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Uma festinha Slung-Caos

Ok, um romance me fazia bem mesmo, mas uma aventura seria muito melhor e bem vinda no momento que eu estava vivendo.

Mas voltar para os dormitórios e dormir ao lado da Sophia sem dizer nada iria me fazer mal, não por mim, e sim por ela, eu precisava contar a ela. Engraçado, ela nunca me contar nada sobre suas fugas, mesmo nunca sendo do meu interesse.

- Me diz uma coisa, Sophia. - Comecei a falar depois do jantar, arrumada para dormir em um dos momentos em que ela apareceu no quarto.

Era um dia de descanso das aulas de oclumência.

- Hum. - Resmungou ela pegando algo em seu armário.

- Você não acha melhor eu voltar para a minha cama já que eu fiquei com a Ava?

Comigo não tinha joguinhos, pelo menos eu amava isso em mim. Mas como eu disse uma vez, depois de uma noite que eu dormi com Sophia, a gente não desgrudou nunca mais com pequenas excessões.

- Você ainda me ama?

Eu infelizmente ri.

- Mas é óbvio.

- E mudou seus desejos por mim?

- Não, e com certeza hoje consigo entender que nunca foi por causa do seu sangue de veela... - E ri mais um pouco.

Ela sorriu com sincero olhar de felicidade, parecia um pouco pensativa e saiu sem dizer nada. Não era bem isso que eu estava esperando. Não ficou muito claro, mas decidi dormir na cama dela sem medo, abraçando seu travesseiro perfumado lembrando da última noite nossa no banheiro dos monitores, e aconteceu algo incomum que não acontecia fazia um ano pelo menos, tive meu primeiro sonho erótico com uma garota, aliás, com duas.

- Jeny. - Ouvi ela de madrugada surrando no meu ouvido. - Está sonhando comigo?

- Também... - Murmurei sorrindo.

Se tinha coisa que fazia minhas noites melhores era Sophia me satisfazer silenciosamente de madrugada, e vice versa. Comecei a reconsiderar minhas opiniões, a gente não era bizarra não, a gente se amava e estava tudo bem, tudo dentro de um acordo nunca dito.

Foi um final de Novembro tranquilo. Eu estava me sentindo tão leve que eu tinha certeza que podia voar. Minha evolução de oclumência foi grande, apensar de ter que confiar em Snape eu me sentia cada dia mais segura, era uma sensação incrível.

A festa do Slughorn seria na sexta a noite, última dia de Novembro e todos estavam ansiosos.

- Vai levar alguém? - Perguntou Sophia logo quando entramos na aula de feitiços.

- Não sei ainda.

- Tem certeza?

Sophia estava em constante batalhas contra seu ciúmes. Ava que me perdoa, mas eu não queria um relacionamento com ela, tal como eu não queria e ainda não quero com Zyan, não importa o quão atraente eles fossem para mim, mas com Sophia e Snape, era diferente.

- Mas porque não vai levar a sua nova... amiguinha?

- Porque ela é nascida trouxa e eu tenho medo de expor ela. Quanto menos pessoas souberem melhor, tenho um péssimo pressentimento quanto a isso.

- Está tentando protegê-la?

- E porque a surpresa? - Não seria a centésima vez que me proponho a isso.

Tive que contar com o bom senso da Sophia de não espalhar essa informação.

- Ah, tudo bem. - Disse ela com falsa indiferença.

- Neville vai levar alguém?

- Ta preocupada com isso?

- Não, é só curiosidade.

- E porque não pergunta pra ele? Ele está chegando, ué.

Adorava a grosseria da Sophia, era raro e eu achava hilário.

Eu me atrevi a sentar ao lado do Neville na aula pra irritação de Sophia.

- Vai a festa do Slughorn, Nev?

- Eu não sei.

- Porque está desanimado?

- Sabia que umas três alunas me perguntaram isso? E nenhuma nunca falou comigo, nem mesmo a Parvat.

- Cadela. - Resmungou Sophia do meu outro lado.

- Eu estava pensando, - Disse ele de cabeça baixa. - a gente só fica interessante quando tem algo pra oferecer.

- Parece até o Zyan falando.

- Lammont disse isso?

- Bom, ele é um duque, vai ser difícil achar uma donzela que não tenha olhos pro título dele e nos ouros.

- Você tinha quando ficou com ele?

- Eu nem sabia que ele era um duque.

- Você é diferente, deve ser por isso que tem tantos pretendentes.

- Pretendentes a serem traumatizados?- Perguntei começando a ficar pensativa. Sophia riu.

- Sem dúvida. - Debochou.

- E você, Jenna, não vai com a Sophia?

- Ela deveria levar a Ava. - Disse a amiga com cinismo.

- Quem é ela?

- Sophia para, já falamos sobre isso. - Disse pra ela me virando de costas.- É uma jogadora de Quadribol da Corvinal, nada sério.

Ele levantou as sobrancelhas curioso.

O professor entrou e deu sua aula. Decidimos ficar em silêncio, não conversamos, mas no final chamei Neville num canto.

- Eu queria conversar uma coisa séria com você.

- Tudo bem.- Disse ele tentando esboçar um sorriso.

Ele estava estranho na minha opinião.

- Queria saber se tem interesse em aprender oclumência. Estou estudando com Snape faz mais de 15 dias, acho que estou evoluindo bem.

- Sério? E porque está aprendendo?

- Não é óbvio? A qualquer momento podemos ser alvo de bruxos mal intencionados ou Comensais.

- Tipo o Snape?

- Tipo. - Eu abaixei a cabeça com sincera vergonha. Acontecia algo realmente mágico estando eu ficava na presença dele, eu me sentia um monstro. Tinha algo no jeito inocente do Neville que transpassava uma bondade absoluta.

- Desculpa. Eu não quis ofender.

- Não, não é isso.

- Bom, é ele mesmo que está te ensinando, não é? Então você confia nele.

- É, de certa forma, ele é um professor, é pra isso que ele serve. - Aham, vai nessa.

