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As trevas que habitam em mim

Fiquei uma hora pelo menos lendo o livro vendo Snape andar de um lado ao outro. O livro foi escrito todo a mão, era realmente muito antigo e muito bem conservado, por magia, imagino. A caligrafia era bem clássica mesmo, muito linda.

Estava muito fácil mas ao mesmo tempo muito medonho acreditar nisso. Desfazer era simplesmente falar as mesmas palavras do encantamento só que as negando. Sem morte, sem sangue, mas só poderia ser feito uma vez, por alguém que desconhecesse o feitiço.

Li mais partes do livro suportando Snape resmusgar o tempo todo.

- Eu te mostrei o seu pai?

- Infelizmente. - Respondi por trás do livro.

- Falta alguma coisa...

- Que se você colaborar eu consigo desvendar. - Concluí.

- Chá?

- Não! É necessário estar limpa, não quero que você me dê nenhuma poção para desistir.

- Eu não posso propor desistência se eu não sei o que será feito!

- Me dê um pergaminho e uma pena. - E olhei para ele que estava se servindo de chá me olhando com temor. - Por favor, Severo. - Precisei insistir. Ele estava confuso e eu precisava torcer para dar certo.

Passei pelo menos uma hora pensando no feitiço e no seu oposto. Eu nunca tinha lançado ele e era grata por isso, mas me lembrar da suas palavras era um pouco mais difícil.

Já tinha passado das duas da manhã quando notei que Snape estava impaciente, provavelmente querendo dormir.

- Você é bom em feitiços, não é? - Era uma pergunta ou uma piada?

- Porque? - Perguntou ele muito preocupado.

- Preciso que lance um em mim, mas você só terá uma chance e você não pode saber quais as palavras antes de dizer.

- Como isso é possível?

- Não, sei. Só sei que é.

- Você preveu isso.

- Olha, eu não previ o Zyra e ele está muito bem, obrigada.

Snape ficou um tempo pensativo.

- Não consigo imaginar qual feitiço segue essa regra.

- Não é um feitiço.

Ele me encarou intrigado mas nada disse. Levou pelo menos meia hora para ele se decidir. Ficou resmungando e pegando alguns livros de sua prateleira, na esperança - acredito - de entender do que se tratava mas sem falar sobre.

- Ok. Estou preparado.

Eu fiquei parada no meio da sala e entreguei a ele o pergaminho fechado.

- Ficarei de costa. Você precisa ler com segurança, só tenho uma chance ou se não... não sei o que vai acontecer com a gente. - Eu tentei apavora-lo.

- Alguém lançou em...

- Cale a boca! Só faça o que pedi.

Eu me sentei no chão de costa para ele a sua frente. Confesso que não acreditei que fosse dar certo. Tive medo de chamar pelo Zyra e ele interferir, meu real interesse era que o feitiço fosse limpo, livre de interferência. Se desse certo em mim, daria em qualquer outra aluna.

Snape não deve ter gostado muito de apontar a varinha para mim, mas era inevitável. Eu ouvi ele falando todo contra-feitiço com firmeza, mas preferiria olhar para ele. Não conseguia imaginar o quão difícil deveria ter sido.

Eu senti sono, muito sono. E quando me dei conta, ele estava em cima de mim.

- Jenna? - Ouvi bem longe sua voz, mas ele estava centímetros do meu rosto. - Acredito que tenha dado certo, só acho estranho que...

- Eu desmaiei?

- Sim. Eu também não me senti bem...

Eu olhei para seu rosto e cabelo, parecia tudo bem, mas o rastro de magia que existia nele ainda estava me incomodando, mas não tirava totalmente meu desejo por ele.

- O que está fazendo!? - Disse para ele quando percebi seus rosto aproximar do meu como se ele fosse me beijar.

- Eu sei o que você quer agora... - Disse ele com um sorriso estanho. Mas eu empurrei seus ombros para cima.

