A Sala Comunal da Corvinal
- Neville ficou chateado que você foi embora.
- Ah, bobagem. Você fica insistindo da gente ficar juntos, você deveria parar de gerar expectativas nele.
- Não é verdade. O jeito dele com você sempre foi muito natural. Ele sempre te viu com bons olhos e com gentileza mesmo você sendo caótica.
- Ele deve gostar de gente problemática também.
- Você está sendo idiota.
- Você só pode ser louca, de acordo com todos a gente namora.
- Ah, eu assumo que nosso relacionamento é um pouco niilista, mas eu amo isso, até o medo de te perder me excita.
- Não entendi.
- Ah, deixa pra lá. Foco na aula de transfiguração, McGonagall está cada dia mais ranzinza comigo.
Aula em dupla. Detesto!
Na quinta de manhã estávamos fofocando sobre o jantar do professor. Sophia contou que ele daria uma festa antes do Natal, e que poderíamos levar um acompanhante.
- Prevejo o caos que foi no Baile de Inverno.
- Vai convidar alguém da Sonserina? - Perguntei a ela descontraída pegando o livro da minha avó tentando ler mais um pouco.
- Não preciso de ninguém além de você.
- Então eu não devo convidar ninguém?
- Não foi isso que eu quis...
- Me leva. - Disse Zyra aparecendo do nada na nossa frente no corredor.
- Aí meu Deus! Você é louco!? - Gritei no susto colocando a mão no peito.
Sophia supirou nervosa olhando para os lados.
- Ninguém percebe nada, não. - Respondeu ele debochado balançando as mãos de forma dramática. - E eu queria interagir com vocês alguma vez de um jeito normal, humano, eu me fantasio de qualquer bruxo estúpido ou aluno, se você, bisneta da Hannah, quiser.
- Achei que não gostasse da gente. - Resmungou Sophia.
- Não gosto mas estou entediado. O lago aqui é asqueroso e está muito frio. Não tem ninguém interessante aqui, mas nas festas as discussões são ótimas, eu quero ver uma briga ou formar uma, seria um sonho. - Disse ele esfregando as mãos.
- Vou pensar no seu caso.
- Posso ser o primo distante que te pega as vezes.
Baseado em fatos reais.
- Aí que absurdo! - Eu ri muito.
- Acontecia direto com a Hannah, ela tinha um primo, Eustáquio, ninguém notava.
- Ah, para. Cala a boca.
- Isso foi um pedido!?
Eu olhei pra ele com sincero ódio considerando pedir a ele apenas uma xícara de chá, só para me ver livre dele.
- Ok, ok. Estou brincando. - Balbuciou rindo e sumindo no ar.
- Não da pra colocar ele numa festa sem ninguém desconfiar.
- Sophia ele é um Djinn, ele pode ser o que ele quiser e fazer todos aceitarem.
- Poooxa, é mesmo. - Disse ela coçando o queixo pensativa. - Legal!
No corredor para aula no Snape me aproximei do Neville com uma dúvida que me fez dormir pensando.
- Hey. - O chamei cutucando seu ombro. - Como sabe que eu estava com o perfume?
- Porque o perfume do seu cabelo é doce e estava muito forte.
- É verdade. - Disse Sophia se aproximando. - Aliás, estava tão doce que não consegui parar essa noite...Neville deveria experimentar também, é muito bom.
- Experimentar o que? - Perguntou com total inocência.
Preferi me afastar para não ouvir mais a conversa. Na verdade, foi bem difícil não ter imaginado a cena. Mas fiquei refletindo - eu não sintia o cheiro do meu cabelo, mamãe fazia uma poção a base de côco para eu lavá-lo. Deve ser daí que vem o tal perfume vem, que aliás, Draco comentou sobre isso dois anos atrás.
Noite passada foi estranha, acho que Sophia estava muito bêbada e não fez questão alguma de tomar o antídoto. Acordei com ela beijando meu corpo todo após fechar as cortinas da cama. Nunca tínhamos feito isso antes.
Tive medo de usar novamente o perfume mas confesso que fiquei ainda mais curiosa e com os efeitos. Imagino que se eu misturasse ao óleo da Patrícia seria perigoso qualquer pessoa perto de mim. Pelo visto o que me causava medo me causa atração também.