- Harry não confia nele.

- Ninguém confia nele, só Dumbledore. Mas Neville, esse não é o assunto. Pensa com seriedade sobre o que te propuis.

- Sim, claro. E porque você fica diferente na minha presença, eu sou tão estranho assim?

- É que... Você parece pura bondade, eu não sou tão legal assim, me sinto... inferior.

- Você se desmerece muito, isso é até ofensivo de ouvir. Tudo mundo tem trevas dentro de si, e comigo não é diferente.

Toma, distraída.

- Não consigo imaginar...

- Vai aprender legilimência, também?

- Sim, mas provavelmente ano que vem.

- Então vai entender do que estou falando.- Neville estava tão seguro de si que eu fiquei impressionada. - Quer ir comigo na festa?

Aquilo também foi um soco e tanto.

- Sim!

- Posso te dar um vestido?

Certeza que vai ser um de mariazinha babona com babados, renda e veludo, como sua avó usa.

- Mas é claro. - Se eu iria usar era outro assunto. - Os meus são muito vulgares pra você?

- Não.

Simples assim.

- E por um acaso esse comportamento vai te dar uma semana de dor de estômago?

- Talvez uns três dias. Mas é normal.- Me respondeu sorrindo.

Estávamos numa quarta feira.

- Ok. A gente se vê.

Queria tanto poder ler a mente dele naquela altura e saber o porquê ele estava tão sério e distante, mas meses a frente eu acabei entendendo tudo.

- Deixa eu ir também? - Disse Zyra aparecendo do nada do meu lado fazendo eu saltar de susto algumas vezes até me recompor.

- Você sabe se portar no meio dos bruxos?

- Bom, estou observando vocês faz um tempo, acredito que já entendi como funciona as convenções sociais e os comportamentos repetitivos banais que vocês chamam de educação.

- Você educado?

- Eu tenho esse potencial. - Disse ele sorrindo com deboche.

- Ok. Quero ver você convenser a todos de quem você não é.

- Vou fingir ser historiador, aliás, qualquer coisa que eu inventar eles vão acreditar, eu sou um Djinn e não uma barata.

- Até ele!? - Indignou-se Sophia de noite em nosso quarto.- Jenna, ele está me imitando.

No caso, ela estava se referindio ao Neville.

- E você imitando o Zyan. Esse ano ninguém quer me ver pelada mesmo. - Disse eu rindo com sarcasmo na cama dela tarde da noite. - Já ganhei tanta roupa.

- A é, ganhou para ser tirada. Aliás, a Ava já tirou alguma que eu te dei?

Eu estava de costas tirando minhas meias para me deitar quando ouvi esse absurdo. Até Jackeline que estava lendo um livro olhou atravessado para ela. Sophia estava conseguindo passar dos limites.

- Como é que é? - A pergunta mais perigosa que eu fazia foi motivo o suficiente para fazer Sophia ficar vermelha e abaixar a cabeça.

- Desculpa. - Disse ela coçando as mãos. - Eu vou ver se tá tudo certo. - E saiu.

Provavelmente estava se referindo as suas poções na Sala dos Diários. Eu me deitei irritada e demorei muito para dormir, foi uma noite muito irritante que desejei voltar pra minha cama. Mas quando ela voltou tarde da noite e se deitou me abraçando insistindo na "desculpa", eu simplesmente me virei para ela e a beijei com vontade. A gente não valia o susto de ninguém.

- Eu nunca te ofendi e nunca farei isso. - Disse pra ela antes de dormir.

O recado tava dado e meu incômodo foi passado pra ela com sucesso, o remorso pesou em cada letra daquela frase e eu pude jurar ouvir um suspiro de choro nela antes de adormecer - me senti culpada por estar causando ciúmes nela.

Nos próximos dois dias nada de extraordinário aconteceu e aliás, eu estava a muitos dias sem ver Ava e estava muito bem, obrigada.

Na sexta de manhã recebi um pacote de uma coruja velhinha mas bem grande.

- Essa é a coruja da vó do Neville.

- Porque fazer isso? Não é mais fácil me entregar em mãos?

- Pergunta pra ele.- Disse ela de má vontade.

Eu não abri o embrulho. Olhei pra mesa da Grifinoria e lá estava ele me olhando, acenando discretamente. Lamento dizer que senti saudades dos gêmeos, mas eu retribui o sorriso um pouco incrédula. Nunca previ amizade com Neville, era estanho.

No almoço eu fui rapidamente conferir o modelo do vestido e pra minha surpresa não era um vestido de mariazinha virgem babona. Aliás, era um longo vestido medieval de decote reto sem alça mas com mangas bolero longas com fendas do cotovelo para baixo. Mas acertei que iria ser de veludo preto - no tronco - e rendado branco - nas mangas. Era um de bruxa bem clássico.

Não fomos para o jantar, eu fui me arrumar. Sophia sumiu e eu não me importei muito. Às 20 horas estava eu com meu vestido novo e a bolsinha do Zyra, claro, observando o movimento, aguardando Neville aparecer em algum momento no corredor da sala do professor.

Minha surpresa maior foi ver Luna com um vestido prateado assustador, que por um lado, parecia sim de Mariazinha virgem. Ela estava esperando por alguém.

- Luna?

- Olá. Você parece surpresa.

- Está esperando por quem?

- Harry Potter.

- O que!?

- Seu tom até que não me choca tanto.

- Desculpa. É que é inesperado.

- Exatamente. Para mim também. - Respondeu ela com orgulho.

- Ele está interessado em você?

- Como amiga. Isso não é incrível? Alguém provando que é meu amigo.

- Poxa, a gente foi no Três Vassouras juntas.

- Não estou desmerecendo mas isso é algo incrível também.

- Bom, é inusitado.

- Geralmente os garotos tem vergonha de mim.

Era uma observação bem triste.

- Olá. - Cumprimentou Neville muito elegante com um blazer preto com um um colete vermelho escuro por baixo.

