A Casa Snape
Meus pés sentiu o chão, e minhas narinas o aroma amadeirado de um ambiente familiar. Voltei a fechar os olhos quando notei estar ouvindo o coração do professor.
- Jenna. - Me chamou ele com dificuldade. - Preciso que me solte e tente me ajudar. - Murmurou ele com uma voz fraca.
Ao olhar para ele e sua volta com mais atenção eu notei que estava dentro de uma casa, uma sala de leitura com várias estantes com livros em um cômodo pequeno onde havia apenas uma poltrona.
Ele quase caiu no chão quando me afastei e foi necessário ele se apoiar em uma pequena mesa de frente com uma janela de madeira antiga.
- Não. - Murmurou de joelhos tirando sua capa se afastando do meu auxílio- Deixa eu me deitar. - Ele praticamente caiu no chão de bruços. Pude ver o estrago que as garras da criatura fizeram nele vendo suas vestes rasgadas. - Você conhece meu feitiço cicatrizante, certo? - Me perguntou com a voz fraca.
- Sei. Usei no Gui. - Respondi séria.
- Ótimo. Preciso que use em mim.
E foi o que eu fiz. Sibilei o feitiço durante alguns minutos e ele de fato reverteu parte do sangue escorrido do professor fechando fracamente seu ferimento, mas de forma efetiva.
- Faça só mais um favor. - Falou ainda no chão de bruços, olhando para mim. - Na estante aqui, acima, - ele apontou com a mão - abra a porta de vidro e pegue o pequeno frasco azul escuro, por favor. - Pediu ele recuperando fôlego.
Eu fui até o movel indicado, era rústico e elegante, porém muito velho. Eu levantei a portinhola e havia mais de 30 frascos de poções fechada muito bem organizada, porém sem nome, mas todas com cores diferentes - achei interessante a disposição.
Peguei o fraco azul de cristal e entreguei a ele, que abriu se levantando e sentando no chão. Ele bebeu rapidamente e escorou as costas na poltrona com o tom de pele voltando.
Eu fiquei em silêncio agachada de frente a ele vendo-o me encarar com uma expressão triste, e infelizmente, minha preocupação era com a vida dele.
- Imagino que estamos na sua casa. - Falei.
- Sim. - Ele me respondeu desanimado. - Você não precisa estar aqui e eu não deveria te pedir nada..
- É mesmo. - Confirmei com desânimo. - Narcisa deveria estar.
- Não, não é sobre isso. - Falou olhando para o chão. - Eu machuquei você, eu a magoei... É o que eu sempre faço.
- Tá se vitimizando porque?
Ele me olhou ainda mais triste largado no chão, ele parecia arrasado.
- Eu lamento tudo que viu hoje. - Se desculpou começando a ficar com a voz embargada - Eu não consigo imaginar o que você passou. Eu ... - e tentou reprimir uma emoção que eu nunca tinha visto nele..- Eu não tive ... escolha.
Dos seus olhos começaram a brotar silenciosas lágrimas e a mim também.
- Vá embora. - Me pediu ficando sério. - Você não merece ver isso, eu não mereço sua presença.
Eu comecei a chorar ainda mais. Nunca na minha vida imaginei ver Servero Snape chorar, tão pouco sentir sua aflição e agustia, largado no chão da sua casa.
- Severo... - O chamei tentando me aproximar dele.
- Vai embora! - Ele exclamou com uma leve tremedeira nos braços. - Mas, já que está aqui... Eu preciso te orientar. - E limpou os olhos com aflição, parecia confuso. - Existe um jeito de entrar em Hogwarts, vários na verdade, mas esse eu acredito que seja mais fácil para você.
Eu fiquei em silêncio sentindo vontade de abraça-lo naquelas condições. Limpei meu rosto e me recompus ainda sentindo angústia pela situação.
- Preste muita atenção. - Prosseguiu ele ainda com lágrimas nos olhos. - Aparate na Floresta Proibida, próximo da clareira das aulas do Hagrid e conjure um Patrono.
