Meu segundo pedido
- Jenna, você está bem?
- Talvez! - Disse eu ofegante para o Snape, escoradas em uma das janelas do Castelo depois de correr muito.
- Preciso que venha comigo até o escritório do diretor.
- Porquê? - E olhei para ele preocupada.
Snape não respondeu. Sua expressão parecia de pânico mas ele estava se segurando bem.
Fomos em silêncio até o andar do Diretor e entramos em sua sala juntos. Eu ainda estava tentando entender o que foi que eu vi, me esforçando para me por na realidade.
Em sua sala, Dumbledore estava andando, com uma das mãos no queixo olhando para um objetivo em cima da mesa.
- Olá, Srta. Gibbon. - Disse o Diretor com uma voz sonhadora séria. - Enfim, novamente nos encontramos para colocarmos mais assuntos delicados em ordem.
- Olá. - Disse secamente. - O que foi agora?
O diretor levantou uma das sobrancelhas ao perceber a minha antipatia.
- Jenna. - Disse Snape. - Preciso que tente descobrir quem estava portando esse colar.- Disse ele muito sério.- Tenho minhas suspeitas mas quero saber se você é capaz.
- Não toque nele. - Disse o direitor ao me ver se aproximar. - Mas tente ver além...
Eu realmente me senti mal olhando aquele colocar, tinha algum tipo de maldição nele, para mim ele estava com uma sombra escura muito intensa. Era estranho olhar um objeto e me sentir assim, ou não, talvez isso já tivesse acontecido. Mas o observando com mais atenção umas imagens foram se formando nitidamente na minha mente, tol como olhar para Snape e ver a Narcisa.
- Draco comprou na Borgin e Burkes? Isso faz sentido? Não era mais fácil perguntar para...
- Não. - Disse Snape irritado. - Não é tão fácil.
- Severo. - Disse o Diretor com firmeza. - Acredito que seja necessário mais atenção.
- Não me diga. - Disse Snape lentamente tentando conter a raiva.
- Do que estão falando?
- O Sr. Malfoy pediu a Srta. Bell que me entregasse isso mas em uma discussão com sua amiga ela acabou tocando no pacote, quase morreu.
Eu não sabia o que dizer. Então esse era o maldito plano, matar Dumbledore?
- Quero que tente descobrir todas as armadilhaa que o Draco está planejando contra mim. - Pediu o Diretor.
- O que!?
- Se puder fazer isso, serei grato protegendo sua família e até ignorando as experiências preocupantes que sua amiga vem fazendo.
- Está me chantageando!?
Snape conhecia meu tom, ele deu um passo para trás. Dumbledore o olhou com as sobrancelhas franzidas.
- É apenas um acordo... - Tentou insistir gentilmente Dumbledore.
- Está chantageando a pessoa errada! Ora veja se não é o Senhor Supremo Diretor de Hogwarts, Alvo Dumbledore está pedindo a minha ajuda e não tem a descendência de ser verdadeiramente grato!? - Praticamente gritei com as mãos na cintura.
- Jenna... - Começou Snape.
- O senhor não sabe com quem está lidando. - Disse eu rindo de nervoso.
- Eu sei sim, e temo que você acabe do lado dele. A Srta. é muito poderosa e eu mesmo ignoro muito do seu comportamento na esperança...
- Vá a merda com a sua esperança!- Foi um péssimo dia pra ele propor isso. - Se eu tiver que ajudar não vai ser por você, nem por Potter nem por chantagem alguma!
- Eu acredito que no momento certo...
- Tomara que o Draco consiga te matar! - Naquele dia eu não sabia exatamente o porque da minha crescente antipatia por Dumbledore, mas meses depois eu descobri. Me dirigi a porta mas antes de abri-la olhei pra trás e disse o óbvio, já que estava claro o motivo do desespero do Diretor. - O senhor já está morrendo, não é?
- Gostei dela. - Disse um dos quadros com uma voz irônica. Ao olhar para parede, em sua borda em baixo estava escrito: Fineus Nigellus Black. Ele deu uma picadela para mim antes de eu sair e eu retribui de volta.
Voltei para Sonserina bufando o camindo todo. Era um daqueles dias incríveis que tudo acontecia, parecia piada.
- Srta. Gibbon. Preciso muito conversar com você.
- Agora não é um bom momento, Júlio.
