A função do Seletor
- O que!? - Mumurei ao abrir os olhos.
Olhei para cima, sentido-me confusa. Não sei se era para eu estar vendo o teto de um dossel de madeira avermelhada, obviamente que não. Quando virei meu rosto, vi Snape na extremidade da cama olhando para fora atravéz de uma pequena janela, acima de uma pequena mesa.
- Eu negligencie as variáveis desta situação - Ele falou lentamente sem me olhar nos olhos.
- Estamos falando de Horcrux, certo? Dando ao pouco conhecimento que tenho, não estou surpresa.
- Eu jamais conseguirei me desculpar por tudo que está passando, nada disso é sua obrigação. - Disse ele praticamente sussurrando.
- Severo, você fez o que Dumbledore deixou...
- A ideia foi minha. - Me interrompeu decidindo me encarar.
- Hum, não foi uma má ideia. - Tentei aliviar a tensão me aproximando dele, me arrastando levemente sobre uma bela manta verde escura. - Já pode me contar mais sobre esses tais objetos, por favor. Assim, talvez eu consiga entender todo contexto e tudo que eu possa vir a ver.
- De fato. - E ele sentou na ponta da cama, escorando na coluna do dossel com uma expressão de impaciência e tédio. - Tudo começou...
E ele começou a me contar todo o plano de Dumbledore, todo plano complexo que eu ignorei quando estava em sua mente.
A história do professor Quirrel e a bizarra capacidade de Voldemort em possuir um corpo, a Câmara Secreta e o Basilisco, o rato do Ronald ser um animago vivendo anos com os Weasley, que me chocou , e muito e pior, ele ser o tal amigo do Sirius e do Thiago, Pedro Pettgrew, real responsável pela porte dos Potter. O inferno que foi o quarto ano com o Torneio Tribruxo e a voltar de Voldemort com um novo corpo com o sangue do Harry e um pedaço do tal Pedro; a negação do Ministério e o começo da desconfiança de Dumbledore sobre o Harry Potter ser uma Horcrux; a importância do Potter em fechar sua mente. A batalha no Ministério que matou Sírius Black, o anel que amaldiçoou Dumbledore e a desconfiança dos outros objetos deixados pelos fundadores de Hogwarts serem as outras Horcrux.
- E a varinha do... de você-sabe-quem, que ficou com você?
- Entreguei ao Rabicho. - E vendo minha expressão de dúvida ele continuou. - Pedro Pettgrew. Para celar a confiança do Milord em mim. - Justificou.
Eu respirei profundamente e olhei para a janela, que estava com uma brisa leve balançando um leve cortina verde.
- Meu Deus, estou com dor cabeça. - Respondi a ele depois dessa explicação que quase durou uma hora. - Que horas são?
- Já passou das 9 horas.
- Eu dormi tanto assim?
- Sim. Temi pelo pior. - Ele falou desviando o olhar.
- Hum, esse quarto é tão lindo. - Afirmei sentindo a textura da manta e observando o circular ambiente com armários e janelas curvadas para se adaptar as paredes.
- É, agradável e bastante seguro. - Ele respondeu olhando para o chão.
- Snape, como Hagrid e McGonagall vão se alimentar?
Nessa hora ele respirou profundamente se levantando.
- Eu ainda tenho que resolver isso... maldição. - Ele falou sério ficando de costa para mim, passando as mãos nos cabelos até agarrá-los de tenção, num ato que julguei muito lindo, já que eu nunca tinha visto ele fazer. - Jenna, tem mais uma coisa que preciso contar.
- O que?
- Lord sabe da espada, - ele me olhou dos pés à cabeça com uma expressão muito séria beirando a raiva - ele me deu a missão de entregar a ele. - e concluiu me olhando nos olhos com uma expressão muito triste.
- Merda. - Murmurei pensando no pior.
- A qualquer momento alguém vira aqui com esse dever e eu não sei o que fazer. - Ele voltou a abaixar a cabeça e suspirou profundamente. - Eu estou muito cansado.