- Você precisa me ensinar oclumência o mais rápido possível. - Eu não estava de papo, algo eufórico me abateu, eu me afastei dele antes que eu fizesse algo que eu iria gostar.- Não vai querer meu pai lendo meus pensamentos e vendo o que já fizemos.

Ele ficou sério e imagino que começou a reconsiderar sua aproximação dada a palidez aparente. Ele ajudou a me levantar com uma expressão pensativa. Deduzi analisando suas expressões o quanto de fatos estranhos ele começou a compreender naquele momento.

- A penseira é o ponto cego do encantamento. - Disse ele pensativo olhando para o armário onde estava a penseira.

Ele parecia estar se lembrando de muita coisa.

- Já ouviu falar em Cateline Sonserina? - Perguntei de pé com uma certa tontura.

- Ouvi dizer que Salazar teve uma filha bastarda, mas até então era uma lenda, fora isso, apenas os três filhos que já sabemos.

- Não é uma lenda. Ela é o Espectro que vive na Sonserina.

- Ah... - Disse ele abaixando a cabeça e cruzando os braços.- Isso faz sentindo. -

- Com a quebra, você acha que as outras vão sentir? Ou algo vai acontecer contra nós?

- Eu não sei.

Acho difícil ele não saber de algo.

Mas comecei a ficar mais nervosa, como sempre meus interesses impulsivos eram mais fortes e eu começava a encarar a realidade depois de fazer as coisas, agora era encarar as consequências.

Peguei o livro de cima da mesa, eu ia voltar para Sonserina com a maior cara de pau.

- Jenna, esse livro precisa ficar aqui, ele foi usado por Lord...

- NÃO! Ele vai ficar comigo.Que se dane por quem ele foi usado!

- Não pode, ele é perigoso!

E é claro, eu sai correndo.

Ainda bem que Snape não me seguiu, mas com certeza ele iria xeretar minha mente pra saber onde eu coloquei o livro, isso iria ser complicado. Eu queria colocar ele na Sala Comunal das meninas ai seria impossível ele achar.

E... é claro que não deu certo também. Eu fui à Sala Comunal me sentindo uma traidora, mal mas ao mesmo tempo, aliviada. Não tinha mais magia alguma sobre mim, eu estava limpa, eu estava livre...

Na silenciosa sala escura na madrugada estava Zyra, parado na frente da lareira, num incomum comportamento.

- O que você quer? - Perguntei para ele me aproximando.

- Agora eu sei o que é esse lugar.

- E porque demorou pra saber?

- Porque eu precisava conversar com ela.

- Ela quem?

Sabe não, distraída?

A Espectro começou a se moldar sutilmente na minha frente. A imagem dela estava bem nitida, tinha me esquecido que ela era bonita, jovial, cabelos longos e olhos azuis triste com um vestido muito antigo.

- Cateline?

- Olá, Jenna Gibbon. - Ela olhou firme para os meus braços segurando o livro. - Eu escrevi esses livro. Destrua-o.

Que interessante. Mas...

- NÃO!

Sai correndo novamente para fora da Sonserina. Eu não sei explicar exatamente o porque mas aquele livro não deveria ser destruído, não importa o quão maligno ele fosse. Aliás, não havia energia maligna alguma nele, apenas ideias e ensinamentos de como criar vários tipos de magia. Ok, não era legal o sacrifício de sangue mas deduzi que a mil anos atrás o sacrifício de sangue era algo mais comum. E pensando melhor, eu usei uma variação dele para evocar o Djinn.

Eu comecei a andar sem rumo pelo castelo, até Filtch ao me ver me ignorou e sorriu. Era óbvio que tinha simpatia por minha agressividade principalmente porque Umbrigde gostava de mim.

Prossegui subindo as escadas, eu não sabia para onde ir. Fui no banheiro da Murta. Sentei no chão e comecei a pensar em uma estratégia, como se fosse possível.

- Você está sozinha? - Perguntou Murta aparecendo no teto.

