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Gustav Gibbon Junior

Fiquei olhando pro teto pensativa sem muita coragem de ler o jorgal, que estava sobre meu peito.

Olhei um tempo os meus pés que estavam escorados na parede, me lembrei do Jorge falando que eram bonitos. Era inevitável, até olhar para uma cortina, ou uma pedra me fazia lembrar dele.

Achei que me aproximando do Snape tudo seria diferente. Mas acho que o professor só me fazia esquecer de tudo quando eu chegava perto, a gente ficava meio estranho mesmo, uma tensão rolava.

Tomei fôlego para ler o jornal, eu precisava parar de pensar nos meus relacionamentos , estava atrasando meu lado.

" O Ministério da Magia divulgou nessa sexta-feira ao Profeta Diário, fatos sobre a batalha que causou a destruição de diversos departamentos. Logo quando fomos alertados um grupo se dirigiu para maiores esclarecimentos. O Ministro Fugde foi exonerado logo após o ataque. A Comissão Internacional da Magia exigiu do Parlamento Britânico e da Suprema Corte dos Bruxos, um ministro mais competente para o cargo devido ao momento delicado em que estamos inseridos. Rufo Scrimgeour era chefe da Seção de Aurores, e foi nomeado o novo Ministro da Magia. Logo, ele decidiu que todos os Comensais que atacaram o Ministério fossem presos, sem segunda ondem, por crimes contra o Estado, ao mundo mágicos e afins, sem direito a julgamento.
Roberto Mulciber, Augustus Rookwood, Jonny Travers, Murilo Avery e Lucio Malfoy foram pegos em flagrante não só trajando vestes de Comensais como atacando os Aurores que protegiam o local. "

Não havia menção aos alunos de Hogwarts fora da escola naquela data. Talvez Dumbledore estivesse abafado o caso de início.

Senti pena do Draco e comecei a entender minha mãe. Eu era sim uma privilegiada, talvez até tivesse sorte mesmo dos meus pais não terem se juntado ao Voldemort.

Mamãe também estava certa por não gostar do papai andando com Lúcio, ele era muito irresponsável, prejudicou a si mesmo e a família, isso era terrível.

Sai um pouco da bolha de angustia quando me assustei com a entrada do meu irmão. Ele entrou e se sentou na ponta da minha cama com as costas na parede, largou os chinelos no chão e flexionou uma das pernas sobre minha cama, pensativo. Eu apenas desviei o olhar para a janela, o dia estava lindo.

- Não te convidei para entrar.

- Então tranca.

Ele parecia descontraído, pensativo mas entediado também.

- Acabou a educação nessa casa.

- Dada a discussão de hoje cedo, eu acho que sim.

- O que você quer?

- Cuidar da sua vida.

- Não mesmo.

- Você está assim por causa do Jorge, não é?

Não estava afim mais de negar, decidi dar um voto de confiança, afinal, eu sentia que não tinha nada mais a perder.

- E porquê isso te interessa?

- Sua vida social é bem melhor que a minha.

- Porque desconfiou?

- Vejo o jeito que ele te olha, aliás, os dois. Mas como fiz parte da Armada, posso dizer que não foi muito difícil saber quem era quem. Terminou com o Fred por causa disso, não foi?

- Também.

- Hum.

- Você também tem um soulmate?

- O que é isso?

- Essa conexão com alguém.

- Você sonha com Jorge igual ao a nossa mãe sonhava com papai?

- Ela te contou?

- Ele.

- Quem me contou disso foi Snape.

- Nossa. Você fala muito com ele.

- É. Até demais...

- Eu não tenho conexão com ninguém, eu acho. - Disse ele olhando para os pés.

- Não sei se isso se manifesta em bruxos. Talvez seja igual a vidência, fique só entre as bruxas.

Acho que vi Fobos passar pela janela. Anastacio já havia levado a carta para Sophia, mas comecei a sentir medo do meu plano falhar, ou a coruja ser interceptada.

- Queria ter também.

- Agradeça a Deus por não ter. Isso é horrível! Eu sempre acordo chorando.

- Foi por isso que você estava irritada..?

- É insuportável!

- Você acorda triste?

- Não, eu acordo feliz. Eu choro porque sinto falta dele. Pelo menos quando estou com a Sophia eu não sonho.

- Ah, lembrei de uma coisa! Sabia que existe uma lenda que diz que você transou na sala da Umbridge?

- Hum. Já ouvi falar sobre isso.