- Isso! Sabia que ficaria incrível de blazer!

Ele abaixou a cabeça sorrindo, muito tímido.

- Você está linda. - Me elogiou quase inaudível.

- Amei o vestido, obrigada! - Mas parecia um número menor.

- Você está radiante mesmo. - Disse Luna se sacodindo de empolgação.- Parece essas bruxas que tem nos quadros. Sabia que o meu vestido foi eu que fiz?

- Que legal, Luna. - Não, não era.

- Neville, você está bem elegante, nem parece você. Afinal, os dois vieram como amigos, também? - Perguntou a inocentemente Luna.

- Ah, mas é claro.

- Sim. - Disse Neville colocando as mãos nos bolsos da calça social preta.

Peguei Neville pelo braço e o arrastei dando tchauzinho para Luna.

- Não fique acanhado, estamos lindos!

- Você está.

- Ah, para! Olha pra você, está charmoso.

Eu estava animada sim. Quando entramos na grande sala que estava acontecendo a festa, Slughorn nos recepcionou cambaleante.

- Ora veja, os dois juntos novamente.

- Somos amigos. - Disse Neville rapidamente.

- Mas é claro. - Disse o professor rindo com um olhar sarcástico. - Jenna está com um modelo clássico hoje, lembrou até a minha mãe em tempos que nem sei mais o número, encantadora, aliás. - Seguiu o professor rindo e agitado. - Ótimo, vamos tirar algumas fotos daqui a pouco para o Profeta Diário, você com certeza é um destaque a parte, Gibbon. Mas hoje a noite é do Harry e do meu ilustre convidado Sanguini, um vampiro sabe, e meu incrível ex aluno Worple. A propósito, viram o Potter por aí?

- Não. - Disse Neville com os olhos arregalados.

- Provavelmente está chegando, senhor.

- Ótimo! - Disse o professor se virando e tomando atenção de alguém.

- Acha que vampiros são perigosos?

- Devem ser controlados como os lobisomens, mas se está aqui não deve ter problema.

- Tomara.

- Diz pra mim que sua mãe não usava um vestido desses.

- Acho que não, nunca vi foto dela com vestido. - Respondeu ele descontraído.

Aproveitamos um espaço vago na mesa entre os convidados e nos servimos de mini torta e pegamos drinks de hidromel.

- Vamos ficar bêbados hoje! - Disse para Neville sem pensar muito.

- Não sei se é uma boa ideia.

- Careta. Fred já chegaria bebado nessa festa antes mesmo de começar. - Disse eu me arrependendo no mesmo segundo de dizer.

- Ah, é verdade.

- Desculpa. Não é legal comparações.

- Tudo bem. Eu tenho poucas experiências então sempre acho que posso me encrencar.

- Você!? Nunca. Além do mais você é da casa do diretor, ninguém se encrenca na Grifinoria.

- É, mais ou menos.

- Neville, quando você faz aniversário? - Perguntei sem prensar muito

- 30 de julho.

- Que legal, minha data também...

- Mas você é 9 meses mais velha. E eu faço junto com o Harry.

- O que!?

- Nascemos quase no mesmo dia.

Aquela informação por algum motivo ficou martelando na minha cabeça.

- Poxa, não precisava mesmo me dar um vestido, essas coisas custam caro.

- Não se preocupa, minha avó me deu uma boa mesada logo depois da McGonagall mandar pra ela uma carta me elogiando, aliás, parece que ter feito parte da batalha do Ministério me trouxe mais respeito.

- E pensar que Sophia quis tirar isso de você.

- Como assim?

Eu não me lembrava que Neville não sabia da minha visão completa desse dia. Então eu tive que contar, ele sim merecia saber.

- Nossa, você já pensou em interferir em alguma visão?

- Quase todas Neville, principalmente a que vi Voldemort retornar. Mas parece que ninguém me levou a sério, Snape e Dumbledore sabiam.

Neville ficou pensativo com uma expressão preocupada.

- Jenna, acho que esse era o plano.

- Não, Nev. Esse ainda é o plano. Detesto toda essa negligência, mas vamos aproveitar pra beber antes que essa gerra exploda.

Neville cedeu a tentação e bebeu bastante comigo e depois experimentamos tudo de estranho que havia. Ficamos rindo da Água de Riso que estava na mesa de convidados e da bizarrice que era aquela festa.

Por um tempo eu fiquei observando Neville sorrindo, era raríssimo e infelizmente parecia que rir o deixava até chateado consigo mesmo por causa da timidez. Isso sim era ofensivo, se alguém merecesse sorrir era ele.

- ... Então, eu comprei uma varinha nova, - perseguiu ele - a antiga era do meu avô, eu me adaptei a ela mas sabe, eu confesso que com essa eu me sinto mais bruxo, mais forte, não sei explicar. - Ele parou pra me encarar, depois de um longo suspiro. - Estou te entediando?

- Não, claro que não. Você está... Feliz.

Eu senti aquele impulso estúpido que eu tinha de querer beija-lo, mas confesso que fiquei analisando a situação. Eu estava carente? Os dramas da Sophia estavam me deixando entediada? Me afastar do Snape estava me causando um vazio? Era o álcool ou era uma vontade real?

- ... talvez se eu tivesse feito as provas com essa, ou...

Eu me demorei na minha análise, mas a cada palavra dele um desejo estranho estava brotando. Eu me senti até mal, eu não sei se era normal, a maioria das pessoas são tão focadas em uma pessoa, ou não são? Talvez apaixonadas fossem, eu não posso falar por ninguém. Então eu não estava apaixonada por ninguém? Eu estava perdida nos meus sentimentos e desejos, eu não estava mais sabendo entender quem eu era. Senti voltade de conversar com a Keilah, ela parecia entender dessas coisas.

- Mas você parece que gostou mesmo do perfume, está usando novamente. E o vestido? Acha que eu tive bom gosto? Vi em Hogsmed e lembrei de você.

- O que?

- Não esta prestação atenção.