- Infelizmente.

Infelizmente mesmo. Afinal, quem mais me via fazendo sacagem com alguém pelo Castelo, se não ela.

- Porque esta aqui?

- Sabe onde consigo esconder algo para ninguém além de mim encontrar?

- Pergunta estranha para se fazer a uma fantasma.

- Murta, é importante. Eu não sei o que pensar agora.

- Tudo mundo acha suas necessidades importantes e no final, qual o sentido disso tudo se não a morte? Não há nem a possibilidade de um acordo... - Disse ela começando a choramingar. - Como eu poderia dizer " o que eu ganho com isso" se eu já perdi tudo..?- E colocou a mão no rosto soluçando.

- Você já rezou?

- O que!?

- Você entendeu.

- Ah... Eu não me lembro.

- Deveria.

- E porque? Já estou morta.

- Pra mim você é bem real.

Eu não estava a elogiando, mas jogando papo fora já que eu não sabia o que fazer.

- Sabe... - Disse ela se recompondo.- Existe um lugar sim que as pessoas costumam jogar as coisas para ninguém mais achar, o problema é que todos fazem isso e provavelmente, deve ser um lugar cheio de coisa suspeitas que não deveria ser achada.

- Onde?

- Aqui próximo. As pessoas chamam de sala vai-e-vem.

- É mesmo? A Sala Precisa?

- Alguns nem precisam dela. - Sussurou ela pensativa.

- Você sabe tudo sobre o Castelo. - Sabe não. - Você tem valor sim, consegue atravessar essas paredes... Enfim, obrigada pela dica, eu vou considerar...

- Jenna, porque saiu correndo? - Disse Zyra aparecendo por trás da grande pia circular central.

- Não quero destruir algo único. Não importa o quão malig...

- O que é você!? - Disse Murta com espanto, voando lentamente até o Djinn.

Zyra a encarou com curiosidade também.

- Eu sou um deva, ou Djinn, ou qualquer coisa que você queira chamar, cada um dá um nome diferente.

Ou um anjo caido.

- Eu nunca vi nada igual. - Disse Murta circulando ele. - É incrível, é grande e iluminando.

Não sei aonde.

- Você é uma alma triste. - Disse ele olhando para ela.

- Eu posso tentar..? - Disse ela pousando um dos seus dedos em seu ombro. Zyra entendeu sua mão e a passou no cabelo da Murta.

Murta gritou e sobrevoou até o vitral com as mãos no rosto.

Zyra sorriu com gentileza, ele estava cada dia mais estranho.

- Ele consegue tocar em mim. - Murmurou Murta. - Nunca ninguém tocou em mim. Eu estou morta.

- Você não está morta, só está em outro plano.

- Eu não respiro.

- Agradeça a Força Maior por isso, é doloroso viver.

- E porque eu estou aqui?

Eu aproveitei que ele estava atento a ela para sai do banheiro.

- Porque você é importante, tem assuntos inacabados como espírito...

Foi a última coisa que ouvi antes de sair correndo novamente pelos corredores. Me lembrava onde ficava a Sala Precisa, mas temi não ser tão precisa assim, já que eu estava com algo - até onde se sabia - maligno.

A porta antiga se mostrou novamente em uma das paredes próximas da tapeçaria, e eu consegui tranquilamente entrar.

A Sala Precisa original era um caos completo. Provavelmente era equivalente a um porão ou sótão, tinha tanta coisa ali que eu não fazia ideia de onde guardar. O teto também era quase que infinito, de tão alto. Nem parecia que meses antes eu estava alí aprendendo O Patrono em um ambiente totalmente diferente.

Eu andei pela sala e vi diversas coisas interessantes: mesas, roupas, móveis, livros e muito mais, tudo muito antigo. Me sentei novamente no chão próximo a parede em um minúsculo pedaço limpo daquele lugar e observei por um tempo onde eu estava.