Deixei o pobre Júlio para trás com um olhar triste. Não estava podendo conversar com ninguém.
Fui direto na bolsa com o Djinn e fiquei um tempo olhando para ela, com medo, muito medo. Aquela tal criatura, se realmente era irmão dele, era uma coisa inacreditável, indescritível. Nunca senti tanto medo em toda minha vida.
- Jenna. - Eu estava sozinha no quarto até Sophia aparecer e sentar em sua cama, de frente para mim. - Acho que preciso que você me pedoe.
- Mas é claro que te perdoo.
Ela suspirou com lágrimas nos olhos.
- Eu te amo tanto... - Disse ela escondendo o rosto entre os dedos.
- Eu sei. - Disse eu me sentando ao seu lado e a abraçando. Sophia raramente chorava e era uma cena insuportável. - Tá tudo bem, eu só não estou muito legal esses dias.
- Eu sou uma babaca.
- Não é não, você é incrível.
- Para... Achei que fosse me explodir. - Disse ela rindo de nervoso com lágrimas nos olhos.
- Nunca mais vai acontecer. Eu juro. - Disse abraçando ela com mais força.- Preciso de você forte. Duas fracas não se sustentam.
- Você está frágil e eu deveria ter focado mais em você e não nas experiências e estudos, eu larguei você.
- Tá bom, agora me beija e esqueça disso.
Ela riu me jogando na cama e subindo em cima de mim. Ainda bem que alguns beijos realmente nos fizeram bem, mas tivemos que parar quando ouvimos as meninas aparecendo antes do jantar.
Voltamos a noite para Sala dos diários e ficamos até o fim do sábado com Sophia tentando começar a poção Felix Felicius. Eu levei a bolsa com o Djinn e tomei coragem para deixar ele solto. Agora fazia mais sentido a energia positiva que eu sentir vir dele.
- Você tem sérios problemas, bisneta da Hannah! - Disse ele enfurecido após eu abrir o receptáculo.
- Jenna, só pede pra ele calar a boca. - Disse a amiga da mesa de poções.- Afinal, Porque você não me chama ela de Jenna?
- Nome é sagrado, e nem você, nem ela valem tanto. Já se passou um mês!?
- Pois é.
- Que bom que você está triste ainda, isso me deixa feliz!
- É melhor você ficar quieto, se não, eu não vou ter paciência com você dessa vez. - Mentira, logo ele iria notar.
- Hum, como se você podesse fazer algo contra mim.. - Disse ele andando pela sala. - Onde estamos? - Disse ele olhando para o as paredes e teto.
- Em algum anexo da Sonserina.
- Esse Castelo é cheio dessas coisas, vocês bruxos são malucos.
- Vá vê a neve vai, está uma noite simpática.
- Não gosto da noite, mas é melhor ficar longe de você. - Disse ele desaparecendo.
- Preciso te contar tudo que aconteceu hoje.
- Neville beijou você?
- Não! - Quase fiquei confusa tentando imaginar isso. - Não...nossa, que aleatório, ele é lerdo demais pra isso. - Então calmamente contei todo absurdo, da experiência rezando e da proposta do diretor.
- Se sente melhor agora? - Disse ela se largando no sofá comigo.
- É... - Queria estar mais.
- Dumbledore está morrendo?
- Não sei o que aconteceu com a mão dele, mas acho que vem dali alguma maldição.
- É, muitos perceberam desde começo das aulas.
- Acho que nem olhei na cara dele.
- Então se afastou do Snape porque sente a Narcisa por perto?
- Sim. - Disse bufando.
- Poxa, que merda. Agora que você é adulta é pode gritar pra todo mundo que está com ele...
- Tá de brincadeira?
- Mas é claro que estou. - Mas não parecia. - Só não coloque a varinha no meu pescoço por isso, por favor, aquilo vai me dar pesadelos.
- Não vai não, me desculpa.
- Também te devo mil desculpas. - Disse eu me deitando em seu peito.
- Então você vê anjos é?
Eu não sabia muito bem o que responder, sobre isso, tive real medo. Nem ter visto a cara do Voldemort me causou tanto pânico. Essa criatura era absurdamente superior a tudo que existia. Se um anjo era isso, o que era a tal Força Maior, então?