No sábado após o café da manhã uma situação me chamou atenção. Eu estava com Júlio e sua amiga sentada em uma mesa de estudos em um canto da sala comunal comum tentando explicar alguns princípios básicos de Herbologia, mas foi inutil.
- Ah, gente, sou péssima para explicar qualquer coisa.
- Eu discordo. - Disse Júlio. - Você sempre me exclarece tão bem as coisas.
- É que você se cobra muito. - Disse Luiza com um livro nas mãos.- Não precisa ser perfeita, Srta. Gibbon.
- Eu tenho um amigo da Grifinoria que explica divinamente, ele é perfeito.
- Jenna? - Disse Zyan, aparecendo do nada, estranhamente sorridente.
- O que?
- Você sabe onde fica a Sala Comunal da Corvinal?
- Ahh... Não, mas porque?
- Eu quero ir até Megan O'Kelly. Ela é do mesmo ano que o meu mas não tinha percebido o quanto a desejo.
- Como é que é? - Disse eu me levantando.
- Sim, seus lindos cabelos volumos me lembram a copas das mais belas Aveleiras que meu pai produz...
Acho que eu sabia o que ele tinha. Ele estava com uma pequena caixa vermelha nas mãos, parecia ser de bombons.
- Hey, xiu, Jenna! - Chamou um colega do Zyan, que estava a alguns metro. Eu me aproximei intrigada. - Deve ser uma poção do amor. Ele comeu esses chocolates agora não para de falar dela. Isso nunca aconteceu.
- Hum... imaginei. Acho que terei que ver a cara dela pessoalmente. Vou chama Sophia para levar um antídoto, vamos dar a ele de alguma forma.
- Sim, acho que só você consegue. A gente está tentando fazer ele acordar mas está sendo inútil.
- Júlio e Luiza, preciso me ausentar e logo volto. - Disse me aproximando da mesa
- Ok, Srta. Obrigada. - Disse Luiza sorridente, mas Júlio ficou chateado.
Fui até Sophia que estava no sofá conversando com duas alunas do quinto ano, desviei do Zyan que estava com uma expressão desafiadora e fui até ela tocando em seu ombro.
- Pegue um antídoto contra poção do amor, no caso, das Gemialidades, - enfatizei com uma careta - vamos até Corvinal.
- O que!? - Ela ficou surpresa. - Legal!
- Zyan, vou te levar até a tal aluna...
- Aluna, não! Megan O'Kelly!
Nossa, ele era hostil mesmo quando gostava de alguém.
Fiquei olhando a cara de babaca dele com receio dele abordar mais alguém, até a Sophia aparecer. Fiquei pensando se esse tipo de poção teria efeito se ele tivesse com a maldição do primeiro amor ainda. Acho que não.
- Vamos procurar o Gustav? - Perguntou Sophia ao aparecer.
- Ou o Phillip. Ele vai colaborar, ele vai querer. - Ou a gente dava uma surra nele ou eu o denunciaria pelo livro tirado do Ministério. Simples assim.
E lá foi eu, Sophia e Zyan mais uma ver marchando juntos. Eu sentia saudades de nós três, sem dúvidas eu gostava do nosso grupo suspeito. Apesar dos meus medos com Zyan, eu gostava desse filho da mãe!
- Biblioteca? - Perguntou Sophia.
- Geralmente Phillip esta por lá.
Zyan foi ficando irritado no meio do caminho e temi que ele fosse ficar agressivo. Sua impaciência por querer estar perto da falsa amada era assustadora mesmo.
Por sorte vi Gustav inquieto conversando com Pince. Ela ficou incomodada ao nos ver e se recolheu entre as prateleiras ao fundo.
- Junior, não corra de mim! Me leve até sua Sala Comunal.
- O que!?
- Eu! - Começou Zyan com imponência.- Duque Zyan Lammont exijo...
- Cala a boca! - Gritei e ouvi um cork de vários "xiu" na biblioteca fazendo realmente ele se calar. Me voltei ao meu irmão falando baixo. - Alguma vaca deu poção do amor pra ele, eu quero ver quem é. Eu sou monitora e posso acabar com essa palhaçada.