Me senti estúpida e inútil. Eu não sabia como memorizar o livro, guardar ou conjurar. Nele não havia título, nem sequer menção ao nome de Cateline. Ela não havia assinado.

Talvez accio me trouxesse de volta ele, ou o feitiço de conjuracão. Enfim, eu não sabia. Eu era mesmo péssima em feitiços. Mas com certeza uma coisa era importante, o próprio livro. O princípio básico dele era o bruxo ter força para criar sua própria magia, seu próprio encantamento.

Então eu o abri e busquei algo que fosse útil. E novamente não achei um título que coubesse a minha necessidade, então... Eu criei um feito pra ele.

Eu não tinha pena mas busquei no caos daquela sala uma, e me lembrei da pena da Umbrigde, não era necessário usar tinta e sim, sangue.

Após uma leve sondada no ambiente, uma pena preta se apresentou a mim, afinal aquela sala me dava tudo que eu queria.

Me sentei no canto novamente e assinei no começo do livro.

" Esse livro foi escrito por Cateline Sonserina e está protegido por Jenna Gibbon, apenas ela pode conjurá-lo e abri-lo."

Era um risco, mas era o meu risco. Depois de alguns segundos senti as costas da minha mão queimar e sangrar um pouco, não acho que iria formar uma cicatriz. Aquilo era estranho porque eu me senti poderosa, eu tinha criado algo único, ou será que não? Não me importei. Não importa onde esse livro fosse parar, ele era meu!

Um barulho de murmuro em algum lugar da sala me chamou atenção. Coloquei o livro sobre uma mesa e andei pela sala procurando a origem daquele som.

Em um ponto mais distante, vi Draco na frente de um imenso armário chorando.

Me aproximei dele lentamente, eu não queria assustá-lo.

- O que você faz aqui? - Perguntei a ele com a voz baixa.

Ele suspirou e limpou o rosto.

- Você sempre sabe das coisas, não é?

- Esse papo chato novamente? É óbvio que não.

- Tanto faz. - Disse ele olhando para o armário.

- O que você quer aqui?

- Quero ganhar pontos com o Lord, se eu conseguir consertar esse armário para trazer os Comensais para cá, talvez ele desista de me fazer matar o diretor.

Eu quase ri.

- Ou..?

- Ou minha mãe morre.

O riso sumiu. Mas a sensação de descrença ainda estava na minha cabeça.

- Então, talvez você tenha muito azar com as duas missões.

- Acho que fui amaldiçoado, não queria fazer nada disso, mas eu preciso tentar.

- Eu lamento.

- E o que você faz aqui!? - Me perguntou buscando meu olhar na penumbra da sala.

- Nas minhas missões pessoais.

- Pelo menos você tem um dom que te ajuda. - Disse ele abaixando a cabeça. - Se eu pudesse... Acabaria com tudo isso.

- Não iria querer ver sangues-ruins sendo dizimados? O mundo trouxa nos servindo?

- Não.

Draco estava sendo sincero, eu sentia. Ele me olhou nos olhos com determinação e tristeza.

Eu não sabia aquele dia que estava diante de um artefatos que realmente traria Comensais ao Castelo. Eu não acreditava que Malfoy fosse capaz de conserta-lo. Eu achava Draco um completo inútil.

Se arrependimento matasse eu tinha morrido aos 6 anos quando arremessei pela janela um brinquedo trouxa barulhento do meu irmão. Ele me olhou com tanto medo que se escondeu de mim, e claro, foi minha primeira sensação de remorso, mas como sabemos, eu não mudei muito. Eu deveria ter vasculhado o futuro, mas assim como a minha mãe no Ministério, eu fui negligente a algo que eu poderia ter mudado.

Aquele dia foi um sinal que minha arrogância estava cada dia mais forte e a indiferença aos planos de Voldemort, mais evidente. Eu errei feio em duvidar dele, eu errei em não me importar e as consequências viriam... Elas sempre vêm.


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