- Talvez ela esteja prestando atenção até demais.

A voz sorrateira eu conhecia. Mas o rosto, a cor, a postura e a vestimenta me assustaram. Zyra estava de terno cinza, um topete elegante e um pouco mais alto. Um sorriso malicioso assustador fixo em seu rosto jovial e bonito, e ele tentava com louvor parecer elegante com uma taça na mão.

- Zyra?

- Me chame de Castro: Castro Sooth. Um elegante historiador, primo distante seu.

- Ah, para. - Debochei rindo do absurdo.

- Jenna? - Me chamou Neville confuso.

- Desculpa não apresentar antes, - respondi- tinha até esquecido dele!

- Eu nunca esqueço de você, só me falta um pedido. E você é Longbottom, certo? - Disse o djinn estendendo as mãos para Neville que correspondeu. - Novo interesse sentimental da Jenna, é sempre interessante observar esse tipo de narrativa.

- Você está louco. - Murmurei sentindo meu rosto esquentar.

- É só uma observação acadêmica. Não é assim que os bruxos aqui falam?

- Para de falar, e não é um pedido! É... um conselho. Você está estranho.

- Não tanto quanto você, que nem sabe que está vestindo um modelo clássico usado por Heleonora de Cassia na Itália, uma das primeiras bruxas a sobreviver a inquisição e criar um feitiço ilusão das chamas, isso virou tendência na sociedade bruxa da época.

- Eu não sabia. - Disse Neville.

- Nem deve ser verdade. - Retruquei.

- Mas é sim, se você desse mais atenção às aulas de História do seu quinto ano veria na página 27 do livro Bruxas e seus feitos entre os trouxas a foto dela e está...

- Tá bom, já entendi.

- O garoto tem bom gosto, - Apontou Zyra a Neville de forma caricata e debochada - mas me deixa te deixar ciente do que ela estava pensando...

- Qual é o seu problema!? Porque não consegue ser discreto, sempre tenta expor as pessoas!

- Bruxos. É que vocês são confusos, teve uma época que achávamos que a sociedade bruxa deteria de todos o poder mundial, mas vocês ainda são minorias e a burocracia minou a chance de crescimento populacional e claro, seus preconceitos contra não bruxos. Tenho a impressão que a libido nos bruxos é menor, ao contrário de você, obviamente.

Ele saiu como se estivesse em um espetáculo, para causar um certo ar dramático enquanto eu me sentia envergonhada.

- Ele é seu primo? - Perguntou inocentemente Neville.

- Se eu te disser o que ele realmente é eu acho que você nunca acreditaria.

- Experimenta.

Fiquei um pouco mais confusa quanto a essa palavra, já que eu queria experimentar outra coisa.

- Ele é um Djinn.

- E o que é isso?

Eu me senti menos leiga nesse momento, eu não era a única que não entendia as vezes sobre as criaturas do mundo mágico. Expliquei o que era e mostrei a bolsa a ele. Neville ficou confuso mas parecia interessado em entender.

- E quais pedidos já fez?

Eu contei.

- Isso faz um pouco de sentido mas que pena que Sophia quase morreu.

- Pois é.

E falando no diabo, Sophia apareceu vestindo um termo branco com tecido bordado com imagens minimalistas de cobras, ela estava com uma aluna que eu acredito que era do quinto ano da Corvinal, uma jovem de longos cabelos castanhos liso e de vestido azul claro. Fazia tempo que não via ela com alguém, principalmente beijando em público. Se Sophia tinha o interesse de me fazer sentir alguma coisa, ela conseguiu, por incrível que pareça eu senti algo vendo aquela cena.

- Veja. - Disse Neville após terminar sua terceira taça de hidromel. - Está rolando uma música.

- Hum? - Não tinha percebido. - E o que tem?

- Ah, a gente pode dançar.

Eu era um zero dançando.

- Ah, não..?

- Amo dançar. No baile de irverno eu fui com a Gina, acho que ela tinha pena de mim, mas pelo menos a gente dançou, ou melhor, eu dancei. Vovó até me deu um rádio e uma vitrola bruxa no meu aniversário seguinte, agora luto para ela me deixar ter um aparelho eletrônico trouxa, eles são bons sabe..?

- Então vamos dançar!

Era melhor do que ficar assistindo Sophia se pegar com alguém.

Fomos a uma pequena ambientação onde havia dois casais dançando também, só que era algo lento até então. Neville não teve vergonha alguma e me pegou pela cintura e eu repousei meus braços sobre seu pescoço, fiquei até surpresa.

- Isso é valsa?

- Parece, não é? - Disse ele empolgado. - Mas acho que é um estilo mais moderno.

Ele me conduziu perfeitamente, deve ser coisa de quem tem experiência - senti vergonha de encara-lo nos olhos.

- Não sei dançar nada.

- Mas você leva jeito, aprender qualquer coisa.

Sem dúvidas mas sei lá, eu estava até ficando tonta. Por um tempo eu consegui focar no rosto alegre do Neville observando o grande salão e fiquei imaginando o quanto isso deveria ter sido precioso para ele. Infelizmente minha análise foi cortada por uma discussão próxima.

- Não estou criticando seu vestido, Gina. - Disse Dino se aproximando da pista de dança, parecia estar um pouco aborrecido mas a Gina estava muito mais.

- Como não? Já é a terceira vez que você questiona o fato dele ser acima dos joelhos, qual o problema com meus joelhos?

- Nenhum, mas quando você senta fica curto.

- Você está sendo ridículo.

- Isso não é muito bruxa, sabe?

Gina parou um instante para tomar fôlego mas no meio da sua arfada ela notou nossa presença.

- Uau, vocês estão aí.

- Olá Gina.- Disse eu largando Neville. - Você está linda.

De fato, eu achei ela um encanto. Um vestido salmão não muito justo mas nem tão curto quanto o vestido que usei na inauguração da loja dos gêmeos, a escolha de modelo dava a ela o aspecto mais do que perfeito.