Meu humor realmente mudou, mas foi aos poucos. No domingo eu fiquei um tempo na sala das meninas observando as interações, pareciam todas bem alinhadas em suas amizades. Mas tive dar atenção as demandas do Júlio.
- Eu me acho um crime eu estar aqui. Eu não sou uma garota.
- Júlio. - Disse eu sentada com ele em uma das mesas da áreas de estudos. - Essa é uma problemática delicada. Você é algo único até o momento, imagino. Eu consigo entender a sua essência, mas enquanto você for menor idade, a responsabilidade é do Castelo, nesse caso, da Sonserina em te encaixar nessa turma e no nosso grupo com esse nome de batismo. Você tem uma genitália feminina, imagino, tudo isso é levado em consideração. Só a sua palavra não vai ter força, até porque... Quantos anos você tem ?
- Eu tenho onze, faço doze em Abril.
- Veja, você é muito jovem. Sinceramente, não acho que você vai mudar quem você é, mas vai evoluir de alguma forma. Quando você completar seus 17 anos, poderá assumir quem você é poderá despedir da nossa sala jurando nunca falar sobre ela, até porque você sabe as consequências. Afinal, a gente te acolhe e veja, você transitando aqui te dá mais vantagens, você é um caso para todas nós nos adaptarmos.
- É, as meninas me chamam de Júlia, e fica um conflito estranho as vezes.
- Você terá que ser resiliente, até onde eu sei, é a primeira vez que uma pessoa como você se revela. Mas, vou tentar buscar mais informações. - Na Sala dos Diários e no Uniário.
- Que conversa incrível, Jenna. - Disse Sophia após me sentar ao seu lado no sofá.
- Obrigada. Sobre ele eu tenho minhas certezas, mas não sou distraída de tudo, tem alguns alunos aqui que me intriga também.
- Isso foi lindo. - Disse ela me encarando de um jeito amoroso.
- Ha, não foi nada, existe humanidade em mim.
- Deve existir mesmo, um anjo falou com você.
Sobre isso eu estava tentando esquecer, foi bizarro.
E lá se foi mais um dia e chegou meu aniversário, no café da manhã de segunda. Recebi no mínimo umas cinco corujas fazendo a mesa ficar tumultuada de tantas aves e pacotes. Eu só queria mesmo ser pega igual o dia da sala da Umbrigde, bons tempos.
- Deve ser o ano que você mais recebeu presentes. - Disse Sophia conferindo um dos pacotes. - Porque, será?
- Bom. Papai mandou algumas revistas sobre deveres, Quadribol e vidência, mamãe mandou outro exemplar daquele livro que você andorava de mágia em desuso, então é seu, Sophia.
- Oba!
- Patrícia mandou um frasco de um negócio chamado "Óleo atrativo" e disse torcer para o Zyan se matar... Que horror.
- Deixa eu ver isso.- Disse Sophia vendo o fraco. - Deve ser coisa dos árabes, quero dar uma pesquisada depois.
- Está bem. Ah, isso explica porque quando eu me aproximei dela eu senti vontade de... Ah...
- Beijar ela? - Disse Sophia me olhando de canto.
- É. - Um pouco mais.
- Eu percebi também que tinha algo no perfume dela, deduzi que fosse algo do tipo mesmo, uma poção, sei lá. Ela é doidinha.
- Essa é do Ministério.
- Uau.
- Falando das datas dos exercícios e provas para aparatar e meus deveres legais diante da Justiça Bruxa. Interessante, papai que assinou.
- Wooon... Que legal, Jenna! Esse aqui é da sua tia Anastasia.
- Até que enfim apareceu. - Disse eu abrindo o pacote que dentro havia um objeto ou fruto incomum.
- É uma cabaça mágica. - Disse Sophia atenta.
- E pra que serve?
- Paraquece que se você sacudir a noite numa floresta, os animais mágicos bons tendem a se aproximar principalmente se estiver em perigo.
- E porque eu iria querer algo assim?
- Eu não sei mas é interessante.
- Ah, ela vai se casar também. Pessoal está enlouquecendo.
- É por causa guerra, certeza.
- Ou ela achou o soulmate dela. Um tal de Pajé Oribá. Isso é nome?
- Deve ser brasileiro.
- Interessante. Poxa, o casamento vai ser numa praia, ano que vem.
- Praias são simbolicas para você não é? - Disse Sophia com gentileza.