- Snape - o chamei me levantando - eu preciso te contar uma coisa, que talvez possa ajudar... - Na verdade eu não acho que poderia ajudar nesse caso, mas precisávamos saber tudo que estava disponível, talvez ele tivesse alguma resposta.
- O que?
- O meu vestido azul que ganhei da minha tia Anastasia, tinha um vira-tempo escondido nele... - não consegui contar toda história.
Ele se virou totalmente pra mim com uma expressão de indignação e dúvida.
- Você tem o que!? - Indagou incrédulo.
- Vira-tempo...
Seus olhos arregalaram e sua voz tornou-se mais alta e mais grave.
- Nunca fale dele pra ninguém, não use-o..!
- Snape, calma, minha tia disse que no momento certo a missão será me dada.
- Não, Jenna, não faz sentido, - ele respondeu sem pensar - vira-tempo só podem avançar 4 horas, não sei em que ajudará em nossos planos.
- Somos videntes, confio na minha família.
Ele me encarou e aos poucos sua expressão de perplexo foi se acalmando, provavelmente pensando sobre o assunto agora mesmo em negativa, sem entender.
- Você precisa ir embora, eu dou um jeito sobre a espada. - Ele voltou ao assunto. Parecia ainda mais exausto com o que eu acabara de falar.
- Snape...
- Não, você precisa descansar, voltar em segurança, não sei quem virá, nem sei será essa noite, está tudo mais estável e eu... - ele desviou o olhar - estou ficando cada vez mais nervoso.
- Eu poderia dormir aqui. - Falei olhando para cama.
- Jenna, você não precisa dessa tensão toda, já é arriscado você estar aqui, seu pai...
- Transei com a Sophia no Ministério. - Minha intenção falando isso? Só ver a cara dele mesmo, prolongar o assunto, ficar ali com ele, não sei porquê, mas eu não queria partir, deixar ele era deixar ele com seu sofrimento e instabilidade emocional, eu queria ajudar.
Ele me encarou sério e bufou sorrindo, analisando meu rosto.
- A sua ousadia não deveria me surpreender, mas beira o cômico.
- Ótimo, se te faz rir nesse dia terrível, eu prefiro contar meus absurdos. - Falei sorrindo. - Como está meu pai?
Ele voltou a fechar sua expressão e eu o segui.
- Bem, firme, seguro e estratégico.
- Ele sabe de mim?
- Sobre o que? - Indagou o diretor levantando uma das sobrancelhas. - Nós?
- Não nós, sobre o meu papel na missão.
- Sabe, é tão evidente que... - Ele respirou fundo desviando o olhar novamente.
- Sim?
Ele olhou para um ponto do quarto pensativo , voltou o olhar para suas mãos que agora estavam unidas, parecia ainda mais ansioso revirando elas; e com a voz muito baixa ele respondeu:
- Temo que Milord possa te chamar...
- Sabe que estou protegida das trevas.
- Eu sei, mas eu temo, eu sempre temo pela sua vida e ele tem uma energia muito macabra. - Ele concluiu sussurrando.
- É recíproco meus sentimentos por você, eu sinto que você também absorve isso e temo que não aguente.
- É mais fácil você não suportar. - E ele me encarou com carinho. - Veja o quanto um diário afetou você. - E ele suspirou angustiado. - Jenna, você precisa voltar agora. - Ele voltou a ficar sério, falando mais alto.
- Ok, não vou insistir mais, me acompanha? - Perguntei olhando para uma porta no canto. - Eu estou empolgada também, por conhecer aqui.
Empolgada? Excitada ainda. Aquele ambiente era o quarto do Diretor, era o poderio máximo do Castelo estar ao lado de Snape, eu estava com dificuldade de expressar meu tom de voz e expressão da forma correta, da forma tensa necessária para a situação, eu estava eufórica.
- Imaginei. - Ele respondeu dando um leve sorriso que me fez suspirar.