- Avisa a ele. - Disse eu apontando ao Dino.- que está sendo um babaca .

- Gina, eu não quis te ofender. - Dino falava com uma voz controlada e mansa.

- Você não manda nas minhas roupas! Nem mamãe é tão antiquada.

- Mas eu acho que com magia é possível aumentar o tamanho dele um pouco.

- Como pode..!?

Gina ia explodir mas eu interrompi.

- Você está sendo um boçal, Dino, por um acaso nunca deve ter visto os meus vestidos, e de qualquer forma, ela está incrível, está perdendo um tempo que poderia estar tirando ele, sabia?

- Vocês são amigas? - Perguntou Dino surpreso.- Porque se for não é mesmo uma boa influência.

- Como é que é?

- Hey, cara. - Disse Neville colocando a mão no ombro do Dino. - Não está sendo nada educado. Não é assim que a trata uma mulher, sabe.

- Não é assim que se trata ninguém. - Respondi seriamente.

- Você só está falando assim porque quer pegar a Jenna.

- Dino Thomas sai daqui agora, ou eu vou azar você! - Gritou Gina com a varinha mas mãos.

- Eu acho melhor sair mesmo. - Disse eu fingindo raiva, porque na verdade eu estava muito tranquila e até queria rir da situação.

Dino não relutou, tão pouco Neville revidou a grosseria, ele saiu de má vontade pisando firme para longe do nosso campo de visão.

- Merda. - Disse Gina cruzando os braços visivelmente ofendida. - Já não basta o Rony insinuar que eu sou uma vadia.

- O que!? - Perguntei indignada.

- Pois é. - Disse ela olhando para os lados.- Vindo dele a sensação foi muito pior.

- Mas o que está acontecendo com esses caras? - Perguntei passando a mão no cabelo dela. Eu não era boa com consolo mas eu tentei. - Phillip disse esses dias que eu era depravada.

- Idiota. - Disse ela suspirando de raiva. - São uns despeitados que queriam que fossemos submissas as expectativas deles. É, mas o mundo tá mudando, nenhuma de nós aturamos isso, sermos as santinhas pros bonitões.

- Na verdade eu acho que nós bruxas nunca fomos submissas. Enfim... eu sinto muito, Gina.

- Por um lado, foi até bom, dado ao que você me disse, sabe? Talvez o Harry não seja um otário.

- Com certeza ele não é.

- Harry? - Disse Neville atento a conversa.

- Desculpa. - Disse Gina se esforçando para não abaixar a cabeça, parecia que ela iria chorar de raiva a qualquer momento.

- Não se preocupa. - Disse para ela.- Neville é de extrema confiança e você também.

- E o que está rolando entre vocês dois? - Indagou ela olhando para nós com curiosidade.

- Nada. - Disse nós dois ao mesmo tempo.

- Nada? Não é querendo ser incoveniente como um homem estúpido, mas "nada" com a Jenna não existe. Mas vou fingir que "nada" estou vendo, porque ainda tenho esperança de ver ela ou com o Fred ou com o Jorge.

- Jorge!? - Perguntou Neville num ato estranho de dúvida, já que ele sabia da minha conexão.

Essa conversa pra mim também foi um tanto estanha. Mas ofuscou com a chegada da Sophia com sua nova peguete.

- Oi gente, essa é a Luana Thonks, da Corvinal. - Apresentou.

- Oi, Gina. - Cumprimentou a garota estranha primeiramente.

- E aí, Thonks. Não sabia mais em quem se atirar pra vir a festa ?

- O que? - Disse a garota que pareceu fingir não ouvir direito.

- Bom, essa é a Jenna.- Apresentou Sophia.

- A vidente.

- E esse é o Neville.

- Amigo do Eleito.

- Essa gosta de um popular. - Disse Gina revoltada ainda.

- O que foi que eu perdi? - Perguntou Sophia.

- Não importa. - Respondi pra Sophia.

- Brigou com o Thomas novamente? - Porguntou Thonks.

- E porque isso seria da sua conta, fofoqueira?!

- Opa, Gina...

- Sophia, porque está se esforçando para parecer um garoto babaca, esse ano?

- Estou me perguntando isso desde Setembro. - Murmurei.

- E pra piorar está tentando fazer ciúmes pra Jenna.

Alguém tinha que dizer e eu amava a autenticidade e esperteza da Gina.

- O que!? Porque!? - Perguntoi Luana.

- Porque ela gosta da Jenna e ela ficou com outra garota! Não é você a sabichona!?

- Aí você não está ajudando muito Gina, já que essa aí é fofoqueira. - Resmunguei.

- Ela é da Corvinal, acha que não sabe de tudo? Muito cínica, Sophia hoje você conseguiu me decepcionar.

- Eu não ajo na intenção de te agradar.

O olhar da Gina disse tudo. Sophia novamente passando dos limites e se dando conta tarde demais.

- Ah...desculpa.

- Está se desculpando com ela porque? - Perguntou Luana como se tivesse uma gota autoridade sobre Sophia.

- Eu disse que você estava perdendo o controle. - Disse eu para a amiga.

- Ãh... - Sophia deve ter acordado pra realidade um pouco tarde.

- É triste. Talvez você nunca tenha sido legal, você só tinha medo da sua tia mesmo. - Disse Gina desapontada indo embora.

Luana pareceu achar a desculpa perfeita pra deixar Sophia e curtir a festa xeretando sua amiga da Corvinal que estava com um garoto muito alto que eu desconhecia.

- Droga! - Disse Sophia demonstrando estar confusa e acanhada. Ela me olhou me medindo, analisando o vestido que eu estava.

Neville parecia um pouco chateado também.

- Não te dei esse vestido porque quero te pegar. - Disse ele de cabeça baixa.