- Jenna, eu não sei se posso...
- Você vai fazer agora. Sophia. - E ela se aproximou. - Nosso irmãozinho está com medo de nos levar até lá.
- Aaahhh. - Disse ela sorrindo com falsidade arrumando a capa dele. - Você não vai querer me ver triste, vai? - Murmurou ela de forma sensual o encarando de um jeito medonho.
- Ah... ok. Vamos.
Achei estranhamente fácil e por hora serviria.
Gustav foi na frente mas ao subir as escadas Sophia escorou em seus ombros para paparica-lo com deboche, como sempre.
Achei estranho os curtos corredores que pegamos no quinto andar até darmos de frente a uma estátua aleatória de um corvo gigantesco. A estátua se mexeu e pousou o olhar por um tempo em nós.
- Eu ouço, mas não tenho ouvidos. - Começou a falar a estátua com uma voz suave e grave. - Não tenho corpo, mas vivo com o vento. Quem sou eu?
- Eco.- Respondeu meu irmão sem ânimo.
Prontamente a estátua se locomoveu para a direita revelando uma grande entrada muito bem ornamentada.
- Que interessante. - Respondeu Sophia. - Charada fácil. Quem criou?
- O Phillip cria uma nova toda semana. - Respondeu ele entrando na frente.
E logo, eu, Zyan e Sophia fomos atrás e entramos em uma sala muito grande e iluminada, cheia de janelas verticais com pontas voltadas para cima, e um teto abobado com ornamentos azuis e tecido de ceda da mesma cor mas com detalhes em bronze, muito lindo e sofisticado. As cortinas seguiam o mesmo padrao de tom mas era em tecido suede jacguard, o mais luxuoso que eu havia visto em Hogwarts.
- Isso é muito incrível. - Falei para o Júnior que me olhou com um sorriso modesto.
- Como a Sonserina acha que é a casa mais luxosa? - Perguntou Sophia pensativa.
- Estupidez, obviamente. - Respondi.
- E onde está Megan O'Kelly?
- Ah... - Resmungou Junior.
- Vá chamá-la. - Ordenei. E ele foi bufando.
A sala estava um pouco cheia e mais da metade nos olhou com curiosidade ao entrarmos.
- Aposto que vai querer beija-la, não é? - Disse Sophia para Zyan que o olhou com os olhos arregalados. - Então toma isso, você tem bafo.
- O que!? - Indagou ele olhando para o frasco confuso, mas o bebeu.
Como era idiota. Acho que um apaixonado faz qualquer coisa mesmo.
Zyan fez uma cara de espanto alguns segundos depois olhando o fraco.
- Isso é um absurdo! - Disse ele olhando para a sala tomando consciência do que tinha acontecido.
- Se você fosse inteligente não comeria nada suspeito.
- Ela é do mesmo ano que o meu, e sempre foi gentil, fizemos uma aula de Herbologia juntos...
- Qualquer vadia dessas quer ser uma princesa milionária, seu otário. - Disse Sophia do seu lado o fazendo ele olhar para o chão triste.
- Queria que alguém gostasse de mim de verdade.
Sophia o olhou com desprezo mas eu não, senti pena dele. Eu gostava dele mesmo ele sendo estranho e, eu mal sabia que ele era um nobre. Enfim , agora com certeza vai ser difícil alguma garota amar ele sem uma gota de interesse em sua linhagem.
- Olá, Lammont! - Disse a moça que provavelmente era a tal Megan O'Kelly. Ela tinha olhos negros e usava óculos bem grossos. Seu cabelo volumoso até combinava com ela mas eu também achei que fosse difícil alguém se aproximar dela com aquele estilo, só se fosse por amor mesmo.
Zyan se aproximou dela e eu achei que ele fosse estrangula-la. Sua expressão de ódio foi tão grande que a moça murchou e começou a ficar vermelha.
- Como ousa agir contra um nobre!? - Nessa hora só era possível ouvir o som da neve lá fora, todos se calaram para ouvir. A garota colocou as mãos na boca chocada. - Você, Megan O'Kelly, arcará com as consequências legais contra o seu comportamento a minha liberdade de sentir. E nesse momento você entra para as lista de personas-non-grata do império árabe, proibida de pisar em qualquer território onde temos poder!