- Te acho muito louca mas não a esse ponto. - Ele negava a cabeça incrédulo.

- O estranho foi que só contei a Sophia, mas talvez tenha sido o Fred que espalhou. Homens...

- Caramba!- Disse ele surpreso e mudando de postura, cruzando as pernas e me encarando com mais atenção. - Sua vida é mesmo mais interessante que a minha!

- Não é tão legal assim... Pareço feliz?

- Não. Mas você não está sozinha, não é?

- Eu me sinto sozinha o tempo todo.

- Isso não responde a minha pergunta. Então quem está deixando seu pescoço vermelho?

- Como é que é? - O encarei com irritação.

- Faz um tempo que noto isso.

- Você não tem coisa melhor para fazer? Para de reparar em mim!

Apesar da estranheza, meu irmão começou a me mostrar um lado muito observador. Fazia total sentido ele se tornar Auror no futuro, habilidade de investigação por meio da observação e análise do ambiente, ele já tinha.

- Seja quem for, acho que deveria pedir para ele parar.

- Deve ser a Sophia. Ela as vezes beija muito meu pescoço antes de dormimos.

- Vocês estão namorando!? - Ele parecia chocado.

- Se estivéssemos, todos saberiam. Mas não. A gente fica as vezes, mas como eu disse, quando durmo com ela eu me sinto muito melhor.

- Cara, isso é muito incrível. Você não deveria ter o direito de ficar triste.

Era uma boa observação.

- Não seja doente. É mais fácil do que você pensa se envolver com alguém.

- Sabe que eu tenho medo, não sabe? Natália terminou comigo, provavelmente por causa dessa insegurança. Eu sempre fico nervoso na hora...

- Eu posso ser interessante para você mas não me interessa saber nada sobre suas intimidades.

- É que você é mais experiente.- Definitivamente. - Poderia me ajudar.

- Com o quê!? Você não tem amigos não?

- O Phillip e a Padma...

- Não! Não me interessa! Se eu quiser, eu mesma pergunto a ele.

- Você é muito enciumada, tipo o papai.

- Não tinha pensado sobre isso. Mas você deveria falar com ele sobre essas coisas e não comigo.

- Você fala com a mamãe?

- Não.

- Percebi.

- Ela falou umas coisas bem superficiais, só me deixa mais solitária.

- Talvez ela ache que você aprendendo sozinha, cresça melhor.

- Já ouvi essa ponto de vista. Mas tanto faz, não adianta discutir.

- Porque não conversa com o Fred sobre essa sua angústia, você acha que vale a pena sofrer tanto por causa dele?

- Não parei para pensar que pode ser isso. Mas sabe, eu não sou legal.

- Como assim?

- Olha minha personalidade. Eles não merecem ficar ao lado de alguém como eu, nem o Fred merecia, nem o Jorge...

- E quem merece?

- O quer dizer?

- Não é óbvio, não é? Você percebe o que diz? Está dizendo que eles não merecem e ao mesmo tempo está dizendo que alguém merece. Filosofia, Jenna. Estou analisando seu raciocínio lógico.

Interessante. Me sentei na cama de frete a ele, cruzando as pernas para o observar em seus apontamentos com mais atenção.

- Se você continuar a pensar assim. - Seguiu ele. - Vai começar a achar que merece sofrer, que merece uma pessoa ruim do seu lado só porque você tem um jeito mais atrevido ou provocador. Isso é um prato cheio para você entrar em um relacionamento abusivo ou se mutilar, se sabotar.

Foi um pouco difícil entender o que ele quis dizer. Muitas palavras diferentes, pontos de vista estranhos, mas fazia total sentido o final. Zyan com certeza foi o primeiro, eu me sabotei com Jorge, e agora com Snape está sendo a mesma coisa, eu estou correndo de gente boa por me julgar inferior.

- Jenna. - Ele parecia estar medindo as palavras ainda. - Não fique irritada com o que eu vou dizer, não vale a pena, mas quero que saiba.

- Sim.

- A Claudia é apaixonada pelo Phillip. Por isso ela te tratou muito mal aquele dia, e usou a Padma no jogo ridículo dela.

- Que merda. Eu sinto muito por você.

- Ele é um cara legal, mas tem um azar de atrair mulheres loucas e eu não estou falando de você. Eu não gosto dela, mas não tinha notado que ela era manipuladora. - Ele parou para refletir um pouco e suspirou. - Aquela dia foi muito importante. Infelizmente, tem males que vem para o bem.