Ele estava sendo sincero. Neville era o tipo de pessoa que sentia a necessidade de agradecer as pessoas quando agiam com ele naturalmente e com educação. Isso era estanho porque educação era o mínimo que esperávamos de qualquer um, mas para ele era o máximo. E com Sophia ele agia assim também mas era um pouco diferente, aos poucos eu percebi que ele era o principal fornecedor de ingredientes para as poções dela, fora os livros e informações que ele colhia do St.Mungus após visitar seus pais. Ele até poderia ter pensado por um tempo que Sophia só tinha amizade com ele porque ela queria trabalhar no hospital, mas não demorou muito para ele saber que o interesse dela era de curar seus pais.

Mas voltando à festa, eu fiquei entediada, e encher a cara de mais bebida ajudava. Sophia começou a agir como se ela não tivesse falado tanta merda, sua parceira sumiu e ela caiu na real do golpe que levou, eu não fiquei bem com isso.

- Viram a Hermione? - Perguntou McLaggen novamente depois da segunda passada na mesa que estávamos petiscando.

- Não. - Disse Sophia de boca cheia.

- Eu vi. - Vi a chance de fazer ele de otário. - Ela estava mais ao fundo com Potter e a Luna, não sei porque mas as cortinas parecem que estão agradando muitos alunos.

Tinha vários alunos se escondendo atrás delas para dar uns amassos.

- Valeu!

- Acho que ela está tentando fugir dele. - Disse Neville.

- Azar o dela que se envolveu com ele.

- Ou sorte. - Disse Sophia pensativa.

- Você gostou de ser ele, Sophia? - Perguntei com deboche mas sincero interesse.

- É. Ele é bem interessante. Se eu podesse escolher ser um homem, seria ele.

- Por enquanto...

Sophia me olhou com profundidade e sorriu, a gente não estava muito bem mas a gente estava bem.

Observei Snape conversando com Slughorn enquanto ele se divertia falando algo banal - com certeza - com Potter. Severo me lançou um olhar difícil de decifrar, talvez porque eu já não estivesse enxergando direito.

- Aquilo é o Zyra? - Perguntou Sophia perplexa vendo ele se aproximar do professor Slughorn.

- Estava ocupada pra reparar nele, não é?

- Nossa ele está divino.

- A palavra é bem essa.

O Djinn estava com a pompa de um político, ou um vereador talvez, conversando sobre tudo, abraçando a todos e conversando como se soubesse de tudo. Comecei a achar que sabia mesmo.

Decidi me aproximar e entender a conversa, Sophia ficou com Neville na mesa.

- De certo meu jovem. - Dizia Slughorn com uma voz arrastada. - Mas era uma bruxa com pouco histórico acadêmico, apesar da postura de uma condessa.

- Tinha menos professoras naquela época. - Disse Zyra com seriedade. - Mas se vê que hoje não é tão diferente, as mulheres pouco se aventuram nessas áreas de ensino, mas acredito que ela era sim uma ótima professora de História da Magia, mas é mais vantajoso para Hogwarts manter um fantasma. Eles não comem nem fazem filhos. - Concluiu sacudindo os ombros ignorando o olhar de respeito do professor.

Snape estava um pouco chocado observando o Djinn conver com naturalidade, ele até engasgou ao ouvir sua última frase. Horácio concordou com ele com tristeza.

- Jenna, seu primo tem muita bagagem de conhecimento para um rapaz tão jovem! - Disse Slughorn empolgado.

- Primo? - Murmurou Snape me olhando com recriminação.

- Pois é, nem parece ter 3 mil anos.

- 33. - Corrigiu Zyra-Castro rindo e bebendo.

- Sua mãe e tia nunca falaram sobre ele.

- Já ouviu elas falarem do lado Brown da família?

- Bom, sua tia Anastasia usava o sobrenome do pai mas sua mãe só usava o sobrenome Sooth.

- O que!? - Perguntei chocada.

- Vocês sabiam. - Proceguiu Zyra-Castro. - que existiu um hidromel do século V que foi feito com uma gota da seiva do Salgueiro Lutador antes das batalhas, isso dava mais energia aos guerreiros.

- É mesmo? - Perguntou Slughorn pensativo.

Com certeza era mentira, mas Zyra parecia sentir prazer em imaginar Slughorn indo até a árvore que existia no Castelo e se encrencar. Snape como não era bobo leu meus pensamentos e riu discretamente, provavelmente eu ainda não estava muito bem em oclumência.

- Foto? - Disse um fotógrafo que deduzi ser do Profeta Diário.

O que me fez lembrar do sonho que tive com Jorge, mas foi diferente. Dessa vez os 4 parados olhando para câmera não deu muito certo. O flash fez um barulho estranho e o fotógrafo olhou decepcionado para a foto estantanea.

- Isso nunca aconteceu.

Eu me adiantei a pegar a fotografia. Bem onde Zyra se encontrava havia uma mancha iluminada, ofuscando toda a cena.

- Não foi tão pior quanto tentar tirar foto do Sanguini. - Disse Slughorn rindo. - Ele não aparece em foto. Mas tudo bem tentar novamente. Adolfo! - Chamou o professor o fotógrafo. - Quero ter uma dessa aluna aqui, não tenho nenhuma foto com uma vidente.

Eu queria mesmo não ter visto a cara de indignação da professora Trelawney que estava por perto. Se antes ela me desprezava agora ela experessava ódio sem o menor constrangimento.

O professor também expressou sem medo uma singela intimidade ao pegar na minha cintura para posar para a foto. Não sorri.

- Sabe, Gibbon.- Disse ele me largando e pegando uma taça de hidromel de uma bandeja que passava sobrevoando. - Seu perfume me lembra as praias do Caribe onde passei férias em 64. Aliás, o leve aroma de côco me lembra o Havaí, também. Você já foi lá?

- Com certeza não fui.

- Uma pena, porque os trages típicos, aliás...- E tomou mais uma golada de bebida. - a ausência deles. - E começou a rir pensativo. - Cairiam muito bem em você.

- O meu pai te bateu com muita força?

- O que foi que você disse!? - Perguntou ele engasgando.

- Porque se não bateu acredite, senhor, eu faria melhor.

