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A meritocracia reversa

Bati o pergaminho no peito do Urquhart porque ele tinha um tórax de pombo muito propício para isso. Eu nunca tinha olhado a cara dele mas Sophia apontou quem era.

Ele me encarou sério. Seus olhos azuis e cabelos castanhos escuros jogados para trás dava a ele um aspecto de velho e ranzinza. Ele olhou o pergaminho, e voltou a olhar pra mim com um sorriso torto mas um olhar profundo. Achei que ele iria ser grosseiro, mas até que não tanto.

- Se eu tivesse seus seios, também iria conseguir o que eu quisesse.

- Não só os seios. - Incluí dando uma piscada.

Blasio estava no sofá e se levantou com raiva arrancando o pergaminho das mãos do amigo de time. Draco estava na poltrona dele observando tudo com uma expressão vazia.

- Vadia!

- Blasio! - Disse Draco se levantando antes mesmo de eu me defender. - Cala a boca!

- O que? É afim dela também?

- Essa não é a questão! Ela tem uma Firebolt...

- Isso não a qualifica para capitã!

- Ela tem poder. Poderia acabar com todos se quisesse e você sabe disso!

Draco não estava errado. Se eu quisesse sabotar todos, seria muito fácil. Mas achei estranho ele me defender.

- Bom. - Comecei a falar com um tom mais alto. A Sala Comunal estava cheia.- Irei colocar um memorando no mural. Domingo iremos fazer uma seleção justa! Sem essa palhaçada de vassoura profissional. - Eu já estava gritando e andando pela sala.- Qualquer aluno a partir do segundo ano pode se escrever!

- O que!?

- Draco está certo, Blasio. Cala a boca se não eu calo. - Disse eu com o dedo indicador para cima sem olhar para ele. - As regras vão começar a mudar por aqui. Enquanto eu for monitora e capitã, exigijo total respeito entre vocês. A ausência de educação entre séries e alunos iriá ocasionar faltas graves. Três faltas e o aluno perde o direito a ganhar pontos, participar das atividades extra curriculares, ir a Hogsmead, e se for jogador de Quadribol, será expulso do time. Todos tem o dever de ganhar pontos, estudar com atenção e manter uma reputação de qualidade para Sonserina. Eu não vou me envolver nas faltas, isso está a cargo do Diretor da Sonserina, mas se eu ver qualquer ato de selvageria com o uso ou não de magia eu vou tomar medidas mais graves, porque quem me conhece sabe que não mando recado e nem ameaço, aliás, se eu ameaçar alguém, sinta-se morto.

Técnica Lammont a todo vapor. Eu não iria perder meu tempo com punições, mas se eu tivesse realmente esse interesse, Filch iria gostar tanto de mim quando gostou de Umbrigde.

Os alunos ficaram visivelmente atentos. Depois do meu surto do ano passado eu não acho que ficaram sem me ouvir, aliás, somando todos os surtos que tive... Eu até poderia julgar o Rachid por seus métodos agressivos, mas eu não era tão diferente.

Levei o resto da noite colocando memorando e pensando no que poderia melhorar. Phillip era um bom exemplo, eu praticamente convenci Snape das estratégias graças a ele. Sophia provavelmente estava na Sala dos Diários - ela ficou até empolgada depois quando conte do meu anúncio, mas não fazia ideia de como eu tinha alcançado aquele feito, eu agi por impulso, obviamente.

Quando terminei de escrever o meu decreto, eu me voltei para a sala pensativa. Percebi que Draco estava me observando esse tempo todo com uma expressão de cansaço, mas reflexivo. Quando a sala ficou vazia eu decidi me aproximar dele.

- Se sente melhor?

- Não muito. Mas pelo menos sinto sono.

- É, eu sei. Isso já alivia um bocado.

- Como sabe que estou melhor da insônia?

- Ah... Bom, eu sei de algumas coisas... infelizmente.

Ele virou a poltrona em direção ao sofá que eu estava.

- Queria saber o que mais você sabe. Acho que pensar sobre isso me fez distrair um pouco.

- Muitos alunos me perguntam isso. É entediante e muito arriscado. Eu tenho mais responsabilidades do que você imagina com essas coisas.

- É. Estou começando a notar.

- Porque me defendeu?

- Não fiz por você. Fiz pela Casa. - Ele evitou me olhar. - Não estou em condições de voar. Eu jamais conseguirei derrotar o Potter. Você tem mais potencial.

- Nunca quis derrotá-lo.

- Talvez por isso você tenha sorte.

- Sorte?

- É. Você sabe tudo, conquista tudo, o Lord não atinge você... Já parou para pensar sobre isso? Seus pais tem um pé dentro do grupo mas eles simplesmente não são usados...

- Não sei do que está falando.

- Você sabe sim! -Ele se levantou e se sentou do meu lado.- Jenna. - Acho que ele nunca tinha falado meu nome.- Eu preciso de ajuda. Eu não tenho ninguém e minha mãe pode ser morta a qualquer momento. - Ele estava sério e tinha muita tristeza em sua voz. Ele apertou o braço como se sentisse dor. - Me diz o que fazer para salva-los.

Ele estava implorando, quase chorando. Foi uma cena terrível. Eu me senti mal, muito mal. Me senti no meio de uma grande incógnita, entre dores, desespero que pareciam não ter fim. E eu? Se eu podia fazer alguma coisa? Eu podia. Eu sabia que esse momento chegaria a um ano atrás. Eu disse a ele que ele viria implorar por minha ajuda e eu não errei, infelizmente, eu queria ter errado.

- A sua mãe é uma preconceituosa. - Ele se assustou. - Ela foi irresponsável em se envolver com o seu pai, em primeiro lugar, e depois com Voldemort. Você trata mal o Potter desde sempre, e trata mal a Granger, o Roni. Trata mal diversos alunos até mesmo da Sonserina. Se eu tiver que ajudar alguém, jamais seria você. Você é conivente com tudo que Voldemort faz e está colhendo não só as consequências da suas ações como as do seus pais. Você escolheu ser um babaca.

Sem dúvidas, a pior das críticas que ele já recebeu em um momento tão delicado de sua vida. Mas era tudo verdade.

Draco chorou em silêncio olhando para as mãos. Eu me levantei e fui para os meus dormitório, me banhei e me deitei, pensando o tempo todo da problemática dele e em suas lágrimas. No fundo eu sentia pena e até mesmo parecia sentir a sua dor, mas a verdade era simples, eles não valiam o esforço de ninguém, nem do Snape.

- Sabe que eu fiquei até excitada com o que fez hoje, soube do seu discurso. - Disse Sophia no pé do meu ouvido quando apareceu para dormir.

- Você costuma sentir medo.

- É mas você não explodiu ninguém, foi determinada, forte e inteligente.

Eu sorri e percebi ela tocando minha cintura no escuro e beijando meu pescoço. Apesar dela sempre fazer isso eu comecei a notar que ela queira algo mais.

- É melhor não.- Disse eu me virando pra ela. - E nem é pelas meninas. - Que estavam dormindo. - Transei com Snape.

Esse era um dos pontos que mais me intrigavam na nossa relação. Keilah tinha razão, eu era poliamorosa, mas eles, eu não tinha tanta certeza.

- Você se vendeu para ser capitã? - Disse ela sussurrando com deboche me dando uma beliscada.

- Claro que não. - Disse sorrindo, mas era uma boa interpretação. - Aconteceu, mas, como a gente fica?

- Sabe que eu nunca me importei com isso. Quer dizer... Ele é um merda, mas você o ama, e me ama também. Bom... Eu também não fico só com você, entende?

Na verdade eu entendia muito bem, mas também não me incomodava. Apesar da gente sentir um leve ciúmes, não era ao ponto de nos tornarmos exclusivas, porque no fim, nós nunca nos afastavamos.

- Eu sei. Mas a gente é estranha.

- Eu amo isso na gente. Mas sabe o que mais amo, não é?

- Hum?

- Você.

Eu mataria por ela, eu faria qualquer coisa por ela, mas com certeza, por Draco jamais.

Dormindos sentindo o respirar uma da outra. Tinha um charme nisso que jamais teria com Snape, porque ele não era capaz de me fazer sentir paz. Sophia, Fred e principalmente Jorge, eram. E por um segundo antes de dormir, lembrei de Neville das vezes que conversamos a sós as margens do Lago Negro - taí uma coisa que me deixava em paz...


No sábado eu decidi assistir a nova seleção de escolhas de alunos da Grifinoria para o Quadribol. Sophia ficou na dúvida.

- Qual é o lance? - Perguntou Sophia no café da manhã.

- Não entendi.

- É pra descobrir alguma extrategia deles e criar uma pro nosso time?

- Ah, sim, claro. - Mentira, era só por curiosidade, para ver se conseguia matar a saudade dos gêmeos. Eu não era nada inteligente com estratégias de quadribol. Eu estava ferrada.

Sophia se mandou sem dizer onde ia ou o que iria fazer naquela manhã. Após o café eu fui sozinha para o campo, não que a solidão me fosse ruim, mas ver só Grifinorios e poucos alunos do time da Corvinal e Lufa-lufa, não era novidade.

Me sentei na arquibancada para assistir o que parecia o começo de uma reunião confusa, lá em baixo, não sei se estavam discutindo ou brigando mas parece que Gina estava tomando a frente junto ao Potter. Não me surpreenderia que ela fosse uma capitã melhor que ele.

- Oi. Bom dia, Jenna. - Era Neville se aproximando entre as cadeiras para se sentar ao meu lado.

Neville estava com um colete de lã cinza por cima de uma blusa simples azul. Um tom azul muito sem vida, mas era o estilo dele mesmo eu não acholando que estava frio.

- Ola, bom dia.

- Você virou capitã da Sonserina, né? Sophia me contou.

- Pois é, por mérito que não foi.

- E porque não?

Se tinha alguém que não deveria saber do meu lance com Snape era o Neville e acho que se soubesse, ele sentiria nojo de mim e se afastaria, nunca mais olhando na minha cara.

- Bom, está uma bagunça a Sonserina. Acho que a muito tempo. Eu só queria colocar ordem na Casa já que ninguém se importa.

- Eu acho que não deveria se esforçar tanto. Emocionalmente você parece ter muitos problemas.

- Talvez seja bom, porque assim paro de pensar nessas porcaria de visões e relacionamento.

- Você está com alguém? - Perguntou ele com a voz um pouco rouca e baixa me lançando um olhar estranho.

- Ah... Só com a Sophia.

- Só? - Ele levantou a sobrancelhas. - Não entendo exatamente o relacionamento de vocês.

- É diferente, não é? Mas eu gosto tanto da gente assim, a gente se ama muito, e ainda assim respeita a liberdade de interesse uma da outra.

- Queria ter uma amiga assim.

Interessante notar o olhar dele desviando constantemente dos meus, mas quando me encava ele parecia muito certo e firme.

- Ah... Não, não queria não, não é exclusividade, as pessoas estão acostumadas com conservadorismo, um comprimento mais tradicional. Imagino que pra você apareça como um lance pervertido, mas não é.

- Como pode saber se penso isso sem nem me perguntar?

É, eu era uma besta.

- Não ouvi mais você falando da Ana.

- Essas férias ela me escreveu, disse que eu não deveria andar com vocês.

- AFF. - Babaca.

- Vocês sempre foram gentis comigo, praticamente como amigas. Ela começou a falar comigo faz um ano, não vou fazer o que ela manda, não faz sentido.

- Você é muito maduro... ou estúpido. Se uma mulher quer ter algo com você, deveria levar em consideração o que ela fala.

- Já deixou de fazer algo porque Jorge ou Fred questionou, ou até Sophia?

- Jamais.

- Eu não vou mudar por alguém que nunca fez algo por mim.

É. Ele era maduro.

- Você não tem... desejos? - Pergunta profunda e íntima demais, mas me arrisquei.

- Ah... - Ele com certeza desviou o olhar para o chão corando um pouco.- Essas coisas não me dominam, acho que sou mais forte que isso, ou estúpido como você disse.

- Não é estúpido não! Eu sou uma idiota, me desculpa.

- Ah, tudo bem. Você é a garota que mais me elogia. Acho que se minha mãe estivesse bem, faria o mesmo.

- Não te elogio como uma mãe, e sim como mulher. - Ele sorriu com orgulho mas também ficou tímido, desviando o olhar para o grupo que estava fazendo teste para goleiro. - Porque não chama a Luna ali na frente pra se juntar a nós?

- Não, está bom assim, só a gente... - Ele suspirou mas continuo a olhar o campo.

Por algum motivo bobo eu me aproximei mais dele e repousei minhas mãos sobre a dele no banco, ele apenas suspirou e ficou com as bochechas ainda mais vermelhas mantendo seu olhar no campo.

Eu notei próximo das arquibancadas Fobos parado, pousado me olhando como se estivesse assistindo tudo também. Ele era muito estranho mas sempre estava por perto de alguma maneira. Ele não era mais apegado mas se eu me esforçasse um pouco em observar o ambiente, ele estava lá sim.

- Como está suas aulas?

- Ah, estão ótimas. Apesar de não serem muitas eu estou focando agora mais em Herbologia e isso é muito legal! - Disse ele sorrindo.

- Você tirou quanto em poções?

- Aceitável. - Disse ele voltando a olhar pra mim e nossas mãos.

- Aceitável é uma palavra positiva.

- Mas o novo professor não aceita.

- É, ele é meio estranho.

- Não tanto quanto Snape.

- Não, isso jamais. Se o boçal do Snape não tivesse te tratado tão mal...

- Bom, pelo menos estou no clube Slongh, sabe, isso faz eu ter até um orgulho de mim.

- Você também está?

Fiquei surpresa e ele sorriu confirmando.

- Olha só..!- Disse a estranha criatura mista, aparecendo na nossa frente. - De mãozinhas dadas. Já digo logo que transa a três com um cara eu acho difícil, mesmo sendo com você, Nev.

- Phillip Moore?

- Não, bestão. Aqui é a Sophia.

- Aí, Soph, o Phillip não. - Murmurei com pena escondendo o rosto nas mãos.

- E porque não? Olha esse bíceps! - Disse ela levantando mais a camisa de manga curta. - O cara até pode ter músculos bonitos mas não compensa pelo resto, agora e entendo o motivo dele querer ter mudado.

- O que quer dizer?

- Não tive uma ereção desde que me transformei, e olha que eu tentei.

Neville tirou sua mão do banco com vergonha e se aprumou em esconder ela no meio das pernas envergonho-se, voltando a olhar pro time.

- Isso é estranho. - Disse eu.

- Porque? Você já conferiu?

- Não! Claro que não.

- Então deveríamos, sei lá. - Disse ela com o olhar malicioso dele.

- Não tenho vontade de ficar com ele.- Mentira. - Isso não vai acontecer.

- Merda. Já vi que vou ter que me transformar no Fred.

- Isso seria traumático! Não faça isso, por favor.

- Olá gente, ola Phillip. - Disse Luna ao se aproximar. - Viu. Agora o Roni vai tentar.

- Ele nem se compara ao grandão antes dele. - Disse para ela.

- O Cormac McLaggen?- Disse Neville.

- Gostou dele, Jenna?- Disse Sophia-Phillip.- Ele é grandão do jeito que você gosta.

- Menos Sophia.

- Sophia? - Disse Luna.

- É, Luna, sou eu a Soph. Estou estudando as consequências da Poção Polissuco.

- Isso parece ser interessante. - Disse Luna com os olhos arregalados e um sorriso sútil.

- É sim, mas esse tal Phillip não é nada agradável. Apenar desse corpo ser esguil, ele é mais denso que o do Zyan.

- Phillip sofre de ansiedade.

- Informação interessante, vou colocar nas minhas anotações.

- O que mais sabe dele?

- Sei lá, ele é Judeus.

- Não, isso não ajuda mas faz sentido pelos joelhos mais escuros, esse cara deve rezar bastante.

Era uma observação intrigante também.

- A Gina é maravilhosa. - Disse a Luna ao ver Gina fazer testes para artilheira.

- Ela também está no clube Slongh. - Disse Neville.

- Sério!?

- Sim, o professor acha ela muito esperta.

Fiquei preocupada.

Entre as conversas legais e banais deles durante os testes eu vi Granger lançar um feitiço em McLaggen para favorecer o Roni. Sinceramente, faria o mesmo. Eu iria querer ver o amor da minha vida feliz, mas fiquei pensando se eu já tinha sabotado alguém a esse nível pelos gêmeos. Bom, Snape tinha uma tendência a dizer sim quando estava dentro de mim, todo mundo tinha seu ponto fraco.

Sophia não gostou do corpo do Phillip mas rendeu a ela boas reflexões.

No domingo eu estava ansiosa, levei mais tempo para dormir e não consegui ler de novo o livro da minha avó.

Temi pela minha incapacidade marcante em ser capitã, eu era muito impulsiva.  Era irritante as vezes em que eu me arrependia do que eu falava. Eu claramente não sabia o que estava fazendo.

- Vai dar certo. - Disse Sophia no café da manhã de domingo, tentando me animar. - Acho que nunca te contei, mas adoro você com esse uniforme, só que deveria ser mais apertado igual as roupas das trouxas que gostam de correr.

- Bem lembrado. Vou correr depois.

- Legal!

Mais de 20 alunos se apresentaram no campo, alguns nem tinham os trages do time, era compreensível.

- Bom... É, bom dia.

Blásio bufou. Vasey, um magrelo loiro não estava prestando atenção, Harper parecia com sono mas estava paquerando uma aluna que provavelmente era do quarto ano, Urquhart me encarava de um jeito muito focado, sem expressão, era assustador.

- Você deveria começar analisando cada um pelo voo e depois analisar por cada seguimento. - Disse ele sério com a voz firme.

- Isso, Urquhart, bem lembrado. Afinal, qual o seu nome?

- John.

- Ok, John, obrigada. Bom, eu quero todos pegando suas vassouras e voando em circulo o mais rápido que poderem por 5 minutos. Depois vamos repartir por área de interesse começando pela artilharia.

- Eu não preciso disso.

- Então sai, Blásio! Você só sabe desmotivar! Eu não quero me aborrecer com você!

John pela primeira vez esboçou uma expressão de contrariedade puxando o canto dos lábios olhando para o colega. Ele pegou a vassoura e subiu e todos o seguiram, até Blasio de má vontade foi.

Eu suspirei de tédio. Nunca voei numa vassoura tão rápida e infelizmente eu tinha que testar.

Minha primeira tentativa foi tão ruim que eu fui arremessada no chão pela própria Firebolt. Sorte que eu estava voando baixo. Mas ver todos lá em cima rindo de mim nem me irritou tanto quanto achei que fosse. Não iria surtar por estar passando vergonha, eu apenas decidi contemplar o céu quanto todos seguiam o exercício.

- Ela é profissional.

- Não me diga, John?

- É verdade, provavelmente você soube quando comprou. - Disse ele me ajudando a se levantar pegando nas minhas mãos.

- Eu sei! Mas é culpa da Sophia, eu ganhei dela!

- Você namora com ela?

- Não só com ela.

Eu sempre dava um jeito de dizer muito sem dizer nada.

- Legal. - Disse ele muito sério.

Não conseguia compreender a personalidade dele.

- Você não jogou os outros anos pela Sonserina, porque?

- Eu não tinha uma Nimbus. Meu pai conseguiu juntar galeões esses anos todos para me dar de presente, então consegui agora. Eu estudei as josgadas e estratégias, já que não poderia entrar no time. Se você tivesse entrado antes como capitã, talvez eu tivesse tido uma oportunidade nos outros anos com uma vassoura inferior.

Eu fiquei sentida por isso. Ele era bom no posto dele, levou seis anos para entrar no time, mas pelo jeito não perdeu a esperança. Ele era esquisito pra caramba, mas não era maldoso. Me senti um lixo por ter tirado o título de capitão dele.

- Me desculpa.

- Não, você consegue ser diferente, sabe? Mudar as coisas. Se não fosse você, aqueles dois ali não teriam essa oportunidade. - Disse ele apontando para dois garotos que não tinham uma Nimbus.

Ele não era um arrogante típico da Sonserina, o julguei sem nem conhecê-lo. Ele falava umas besteiras aleatórias mas estranhamente sem malícia. Eu tinha preconceito com a minha própria casa.

Sem muito tato, ele foi me orientando como eu deveria proceder na escolha dos jogadores e qual era bom nas áreas.

- A maioria não gosta do meu jeito, mas eu consigo respeito pelo menos. - Disse ele observando um grupo fazer teste para goleiro.

- Na verdade você é intimidador.

- Você também. Eu observo você desde o primeiro ano.

- Ah, meu surtos.

- Não só por isso, você é estranha mas é bastante comprometida quando é necessária. - Eu olhei para ele mais séria. - Sabe, uma coisa irritante era ouvir o Duque falando de você nas aulas como se você pertencesse a ele. O legal é que com os anos ele foi parando e se dando conta de que você não era um objeto.

- Ah, nossa. Muito legal da sua parte dizer isso.

- Você transou com o Weasley na sala da Umbrigde?

A pergunta fez eu ir muito longe e rir.

- Ah... Sim. - Porque caramba eu estava dizendo sim a ele?

- Legal. Nunca achei uma aventureira para correr esses riscos comigo.

- Risco de ser expulso?

- Você saberia se fosse expulsa, certo?

- Ah... provavelmente.

- Legal. - Disse ele com um estranho sorriso orgulho olhando para os alunos sobrevoando.

- As vezes é legal mesmo.

- Você deveria fazer todos os testes sabia? - Perguntou ele voltando a me olhar. - Ou quer seguir como batedora ?

- Confesso que adorava bater na bola, mas acho que vou tentar para apanhadora , ou saio do time.

- Não saia. Você pode qualquer coisa. É bem incomum mulheres batedoras.

- Realmente.

- Mas como o Flint vivia de caso com a Medellín, achei mesmo que isso facilitaria para ela.

- Essa eu não sabia.

- Você fica com o Draco?

As perguntas aleatórias dele eram interessantes.

- Ah... Não.

- Uffa, que bom. Ele é um trasgo. Mas você namorou o Lammont?

- Fiquei de caso. - Ainda não entendi porque eu estava sendo sincera com um aluno que eu mal conhecia.

- Que pena, ele não vale isso não.

Ele lembrava até um irmão mais velho.

- É, tem razão.

- Você me acha atraente?

Não, irmão não.

- Acho melhor eu começar a voar. Quer conhecer a Firebolt antes?

- Você deixaria?

- Tô te oferecendo, vai lá.

Era melhor eu me livrar das perguntas dele.

Ele me ensinou a voar com ela sem cair. E eu fiz vários teste para tentar me encontrar novamente no time.

- Goleira jamais! - Depois de ver ele tomar uma bolada na cara.

- É, e artilheira também não. - Disse ele limpando o nariz com sangue da bolada que eu dei nele sem querer.

Até que eu não era má como apanhadora, mas pensei melhor e não quis competir e ter que olhar pra cara do Potter, então segui como batedora junto com Luke Binggis do terceiro ano que tinha uma Cleansweep Fives, igual a dos gêmeos. Harper como apanhador era muito superior ao Draco, ele tinha uma Nimbus 2001. Urquhart e Blasio eram ótimos como artilheiros e Medellín gostou do posto de goleira.

- Não mudou muito. - Disse Sophia se aproximando com Cássio no campo no final do treino.

- Foi uma bosta. E porque você saiu Cássio?

- Foco. Não vale tanto.

- Uma pena, você é perfeito.

- Bobagem. Você é uma fofa.

Foi um domingo que eu só consegui ler a introdução do livro da minha avó deitada na minha cama enquanto Sophia dava as fugas dela de noite.

Provações da vidência
Sosie Brown

Esse livro tem o objetivo de deixar claro que a arte ou o dom da vidência não é glorioso, é doloroso e pesa nos ombros. Nós bruxos temos meios concretos de descobrir o futuro com um só objetivo: modificá-lo.

Taí uma boa maneira de começar um livro, me desmotivando. Minha avó tirou a vida dela por um objetivo, mudar o futuro. Descordava, até então, totalmente dela.

- Jenna? - Disse Sophia tarde da noite. Acho que todas já estavam dormindo.

- Hum.

- Tá acordada?

- Fazer o que, né? - Murmurei me revirando na cama para vê-la na penumbra do quarto.

- Vem comigo, tenho algo pra te mostrar.- Imaginei que fosse as bizarrices de Polissuco dela. - Não vamos para a Sala das Meninas.

Aí complica.

Chegando na sala uma pessoa estava sentada no sofá, o problema foi que eu não consegui entender exatamente o que eu estava vendo. Era eu mesma, com roupas masculinas de bruxo!

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