Então não era a primeira vez que meu irmão iria me dizer essa frase, como na visão que tive com ele. Ele era mais maduro do que eu pensava. Eu deveria mesmo andar mais com ele.

- Obrigada por tudo. - Disse de cabeça baixa pensando sobre o que ele havia me dito.

- Eu também agradeço. Observar o seu jeito faz eu pensar em muitas coisas importantes. Comecei a ler sobre a mente e comportamento. Achei na casa da nossa avó um livro sobre psicologia e filosofia. São matérias que todos deveriam ler e discutir...

- Já pensou em ser professor?

- Claro que sim. Mas não de matérias do nosso mundo bruxo.

Ele suspirou novamente pensativo. Nunca soube quem era meu irmão, era chocante, parecia estar vendo uma pessoa totalmente diferente.

- Acha que tem professores bruxos no mundo dos trouxas?

- Provavelmente. Nossos mundos se complementam. Seria muito interessante se soubessemos conviver em harmonia.

- Você disse algo incrível. Aliás, preciso ser sincera : tudo isso que você me disse é muito maduro, eu vou pensar muito sobre isso...

- Não ao ponto de ficar mal, tá bom? Conhecimento e amadurecimento causam angústias também. Eu não quero nunca mais brigar com você.

Olha lá, mais uma tonelada de remorso sobre meus ombros, mas de todos, aquele peso foi o mais importante, o mais enriquecedor. Talvez eu mudasse um pouco meu ponto de vista sobre meus sentimentos e desejo... talvez.

- Eu também não.

- Não estou dizendo que não errei com você esses anos todos. Você realmente passa um ar de autoritária e agressiva às vezes, mas eu tive que ler muito e observar a situação para entender você.

- Ah...

- Eu não sou tão diferente dentro de mim, vou errar muito ainda mas eu quero que você saiba que eu prefiro errar ao seu lado, a gente pode crescer muito juntos.

- É por isso que prefire andar com os mais velhos?

- É bobagem, isso não significa que alguém mais velho não faça merda, mas sempre tem um conteúdo a mais para eu aprender, principalmente em Hogwarts.

- De fato. É sempre interessante ver as meninas mais velhas conversando, sempre tiro umas experiências intrigantes.

- É isso... Mas, o que pensa sobre o que aconteceu no Departamento de Mistério? Soube que você e a mamãe já sabiam disso.

- Ahh, graças a Deus você não se meteu nisso.

- Não sabia que o Harry tinha tido uma visão com o Sírius, eu estava na biblioteca enquanto vocês estavam saindo do NOMs, eu esperava pelo Phillip para me passar os conteúdos que ele conseguia lembrar da prova.

- Que bom. Você é muito esforçado.

- Infelizmente a visão dele foi implantada por você-sabe-quem.

- Coitado do Harry, nunca falei muito com ele, nem olho muito pra cara dele, mas porque ele também tem aquela coisa estranha que o Lupin e o Moody tinham...

- Do que está falando?

- Uma sombra estranha. Uma aura ou sei lá o que, eu nunca sei o que é exatamente. Lupin era um cachorro, lobo, não sei dizer, mas fez sentido quando Snape contou que ele era um Lobisomem. Moody não era o Moody, não é mesmo? Sabia que eu consigo ver os Trestralios de um jeito diferente? Nunca dou bola pra isso...

- Você tem noção do que está dizendo? Essa habilidade é muito valiosa! Já contou pra alguém?

- Falei pro Snape de maneira simplificada. Acho que nem ele entende.

- Será que ele realmente não entende? Ele não parece ser leigo em nada.

- Tem razão. Talvez ele só omita pra mim. - Comecei a observar o chão pensativa. Talvez fosse bom eu anotar coisas estranhas e perguntar a mamãe, já que ela sempre diz estar disponível.

- Ele já te paquerou?

- O que!? - Olhei para Gustav preocupada com a pergunta.

- Jenna, não tente ganhar tempo comigo. Você passa muito tempo com ele, e eu sei que você chama atenção bem mais com o seu jeito do que com sua aparência, eu já entendi o seu jogo.

- Ah... - Meu irmão começou a me assustar. Ele poderia não ter o dom da vidência ou legilimência mas distraído ele não era. Tive que medir bem as palavras, mas de qualquer forma ele parecia ter entendido tudo. - Então... É muito mais fácil eu dar em cima de um professor, entende? - Eu sempre protegendo Snape.

