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E que comece a Copa!

Eu não me lembrava de ter tido tantas dores de cabeça, era algo incomum, mas mamãe vivia dizendo que era um sintoma que apareceria por causa do desenvolvimento intuitivo da vidência.

Aquelas férias não foram nada tranquila. Ansiedade, medo, dúvidas e uma sensação incomum de euforia.

Sophia ganhará uma coruja, o Tyto, e me mandou o máximo de cartas que pode, pura empolgação. Até Zyan me mandou por sua fênix Aurora, o que fez meu pai e meu irmão berrar de susto em uma manhã dessas, pois ela simplesmente apareceu com um estampido na sala. Aquilo que me rendeu um interrogatório de uma hora, em que lutei para convencer meus pais que não sabia porque isso tinha acontecido, já que ele sempre mandava por uma coruja.

Na manhã de sexta, 15 dias antes de irmos para Hogwarts, desci pra cozinha preparar meu café da manhã, pois papai me ensinou como preparar, já que eu precisava aprender a viver sem a magia e ter o mínimo de independência. Ele foi muito prestativo em me ensinar a fazer Berliner, um pãozinho doce da culinária alemã com geleia de ameixa, para eu comer acompanhado de chá.

- Ainda não consigo fritar corretamente. Não gosto do fogão: é insalubre. - Disse eu para meu pai.

Charlotte estava sentada em uma das cadeiras tentando roubar uns biscoitos da mamãe, Fobos estava debaixo da mesa com um petisco de fruta, ambos já estavam se tornando amigos.

- Também não vejo necessidade do fogão, mas seu pai mantém os costumes da infância, e de qualquer forma vocês não sabem preparar com magia. - Disse mamãe por trás do jornal, sentada à mesa.

- E nem podemos. - Disse meu irmão, mal humorado. - Não podemos nada!

- Não, não pode. - Disse minha mãe friamente.

Acho que ela estava irritada com algo. Papai estava sorridente verificando se eu tinha colocado os ingredientes corretos no pote.

- Não há mais o que discutir, Junior. - Disse papai sem olhar para meu irmão e enfiando o dedo no pote para experimentar a massa. - Humm... Muito doce. - Disse ele pra mim, e se virou para mesa.

- Não entendo porque não podemos ir no horário em que eles estarão lá, eu queria poder acompanhá-los. - Lamentou mais um pouco meu irmão sentado à mesa com o rosto escondido entre as mãos.

- Infelizmente não posso ir tão cedo ao Beco, não está no nosso cronograma de hoje. Já disse que tenho um assunto muito sério para tratar no Ministério e só à tarde que vamos poder ir.

- Mas, mamãe...? - Tentou insistir, tirando as mãos do rosto e abrindo elas sobre a mesa.

- Não gosto dos Kovalsky. - Disse ela ainda sem tirar os olhos do jornal.

- O que está procurando, mãe? - Perguntei porque mamãe nunca lia jornal com tanta vontade.

- O que se busca em um jornal: informações. - Respondeu ela rispidamente, distraída por trás das páginas.

Havia dias que papai e mamãe estavam colocando feitiço para silenciar as portas, se comunicando por olhares e cochichando coisas. Não sabíamos nada do que estava acontecendo, mas algo estava.

Junior queria ir ao Beco Diagonal aquela manhã para comprarmos parte dos nossos materiais e ele queria acompanhar a família de uns amigos da Corvinal. A lista não havia chegado ainda, mas nossa família também estava interessada em se adiantar nas compras daquelas férias.

A única novidade daquele ano, ao que sabíamos, era a final da Copa de Quadribol, que seria no interior Inglaterra. Irlanda e Bulgária iriam se enfrentar, e talvez fosse por isso, excesso de imigrantes em Londres poderia causar um caos no pequeno Beco Diagonal.

- Quer? - Falei oferecendo Berliner ao meu irmão.

Ele apensas respondeu negativamente e saiu da cozinha em passos fortes para o quarto.

- Enquanto eu estiver no Ministério , quero você e seu irmão fazendo as malas. As 16 horas estarei aqui, pronta para irmos ao Beco. - Disse mamãe pegando um pedaço do meu bolinho e dando um tapinha nas patas de Charlotte que estavam em cima do seu prato. - Não me parece doce. - Disse ela comendo e voltando a ler o jornal.

Papai estava pensativo tomando seu suco matinal.

- Hummm. - Murmurou ele. - A nossa barraca precisa de reparos. A última vez que usamos estava um pouco pequena também.

- Então conserte e aumente-a. - Disse mamãe ainda por cima do jornal. Papai semicerrou os olhos irritados.

Aquela manhã foi estranhamente tensa. À tarde estávamos arrumados na frente da lareira para irmos ao Beco quando meu irmão começou a resmungar.

- E o meu Bar Mitzvah? Não negociamos todos os arranjos, vestimentas e convidados ...

- Chega, Gustav!- Disse mamãe brava.- À noite conversamos!

- Mas já podemos comprar a roupa ...

- Você trabalha? - Indagou minha mãe ainda mais irritada. - Tem dinheiro? - Meu irmão negou levemente com a cabeça - Então cale a boca! Vamos rápido porque temos que aumentar a nossa barraca e preparar os alimentos que vamos levar.

