O noivado da Patrícia
Como era linda dormindo, serena, sem expressão de raiva ou dor. Sua boca levemente aberta e seu suave ronco eram muito acalentador. Talvez eu estivesse a observando por uma hora, talvez menos, eu não me importava, ficaria horas assistindo suas pálpebras se mexerem com leves tremores e suas finas sobrancelhas franzirem em alguns momentos. Eu desejava que ela estivesse em um sonho bom.
Comecei a sentir fome, acordei muito cedo. Eu dormir angustiada, mas desconfio que Sophia tenha usado seus dons para me fazer dormir logo após o jantar. Ela estava muito silenciosa com o que tinha feito. Mandar sua tia para Hong Kong foi triste, por mais que ela não tivesse dito, sua expressão gritava de tristeza.
Narcisa se foi confusa, mas conformada por não ter concluído sua missão. Tive pena de Njal, imagino que estava exausta com tudo que estava acontecendo. Era muito triste ver sua situação.
Me levantei e fui até o banheiro escovar meus dentes. Fiquei um tempo me encarando no espelho, eu sentia que estava virando uma mulher mesmo, aquelas bochechas gentis de menina estavam sumindo, uma pena.
- Hum... - Murmurou Sophia nas minhas costas. Eu pude vê-la através do espelho se aproximando, era tão perfeita com aquela camisola verde que a luz do Sol fraquejava em sua presença. - Você acordar cedo é sempre uma surpresa.
- Estou um pouco ansiosa com tudo que aconteceu ontem e as consequências... - Disse me virando para ela.
- E quando não acontece algo bizarro com a gente? Sabe, Jenna... - Disse ela com um olhar distante. - Me desculpa por ontem, eu fiz o que tinha que ser feito.
- Eu sei. Eu até achei incrível, você estava forte, determinada e com uma postura linda, confiante.
- Você e seu fraco por posturas cruéis.- Disse ela com um olhar malicioso mas carinhoso.- Eu fui má ontem.
- O que está dizendo? Foi necessário.
- Olha, sua atração por caras maus é engraçada.- Disse ela passando as mãos gentilmente pelo meu ombro com um olhar triste.
- Você não é um cara e nem o Jorge nem o Fred são maus.
- É mesmo? - E levantou uma das sobrancelhas. - Eles criam balas que fazem crianças sangrarem, ter desinteria e vomitarem e tudo isso para prejudicar alguém ou não comparecerem às aulas, e você ainda acha que eles bonzinhos?
- Hum... não tinha parado para pensar sobre isso. - Achei tenso.
- Mas que você tem um gosto por uma galera perversa, ah, isso você tem. - Disse a amiga trazendo seus rosto perto do meu.
- Ah, deixa disso, eu vejo bondade em você.
- Hum, diz isso porque não leu meus pensamentos, mas eu pensei em fazer Narcisa se jogar do terraço.
Achei engraçado e excitante, não seria uma má ideia. A beije com força quando ela se aproximou mais, eu sentia que precisava. Na noite passada a gente mal teve um momento de carinho e ela merecia mais, muito mais de mim, foi o aniversário dela e no final, foi um dia caótico.
- Viu, adora uma maldade. - Sussurou ela próxima do meu ouvido e sorrindo sutilmente com malícia, mordendo os lábios. - Sabe, comecei a poção Polissuco. - E deu aquele sorriso esganiçado de quem iria fazer uma peraltice. - Eu estava entediada, precisava. Acho que até o começo das aulas eu termino.
- Você realmente estava falando sério?
- Claro que eu estava. Vou me divertir muito sendo vários caras e ainda posso tirar muitas informações desse experimento.
Talvez ela estivesse certa, eu tinha um tipo que me atraía e não era gente boazinha. Lamento por Phillip não ser mal o suficiente, ele era só bonito mesmo.
Mandei uma mensagem para meus pais pela lareira na noite anterior, antes de dormir e eles disseram que os ataques não iriam chegar até nós e que não havia problema eu ir ao noivado. Provavelmente isso era palpite da minha mãe, tentei não me preocupar muito já que eu acreditava e sentia que iríamos ficar bem.
Patrícia também havia deixado escrito na carta o horário e o local que deveríamos chegar pela lareira.