- Você não respondeu, novamente, a minha pergunta.

- Eu acho que você está perguntando demais. - Óbvio que comecei a me irritar.

- E eu acho que você está se encrencando. - Ele levantava a sombrancelhas igualzinho o papai quando queria mais informações.

- Eu deixei claro que eu não sou tão simples. Se você começar a me julgar eu arremesso você pela janela!

- Calma! Conheço seu potecial. - Disse ele fazendo careta e evitando meu olhar. - Mas nesse caso, prefiro fingir que não estou entendendo porque você realmente está se mostrando mais ousada do que eu pensava. Jenna... - Ele voltou a me medir com preocupação - Você não parece feliz. Seja como for, deveria parar com o que está fazendo.

- Ele não queria... - Nem eu estava afim de contar, fiz charme.

- Menos mal...? - Perguntou ele com uma espécie de nojo e aflição.

- Mas ele se mostra muito adequado pro momento em que vivo...

- Adequado?

Meu irmão riu. Ele parecia rir de nervoso negando com a cabeça, e eu comecei a sentir vergonha de mim mesma. Não era a pior das sensações, mas era quase.

- Talvez, o que você não consiga ver Gustav, é que minhas tristezas não são a ausência de uma grande romance. - Eu já estava colando minhas conclusões em ordem. - Você precisa entender que eu fico aqui no meu silêncio pensando nas visões que tive, na vovó Sosie, na bisa Hannah, a guerra se aproximando, as futuras mortes, no casamento da Sophia, que provavelmente, vai acontecer daqui uns dez anos...

- Você está vivendo um luto antecipado, e provavelmente, anseia por essas situações e alergias.

- Exato!

- Talvez, sua apaixonite com o professor seja apenas uma fuga.

- Uma das... Mas acredite, ele é muito importante pra mim. Não só pra mim, para o mundo bruxo.

- Se você que é vidente está dizendo isso com essa certeza, eu acredito. - O olhar de piedade dele me irritava, mas era legal ao mesmo tempo. - Mas espera... Sophia vai se casar com quem?

- Não importa agora.

- E o que você sabe sobre a nossa avó e a bisa? Tem foto delas no álbum que esta na sala, você já viu?

- Hamm... Não. Depois eu vejo. Tem muita coisa na minha mente agora, outro dia isso vira um assunto nosso.

- Você precisa conversar mais sobre isso, não acho que Snape seja sempre a melhor opção.

- E não é. Só falo com ele sobre isso quando há um interesse maior, Potter, essas coisas.

- Certo. Mas conversa comigo, se não você vai enlouquecer mesmo.

- Tenho medo de você querer interferir. Sophia quase interferiu na última visão que contei a ela.

- Eu não farei isso. Sei das consequências.

Ficamos um tempo refletindo. Olhei para o meu quarto e lembrei do da Gina. Ela era tão entregue a um estilo, que o quarto dela era uma extensão da sua personalidade e gostos, e eu não tinha estilo nenhum, nem um poster dos jogadores da Liga Britânica de Quadribol. Talvez eu considere comprar uma revista do Pasquim que entrevistou o jogador Maurício de Madrid, do Flechas de Appleby, mas pensando melhor, é melhor não, já que o cabelo dele era igual ao do Snape.

- Queria uma vassoura nova. - Desabafei. - Mas não tenho coragem de pedir ao papai. Nem contei a ele que devolvi ao Zyan.

- E porque fez isso? Por causa do lance do primeiro jogo da Sonserina? Vejo você conversando com ele ainda.

- Sobre ele eu sou extremamente boboca... Eu gosto da amizade dele e das conveniências que tínhamos. Se encaixa bem no relacionamento abusivo, mesmo que ele tenha mudado depois da Sedna libertar ele.

- Libertar do quê? A ex elfa da mamãe?

- É. Sobre isso eu também não tô afim de falar, é muita coisa que é melhor você ainda não saber.

- Sabe... Estou atrasado anos com você.

- Sim, você está.

- Me perdoa mesmo, Jenna, eu deveria ter tentado me aproximar de você antes...

- Não é culpa sua, sou muito reativa como você disse.

- Mas se te faz feliz o Quadribol, deveria falar com papai, fora que é muito bom ter um meio de transporte assim.

- Não tenho grandes esperanças com a taça, enquanto a mentalidade da nossa casa não mudar e Dumbledore não morrer, não vamos ganhar nada.