- É, pois é. - Me lembrava o Jorge.
- Pede pra levar um acompanhante.
- Hum... - Murmurou Sophia. - Se você tiver namorando um cara...
- Cala a boca, eu vou levar você. - Disse eu para segurando sua cabeça e beijando. Acho que era a primeira vez que eu havia feito isso na mesa da Sonserina. Ela correspondeu impressionada e expressando desejo.
- Hum... - Resmungou um aluno sentado quase na nossa frente a mesa, eu nunca reparava no Pedro, ela era extremamente asqueroso. - Continuem, vai. - O olhar dele me deu nojo, me tirou até a fome .
- Credo. - Disse eu a largando e voltando o olhar para outro pacote. - Olha, esse é do Fred.
- Parece que o Jorge não escreveu mais.
- Ah, não me lembra não.
- Desculpa.
- Olha, mini kit sobrevivência. - Era uma caixa simples mas com certeza com feitiço expansivo, tinha um Pantano portátil, Pó escurecedor instantâneo do Peru, Fogos espontâneos Weasley, Chapéu Escudo e Fantasias debilitantes.
- Legal, você pode fazer uma pessoa desmaiar...
- Ah, eu não preciso disso.
- Sei bem o que você precisa. - Disse Sophia com malícia. Realmente, a gente precisava de um bom banho aquele dia.
- Luna mandou um Pasquim inédito também. - Tentei disfarçar porque fiquei sem graça.
- Que fofa. - Disse Sophia ainda me encarando, passando a mão no meu pescoço me deixando arrepiada.
Foi uma manhã que eu senti meu humor realmente voltar, mas queria ter recebido algo do Jorge, pelo menos.
O chato foi ter que ficar após a aula do professor Snape, já que ele me pediu muito sério por isso.
- Teve muita coragem. - Disse ele andando de braços cruzados pela sala. - Poucos insultam Alvo Dumbledore e saem ilesos.
Eu apenas bufei e me sentei numa carteira, desinteressada.
- Essa história do Draco é um absurdo.
- Sim. - Disse ele pensativo coçando o queixo.
- Não sei se eu me importo com Dumbledore.
- O problema não é ele e sim as falhas do Draco. - Disse o professor pensativo.
- Você é responsável por ele agora! Entra na mente dele!
- Estou me esforçando para isso mas soube que Bellatrix esteve ensinando Oclumência a ele, e não posso ficar o tempo inteiro próximo dele para ficar vigiando...
- Então eu tenho que ficar? Só pra ele não matar erroneamente algum aluno..?
- Mais ou menos isso.
Eu ri, ri de nervoso.
- Isso é ridículo! Vocês dois sabem que ele tá planejando matar e não fazem nada!?
- Não é só isso.
- Isso não é problema meu. - Disse eu de má vontade me levantando.
- Jenna...
- O que!?
- É problema seu também. Estamos usando o Draco para saber mais dos planos do Voldemort, se barramos agora vamos perder a linha de planejamento dele e corre o risco de... alguém se machucar.
Eu estava inconformada, incapaz de continuar aquela conversa. Me dirigindo até a saída da sala, mas Snape ainda tinha uma questão.
- Porque está me evitando? - Perguntou ele.
- Porque se eu olhar muito tempo pra você eu vejo a merda da Narcisa!
E sai da sala.
Aquele assunto era todo errado. Ambos sabiam dos planos de Voldemort contra Dumbledore e o uso de Draco. Era patético a negligência de todos é me pedir ajuda nisso era o auge o absurdo.
Foi um dia que eu evitei conversar, mas consegui me distrair com todas as possibilidades da vida adulta e xeretar os presentes que havia ganhado.
Sophia saiu cedo do jantar, achei estranho, mas eu também não tinha que ser babá dela, afinal ela já era bem grande para eu ficar me preocupando. Fui para o dormitório tentar ler o livro da minha avó novamente, mas foi invão, o Pasquim estava muito melhor com uma matéria sobre mestiços e a luta para serem aceitos como meio-bruxo. O assunto era sério.
As horas foram passando e nada dela voltar, dez, onze horas e Sophia ainda não tinha aparecido. Achei estanho, tínhamos planejado ir ao banheiro dos monitores juntas. Fui para sala das meninas entrando nela com Medellín e Sophia também não estava lá.