- Palácio Lammont. - Disse para Sophia após nos arrumarmos e esperar na sala pelo horário. - Nossa, sem grandes novidades.
- Você não está nervosa? - Disse Sophia andando de um lado para o outro com o seu terno social azul marinho.
- Porque você está assim?
- Não é óbvio? Jenna, o pai dele acha que você é uma mercadoria ou um objeto de valor.
- Você até parece ter esquecido do meu pedido ao Zyra.
- Tá, mas não protege você de um ataque, protege só se a pessoa tiver interesse em suas visões e existem diversos outros tipos de interesses...
- Você está sendo específica demais, não esqueça que se algo acontecer comigo o Djinn também é prejudicado, pelo menos foi o que Snape disse.
- Não temos tanta certeza.
- Quer se eu pergunte a ele?
- Claro que não, não temos tempo agora. Você vai primeiro, eu vou e atrás.
Njal iria ficar vigilante até voltarmos, não poderíamos ficar os 7 dias como é de tradição dos dias festivos e nem eu iria querer ficar por lá, é sempre um risco eu ficar perto do Zyan por muito tempo.
Entrei na lareira com aquele frio na barriga típico de quando eu iria fazer algo absurdo. Não fazia ideia de onde eu iria parar mas levar o Djinn foi necessário, já que eu não sabia aparatar ele iria ser meu último recurso de proteção.
Quando cheguei no tal palácio o Sol chegou meus olhos, foi muito estranho ver que havia uma lareira do lado de fora de um jardim, mas sim, foi exatamente isso que eu vi.
Ao lado havia diversas outras lareiras em uma arquitetura circular, assim como o Clube do Bar Mitzvah do meu irmão, achei muito incrível. Elas eram extremamente ornamentadas com arabescos e flores e pequenas esculturas texturiza com criaturas que eu desconhecia.
Sophia não chegou atrás de mim, surgiu na lareira ao lado cabaleante com a claridade também.
- Jenna, deveríamos ter perguntado a Patrícia sobre nossos trajes, eu vou passar muito calor.
- E eu? Com esse vestido preto todo fechado.
Sophia largou seu olhar para horizonte. As lareiras ficavam acima de um tipo de pirâmide e nós tínhamos que descer as escadas para um longo jardim com várias mesas espalhadas entre lagos artificiais e chafarizes com esculturas de criaturas mágicas de diversos tipos: dragões, unicórnio, hipogrifos e até centauros.
Mais ao longe havia um centro vazio que deduzi ser de apresentações e mais uma elevação com alguns tronos ausentes, que imaginei serem do rei ou do príncipe com suas esposas.
Uma mulher de longos cabelos negros e olhar de desprezo surgiu ao meu lado andando com um pergaminho e uma pena flutuante. Ela vestia trages muito exótico: uma longa saia marrom com uma fenda lateral, um cinto brilhoso, com pedras vermelha e um bustiê marrom com um tecido quase transparente de seda que transpassada acima dos seios e braço até se unir a suas costas, seus olhos tinha uma maquiagem extremamente marcante, podia se notar que estava descalça!
- Jenna Brown Gibbon? - Disse a moça com notável desinteresse.
- Sim.
- E essa? Esse? - Disse ela medindo Sophia com nojo.- Não sei se isso é uma moça, Sophia Mélodie Rosier?
- Mélodie? - Perguntei a Sophia.
- Estou mais para Neville Longbottom. - Debochou Sophia.
- Longbottom? - Disse ela conferindo o pergaminho. - Isso é Russo?
- Francês.
- Hum. - Resmungou a moça com desprezo. - Tenho autorização para mudar os trages de vocês. Estão de acordo?
Eu e Sophia nos entre olhamos e eu sorri, achei muito interessante. Se eu ficasse com uma roupa parecida com a da moça da recepção, já aliviaria um bocado do calor.
- Sim.
- Jenna?
- Qual o problema, Neville, não quer se sentir mais confortável? - Disse em tom de deboche, brincando com a amiga.
- Ok. - Disse ela suspirando. - Autorizo.
A moça apontou a varinha para mim e sibilou um feitiço que eu não conhecia, e rapidamente fez o mesmo a Sophia, nós trocamos de roupa.