A garota soltou um grito contido entre as mãos e saiu correndo chorando.
- Achei que seria pior. - Disse Sophia com sarcasmo.
Junior fez uma expressão de medo. Phillip apareceu com os braços cruzados nos olhando com contrariedade e lançou um olhar de raiva - que daquela vez não me soou atraente - para o meu irmão, que abaixou a cabeça.
- O que fazem aqui!? - Perguntou ele com seriedade.
- Chegou atrasado, pergunta pra qualquer um aí. - Resmunguei para ele o ignorando.
- Oi gente! - Disse a Luna com alegria. - Bem vindas!
- Obrigada, Luna! - Correspondi contente. - Deve ser a mais educada daqui! - Concluí quase gritando.
Sophia ficou encarando e intimidando Phillip mas não reagiu contra ele, só o olhar dela fez ele se afastar.
Um rapaz alto se aproximou do Zyan e o cumprimentou com educação e uma discreta reverência. Imaginei que fossem do mesmo ano.
- Venham, quero mostrar nossa sala para vocês, já que estão aqui!- Disse Luna para mim e para Sophia. Junior ainda sem jeito ficou nos acompanhando. - Esse lado fica as salas de estudos , muitas delas pode ser até fechada para respeitar alunos que preferem o silêncio. - Disse a sonhadora e feliz Luna.
- Esse lugar é lindo. - Elogiei olhando as prateleiras com livros, paredes com quadro de famosos ex alunos e as janelas lindas que compunham o espaço.
- Pena que só tem um monte de merdas arrogantes. - Disse Sophia sem medo fazendo muitos olharem para ela com raiva.
- Nem todos nós. - Disse um garoto que estava no beiral com a janela aberta. - Eu me acho legal.
- Ele é sim. - Disse Luna com um sorriso tímido.
- Quem são suas amigas nervosas, Luna? - Disse o rapaz olhando para o céu procurando por algo.
- Essa lindíssima é a Jenna Gibbon, mais brilhante vidente de Hogwarts. E essa grandinha é a Sophia Rosier, a aluna mais amorosa da Sonserina que eu conheço.
Luna me deixou emocionada, ela estava tão feliz por nos apresentar.
- Ah. - Disse o garoto agora voltando sua atenção a mim. - Você é a batedora da Sonserina. Que legal poder te conhecer. - Disse ele estendendo as mãos em cumprimento. - Eu sou artilheiro da Corvinal. É sempre assustador jogar contra seu time, mas quando você está jogando era mais interessante.
- E porquê?
- Porque apesar de você ser minúscula, você sempre acertava o balanço com raiva e era engraçado. Você protegia até os Weasley, isso era estranho, mas engraçado também.
- Qual o seu nome?
- Eu sou Leonard Arnold, mas pode me chamar de Bob. Sou treinador de corujas também. - Disse ele olhando para fora.
- Não sabia que existia treinador de corujas.
- Sim, existe. Sei que você tem um corvo.
- É, ele sempre foi meio sumido.
- Provavelmente porque não se sente muito amado.
- Como é que é?
- Eles são sensíveis. Toda criatura é. Se afeiçoa quando seu dono sente sua falta. Reciprocidade, sabe?
- Esses lances me irritam.
- Sophia, quero te mostrar um objeto bem legal. - Disse Luna para ela o arrastando para um ponto mais distante.
- Sabia que temos uma batedora também na Corvinal? - Proceguiu Bob. - Não é muito comum mas ela é a melhor. Ava vem aqui! - Gritou ele para um grupo no meio da sala.
Uma moça alta, robusta e sorridente - um pouco gordinha eu diria - vestindo uma bermuda de moletom largo - tecido incomum para bruxos - e um cabelo castanho claro amarrado no topo da cabeça, veio saltitante até nós.
- Ava Byrne, essa é...
- Jenna Gibbon! Uaaaau. - Disse ela com um sorriso tão interessante que me causou arrepios. Não me lembrava de um sorriso me causar aquela sensação. Ela tinha olhos castanhos claros lindos.- Eu sempre quis te conhecer.