Slughorn pareceu não se importar com minha ameaça. Ele gargalhou. Beber não estava fazendo muito bem a ele.

- Brincalhona, Gibbon, sempre muito engraçada.

- Se seu pai visse o que eu vejo. - Disse Zyra-Castro se aproximando com uma expressão de deboche. - Um soco seria muito pouco.

- Um exímio Legilimente imagino. - Disse sem medo Horácio. - Melhor do que você Snape.

- Hum. - Murmurou Snape saindo de perto com visível raiva da situação.

Eu que não iria ficar ouvindo as lorotas do professor, mesmo estando muito tranquila por causa das bebidas. Voltei novamente com Neville que estava tendo uma conversa com a Luna.

- Teve um senhor que elogiou o meu vestido. - Dizia ela com um pedaço de pudim na mão. - Mas ele estava fumando um cachimbo, não entendi se ele era do Nepal ou do Casaquistão, sai de perto rapidamente para a fumaça não pegar em mim, mesmo sabendo que ela ajuda a afastar os Nargoles. Jenna, você já viu eles?

- Ainda não.

- Será que sua vidência é tão boa assim?

Aí ai ai.

- Cadê o Harry, hein? - Pra te puxar pra longe!

- Ele disse que foi ao banheiro.

- Você viu o Draco? - Disse Neville.

- Não, mas porque eu deveria?

- Passou aqui de penetra. Filtch colocou ele pra fora.

- Achei que ele fosse o queridinho do Filtch, também.

- Também? - Disse Neville.

- Ele me ignora nas madrugadas perambulando pelo castelo e acha engraçado as minhas ameaças.

- Porque está perambulando pelo Castelo de madrugada? - Perguntou Luna.

- Pensando na vida. - Ótimo. Agora eu estava me aborrecendo. E vai mais dois copos de cerveja amanteigada. - E onde foi Sophia?

- Foi embora. - Disse Neville dando de ombros.- Disse que tinha uma poção para ver.

- Sei bem qual a poção que ela foi ver. - Não botei fé.

- Ela está muito estranha. - Disse Luna comendo com vontade.

- Tô começando achar que deve ser efeito colateral dessas poções que ela vem estudando. - Disse Neville.

- Sabe que pode ser isso mesmo.- Disse eu pensativa. - Não tinha pensado sobre.

- Existem algumas plantas que estou dando a ela para a Polissuco que agrava algumas emoções.

- Porque não me disse isso antes?

- Foi a primeira aula desse semestre.

- Ah...não sei como se faz a Polissuco, não me interessa.

- Deveria. - Disse Neville em tom de preocupação. - Não só porque vai cair no NIEMs mas porque Sophia estava tentando alterar a poção quando quase...

- O álcool não afeta você não? - Muito sobreo pro meu gosto.

- Comi uma Saline Peumus antes de vir pra festa, não quero vomitar de nervoso de novo, elas tem propriedades anti-alcoolicas também.

- Caramba, eu sou uma ameba, mesmo. - Não faço ideia do que ele estava falando.

- Qual ameba? - Perguntou a inocente Luna. - A Ameba Xebrazi ? É super inteligente, dizem que aparece as vezes perto do Lago Ness.

- Ai meu Deus. - Precisei sair de perto com a minha décima taça de hidromel para me sentar em um sofá vermelho vazio bem longe e observar a multidão.

Bom, pra mim era uma multidão mas com certeza não passava de 50 bruxos socializando, eu estava estupidamente tonta. Não sei quanto tempo passou mas a sala estava começando a ficar vazia e Neville se aproximou para se despedir.

- Sinto muito pelos assuntos, eu não sou muito...

Sorte ou azar eu errei a boca do Neville lhe dando um beijo na bochecha e voltando a me sentar com tédio e uma embriaguez que faria minha mãe me xingar, meu pai me levar pra casa e Sophia me dar uma poção.

- Boa noite, e nunca mais peça desculpas para mim ou eu vou te agredir.

Neville ficou um pouco sem jeito e saiu tentando não sorrir, mas na minha cabeça ele estava sorrindo, não saberia afirmar.

- Não está namorando ou está? - Perguntou o professor Slughorn se aproximando.

- Qual é o seu problema?

- Não é óbvio? - Disse Zyra-Castro parasitando o professor. Eu não sei bem porque ele insistia nele. - Um idoso tentando reafirmar uma falsa juventude entre os mais jovens. Poderia dizer que seu interesse é semelhante ao menino loiro que apareceu de penetra, aquilo que você chama de voyeurismo.

- O que!? - Indagou o professor surpreso. Tenho certeza que ele não se lembraria disso amanhã.

- Jenna, vem aqui. - Disse Snape me chamando para um canto próximo da porta onde varia uma pequena mesa com algumas cadeiras confortáveis. - Senta , vou te dar um antídoto, você não parece em condições de chegar andando nas masmorras.

- Então me leva nos braços. - Retruquei com malícia.

Opa. Não estava mesmo em condições. Se eu soubesse legilimência nessa época, poderia jurar que ele gostou da ideia.

- Não. - Respondeu o professor com um sorriso sarcástico. Pelo menos era o que eu acredito ter visto.

Snape adentrou um espaço que eu não sei onde era, a sala toda estava decorada com cortinas e panos gigantesco, que pra mim lembrava um circo e já sabemos quem era ao palhaço.

- Você parece um pouco embriagada.

- Quem nunca, não é mesmo Horácio? O senhor também não colabora.

- Eu gosto de usufruir ao máximo dos prazeres, entende?

- É claro, antes que o senhor morra.

Ele abriu ainda mais os olhos sorrindo.

- É sempre interessante ouvir seus absurdos, Jenna. Espero que não tenha tido uma visão da minha morte. - Disse ele rindo, se sentando na minha frente.

- Graças a Zyra, eu não vi.

- E quem é Zyra?

- A criatura a quem devo gratidão pelo meus dons.

Zyra-Castro que estava por perto se debruçou sobre a mesa para nós observar.