- Patrono?
- Faça isso, você precisa conseguir. Conjure-o e mantenha ele próximo de você, de preferência ao seu lado. Ele é capaz de fazer qualquer um atravessar a barreira de proteção.
- Como sabe disso?
- Eu... só sei. - Exitou ele com um suspirou. - O Patrono tem uma ligação de amor, é a única magia capaz de penetrar uma barreira de proteção, logo, se você tiver alguém atrás da barreira que você ame muito, você será capaz de atravessa-lo.
- Isso parece... fácil.
- Não é! - Exclamou quase gritando. ,- Não é fácil amar, não é fácil conjurar um Patrono corpóreo, se você tiver algum pensamento contra os que então dentro da barreira você morre! Então guarde esse segredo, ninguém sabe disso.
- Ok. Mas depois de hoje... Nem me lembro quais lembranças felizes...
- Lembra sim,Jenna.
Era difícil me lembrar de qualquer coisa naquele momento, mas precisava ser forte. Enquanto eu vasculhava o vazio dos meus pensamentos olhando para Snape ele refletia algo silenciosamente contemplando o chão da sua sala.
- Não há mais futuro para mim depois de hoje. - Murmurou com cansaço.
- Não diga isso!
- Eu... Sei que não há.
Ele estava arrasado, desconsertado e aflito. Matar Dumbledore não deve ter sido tão simples, não era como se pedisse pra alguém pegar um objeto sobre uma mesa, era uma vida, uma história e Snape era mais sensível do que parecia.
- Como conseguimos entrar na sua casa?
- Não está protegida. - Respondeu escorando a cabeça na mão olhando para baixo.- Não há nada valor aqui. Agora vá embora!
- Não.
Ele me olhou ainda com lágrimas nos olhos e eu me levantei: pela primeira vez naquela noite eu sabia o que fazer.
Elevei meu braço e minha varinha em direção ao teto e sibilei vários feitiços de proteção na intenção de proteger o ambiente. Não sei se eu era boa com esse tipo feitiço, mas eu conhecia e por hora eu sei que poderiam ser úteis.
- Não é seu dever...
- Não seja estúpido. - Indaguei olhando para ele no chão. - Sua casa será a primeira a ser confiscada.
- Não por muito tempo.
- O que quer dizer?
- Ele vai tomar o Ministério.
Sempre poderia piorar, mas confesso que estava começando a me acostumar com notícias pesadas. Quem mais além de mim sabia que o pior iria acontecer pouco a pouco e eu vi que iria.
- Agora faz sentido.
- O que?
- Vi Goyle matando Ava Smith numa visão. - Ele abriu a boca e arregalou os olhos, não disse nada mas suas lágrimas estavam começando a secar. - Mas isso não vai acontecer. Eu não vou deixar.
- O que fará?
- O que acha que eu fiz no último jogo contra a Grifinoria? Eu sei que eu posso mudar as coisas, e ela não vai morrer.
- Realmente, o Lord não admitirá nascidos trouxas em Hogwarts, tão pouco mestiços.
- Então a escola ficará muito vazia. E porquê abrir, então?
- Voldemort quer que o mundo siga normalmente como se nada estivesse acontecendo para a dominação ser mais controlada.
- Ele quer ser o novo Ministro da magia? - Perguntei rindo de deboche.
- Ele quer ser um tipo de imperador, mudar todo sistema bruxo e destruir aos poucos o mundo dos trouxas.
- Desgraçado.
- Jenna, - Disse ele se levantando e sentando na poltrona. - Vá embora..
- Onde fica a cozinha?
- N-não!
- Estou com cede. Você tem chá?
Ele me encarou incrédulo e assentiu com a cabeça como se a única opção fosse essa mesmo, aceitar.
Eu abri a porta da pequena sala de leitura e sai em busca da cozinha. No pequeno corredor de entrada da casa tinha uma porta para a pequena cozinha - a casa dele parecia ter metade da minha - e parecia um sobrado também .
