo estranho. Nesses tempos que vivemos está tudo confuso, ou ruindo ou acelerando. Fleur vai se casar daqui um mês e ...
- Eu sou ridícula. - Falei me levantando. Aquele papo estava me desanimando me deixando mais confusa. Fui até a janela escorar minha testa no vidro novamente.
- Jenna, você está bem? - Perguntou Sophia se arrumando no banco.
- Não, é claro que não! Não me aborreça com esses assuntos de casamento. Eu estou quase surtando, talvez seja por isso que eu esteja com dor de cabeça. Eu não tinha quando eu era mais menina, era muito bom explodir alguma coisa, mas esses assuntos não estão me ajudando e pra piorar eu não passo de uma cadela! - Finalizei praticamente aos gritos.
- Jenna..?- Murmurou Sophia.
- Eu simplesmente tenho a chance de me ver, de me mandar uma mensagem do futuro e eu faço piada com sexo! Eu não passo de uma vadia que debocha de si mesma!
- Talvez você já tenha superado. - Falou Neville.
- Não justifica! - Falei me virando para eles.
- Talvez você já esteja madura o suficiente pra entender que saber do futuro só dificulta, atrapalha o processo. - Falou a Sophia.
- Que porra de processo!? Está falando igual ao Phillip - Ela abaixou a cabeça e o Neville também. Era compreensível, já que eu estava muito nervosa. - E o mais chocante é que eu não vejo o Jorge, nem o Fred, nunca vi o Snape, nem meu irmão se quer, nunca... e o meu pai...
- Hey, eu entendo a sua dor. - Falou a amiga.
- Entende o que? Os poucos momentos de prazer que faz eu esquecer todas essas merdas, você tira de mim! Acha que é agradável ficar constrangida!?
- Ah. - Soltou ficando surpresa e preocupada. - Desculpa.
- E o pior é que EU estou errada! Olha todas essas merdas acontecendo e eu sei lá, só quero ter o último momento de alegria e prazer com um de vocês ou os dois, tanto faz. Eu tô sendo hipócrita. Não dá pra gente se casar, desculpa , estamos estudando e eu sei que tudo vai piorar...
- Antes de melhorar. - Murmurou Neville com visível medo.
- Olha só, e eu aqui fazendo você passar isso. Você não merece isso, Neville.
- Jenna, - falou Neville - eu estou do seu lado esse tempo todo e só aprendi coisas incríveis e devo a você muito do meu desempenho e evolução, eu era muito mais tímido e ...
- Agora você quer saber quem tá afim de você!
- Isso foi um sinal de ciúmes!? - Ele me perguntou com um sorriso irônico.
- O que!? - Não tinha parado pra pensar.
- Porque se for eu fico feliz. Mas tenho muito que agradecer por aprender oclumencia e legilimencia, saber me proteger é algo muito mais satisfatório. Fora que achei muito legal compreender um pouco mais as pessoas...
- Tá, tá certo. Que seja. - Murmurei me virando novamente pro vidro vendo os alpes sumirem aos poucos para dar espaço as casas que denunciavam a proximidade da cidade.
Senti mãos no meus ombros e ao me virar Neville me abraçou.
- Eu disse que você estava ao meu lado naquela visão, e posso afirmar que também estarei, eu não vou me afastar, Jenna, só se você me pedir... muitas vezes.
- Nem eu, vadia. - Brincou Sophia vindo nos abraçar. Ela era grande o bastante para nos cobrir com seu longo braço. - Agora para de surtar e fica pelada. - E me vendo rir de nervoso, ela concluiu. - Tô brincando, só quero te ver sorrir.
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