Sophia surgiu com uma bata de tecido leve verde bem escuro, com detalhes bordados em finas linhas douradas na barra e acima dos ombros, junto a uma calça larga brilhosa, cor de ouro também e um sapato de ponta fina preto, imagino que mais confortável do que ela estava.
Eu fiquei tão chocada como Sophia ao me ver. Eu estava com uma saia com vários véus de tonalidade vermelha e verde até os pés, um cinto muito fino que mais parecia um colar que circulava abaixo do umbigo com um bustiê verde sem alças com várias pedras vermelhas, brancas e amarelas e mais véus entrelaçados acima do seios e braços. Meus cabelos soltos ficaram ainda mais evidente com uma tiara circular no centro na minha cabeça com mais véus vermelhos saindo dele e se ligavam a pulseiras nos meus dois pulsos, também mudei de sapatos mas para um par de sandálias de salto alto com pedras vermelhas e laços dourados que subiam pela panturrilha.
- Eu não sabia que você ficava tão bem mostrando a barriga. - Disse Sophia abismada com a boca aberta. - Da vontade de morder.
A moça bufou de nojo e negação ao ouvir aquilo.
- Onde está Zyan? - Perguntei a ela. - Achei que ele estaria me recepcionando.
- O príncipe o solicitou para uma reunião de emergência, mas irei informa-lo, ele me ordenou. - Disse ela com uma raiva controlada. Nessa hora a moça ficou de costas para nós e de frente para o grande palácio, e colocou a varinha no pescoço - Vossa Alteza, Duque de Dubai, Gibbon está a sua espera na lareira 13. - E desaparatou.
- Grossa! - Disse Sophia olhando para sua vestimenta. - Deveríamos reclamar desse humor.
- Eu acho que não, podem matá-la.
Sophia ficou séria e com um olhar assombrado.
- Não duvido.
Nem eu.
Ficamos um tempo olhando para todos no ambiente e seu vasto jardim, era deslumbrante e ao mesmo tempo, medonho.
Zyan aparatou na minha frente me assustando. Ele me mediu com um sorriso crescente e malicioso.
- Sabia que ficaria melhor assim.
- Abusado. - Disse Sophia de má vontade.
Ela oscilava em seu humor com ele, provavelmente por se lembrar do que ele tinha feito a ela.
- Isso é típico no meu país, mas claro... - Disse sorrindo ainda mais, pegando na minha mão e a aproximando do seu rosto. - Em mulheres solteiras. - E a beijou, com um olhar lascivo.
Um temor bom, como me era esperado, me tomou.
- Obrigada.
- Rosier, o que está fazendo com esses trajes? - Disse Zyan intrigado.
- Eu gostei, se eu tiver que tirar eu vou embora e a Jenna vem comigo. - Concluiu ela alvoroçada me fazendo de alibe.
- Ok. - Disse ele se conformando.
Zyan continuou a segurar minha mão e me ajudar a descer a grande escadaria para o imenso jardim. Achei que teria dificuldade devido ao salto, mas havia algo naquela sandália que me dava um equilíbrio perfeito, provavelmente magia.
- Quando contei que você viria ao meu pai, achei que ele fosse me agredir mas ele só me abraçou. - Zyan sorriu orgulhoso. - Ele nunca me abraça.
Sophia olhou para mim com preocupação e coçou as sobrancelhas. Percebi que não importa o tamanho do salto que eu estava, eu jamais alcançava a altura dela, e claro, sua beleza. Ela notou meu olhar de admiração e retribuiu com um sorriso malicioso, apesar de preocupada ela ainda parecia encantada com o local.
- Da onde é esse povo?
- Bruxo do oriente médio, Ásia e África. Meu pai não gosta de Europeus. - Disse ele passando pelas mesas.
Realmente, os bruxos ali tinhas vestimentas com estampas tribais, bordados e tecidos tão sofisticados quanto a roupa que eu estava, se via muito lenço, pedras preciosas e bordados chiques. Tive uma curiosidade que no fundo me atormentava.
- Todos aqui são bruxos ?
- A maioria. Os músicos e as odaliscas não são.
- Oda... O que?
- Dançarinas.
Sophia sorriu de nervoso.