- E... Porque? - Eu acho que fiquei tímida.
- Bom, eu sou do ano do seu irmão, e venho observando você des do dia que você gritou "não!" na seleção de casas do Gustav. - Respondeu ela ainda sorrindo mas mordendo os lábios também.
Meu Deus, será que eu tinha uma fã!?
- Ah, não sei o que dizer.
- Adoro seu cabelo. Pena que ano passado você não pintou. Provavelmente por causa daquela sapa rosa, não foi?
É, eu tinha uma fã, e que fã...
Bob pegou a coruja que apareceu no parapeito da janela e colocou-a em seu ombro. Eu nunca tinha visto isso.
- Legal, né? Bob pode treinar corvos também, não pode? - Perguntou sua amiga.
- Bom, seria meu primeiro desafio, e seria um privilégio, Jenna, se você quisesse.
Ava sorriu ainda me encarando e eu comecei a considerar encara-la também, afinal ela tinha um olhar muito lindo.
- Olha o que eu achei, Jenna!? - Gritou Sophia se aproximando cortande meus sutis devaneios com aquela aluna. Sophia carregava Claudia pelos cabelos, eu tomei um susto. - Essa vaca. - Disse ela sorrindo como se tivesse capturado uma galinha fujona.
- Sophia Rosier, solte ela imediatamente! - Disse Phillip se aproximando.
- Ou você vai fazer o que!? - Intimidou ela com deboche. Claudia tinha até um pouco de lágrimas nos olhos. Não consegui ter pena.
- Sophia! - Exclamou Luna, com uma certa firmeza. - Eu acabei de dizer que você é a garota mais amorosa da Sonserina que conheci.
- Isso não deixa de ser amor. - Disse Sophia descontraída balançando Cláudia pela nuca. - Ela ainda insulta você, Luna?
- As vezes mas é porque ela teve uma educação ruim, ela pode melhorar.
- Luna você é um amor, mas precisa entender: quem poupa o lobo, sacrifica a ovelha. Não defenda essa atitude.
- A sua também não está sendo muito legal. - Disse Luna cruzando os braços e balançando o corpo de um lado ao outro.
- Ok. - Disse Sophia de má vontade, mas me olhando com um sorriso enigmático, seu olhar passeou do pescoço do Phillip para o pescoço da Claudia. - Está pensando o mesmo que eu, Jenna?
- Hummm. - Entendi o olhar. - É uma ideia interessante.
Sophia praticamente arrancou a gravata da Corvinal do pescoço da garota e a arremessou ela no chão.
- Dá próxima vez quê você insultar alguém... Bom, vai saber as consequências. - Disse Sophia rindo colocando a gravata de qualquer jeito em seu pescoço. - Eu não ficaria ruim nessa casa. - E olhou para seu corpo.
- É, você é bem mais inteligente que eles.
- Verdade, mas por eu ser ofidioglota o chapéu achou melhor eu ir pra Sonserina. - Disse ela com as mãos na cintura.
- Então... - Falei cinicamente , olhando para o Phillip. - Que tal me entregar educadamente a sua gravata. Se não quiser que eu destrua sua carreira e a de todos os seus familiares, é claro.
Phillip assustado tirou sua gravata rapidamente e me entregou.
- Legal! - Disse Sophia vibrando.
- Legal, mesmo.- Disse Ava. - Ouvi dizer que são malucas, adoro isso em vocês.
- Qual a sua idade? - Perguntei a ela enquanto eu colocava a gravata.
- Eu? Tenho 17, mas faço 18 em fevereiro, sabe como é, aquariana, estranha...
- Aquariana. - Murmurei.
- Ah, você não deve está familiarizada...
- Sou escorpiana, meu irmão pisciano e Sophia leonina.
- Uau, escopiana, é? Agora tudo faz sentido. - Disse ela me olhando com malícia. Confesso que meus arrepios nas pernas se intensificaram e eu comecei a achar que não era só isso. - E quem é Sophia?
- Eu sou Sophia! A namorada dela! - Esbravejou quase gritando, me pegando pela cintura e me dando um beijo.
Eu a correspondi no susto, um pouco impressionada.
- NAMORADAS!? - Gritou Zyan perplexo do meio da sala.
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