Ele se virou com mais energia, fazendo sua capa esvoaçar, foi até a ponta e a abriu da forma tradicional, com a mão. Geralmente ele preferia abrir com magia, mas eu conhecia Severo Snape e ele só fazia isso quando ele estava nervoso. Vê-lo corresponder assim a uma ação me deixava mais tranquila para partir.
Eu sorri, não aguentei, mesmo me retirando do local eu estava confiante. Atravessei a imponente porta, e fiquei um pouco mais empolgada descendo a escada de pedra circular, rapidamente ela foi se abrindo e revelando o ambiente de baixo; o mezanino do escritório do Diretor.
O pequeno patamar redondo era um deleite. Sua pequena mureta bem ornamentada revelava luxo e elegância, ver os quadros e tudo que havia desse ângulo fez aumentar ainda mais meu tesão e eu entendi porque: era poder. Eu estava sentindo um poder semelhante ao surtos que eu tinha.
- Que lugar incrível. - Resmunguei ao me debruçar na mureta.
- Agora precisamos decidir como você vai embora. - Falou Severo as minhas costas, se aproximando.
- Não pensou sobre isso quando me convidou essa noite?
- Pensei. Lareira ainda não é a melhor ideia para volta a Mansão Rosier, você pode desaparatar para Gales em Hogsmeade, posso pedir para um Comensal passifico acompanhar você ou criar uma chave de portal para lá...
- E porque não criar uma chave de portal direto para a mansão?
- Jenna, você terá essa matéria esse ano, chave de portal não pode atravessar barreiras de proteção élfica, exceto uma chave extremamente poderosa, com energia das trevas, eu não vou criar essa...
- E eu posso criar? Agora?
"Huuuummmm" - Soou um longo murmúrio saindo do canto da sala, acima de uma estante. Eu olhei confusa e logo entendi, o Chapéu Seletor nos observava com sua bizarra expressão de deboche. "Agora tudo está muito claro" - Concluiu o raciocínio.
- Essa coisa nos vigia? - Indaguei incomodada.
- Sim, ele pode atravessar as barreiras de
Oclumencia. - Respondeu Snape ao meu lado. - Mas isso é confidencial, somente o diretor fica ciente.
E eu, pelo visto. Não era uma boa ideia me dar tanto poder.
- Sempre desconfiei disso, era assim que Dumbledore confiava em você?
Ele olhou para o quadro do ex diretor e levantou as sobrancelhas com uma expressão pensativa.
- Faz sentido, essa é a resposta. - Ele falou aliviado, provavelmente respondendo algo pra si mesmo.
- Então esse Chapéu pode ser mais útil do que pensei.
"Útil, é?" - Respondeu o objeto de forma lenta , como era de costume. " Eu desconfiei por anos do que bloqueava a mente das mulheres de Sonserina e você corajosamente me respondeu."
- Não era minha intenção, mas se isso importa...
"Não precisa me contar mais nada, eu me sinto mais completo agora por tomar total consciência, lendo a sua. O que faz eu ter ainda mais certeza da casa que escolhi para você." - Ele respondeu pomposo.
- Vai começar os insultos? - Indaguei cruzando os braços.
"De minha boca não há insultos, criança; lido com fatos, tendências de comportamentos, a essência maior de um bruxo, e você conseguiu atingir o potencial máximo de um Sonserino. Meus criadores teriam orgulho de mim."
- Quanta carência pra um pedaço de pano.
"Hummm, não me surpreende seus insultos, está incomodada por eu ter chamado-a de criança; devido ao excesso de experiências adultas que teve muito precoce, não quer dizer que seja benéfico. Suas ações e emoções ainda são juvenis, Srta. Gibbon. Um bruxo pode alcançar com muito esforço 300 anos de vida e ainda assim, se sentir criança diante de adversidades..."
- Eu nunca tive paciência para seus falatórios. - Tentei interromper.
" Devo lembrá-la que eu sei todos seus pensamentos e comportamentos, e sim, eu sou mais útil do que vocês dois imaginam. "
- Explique-se. - Ordenou Severo.