- Onde está Patrícia e seu irmão?
Zyan parou ao ouvir a pergunta e fez um expressão de desgosto. Nós estávamos perto de uma cobertura com um pé direito extremamente alto. As colunas eram todas talhadas com arabescos em mosaicos azulados e uma borda cheia de curvas que eu não fazia ideia dos nomes.
- Não me interessa. - Disse ele se voltando para nós.
- Mas é o noivado deles.
- Festas são mais importantes que o próprios motivos. - Concluiu friamente.
Agora eu entendia o deboche dele ao Baile de Inverno de Hogwarts. A nossa Escola jamais se aproximaria do luxo e encanto da arquitetura islâmica.
- Qual o problema, Zyan? - Insisti.
- Tenho que recepcionar mais convidados porque eles não se importam com isso.
- E porque não?
- Devem estar fazendo atos íntimos em algum lugar inapropriado. Sua amiguinha, Jenna, é insuportável.
- O que?
- Ela está transformando meu irmão em algum tipo de objeto, fantoche. Eu não entendo esse jogo deles.
- Eu queria tanto ver ela. - Disse Sophia ainda com um sorriso nervoso.
- Faz quase três anos que não a vemos. Achei estranho ela estar com ele.
- Eu vou levar vocês até a mesa perto do altar, depois eu retorno. Infelizmente tenho que ir andando para que vocês conheçam todos ambiente. Se quiser ir ao banheiro, eu indico o meu a você. - Disse ele me olhando se canto sorrindo.
- Já me cansei de tanto andar. - Disse Sophia.
- É terreno que não acaba mais. E porque próximo do altar?
- Meu pai decidiu que você tem que ficar próxima dele, já que ele acha que existe uma chance da gente ficar junto. - Disse Zyan com descrença, andando pelo grande espaço a frente do altar. Nós estávamos de mãos dadas, então não era muito difícil alguém deduzir errado nossa relação. - Sabe Jenna, nossa família não se preocupa com miscigenação, não nos importamos com a linhagem sanguínea, apenas com nossas vontades e sentimentos, até porque sendo bruxos ou não, teremos sempre poder, mas o que a Pattogth faz aqui é inaceitável, ela está humilhando meu irmão o tempo inteiro.
- Sinceramente, Zyan, acho que seu irmão merece.
- Ele pode merecer, mas todos nós não, ela está denegrindo toda família.
Eu até poderia achar engraçado mas seja lá o que ela estava fazendo, não parecia prudente brincar com nobres. Provavelmente ela era o primeiro amor do Rachid, por isso ele aceitava desde Hogwarts. Todas as birras que existiam entre eles estava começando a fazer sentido pra mim.
As laterais do altar maior havia mais dois altares menores com mesas, era uma disposição piramidal muito encantadora, e parecia haver várias semelhantes no tornos do palácio.
- Onde está seu pai?
- Precisou se ausentar mas volta em algumas horas, disse que se você não estivesse aqui ele ficaria mais tempo fora. Negócios com trouxas internacionais. - Disse ele subindo álbuns lances de escada para o altar menor.- Minha mãe está ali com sua família. - Ele apontou para um grupo de mulheres com lindos véus que cobriam o cabelo e longas túnicas mais discreta que cobriam todo o corpo, até os pés.
Deus me livre virar uma esposa assim.
- E sua irmã? - Perguntei após ele mostra uma mesa que parecia ser de mármore com poltronas estofadas de veludo brilhoso vermelho.
- Deve estar brincando com o trouxa de estimação dela. Eu já volto. - E desaparatou.
- O que!? - Indgnou-se Sophia.
- Eu espero ter ouvido errado. - Disse eu para ela.
- Eles são anormais, Jenna, isso é um espetáculo de bizarrices banhado em ouro e diamantes, a gente deveria ir embora!
- Você não costuma ser tão temerosa.
- Estamos a milhares de quilômetros de casa e eu nem sei se Njal é capaz de aparatar aqui, eles tem problemas com elfos. Seus pais deveriam ter vindo.
- Não discordo. Mas eu sou quase adulta e você é emancipada, não é mesmo? Esqueceu?
- Eu não sei aparatar, se algo der muito errado aqui eu sozinha faço o que? Olha esse monte de gente estranha, imagina os aurores deles.