- É mesmo, não é natural? - Perguntou o anfitrião ne analisando.

- Depende do que o senhor define como artificial. - Respondi debruçando também. Notei que a sala estava vazia. - Todos já foram embora? Que horas são?

- E isso importa? Amanhã é sábado. - Respondeu ele continuando a rir. Snape apareceu com um frasco de poção que eu imaginei ser a mesma que Sophia faz para cortar os efeitos do álcool. - Sabe Jenna, é bem curioso como o destino trabalha. Eu dei aula pra sua avó Sosie e logo pra sua mãe e tia, é incrível como o tempo passou rápido e com certeza, de todas vocês é a mais bonita.

Eu ri.

- O senhor não vale nada.

Slughorn me encarou de um jeito estranho.

- Você ri igual a ela...- Disse ele um pouco sério.

Eu não me atrevi perguntar de quem ele estava falando.

- Tome. - Disse Snape com uma voz irritada me mostrando o frasco.

- Não!

- Mas uma coisa eu acredito que você jamais será como sua mãe. - Continuo Horácio pensativo. - Ela era muito ambiciosa, muito mais curiosa e inteligente. Ela passou em quase todos os NIEMs com excelência. Menina você até pode ver além, mas sua mãe é mais poderosa.

- Como é que é!?

- Jenna, é melhor você ir embora. - Insistiu Snape com visivel preocupação ainda com o frasco pairando na minha frente.

- Não. - Disse Zyra-Castro sorrindo de um jeito medonho. - Está interessante.

Snape olhou para ele com visivel pânico.

- Você não acha, garoto? - Disse ele para Zyra.

- Com certeza o senhor não poderia estar mais errado. - Retrucou o djinn com um sorriso maldoso.

Não só Slughorn ficou surpreso, eu e Snape também.

Eu me levantei com raiva e apanhei o frasco que Snape estava tentando me dar faziam mais de dois minutos. Abri e bebi porque eu estava realmente querendo ir embora, e aquela discussão só iria me fazer surtar.

- Escuta aqui, seu velho abusado. - Falei alto para ele, com desprezo. - Está vendo esse estranho aqui do lado?

- Jenna? - Disse Snape preocupado.

- Seu primo?

- Essa coisa não é meu primo mas não posso negar nosso grau de familiaridade. Ele é um Djinn!

- O que!? - Disse Horácio descrente.

- Está muito bêbada. - Disse Zyra sorrindo cinicamente.

- É mesmo? - Disse com raiva vendo Slughorn rindo. - Me diz o que é isso então! - E abri a bolsa e peguei a lâmpada, colocando-a sobre a mesa.

- Ah, não. - Murmurou Zyra se afastando.

- Isso é um artefato muito raro. Como conseguiu?

- Foi ele. - Disse Zyra apontando para uma Snape com uma expressão de raiva.

- Não importa o quanto você grite para seus irmãos, eu sei o seu ponto fraco!

- Ele não pode ser um Djinn. - Disse o professor sério.

- O senhor está duvidando?

- Eles não existem.

- Zyra, que tal mostra sua verdadeira forma?

- Ninguém suportaria.

- Ok, não vai querer que eu te ponha aí dentro e te abandone no mar, não é mesmo?

Ele ficou chateado, mas se mostrou como ele preferia se mostrar. Corpo semi-nu com uma simples calsa branca, descalso e seu tom levemente esverdeado.

- Essa bruxa me capturou por causa daquele ali.- Disse o djinn apontando novamente pra Snape com raiva. - Eu não sei como ela tem coragem de se deitar com ele... Bom, deve ser mal de família...

- Entre no receptáculo, AGORA!

Slughorn parecia chocado com toda situação e ver Zyan entrando na lâmpada foi algo muito catarsico para ele, desconsiderando o absurdo que o Djinn tinha acabado de falar. Torci para ele esquecer dessa observação.

- Outra coisa, velho abusado. - Disse para o professor sem a menor cerimônia fazendo ele olhar para mim com os olhos ainda mais arregalados. - Veja isso.

Não sei como conjurei o livro da Cateline sobre a mesa entre nós, mas se eu podia fazer ele sair da Sala Precisa eu podia fazer ele retornar.

- O que é..?

- Tenta abri-lo.

Horácio pegou a varinha, ele estava com medo de tocar no livro, ele era uma cobra criada, sabia das consequências.

- Não tente abri-lo com magia. - Disse Snape pálido, mas seguro. Até porque o Djinn já estava preso.

- O senhor pode morrer. - Disse eu tranquilamente. Eu abri o livro e mostrei o que eu havia escrito nele.- O senhor tem alguma informação sobre Cateline Sonserina?

- Bom, isso é um tanto absurdo. Você sabe quem usou esse livro?

- Eu quero que Voldemort vá para o INFERNO! Eu te fiz uma pergunta, Horácio, responda!

O professor estava tão pálido quanto Snape, ele até se afastou da mesa, ainda com a varinha em punho.

- Muito pouco, acho que existiu uma árvore genealógica dele, claro, tudo fica registrado no Ministério, mas as informações sobre ela foram destruídas.

- Minha mãe me contou que o senhor sabe de muita coisa. Eu vou descobrir o máximo o quanto eu poder.

- Mas esse livro é muito maligno.

- O senhor não é idiota. Sabe o que eu estou fazendo?

O professor ficou pensativo, eu não sei se ele estava em condições de pensar mas naquele momento eu já estava.

- É algum plano para tomar o lugar do Lord...

Eu ri. E não foi pouco.

- O senhor está sendo estúpido, mas é compreensível. - Fiz o feitiço novamente contra o livro para ele voltar para onde estava. - A magia das trevas em suma não tem cor, ela tem intenção. E esse é um livro que ensina a lidar com ela. Eu vou usar a magia das trevas contra ela mesma. Eu vou usar o sistema do Lord Voldemort contra ele mesmo. Agora me diz, professor Slughorn, que é mais poderosa, eu ou a minha mãe?


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