A ida ao Beco foi um tédio. Discussões constantes. Papai e mamãe também não estavam bem, eu culpo o stress da Copa Mundial e o final das férias de verão, mas ainda acho que tinha algo a mais, em segredo.

Ao chegarmos em casa, minhas malas já estavam prontas. Na manhã de sábado íamos para a chave do portal. Papai não conseguiu liberação do trabalho para ir antes e mamãe também não. Era só aquele final de semana mesmo, dois dias apenas. Triste pois queria explorar mais a viagem, poucas vezes íamos para lugares diferentes, nunca viajávamos.

Zyan disse que estaria nos Hotéis da cidade ao lado, Sophia se negava a acompanhar sua tia que também preferia um hotel. Sophia chegou uns 3 dias antes de mim, disse que iria se divertir mais entre o "povão". Não sei como Sophia se sentia bem com sua elfa doméstica cuidando dela, eu não entendia como uma elfa poderia cuidar de uma bruxa menor de idade, mas provavelmente minha mãe sabia.

Tirei os trajes de verão do guarda-roupa, mamãe fazia questão de me vestir com saias e vestidos, era uma preparação aos trajes de bruxa típicos, ela era muito tradicional comigo, mas consigo mesma era chique.

Senti novamente uma dor na cabeça antes do jantar. Ao descer as escadas eu tive um vislumbre: vi uma taça imensa  iluminada com Dumbledore ao seu lado, seu rosto transparecia preocupação, e em uma das suas mãos havia um pequeno papel. Dessa vez minha visão era diferente, eu estava "dentro dela". Vi muitos alunos e professores com olhares arregalados e boca entreaberta. Não sei quantos segundos se passaram, mas consegui ver o diretor abrindo a boca e gritar " Harry Potter!"

- Aí! - E com um tropeço eu caí do último degrau da escada de joelhos nos chão.

- Jenna! - Ouvi a voz do papai e seus passos ao meu encontro. - O que houve? - Disse ele me ajudando a ficar de pé.

- O que é aquela taça!? Porque vai estar em Hogwarts!??

- Que tipo de taça?! De tomar vinho? - Perguntou Júnior desconfiado no sofá com um álbum nas mãos, de Bar Mitzvah de conhecidos.

- Não! Era gigantesca, parecia um troféu. Ou era um troféu!? - Perguntei enquanto eu batia uma mão na outra para tirar a poeira do chão , pois me apoiei em cima delas ao cair.

- Não sei o que é , Jenna. - Disse papai com a boca repuxada.

- Mas é claro que sabe! - Disse Junior fechando o álbum com força. - É uma taça de torneio Tribruxo. Já vi algumas em "Hogwarts através do tempo ".

- Gustav, contou pra eles do torneio!? - Disse mamãe descendo as escadas com duas malas flutuando a suas costas.

- Não, Chloe, você contou. - Disse papai impaciente olhando para o chão e coçando a testa.

- Merda. - Disse ela piscando profundamente . - Jenna você caiu? Se machucou?

- Um pouco. - Respondi sentando no sofá e conferindo como estava meus joelhos.

- Então, o que aconteceu? - Perguntou mamãe soltando as malas no canto da sala, próximo da porta.

- Ela teve uma visão, e caiu. - Respondeu papai.

- Há, imaginei. E como foi um vislumbre?

- Não foi como um vislumbre. Foi diferente, foi como uma visão mesmo. Eu consegui dar um passo "dentro" da visão, acho que por isso eu caí da escada.

- Bom, isso justifica as dores de cabeça. Suas visões estão evoluindo. Enfim, vão buscar as malas de vocês e coloquem aqui embaixo, vamos sair às 6 horas da manhã.

- Mas isso você já disse, o que você não disse é se eu vou ganhar uma roupa especial...

- Gustav Gibbon Junior! Juro que se ouvir sua voz novamente falando desse Bar, tudo vai ser cancelado e você não vai amanhã conosco para Copa, envio você para sua avó. Não suporto mais você. - Disse mamãe ofegante com um tom de voz baixo, o tom que ela usava quando estava furiosa.

Eu sabia bem que as broncas dela nesse tom eram perigosas e muito sérias. Ela foi bufando para cozinha terminar os preparativos.

Junior se calou e subiu para pegar as malas. Fiquei observando meus joelhos quase sangrando e meu papai se aproximou para observar o ferimento.

- Não quer saber os detalhes? - Perguntei a ele porque parecia que ninguém estava interessado em saber.

- Não, não quero. Não quero saber o futuro, você já viu o bastante. Por favor, tente não contar a ninguém essa informação, ela é sigilosa e qualquer erro pode acabar cancelando o Torneio. Por isso sua mãe está nervosa, a repartição dela no Departamento de Mistérios é uma das responsáveis pelas etapas do torneio e qualquer erro nas mágicas e recursos pode ser fatal para os escolhidos.

- Escolhidos? Escolhido pra quê? O que é esse torneio?

- Pergunte ao seu irmão e tente fazer ele ficar quieto sobre isso também. Tenho uma poção que vai cicatrizar esse arranhão em segundos.