- Sophia, olha isso aqui? - Disse eu mostrando a bolsa do Djinn para ela.
- Vai gastar um desejo por causa desses malucos ? Eles não valem tanto. Você não está no seu território, esqueceu? Vai saber o que pode acontecer aqui.
Nisso ela tinha total razão. Quando estamos fora do nosso lugar comum era um risco.
- Acho que estou vendo as amigas da Patrícia. - Disse a amiga andando pelo patamar com um certo receio mas ainda com um olhar de encanto sobre tudo. - Melhor ficarmos perto delas.
- Para mim tanto faz, mas andar com essas roupas está começando a me incomodar.
- Posso imaginar, mas sinceramente, você é só mais uma aqui, a maioria está assim.
Não tinha notado, mas não só os grupos aleatórios de dancarinas mostravam a barriga, mas diversas moças que pareciam trabalhar na festa também e mais outras tantas convidadas que tinham variadas vestimentas exóticas que mostravam várias partes do corpo.
Em algum lugar distante se ouvia músicas semelhantes as que ouvi na festinha dada por Zyan na Sonserina, no dia do Baile de Inverno. Tambores ou o que seja era muito forte e era contagiante.
- Vamos então, não merecemos ficar isolada nesse lugar só porque o Príncipe quer, não é mesmo? - Existia um tom irônico nas minhas palavras, no fundo eu tinha receio de não respeitar as ordens dele.
Descemos novamente e saímos por entre os jardins. Um grupo do que acredito serem de bruxas indianas olhou para Sophia de um jeito bem convidativo, elas cochicharam com sorrisos maliciosos quando ela olhou, fazendo ela sorrir e corrigir a postura. Não demorou nada para ela começar a melhorar o humor e a se sentir mais confiante.
- Sophia! - Gritou uma ex aluna que eu sabia o nome, era Jasmine, a prima da Zury Dalji
- Jasmine! - Disse a amiga a abraçando.
Jasmine estava com um turbante laranja e um vestido sem alças do mesmo tecido. Estava tão bonita que parecia uma pintura. Zury não estava muito diferente, mas ela tinha um véu que ia da nuca aos pés, ele estava preso em uma fivela abaixo do choque. Ao ver Sophia ela se levantou com a pompa sedutora dela, muito observadora e silenciosa.
Era estanho ver as duas se incarando com modéstia. Sophia ao vê-la ficou visivelmente desestabilizada, tal como o dia que a convidei para o banheiro dos monitores. Saber que elas iram se casar em um futuro que não era muito próximo me causou uma sensação de ansiedade muito desagradável. A vidência tinha um peso muito amargo.
- Zury. - Disse Sophia em um cumprimento pensativo.
- Sophia. - Disse ela rindo, sabe-se lá do quê.
A tensão entre elas era estranha e comecei a considerar que eu tinha essa mesma tensão com Jorge, coisa que todas na mesa pareciam notar, menos elas.
Sabrina Gutemberg estava com um vestido vermelho que me lembrava uma vestimenta clássica chinesa, Latrinda Torres deve ter conseguido na festa uma roupa estilo árabe, porque parecia encantada por estar mostrando várias partes do corpo, inclusive as pernas, Susana Sofyy e Jessica Snow estavam quase iguais com vestido verdes de cetim, elas estavam namorando.
- Vocês ainda não viram a Patrícia, não é? - Perguntou Jasmine.
- Não. - Disse Sophia puxando uma cadeira. Eu também neguei com a cabeça.
- Olha aquilo! - Disse Jasmine rindo como se tivessem fazendo cócegas nela apontando para um grupo de árabes logo atrás de nós.
Patrícia estava com Rachid em uma das cenas mais anormais que eu já tinha visto. A ex colega estava com um vestido estilo grego antigo, cheio de cordas elegante unindo a parte de cima e de baixo em um tecido fino cor de cobre enquanto seu noivo estava com uma túnica preta, muito atípica no tecido de vinil, extremamente inadequado. Patrícia sorria como se não houvesse amanhã, e com toda razão, aquilo não fazia o menor sentido, até porque Rachid estava em uma coleira preso a uma corrente!
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro