A melhor surpresa é o ataque
- Jenna! Acorda!
- Que foi!?
Eu estava muito sonolenta, a poção que a Sophia me deu era maravilhosa e demorei um pouco para perceber que ela estava descabelada com sua aparência original em pânico. Olhei para o quarto e já havia duas colegas dormindo no dormitório, não deveria ser muito tarde.
- Neville acabou de avisar, - prosseguiu ela com os olhos arregalados - vi no dublo, o castelo está sendo atacado por Comensais!
- Não possível! - Respondi saltando da cama. - Ah.. que merda ... - Me lembrei do que o Draco tinha dito e me senti uma ordinária. Era possível sim, principalmente aquela noite.
- Calma, não acho que eles virão aqui.
- Calma? Que se dane a Sonserina! É claro que eles não vão vir aqui, esses merdas cresceram aqui, tem parentes aqui, o problema são as outras casas! - Tentei não falar alto mas foi impossível.
- É, eu não sei bem o que fazer, Jenna. - Resmungou a amiga confusa coçando a cabeça.
- E você quer fazer algo? - Perguntei procurando meus sapatos.
- Olha, eu tô fora desse plano de fingir ...
- Eu preciso ver se tem alunos envolvidos nisso.
Não era hora de discutir sobre o nosso posicionamento - coisa que eu realmente deveria ter feito antes, eu não previ um ataque!
- Jenna, o Neville disse que a AD estão agindo contra...
- Será que meu irmão está!? Merda, merda! - Exclamei saindo do quarto.
- Mas o seus pais não estão conviventes? - Perguntou ela me seguindo.
- Ele é burro, pode fazer merda, estragar tudo. E se eles vieram para matar todo os alunos? - Falei no corredor indo para a Sala Comunal comum - Ou matar alguém em específico? Os professores? O que querem aqui? Eu preciso ir!
- Jenna, não! - Gritou ela me pegando pelos ombros. - Eu tenho medo de você morrer.
- Eles não vão me matar! Eu sei que não...
- Não, você não sabe! - Exclamou a amiga segurando meus braços impedindo de sair do corredor dos dormitórios.
- Me solta! - Gritei me afastando dela. - Cuide das menores, deixe todas seguras em seus quartos, eu vou saber o que está acontecendo! - Ordenei com autoridade, fazendo ela focar na situação com seriedade.
- Tá bom, eu vou tentar.
- Não, você vai conseguir! Você tem!
Eu saí às pressas largando Sophia insegura, mas confiante que ela iria fazer a coisa certa. Eu ainda estava de pijama quando entrei na Sala Comunal me dando conta que eu não estava preparada para nada, havia poucos alunos nela, nem pareciam saber o que estava acontecendo.
Nos corredores das masmorras não parecia estar acontecendo nada, corri em direção do Grande Salão. Os barulhos ao longe se intensificaram e fiquei com minha varinha em punho mas tive medo, não sabia como eles iria me interpretar ou se iriam me atacar, eu não tive condições de pensar em um plano eu apenas segui em frente e foi quando os primeiros sinais das tragédias começaram a se revelar : alguns comensais encapuzados com máscaras estávamos saindo do Grande Salão com alguns alunos guerreando, eu recuei, voltei para trás, busquei um lugar para me esconder. Eu chamaria atenção com aquele pijama com listras verde, eu deveria ter pego uma capa, não dava para trocar de roupa com magia quando ela estava a centenas de metros de distância.
O grupo estava indo pra longe da Grifinoria e Corvinal, achei estranho, não entendi o trajeto que eles estavam fazendo.
- Na Torre de Astronomia! Eles estão lá! - gritou uma voz aguda que eu não reconheci nem o gênero.
Meu coração foi pra boca - eles quem?
Ouvindo ao longe a gritaria, me arrisquei olhar para um corredor, mas uma mão me puxou pelos ombros - era uma mulher jovem de cabelos esganiçado castanhos ela apontou a varinha iluminada meio cambaleante para o meu rosto.
- Quem é você!? - Perguntou ela muito nervosa, se via cortes razos em seu rosto.
- Jenna Gibbon! - Gritei com a minha varinha apontada para baixo.
Ela me encarou nos olhos com uma expressão estranha, desconfiada mas abaixou a varinha um pouco . De certo já tinha ouvido falar de mim, eu percebi mas eu não sabia quem era ela.
- Saia daqui garota, você não está vendo...
- Estupefaça! - Gritei atingindo ela na barriga.
Ok, eu fui impulsiva, ela não sabia que eu iria fazer isso e caiu no chão confusa e tentou me lançar algum feitiço desarmante , mas eu não deixei.
- Expelliarmus! - Eu fui bem treinada pelo melhor. - Nada pessoal moça, mas você não tem autoridade para me empedir!
Ela me olhou assustada enquanto eu pegava sua varinha do chão e entregava-a de volta ajudando ela a se levantava.
- Afinal, você está de qual lado, Gibbon!?
- Não é sobre lados! Eu só eu preciso de uma capa pra ir atrás deles!
- Pegue - murmurou ela com a mão na barriga apontando para um canto - a do garoto que esta desmaiado mais a frente. Não sei quem ele é, mas vou tirá-lo daqui.
Eu corri em direção ao jovem e levei outro susto - era só o começo do que eu ainda iria ver.
- Colin! - Gritei me lançando ao chão segurando seu rosto. - Merda! - Mas senti seu coração pelo pulsar fraco com seu pescoço ao toca-lo. Eu fiquei mais aliviada. - Ele é da Grifinoria, é nascido trouxa, faz parte da tal AD, tira ele daqui.
- Eu que deveria mandar você! - Gritou ela me ajudando a tirar a capa dele. - Como sabe disso?
- Eu sei de tudo!- Exclamei sem prestar muito atenção, já que estava colocando a capa preta dele.
- É né, sei que sabe , você é a tal vidente filha da Chloe. - Ela me encarou séria e voltou a olhar para os lados em pânico. - Eu sou a Tonks, eu sou auror.
- Auror, é? Não me parece muito com uma. - Eu não aguentei a sinceridade, a jovem adulta era meio destrambelhada, não tinha imponência nenhuma.
- É, eu não me pareço com nada! - Respondeu ela desanimada se levantando, pegando o garoto no colo com a ajuda se magia. - Eu vou deixar ele num lugar seguro aqui perto, procurar alguém, não dá para aparatar, ok.
- Certo , eu vou tentar ajudar...
- Tem certeza? Eles não são qualquer coisa, garota.
- Acham que meu pai estão do lado deles, não acho que vão me matar...
Ela parou por um instante e me encarou com uma expressão estranha, acho que eu falei de mais em tocar no assunto do meu pai. De certo nem todos estavam cientes do posicionamento deles.
- Isso não quer dizer que não te matariam!
- Eu vou me arriscar! - Gritei correndo corredor a fora em direção a torre de astronomia. Era estranho todos estarem por lá, não fazia sentido pra mim, a não ser que... Potter e Dumbledore estivessem.
Tentei não ser vista, de capa era mais fácil me esconder no escuro do Castelo, mas infelizmente nos corredores mais a frente, me deparei com dois corpos desmaiados no chão com um ensanguentado.
Um era de um auror que às vezes passeava pelo Castelo, o outro eu fiquei em choque, era do filho mais velho dos Weasley.
- Aí meu Deus, Gui! - Gritei pro nada na esperança dele acordar. - Você aqui não! Não , não, não... - Murmurei me abaixando vendo o sangue do seu rosto junto a rasgo profundo e notando que seu braço tinha um rasgo ainda maior. Toquei em seu pescoço, ele também pulsava fraco.
A sensação de alívio foi indescritível. E a única coisa que eu poderia tentar no momento era o feitiço cicatrizante do Snape, que poderia ajudar ou até curar, então eu sibilei com lágrimas nos olhos o feitiço , imaginando a agonia da família Weasley se estivessem vendo isso. Ou será que eles também estavam alí?
O feitiço não fechou, mas parou se sangrar, isso já era um sucesso. Me levantei e ouvi um passo estranho atrás de mim e em seguida mais passos e gritos que eu não sabia explicar de onde vinham, eu temi pela minha vida.
- Ora, ora, ora. - Falou uma voz extremamente grave atrás de mim.
Quando eu olhei pra trás desviando o corpo do Gui, o homem passou por ele o chutou com extrema violência para fora do meio do corredor. Mais dois encapuzados estavam correndo ao fundo afastando alguém do caminho, eles pareciam estar voltando da torre.
O comensal estava sem máscara, e eu sabia exatamente quem ele era.
- E ai, tio.
- Tio, é? - Indagou ele se aproximando de mim de uma forma intimidadora me fazendo me lançar sobre uma pilastra.
Os traços de semelhança com meu pai eram inegáveis, exceto pelas faixas de cabelos grisalhos acima das orelhas. O desgraçado também herdará os olhos azuis da mãe.
Enquanto ele se aproximava eu consegui entender a dimensão da maldade. Eu estava sendo tola todo esse tempo. Os Comensais não eram só preconceituosos e meros capangas dos interesses de Lor Voldemort, eles eram livres com interesses cruéis pessoais de diversas categorias. E como eu notei isso? O olhar do meu tio sobre mim não era apenas de autoridade, ele me mediu dos pés a cabeça com o pior olhar que eu já recebi da minha vida, e vindo de um parente, o pânico foi congelante. Minha varinha em mãos vacilou, minha mãos e pernas formigaram e eu não sabia o que fazer. Pela primeira vez eu não tive reação diante de um ataque eminente.
- Pijaminha legal. - Murmurou ele a centímetros do meu rosto.
Uma mão surgiu do nada e bateu em seu peito . Eu não conseguia nem ver o que estava acontecendo devido ao meu pânico, porém mais aurores se aproximaram do corredor e nos viu ali.
- Sai de perto dela! - Ordenou Snape o encarando com uma expressão de nojo e fúria.
Meu tio olhou para a mão do professor em seu peito e depois para o seu rosto com deboche e voltou a me encarar com uma expressão maliciosa perturbadora.
- Que azar você ser parecida com a vadia da sua mãe. - Falou ele num tom de voz asqueroso. - Aquela puta também se deitava com qualquer otário, tirava vantagem de todos, principalmente dos professores.
- Cale a boca, Gibbon! - Gritou Snape empurrando meu tio para trás, mas sem mto sucesso já que ele era imenso e parrudo.
- Ou você vai fazer o que, preferidinho do Lord!?
- Ela tá comigo! - Gritou alguém do meu lado pegando na minha mão.
Draco apareceu entrelaçando minha mão na dele me fazendo voltar para realidade e sentir a volta das minhas faculdades mentais.
- A é? A escória de fracassados? - Debochou meu tio com uma risada maldosa medonha. - Vocês se merecem, mesmo. - concluiu ele se afastando mas não antes de lançar a Snape um olhar ameaçador.
Eu caí da realidade um pouco tarde de mais. Os medos do Draco eram legítimos. Havia uma maldade que eu nunca tinha presenciado até aquele dia, era algo que estava além de tudo que já havia visto ou ouvido.
- De quem é esse sangue na sua mão? - Perguntou Snape pegando na minha destra mais atento.
- Do Gui. - Snape me encarou sério. - Ele vai sobreviver. - Sussurrei.
Acho que uns cinco Comensais passaram por trás do Snape e ele voltou sua atenção ao ataque saindo correndo mais a frente em direção oposta. O grito agudo de uma risada estridente estava me incomodando e eu não sabia distinguir o que estava acontecendo.
- Vamos ficar com eles. - Disse Draco com a voz fraca.
- Aquela porcaria de armário funcionou mesmo?
- É. - Respondeu Draco sério, ele estava pálido, parecia tão catatônico quanto eu. - Acabou. Dumbledore está morto.
- O que!? - Eu que estava ofegante de medo fiquei ainda mais em choque não querendo ouvir mais.
- Snape. - Concluiu Draco segurando tanto quanto eu o pânico. - Aquele alí morreu né? - Perguntou vendo o corpo do Gui no chão.
- O que aconteceu com ele?
- Lobo Grayback.
- Lobo?
- Ele gosta de carne humana. - Respondeu com asco.
- Puta merda! Que inferno do caralho! Você tem noção do que fez!?
- Tô tendo agora. - Respondeu ele com os olhos vermelhos parecendo engasgar com a própria saliva, parecendo enjoado. - Pelo menos a missão acabou e eu acho que minha família tem mais chances, sabe?
- Egoísta de merda! Trouxe eles para cá para matar a todos e continua pensando no lixo da sua família!
- Veja, a turma do Potter tá equilibrando as coisas.
- Equilibrando!? - Gritei indignada.
Ele arregalou os olhos e arfou buscando ar para seguir em frente consertando a postura de segurança.
- Vamos com eles! - Indicou ele com o olhar. Nessa hora eu decidi soltar a mão dele. - É melhor a gente não ficar aqui.
- Eu vou atrás do meu tio.
- Eu jamais chegaria perto daquele maníaco , aquilo sim é doente.
- E deixar ele levar alguma aluna?
- Qualquer aluno, Jenna. - Disse ele sério empalidecendo. - Qualquer um ... mesmo.
Eu não soube o que dizer nem exclamar, já me faltavam palavras pro filme de terror que passava na minha cabeça. Eu busquei força do fundo da alma pra seguir os Comensais até onde eles pareciam ir.
Mais a frente um grupo saiu a fora do Castelo sentido a Floresta Proibida mas outro guerreando com Snape entraram no Grande Salão onde as mesas e bancos estavam jogados para os cantos, nessa hora eu já não me importava mais onde meu tio estava. Havia vários aurores e alunos duelando com os Comensais e eu me vi no meio de tudo aquilo sem humor para reagir, sem saber quem iria me atingir ou o que fazer.
Quando olhei para trás um grupo ainda maior de comensais chegaram mascarados encapuzados, e eu ali , no começo da entrada do Grande Salão sem reação, olhando o grupo que entrava atacando. Eu não estava sendo atingida por muito pouco, mas nada me preparou pro pior momento da minha vida.
Um dos Comensais veio em direção a mim com os braços estranhamente abertos, como se estivesse me protegendo. Ao se aproximar ele fez um feitiço para fazer a máscara desaparecer: era meu pai. A expressão dele estava fria e pesada.
Ele parou na minha frente e se não fosse isso eu não iria acreditar que era ele.
- Sua mãe me deixou. - Disse ele segurando o braço na altura do que deduzi ser a Marca Negra. Ele olhou rapidamente em volta e segurou meu rosto na altura do ouvido e sibilou - Salve o máximo de inocentes. - E saiu.
O mundo parou pra mim, se não fosse os Comensais envolta e outros tantos aurores e alunos da AD eu teria sido atingida porque eu simplesmente não soube o que fazer, eu congelei. Era muita informação pra eu assimilar em alguns minutos naquela noite, eu desejei morrer naquele momento.
- Jenna, corra! - Gritou Draco pegando novamente na minha mão.
Sinceramente não sei pra onde ele ia mas eu não me importei.
Eu entendi meu pai, é claro, a intenção dele era legítima. Assim como sua mãe, que tinha sido salva do holocausto porque um corajoso marujo que decidiu fingir ser conivente com o nazismo afim de salvar o máximo de inocentes e levar para a América, sua bravura foi notável, e se não fosse isso provavelmente eu não estaria aqui. Mas meu pai não precisava se arriscar tanto, pelo menos eu acreditava nisso, ele estava sendo imprudente e eu senti uma decepção indescritível.
Reflexões vinham a mim em meio ao caos e foi um grupo da Grifinoria que me trouxe para realidade novamente.
Neville e Gina duelavam com um grupo de Comensais que saiam do Grande Salão, e eu percebi que estava do lado errado da história. Decidi vestir o capuz na esperança de não ser vista, mas foi inútil.
A noite parecia que não iria piorar mais até a hora que Snape e Potter apareceram duelando no meio do grande salão com a ajuda de McGonagall - eles gritavam com Snape que nada dizia. Eu decidi assistir e empunhar minha varinha mesmo com a insistência de Draco em me tirar dali. Snape não estava atacando de maneira agressiva - que eu sei que ele era capaz. O professor estava se defendendo muito mais e, num ato estranho, ele fez uma magia que eu nunca tinha visto antes: ele transformou em uma massa escura e levantou voo se lançando para fora do Castelo por uma das janelas do Grande Salão. Eu não fazia ideia que éramos capazes de fazer isso.
Uma risada insana tomou todo grande salão e uma comensal maluca se aproximou de mim empurrando a mim e Draco para fora.
- Vai lá, coisinha, prova sua lealdade! - Gritou ela para mim.
Lealdade? Mas que merda é essa?
- Ela não precisa, ela está com comigo! - Gritou Draco.
Eu ainda não entendia porque ele estava tentando me proteger, eu mal conseguia pensar direito e só aceitei a situação.
- Aaahh, queridinho, - disse a mulher pegando no queixo dele - ela precisa sim se não quiser ser morta ! - Gritou ela rindo alucinadamente voltando a olhar para mim.
No corredor lateral do Grande Salão tinha uma saída para o pátio em direção a floresta só que um grupo de alunos barrou o local.
Meu terror poderia sim piorar. Neville, Gina, Luna e Sophia apareceram em posição de ataque. Ao mesmo tempo que eu temi eu me orgulhei - pelo menos essa cena eu poderia guardar com orgulho para sempre em minha memória.
Sophia não estava pra conversa, ela realmente estava atacando os Comensais a frente com seu jeito extraordinário, mas ao notar que era eu, ela parou chocada.
- A pior das traições! - Gritou a bruxa maluca. - Uma Rosier contra nós! - Gritou a mulher com a varinha em punho. - Gibbon, ataque ela! - Vendo a minha expressão de pânico e estagnação ela me pegou pela nuca arrancando a minha touca , apontando a varinha para o meu pescoço. - EU MANDEI VOCÊ ATACAR!
- Não precisa, tia, já fizemos o necessário! - Gritou Draco, inutilmente.
- CALA A BOCA!
Tia?
Eu comecei a encarar a maluca e a reconhecê-la dos jornais e banners de procurado, eu não me lembrava seu nome mas eu não precisava. Olhei para Sophia e ela discretamente se negou com a cabeça, mas ela não tinha escolha, nem eu. Então olhei para Neville que parecia em pânico e eu só tive uma esperança: que ele lesse a minha mente. Sophia tinha que me atacar e ele precisava dar esse comando a ela - ou ele ou ela, a gente tinha que duelar, nós não tínhamos saída...
- Estupefaça! - Gritei para Neville que soltou um "expelliarmus" fraco.
A maluca me soltou para duelar com Gina e Luna. Draco tentou atacar Neville em vão. Foi quando o Grifinorio deu um comando com a cabeça para Sophia que realmente começou a entender. Sem demorar e sem pensar, ela me lançou um feitiço.
- Expulso! - Gritou a amiga.
Mas antes que eu conseguisse usar "Relashio" o feitiço dela me atingiu no peito e me arremessou metros de distância longe do grupo de Comensais. Até minha varinha saiu da minha mão e eu caiu no chão com a mesma violência que eu, machucando meus cotovelos e joelhos.
- Jenna! - Gritou Draco indo até o canto que minha varinha estava e pegando-a para mim. - Você está bem!? - Me pegou pelos braços me entregando.
Olhei para trás e vi Neville puxando Sophia para longe dos Comensais que corriam para fora do Castelo. Me levantei com dificuldade com a ajuda de Draco que novamente pegou na minha mão e me levou para fora às pressas em direção a floresta, próximo da Cabana do Hagrid..
Eu pensei em relutar mas vi de longe, mais atrás, Potter e Snape ainda duelando e decidi descer o desfiladeiro pelas beiradas preocupada com essa situação. Mas é claro que Snape era muito superior, se via que ele se defendia com muita elegância.
- Mas Draco, para onde vamos!? - Perguntei tentando soltar da mão dele.
- Vamos desaparatar do meio da floresta que é mais seguro. Você já sabe, não é?
- Você enlouqueceu!? Eu não vou embora! Pra onde eu iria!?
- Você tem que ir! - Gritou ao nos próximar da entrada entre as grandes árvores. - Você foi vista conosco, você não tem escolha!
- Eu tenho escolha, eu vou ficar, só foge quem faz merda! Eu não agi contra ninguém!
- Você vai ser indiciada se não for!
- Isso é ridículo!
Quando olhei para trás a bruxa maluca vinha em nossa direção mas lançou um feitiço sobre a Cabana do Hagrid faze-o ficar em chamas.
- Draco! Draco! - Gritou a bruxa maluca em direção a ele. - Largue essa covarde! Anda logo, ela é um atraso!
- Ela vem comigo!
- NÃO! - Gritou a tal tia, puxando ele para longe de mim entrando na floresta.
Segui andando em direção a mata, mas quando voltei a olhar para a clareira de entrada da floresta, me assustei com um hipogrifo sobrevoando sobre Snape, ele estava atacando o professor. Snape conseguiu afastar o animal com algum feitiço, mas se via que foi ferido. Fui de encontro a ele para tentar ajudar.
- Snape! - O chamei e ele pareu assustado com a minha presença ali.
- Não! Você não deveria estar aqui!
Ele olhou para o céu e eu também, o animal já estava se afastando.
- Você está ferido!
- Minhas costas. - Disse ele quase caindo, mas eu o segurei. - Preciso sair daqui e você também!
- Mas pra onde você vai!?
- Jenna, - Disse ele ofegante. - eu preciso desaparatar - Eu concordei com a cabeça. - Me perdoa, mas você...
- Não! Eu vou junto. - E o abracei.
Ele parecia que iria falar mais, mas seu último ato em Hogwarts alí foi desaparatar comigo. Como se algo tive me puxando por todos os lados, eu senti a sensação de desaparatar, Snape estava nos levando para algum lugar.
Quando abri os olhos, tive a sensação de já conhecer o ambiente.
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