Tinha um aroma semelhante a casa da vó Ellen, havia interruptores de lâmpada no batente de entrada que eu achei bem legal. Era uma casa de trouxa.
Ao acender a luz eu observei os móveis branco escardido da cozinha com uma certa sensação de nostalgia, nem sabia muito como explicar, mas era uma sensação reconfortante. Fui abrindo os armários abaixo da pia e não havia muita coisa : aparelhos estranhos e antigos, panelas e potes pequenos, tudo muito limpo mas parecia datado.
- O que busca? - Me perguntou ele de surpresa aparecendo na porta da cozinha.
- Bom, você tem gás, não é?
- Raramente uso.
- Essa casa é muito trouxa.
- Sim. - Respondeu ele sem humor me observando, ele parecia constrangido.
- Então eu sei o que fazer. - Falei buscando uma chaleira.
Prossegui xeretando o lugar e achei nos armários de cima da pia algumas ervas e as peguei, pelo cheiro era camomila - ele já havia me dado aquele tipo. Após achar o recipiente eu abri a torneira e coloquei água dentro, também consegui ligar o fogão, era elétrico.
- Meu pai também gosta de fogão a gás, mas minha mãe... - parei para pensar nos dois e me lembrei do que meu pai tinha me dito, eles não estavam mais juntos e aquela aflição me tomou novamente - tanto faz. - conclui emocionada.
- Eu sinto muito por eles.
- Acho que era um fim anunciado, eles não se davam tão bem. - Falei olhando para o fogo azulado das chamas do gás.
- Relacionamento é algo complicado.
- Não deveria, mas... é. - Concluí lembrando do Jorge e até... do Fred. - eu também sou um fracasso total.
- Você se dá muito bem com a Sophia. - Apontou ele com uma expressão difícil de entender, não sabia que era um deboche ou se estava falando sério.
- É, ela é perfeita, só que eu não sou.
- Um tanto insaciável. - Concluiu apático olhando para a cadeira da pequena mesa.
- Ninguém é saciavel, somos uma massa de carência e instabilidade, a diferença é que eu não sou hipócrita.
- Faz sentido. - Falou antes de se sentar na cadeira. Ele parecia melhor fisicamente, não emocionalmente.
Não nego que era bom conversar com ele, me distraia e era sempre maduro e sensível às nossasp reflexões. Eu não queria pensar em tudo que eu tinha visto no Castelo, então era melhor descontrair com qualquer conversa inútil ao seu lado.
- Porque não usa magia?
- A cretina da minha mãe não me ensinou muito bem e eu nunca quis fazer as aulas complementares de culinária, então... Dane-se, não sou incapaz de fazer.
- Não, você não é. - Murmurou ele oscilando seu olhar para mim, que ainda xeretava seu armário de mantimentos, e para o chão, pensativo.
Eu estava procurando qualquer tipo de alimento ou frutas, não tinha quase nada e imagino que era porque ele passava muito mais tempo em Hogwarts.
- Porque não se deita, levo pra você - Sugeri. - seja lá onde for teu quarto.
- Ah? - Ele parecia distante. - Porque?
- Porque você precisa. E eu... Sei lá, eu não sei bem o que fazer quando eu voltar, mas por você eu sei o que fazer.
Parece que se deu por vencido e se levantou andando devagar e eu o acompanhei até o pequeno corredor onde havia uma escada, ele subiu ela comigo o seguindo atrás. Sinceramente eu nunca pensei estar nessa situação com ele. Não saber o futuro me causava uma sensação muito boa, mesmo o ambiente sendo familiar de uma visão.
Chegando no patamar acima havia mais uma antessala com uma pequena janela com um relógio e mesa pequena a direita e uma porta de correr ao lado a esquerda, muito estranha pro estilo da casa mas era bonita. Ele escorreu ela pro lado revelando um cômodo grande com uma cama central. Ele acendeu a luz do abajur que estava sobre um pequeno gaveteiro ao lado da cama revelando ainda mais o quarto: havia um guarda roupa vintage na parede ao lado da janela, prateleiras com livros, uma mesa estilo escritório com alguns pergaminhos sobre ele e uma porta que imaginei ser do banheiro.
- Como pode dizer que não há nada de valor aqui?
- Eu sou mais desprezado do que você pensa. - Me respondeu de cabeça baixa sentando na borda central da sua cama. - Jenna, você precisa ir. - Me pediu sem me olhar nos olhos.
- Você tem farinha? - Eu tinha outros planos.
Ele voltou a me encarar sério com uma expressão levemente incrédula.
- Deve estar vencida. - Me respondeu bem baixo.
Eu fui até a janela que mantinha uma fina cortina de voal beje levemente transparente, e olhei para fora. Era uma rua minúscula mas havia duas casas no terreno a frente.
- Tem bruxo na vizinhança? - Perguntei.
- Não, só eu agora nesse bairro, mas ...
- Ótimo. Vou fazer Berliner pra você.
Eu não esperei o próximo lamento de contrariedade dele e me arrisquei desaparatando para o que parecia ser a sala do vizinho a frente.
Para desaparatar é necessário conhecer o lugar ou pelo menos ter uma imagem mental, pra mim ver a casa da frente foi insuficiente. Tentei ser sutil ao tocar no chão, e acho que ninguém me ouviu.
A casa do vizinho era muito mais moderna e tinha uma televisão grande na sala. No escuro mesmo com uma pequena penumbra vinda das luzes da rua eu arrisquei procurar a cozinha. As casas londrinas eram tão semelhantes e pequenas que o corujal de Hogwarts era um palácio em comparação.
Consegui avistar rapidamente os armários de mantimentos e peguei farinha, açúcar, fermento, canela e até umas cervejas que estavam dentro da geladeira, eram boas pra dar um sabor interessante. Roubei até uma barra de chocolate e geleia que estavam dentro de uma cristaleira.
Voltando para a casa do Snape eu passei pelo menos meia hora fazendo o básico. Snape apareceu novamente em sua cozinha e ficou me assistindo em silêncio. O chá ficou pronto primeiro e até eu tomei, eu precisava.
- Toma. - Disse entregando a xícara para o professor que ainda tinha uma expressão incrédula no rosto.
- Cerveja de trouxa? - Me perguntou olhando uma garrafa sobre a pia.
- Não, isso é só chá, - brinquei - essa garrafa é pra mim. - Disse me voltando para pia. - Experimentei, é horrível mas combina com a massa. As cervejas alemã são melhores.
Pela primeira vez ele deu um sorriso fraco e rápido e eu prossegui um pouco mais empolgada o vendo ingerir a bebida quente.
- Eu sei que é comida de café da manhã mas me faz feliz fazer.
- Me encanta. - Respondeu entre uma golada. - É melhor do que a solidão.
- Ótimo! - Exclamei me voltando para o fogão. - Quando eu terminar eu vou embora.
Ele concordou em silêncio e voltou a se recolher para seu quarto. Imagino que não estivesse bem ou renovado.
Eu levei os bolinhos depois de prontos para seu quarto. Eu me senti mais viva é mais centrada, e até sono começou a brotar novamente. Pelo relógio de madeira que havia na antessala vi que era 3 horas da manhã.
Coloquei a pequena bandeja sobre seu gaveteiro e me sentei ao seu lado na cama. Ele já estava com seu pijama de cetim preto mas o olhos estavam inchados.
- Os de chocolate são melhores.
- Porque está fazendo isso por mim?
- Deve ser porque eu te amo.
Ele bufou em negação.
- Não perca seu tempo...
- Nao perca o seu me dizendo o que sentir! - Exclamei o encarando séria e ele correspondeu com olhar melhor.
- Eu não deveria estar aqui, - Resmungou suspirando - eles devem ter se reunido...
- Agora você é o Comensal Mor Condecorado, vai ganhar uma caveirinha de bom menino. - Brinquei passando a mão no seu ombro.
Ele tentou não rir mas ele riu de boca fechada tentando esconder o sorriso olhando para a janela.
- É, mas provavelmente a noite pra mim ainda não acabou, não vou conseguir... - Falou ainda olhando para a janela. -
- Mas coma os berliner ou qualquer coisa. - Falei fazendo um último carinho nele. - Lembra que a decisão de mata-lo não foi sua. Velho desgraçado.
- O que conversaram antes dele ir? - Me perguntou me olhando nos olhos.
- Ele só queria sabe se o Potter teria sucesso, acho que ele queria um colar também.
- Ele falou porque?
- Não.
- Jenna. Preciso te pedir para não contar isso a ninguém.
-Ah... Ok. - Nem pra Sophia?
- E quero te pedir mais uma coisa, já que está aqui. - Ele suspirou flexionando uma das pernas e escorando o braço. - O livro da Cateline.
- Porque?
- Preciso saber mais sobre as Horcrux.
- O que são elas?
- Não há tempo para explicar agora mas sei aquele livro tem mais informações do que eu possa lhe dar. Tome cuidado com ele, se mais alguém souber dele você estará tão encrencada quanto eu, fora que todo plano pode ser arruinado, mais mortes...
- Ok, já entendi. Voltaremos a nos ver qualquer dia desses aqui mesmo.
- Como sabe?
- A visão que tive sobre o seu livro de poções foi aqui, na sua sala, então... - Eu suspirei dessa vez. - Em breve voltaremos a nos encontrar e conversar sobre isso, e você estará melhor.
Ele sorriu carinhosamente sem amarras me encarando pensativo.
- Deve ser atormentador e confuso saber o que você sabe. É necessário muito equilíbrio.- Falou me observando. - Você é tão poderosa quanto Dumbledore foi e nem deve se dar conta disso.
- Não eu não sou, você que é, você o matou, e ficará para a história.
Ele voltou a baixar a cabeça e só me olhou de canto quando eu me levantei me preparando para partir.
- Você vai calar a boca de muita gente, Jenna, principalmente os que não acreditam em você.
- É. - Respondi com deboche. - Não metaforicamente.
A última visão que tive foi do sorriso torto e reprimido dele. Desaparar era desagradável mas necessário. Consegui visualizar a entrada da tal clareira e "aterrizei" no chão terroso e úmido da Floresta. A meia lua crescente estava vivida no céu apadrinhando a minha chegada silenciosa que seria apenas cortada pelo sibilar discreto do patrono. Eu estava de bom humor : conhecer a casa do Snape e ver que ele está um pouco melhor me fez sentir algo bom e me lembrar do olhar do Jorge e o riso da Sophia me ajudou muito.
- Fica do meu lado, bichano. - Sussurrei pra criatura iluminada ao meu lado que me olhou nos olhos profundamente.
O tigre era uma extensão da alma, eu entendi ali essa conexão, algo puro e forte, a personificação da esperança e da bondade.
Desviando lentamente dos galhos cecos no chão e folhas eu consegui sentir a barreira de magia protetiva. Do outro lado a clareira do Hagrid, onde tinha os aula estava mais iluminada com o céu escuro cheio de estrelas visíveis. Eu atravessei com coragem o véu grosso de magia que existia, pude sentir a extensão do poder dos que lutavam para proteger o Castelo - foi emocionante.
O patrono me seguiu até a entrada dos terrenos e de longe pude ver alguns aurores sobrevoando a região. A casa do guarda-caça estava em ruínas, mais pó e cinzas do que outra coisa, torci para não ter ninguém lá, nenhum animal do professor.
- Tchau bichinho, obrigada. - Me despedi do meu tigre que desapareceu lentamente como uma névoa suave. Guardei minha varinha e segui meu caminho, não havia o que temer.
Senti o peso do cansaço e do medo enquanto subia o morro em direção a uma das entradas. Um auror rapidamente veio até mim quando me avistou e apontou a varinha para mim.
- Identifique-se!
- Jenna Gibbon.
E desmaiei.
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