A Sala estava cheia, fiquei perguntando por ela e ninguém sabia onde estava. Logo antes da meia noite Zyra apareceu me dando um susto porque ainda havia algumas alunas na sala.
- Acho que sua amiga não está bem?
- Sophia? - Perguntei após sussuros.
- Não acho que tenha outra amiga.
- Ela está na Sala dos Diários, não é?
- É melhor você não esperar a sala ficar vazia... Ela pode não ter uma chance...
Eu não pensei muito. Não tive medo de de ser vista entrando em uma falsa entrada na Sala.
Sophia estava caída no chão com um frasco caído do lado. Me agachei a balancei ela inutilmente. Coloquei meu ouvido em seu peito, ainda ouvia seu coração bater lentamente.
- O que ela tomou, Zyra?
- Eu não sei o nome desses líquidos que vocês fazem.
- Ela está respirando com dificuldade. Ela está morrendo?
- A morte é só uma característica...
- RESPONDA! ELA ESTÁ MORRENDO? PORQUE ELA ESTÁ ESVERDEADA!?
- Sim está. Essa poção que ela criou intoxicou ela. - Disse ele sério.
- Salve ela! É possível?
- Sim. É só ela eliminar todo líquido ingerido do organismo... É um pedido!?
- SIM ZYRA! É A PORRA DE UM PEDIDO!
- Então...
- Zyra, salve a vida da Sophia, agora!
Zyra ajoelhou e fez o mesmo movimento com as mãos, unindo-as como na primeira vez. Agora fazia sentido aquele comportamento simbólico, era semelhante a uma reza.
Após um longo suspiro ele tocou na testa da amiga e ela começou a vomitar um líquido verde avermelhado, foi bem ruim ter visto isso. Ela tossiu bastante até tomar consciência.
Eu fiquei de braços cruzados , ajoelhada, encarando ela voltar a realidade.
- O que foi que eu te pedi?
- Tá... - Disse ela se largando no chão olhando para cima. - Fiz merda.
- Olha, não é porque eu disse que você vai viver...
- Tá bom! Eu sei... - Murmurou entediada percebendo o Zyra no ambiente. - Você gastou um pedido?
- Por você, né? Não que eu me importe. - Me senti mais aliviada depois do pedido, não sei se foi porque a Sophia sobreviveu mas eu comecei a me sentir eufórica.
- Eu me importo.
- Não se importa! Você está indo longe demais!
- Ok. Parei.
- Não, não parou! Mas deixa eu te avisar. No futuro você terá uma parceria de pesquisa incrível, você vai poder fazer suas pesquisas em um ambiente mais estável e controlado. Se acontecer algo assim com você eu não vou saber salvar sua vida...
- É sério!? Porque não me contou isso antes?
- Deve ser porque eu entendi só agora o que eu vi! Para com essa merda!
- Ok. Me desculpa novamente.
- Pelo menos você está bem! O que você tomou?
- Eu tenho vergonha de dizer.
- Você com vergonha!? O que está acontecendo!? Me fala!
- Bom... - Começou ela ainda olhando para o teto. - Eu estava pensando, já que a poção Polissuco consegue transformar um corpo feminino em masculino, talvez eu conseguisse criar uma Poção para modificar apenas o corpo, mudar de sexo... Bom, eu ando observando a...o Júlio, e ainda pensei que poderia criar algo pra ele também sabe? Enfim, eu só queria completar você...
- Completar?
Zyra seguia pelo ambiente rindo discretamente da conversa, mas ele parecia mais contente também, sua liberdade estáva próxima.
- Eu acho que você sente falta de um corpo masculino.
- Você está de brincadeira!?
- É uma interpretação, já que você ainda sente falta de ficar com outros caras...
- Está sendo babaca igual o Phillip.
- Eu sei que você age com o coração mas eu pensei...
- Vai a merda, Sophia! Que porcaria de interpretação!
- Eu nunca sei exatamente o que falta em você. - Disse ela se levantando e limpando o rosto. - Eu acho que eu não preencho você...
- Cala a boca. - Disse me aproximando dela. - Aliás, você me deve uma.
- Eu te devo a vida.
- Bom, então já sabe como me pagar.
- Na cama? - Disse ela correspondendo meu olhar malicioso.
- Não... De um jeito mais molhado.
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