" Alvo Dumbledore, o maior de todos os diretores de Hogwarts, com o perdão da memória de todos os presentes, me deixou uma missão."
- Porque está me dizendo isso só agora? - Perguntou Severo com incomodo.
"O momento certo, Sr. Diretor Severo Snape, sempre chega e eu sou mestre em pressenti-lo. "
Ouvir o objeto falando dessa forma com Snape, com imponência, fez eu lembrar da minha excitação o que me deixou desconfortável, já que o Chapéu poderia ler, sentir e saber disso.
- Prossiga. - Pediu Severo desconfiado.
"Eu posso conjurar, substituir ou replicar qualquer objeto desse castelo, seja ele perdido, danificado ou simplesmente necessário. Minha habilidade é mais ampla e importante em Hogwarts, garantindo que tudo esteja sempre no lugar certo."
- Aff, e o que isso é útil? Criar talheres? Qualquer bruxo pode fazer isso. - Falei sem pensar.
" Talheres, também, Srta Gibbon. Peço que pense mais um pouco sobre a conversa que estavam tendo no cômodo acima, e saberá a resposta."
- Hum... - Murmurou Snape pensativo. - Está dizendo que pode fazer uma cópia da espada de Godrick Griffindor?
"Inteligente!" - Exclamou o chapéu com empolgação. " Sempre muito inteligente. E isso sempre foi a maior das esperanças de Alvo Dumbledore, não só a sua bondade profunda e acanhada fruto de vários remorsos, empatia e desejo de ser importante para o mundo, como perspicácia lógica e rápida. Sim, eu tenho essa missão. Você dará a espada falsa ao seu mestre das trevas."
- Não precisa me analisar em voz alta. - Pediu Snape descendo as escadas em direção a sua mesa.
"Teme que eu fale em voz alta o que sente pela garota." - Afirmou o chapéu em tom de escárnio.
- Não! - Gritou Snape batendo na mesa, enquanto eu descia as escadas. - Peço apenas que faça seu trabalho e pare de falar sobre sentimentos! Nossos assuntos são sérios e não triviais, a segurança do mundo está em jogo!
O que será que Snape realmente sentia por mim? Esse chapéu começou a me causar um sentimento positivo por ele.
Concluí os últimos degraus da escada lateral me sentindo poderosa ainda mais cada um deles, essa estranha alegria por resoluções estava me tomando. Fui até a frente da mesa e olhei para o chapéu sobre a estante, antes de continuar.
- Então Sr. Seletor, mostre suas habilidades antes de eu partir.
"Hummm, é interessante perceber que agora um pedaço de pano carente virou Sr. para você. "- No mesmo instante o chapéu de cina da estante desapareceu e tornou-se a aparecer sobre a mesa do Diretor, fazendo eu me assustar levemente e ficar de frente para ele. - "Definitivamente, uma das clássica e marcantes essência da Sonserina; apreciar uma consciências apenas quando lhe é útil. Apesar de que você, Srta. Gibbon, essa característica não é muito costumeira." - Concluiu o raciocínio com sorriso estranho por cima daquele material, como se houvesse um rosto atrás do pano do chapéu.
- Você é cheio de personalidade, esse deboche é natural, ou existe uma alma possuindo você? - Indaguei com sincera curiosidade.
"Eu sou a mistura da personalidade dos diretores de Hogwarts, mas meu criador foi Godrick Griffindor. Eu sou único, assim como você."
- Parem de perder tempo com conversas bobas, conclua sua missão. - Pediu Snape com seriedade e impaciência.
"Pegue-me, e tire de dentro de mim a minha missão."
Era muito estranho ouvir isso, mas ele provou que de fato era sua missão.
Snape se aproximou do chapéu sem preocupação, pegou-o com uma singela delicadeza, revirou-o para baixo, olhando com atenção para seu interior e com uma expressão de leve surpresa, enfiou sua mão dentro e retirou com imponência uma longa e brilhante espada de material metálico cintilantes. Eu tive uma catarse, me lembrei da espada do Rei Arthur e do livro de desenhos que ganhei da minha tia, afinal "para quem eu deveria dar aquela espada?". Decidi dispensar aquele pensamento, eu estava encantada com a força que aquele objeto me passava, mesmo não sendo o verdadeiro.
Snape tornou a repousar o chapéu sobre a mesa e ficou olhando a espada empunhada na horizontal, agora tocandoa delicadamente com as duas mãos; uma mão na empunhadura e outra na base da ponta.
- Fascinante. - Ele murmurou impresionado mesmo com uma expressão apática e pensativa.
- Eu posso? - Pedi estendendo a minha mão, sentindo meu coração bater mais rápido.
Snape com uma expressão contrariada, olhou para o chapéu que estava com semblante sereno agora, nos observando; me entregou a espada como um subalterno entrega a seu mestre, mesmo desconfiado ele estava firme.
- Cuidado. - Pediu o Diretor.
Eu recebi com as duas mãos, fiquei de costas para os dois e deci os três degraus do pequeno patamar e fui ao centro da sala, olhei para os quadros acima de mim , que me observava com atenção, todos com um semblante neutro, e voltei a observar a espada, acredito que pesada e ornamentada exatamente como a original. Arfei orgulhosamente, sem saber o real motivo.
- Você disse que a original absorve qualquer magia?
"Sim, mas essa não. A original foi feita pelo melhor ferreiro duende, da mais alta sociedade na época e dada com orgulho ao meu Sr. Giffindor, por seu trabalho extraordinário de unificação das leis do mundo mágico em conjunto com a sociedade dos duendes."
Dispensei o interessante fato histórico para me atentar a uma ideia que me ocorreu.
- Ela pode ser a chave de um portal?
- Jenna?
"Hummm." - Murmurou o chapéu com uma das sobrancelhas arqueadas.
- Como se usa magia das trevas para criar uma chave de portal que ultrapasse a magia de proteção élfica!?
Nesse momento eu tive que ouvir o coro de lamentações e repudio vindo dos quadros acima : " Absurdo! " , " Uma afronta a nossa memória!" , "que audácia " , " heresia "!
Mas um quadro gritou mais alto: "Calem-se! Deixe o Seletor avaliar as reais intensões da Srta. Gibbon" disse Fineus Nigellus Black.
Em respostas Dumbledore apenas concordou coçando o queixo, os outros resmungaram de boca fechada.
Eu achei impressionante o juri instaurado , eu realmente estava mexendo com assuntos graves, não consegui nem responder sobre, apenas me mantive falsamente confiante.
" As intenções da Srta. Gibbon beiram o lúdico, mas a buscar por entender a arte das trevas para criar estratégias de combate-la é legítima." - Falou o Chapéu num tom sério.
Muitos riram, mas aos poucos foram se calando.
- Isso é ridículo. - Murmurou Snape cruzando os braços, mas com olhar curioso.
- Como se usa a arte das trevas? - Perguntei a ele.
- Você já usou uma vez. - Ele respondeu tranquilamente.
- Quando? - Indaguei confusa.
- O pentagrama, capturando o Gênio. - Ele descruzou os braços e olhando para espada em minhas mãos e começou a andar de um lado ao outro com as mãos para trás. - A artes das trevas está entrelaçada a intenção, a mais escusa, agressiva, homissida e contra a liberdade de um indivíduo ou criatura, as ditas contra a lei universal de paz e equilíbrio, causa um rompimento da magia de paz, evocando a energia das trevas.
Eu parei para pensar um pouco antes de indagar a minha dúvida.
- O pentagrama?
- Exatamente. Você evocou a energia das trevas quando conjurou, essa é uma das forças...
- Então o Jimm não é poderoso e puro...
- Não, ele é um corrompido também, por isso a força das trevas pode agir nele.
- Ele mudou com nossa convivência.
- E isso importa agora?
"Ela capturou um jimm, Sr. Diretor?" - Indagou um dos quadros acima, que eu não me dei o trabalho de olhar.
- Sim, Sr. Everardo. - Respondeu Snape pensativo. - E ela usou os três pedidos para proteger as próprias videntes de bruxos das trevas, salvar a amiga que quase morreu e tirar um encantamento terrível que estava sobre a família dos Lamomt, antes que me perguntem.
"Hummmm" - Murmurou o chapéu.."muito interessante".
- Me ensine a transformar isso em uma chave de portal? Qual feitiço?
- Três aulas, Jenna. - Respondeu Snape desesperançoso, escorando na borda da sua mesa cruzando os braços. - Aula de feitiços avançados, você primeiro sabe conduzir a varinha junto ao feitiço, depois entende que o "conjurador" do feitiço precisa saber exatamente o local onde o objeto irá levar e sibilar seu dia e horário, depois entender das implicações mágicas, o limite de pessoas usando o objeto dado a extensão dele...
- Qual o feitiço?
- Jenna, eu não lhe dizer.
"Subtuslocare" - Respondeu Fineus Black em alto e bom som e quando olhei para ele , ele fez um gesto com a mão, orientando como se posicionar com a varinha.
"A sua petulância me enoja!" Resmungou um dos seus colegas de moldura; " Um negligente a segurança da aluna." Falou uma diretora dramaticamente ; "Ele sempre foi inconsequente . " - Resmungou a pintura de Alvo Dumbledore abaixando a cabeça em negativa. "Eu não vou ficar aqui sentado vendo esse absurdo."- Disse um outro diretor que de fato, se levantou e saiu da pintura.
- Chega! - Gritou Snape se aproximando de mim no centro da sala. - Não faça isso.- Ele pediu me olhando nos olhos com aflição. - Você pode morrer.
E eu calmamente indaguei:
- Quando foi que eu desisti de fazer algo porque você pediu, Severo?
Ele apenas afirmou com a cabeça se afastando lentamente.
Eu peguei a varinha, olhei para a espada e punhada para cima. - ela ficava mais pesada nessa posição, mas eu tinha uma leve experiência com tacos de quadribol, conseguia empunhá-la tranquilamente. Refleti por um momento , e eu sabia que era difícil alguém me deter quando eu colocava uma ideia na cabeça, o que eu também sabia ser imaturidade.
Para infelicidade das memórias dos diretores eu não titubiei; apontei a varinha para a espada, fixando o local na minha cabeça: cama da Sophia. Eu só queria estar nela mesmo. Verifiquei o horário em questão no relógio da sala, mentalizei o dia e o pentagrama, era muita informação, mas assim o fiz.
- SUBTUSLOCARE! - A onda de fogo que surgiu em volta de mim em formato de pentagrama foi belíssima, a sensação de poder era inebriante, talvez até orgástica.
Após a discreta e intensa explosão mágica, eu tinha poucos minutos para me despedir.
- Espero que tenha dado certo. - Falei rindo de nervoso.
Snape deu um sorriso discreto de orgulho, ele acha que eu não o conhecia . Era evidente que ele queria ver se eu tinha capacidade para tal magia.
Senti vontade de perguntar ao Chapéu Seletor o porque de tanto poder misterioso, intensões e explosões, talvez ele vasculhando lembranças e memórias pudesse explicar, mas foi apenas uma ideia rápida, eu estava preocupada com outra coisa também. O chapéu obviamente percebeu e murmurou "huumm".
- Eu sei, agora não é o momento. - Falei para ele.
"Espero um dia conseguir responder essa pergunta, Srta. Gibbon. " - Respondeu o Chapéu aparentemente abrindo mais os olhos.
Snape apenas levantou uma das sobrancelhas desconfiado olhando para ele e depois para mim, mas não perguntou sobre o que estávamos falando.
- Quando a espada começar a tremer, você terá poucos segundos. - Disse Snape seguramente em tom de desprezo.
- Eu sei, já peguei uma chave na Copa Mundial de Quadribol. - Falei guardando a varinha.
- Então sabe que ela retorna ao local de origem do feitiço.
- Sim, verdade. - Eu sabia, mas nem me lembrava disso.
"Sublime feitiço." - Elogiou Fineus se sentando com mais imponência em seu assento, que se parecia mais um trono.
- Obrigada, senhor diretor, pelo apoio. - Agradeci em quase tom de deboche. - O senhor vale tão pouco quanto eu.
"Disponha." - Ele respondeu piscando com um dos olhos, dando um leve riso de orgulho, enquanto os outros diretores olhavam para outros cantos ou tinham expressão de decepção.
Um desejo tão impulsivo quando os outros me tomou ao me despedir do Snape. Me aproximei dele - que ficou levemente desconfiado - e dei um pequeno beijo em sua boca, em despedida.
- Não esqueça da professora Minerva e do Rubeo, Sr. Diretor Severo Snape. - Pedi ao me afastar.
Sons de desaprovação dos quadros tornei a ouvir pelo meu comportamento, dessa vez eu fiquei muito nervosa.
- VOCÊS TÊM SORTE - e apontei a espada cada um deles - uma pena não poder atear fogo em cada um de vocês!
- Jenna! - Gritou Severo. - Não os ameace!
- Aposto que você mesmo já teria destruído todos se pudesse! - Exclamei ainda olhando para os quadros, suas expressões eram de espanto, exceto o ex diretor Black, que parecia rir com a mão na boca.
A espada começou a estremecer e meu coração acelerar, talvez Sophia já estivesse dormindo, talvez eu fosse até morrer se algo tivesse dado errado. Me virei para Snape e o Chapéu, com a espada apontada para cima com o braço esticado e suspirei profundamente antes de despedir.
- Aguardo mais orientações... - e soltei um riso - se eu não morrer.
A sensação de ser puxada para todos os lados era desconfortável, mas semelhante a desaparatar, eu contive meu corpo até o turbilhão de sons e imagens sumirem e eu pisar na cama da Sophia.
- AAAAAAHHHH! JENNA!
Sophia estava numa posição totalmente estranha; com sua camisola verde de cetim, com as pernas abertas sobre os lençóis da sua cama. Com o susto ela se jogou para trás, com as bochechas vermelhas.
- Ta fazendo o que? - Perguntei confusa abaixando o braço.
- JENNA! Você quer me matar? Onde conseguiu essa espada!? - Exclamou tentando sentar direito.
Segurei a espada com as duas mãos e mostrei para ela, que apenas alongou um pouco o pescoço para observar.
- Incrível não é? Uma réplica da..
- Espada de Godrick Griffindor! - E arregalou os olhos - Como conseguiu?
- Longa história... - antes que eu pudesse prosseguir a espada estremeceu e sumiu, voltando ao ambiente de origem.
- Chave de portal - susurrou Sophia impressionada - porra, Jenna, como isso foi possível?
- Magia negra, digamos que Snape me explicou.
- Aquele doente. Njal vai sentir e vai ficar chateada.
- Direi que foi um experimento, Snape foi contra na verdade. Mas afinal, o que faz ai de perna aberta? Esta se masturbando? - Perguntei ainda de pé em sua cama, era bom vê-la de baixo, só para variar.
- É claro que não! Eu só estava... - e ela desviou o olhar - me estudando, eu usei a poção ambigenero para observar as mudanças. - E voltou a me olhar com um olhar submisso.
- Da sua... - tentei ser gentil - vulva?
- Buceta, Jenna. Sim! - Exclamou segura, ela parecia irritada com a intromissão. - É impressionante, você deveria ver...
- Isso te deu um pouco de tesão?
- Porque está perguntando? - Me respondeu perguntando levantando uma sobrancelha e deixando um sorriso malicioso escapar.
- Espero que tenha dado, porque com o tesão que eu estou, eu vou acabar com você.
- Meu Deus...
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