- Que exagero, não precisa eliminar o Diretor dessa soma, mas com certeza a Sonserina deveria mudar. E quer um conselho? Poderia ser com você. Sei que todas te ouvem, até porque se não ouvirem você grita ou explode alguém. - Concluiu ele com carinho rindo olhando para os pés.

- Eu tenho uma péssima autoridade. - Disse eu rindo.

- Ainda que tem autoridade, isso já é alguma coisa.

Faria só três dias que nós tínhamos retornado, eu tinha me isolado e de fato eu precisava sair um pouco da minha introspecção. Olhei para o jornal e fiquei pensando um tempo, ainda sentindo pena do Draco.

- Junior, o que mais tem no jornal dessa semana sobre esse assunto? - Perguntei a ele pegando o jornal.

- Boatos sobre O Eleito ser o Harry e uma matéria sobre Scrimgeour, e até a avó do Neville deu uma entrevista falando que ele estava no Ministério no dia do ataque. Imagino que nem o Diretor conseguiu abafar o caso.

- Esse jornal está desatualizado, então?

- Você que está, Jenna. Eles escavaram esse assunto até onde puderam, até a profecia que mamãe vivia falando eles descobriram de alguma forma.

- Como sempre.

- Você não tomou café da manhã.

- Não quero.

- Vou buscar alguma coisa pra você e te trago o jornal desses últimos dia.

Achei interessante. Eu confesso que amava quando alguém fazia algo por mim, eu deveria ter pedido mais coisas ao meu irmão, eu tinha uma auto suficiência frágil, preferia ser servida. Está aí um bom motivo da mamãe ter se arrependido de ter libertado a Sedna.

Junior se levantou e desceu. Olhei novamente pela janela e o dia lindo estava radiante esquentando as madeiras e o vidros, fazendo uma leva pluma de pólen entrar pela janela e servir de esteira para o lindo raiar de luz de forma sútil, inocente. Eu agradeci ao universo pela liberdade e pelo show de vida que meus olhos eram capazes de captar.

Meu irmão retornou com um pote com morangos, um pêssego e uma maçã, mas no fundo eu preferia chá com berliner, mas exigir dele que lesse a minha mente, era demais. Abri concessões.

Ele me entregou mais dois jornais, um com poster na capa e outro com o novo Ministro.

Meu irmão usava bermuda social nas férias, se parecia bastante com nosso pai, eu já não podia dizer o mesmo. Ele gostava de camisa sem manga, assim como Phillip, mas não caia bem nele que era magro e alto, ao contrário do amigo que tinha ombros largos e rostinho redondo.

E mais uma vez me peguei pensando que Phillip era maravilhoso, uma pena eu não fazer parte de sua vida, pelo menos, não do jeito que eu queria, ele nunca tinha me mandado uma carta.

- Papai trouxe do pomar em Kiel. - Disse Gustav, ao me ver comendo os morangos.

Era inevitável não me lembrar da bebê de cabelos negros colhendo morangos.

- Eu vi uma bebê.

- Quando? - Disse ele ser sentando mais aconchegado na minha cama.

- No dia que beijarei Sophia pela última vez.

- Sophia vai morrer!?

- Não, vai se casar.

- Ah, sim, que interessante. E como essa bebê era?

Tentei contar ao meu irmão como foi a visão, era inevitável não contar a parte que estava com a Sophia no banheiro dos monitores.

- Olha, isso é mais do que interessante, é incrível!

- É complicado. Porque eu não estendi o nosso diálogo, e não sei quem era a menina.

- Como disse você mesma, é melhor não saber quem era a menina. De qualquer forma, você se viu grávida daqui uns anos, isso não é bem novidade, não é mesmo?

Gustav me olhou com deboche. Ele não disse mas imaginei que estivesse me zombando por ser mais atrevida, o que não quer dizer nada, na minha opinião.

- A menina pode perfeitamente ser sua filha!

- Hum, isso não seria ruim. - Disse ele sorrindo pensativo, coçando o queixo.

- A gente deveria sair mais, olha esse sol. - Disse para ele que ficou refletindo um tempo olhando para a janela.

- Eu pensei mesmo em ir ao centro, pensei em chamar o Phillip ou o Douglas e o Alan.

Imaginei que esse era o nome dos Kowalski, primos do Phillip.

- Não, vamos só nos dois hoje.

- Hoje?

- Agora.

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