Ele saiu em busca da poção. Me senti uma ignorante boçal, algo tão incrível existia no nosso mundo e eu não sabia nem o que era.

- Eu conto minhas visões para o Snape. - Disse para papai quando chegou com a poção.

- Eu sei, ele nos conta tudo. - disse ele pingando 2 gotas em cada joelho. - Pelo menos, parece nos contar tudo. - Disse ele levantando uma das sobrancelhas e me olhando desconfiado.

- Eu não posso afirmar se é tudo se eu não sei o que ele fala para vocês. - Retruquei tentando entender um pouco mais da situação e ao mesmo tempo com medo.

Papai não sabia do feitiço primordial, e acho que Snape não teria coragem de contar que tive uma visão onde eu estava em um velório , mas ele não era bobo, sempre muito desconfiado ou intuitivo.

- É melhor não saber mesmo.

De fato, a poção era boa, em segundos os arranhões sumiram e o ardor que estava também.

- O que pode ter Harry Potter haver com o torneio??? - Perguntei tentando atrair a curiosidade do papai.

- Eu espero que nada, ele ainda é menor. E...parabéns, esse ano você fará 17 anos.

- E o que eu ganho com isso?

- O que você quiser. - Disse papai fechando o pote da poção e saindo da sala em direção ao quarto, pensativo.

Eu era a mais velha do grupo do meu ano. Provavelmente eu iria ganhar o Uniário primeiro dentre de todas, no dia do meu aniversário, isso era algo importante, eu teria que tentar investigar a origem desse mistério que nos envolve e tentar achar um contra feitiço para poder contar ao Snape tudo que nos acontece com o Encantamento Primordial/O Segredo.

Mas eu não estava totalmente de acordo com a ideia dele me liberar do encantamento, isso iria fazer ele poder ler a minha mente, me punir, saber de tudo, até das minhas intimidades. Eu não tinha tanta certeza se eu queria ajudar.

Aquela noite eu não consegui dormir de empolgação, eu iria ver o primeiro jogo oficial de Quadribol em uma Copa, aquilo era incrível! Talvez eu conseguisse ser uma jogadora profissional um dia.

Fui ao quarto do Júnior ver se ele estava acordado e perguntar sobre o tal Torneio e só o que recebi foi " você tem os mesmos livros que eu, então leia!" . Depois papai questionava a falta de união que tínhamos.

Então, eu decidi dormir.

- Acorde! Vamos tomar um chá e um café para acordar, não temos tempo para atraso!

Nada era tão horrível quanto ser acordado às 5 da manhã. Minha mãe me balançou como se eu fosse um travesseiro empoeirado. Acho que dormi umas 3 horas, e eu sabia que isso era péssimo dada a experiência do último jogo que participei de Quadribol.

Desci com desgosto as escadas com desgosto. Minhas malas já estavam lá embaixo, a caixa de transporte da Charlotte também, Fobos se negava a entrar em uma gaiola, então não sei se ele iria nos achar seja lá onde fôssemos.

Junior e papai já estavam à mesa tomando o café da manhã. Não era hábito mamãe fazer café - a bebida trouxa - mas ela tinha o poder de nos deixar acordado, papai dizia que não era magia, mas eu desconfiava que era sim.

- Beba isso também. - Disse mamãe me dando uma xícara com um líquido esverdeado.

- E o que é? - Perguntei.

- Vai te manter acordada.

- Eu acho que não tive uma boa experiência...

- Experiência com quê!? - Disse mamãe nervosa jogando dentro de uma bolsinha vários objetos da cozinha.

- Ah, deixa pra lá, eu vou beber. - Não era uma boa ideia discutir aquela manhã. Parecia um chá mas era uma poção com sabor limão.

- Vamos conseguir chegar com eles na Alameda a tempo, Gustav?

- Claro, a lareira está pronta. - Respondeu meu pai pegando algumas caixas e colocando dentro de uma mochila, que com certeza tinha feitiço de aumento de espaço.

Minha mãe colocou todas as malas em um malão e papai algumas mochilas em um mochilão. Charlotte entrou na caixinha facilmente.

Para mim era fácil usar o pó de Flu, meu irmão se incomodava. Ao chegarmos na tal "Alameda" - um bar pousada - uma senhora fofinha de cabelos grisalhos encaracolados nos levou até a saída do estabelecimento.

- Vamos pegar a chave do portal as 6 horas em ponto. Temos 3 minutos para subirmos. - Orientou meu pai.

Era uma subida rápida com muitas flores. Estava um pôr do sol incrível, que me fez querer ficar vendo por mais tempo. Realmente eu perci o sono e fiquei mais atenta as situações.

- Onde isso vai nos levar? - Perguntou Junior, arriscando o pescoço depois da bronca de ontem .

- Em um campo trouxa. Eles fazem acampamento nesse local, foi o maior que conseguimos.- Respondeu mamãe séria. Papai apenas piscou profundamente.

Meus pais pararam na frente de um grande escovão velho, no meio da grama úmida.

- Que nojo. - Falei em desaprovação, aquela chave de portal parecia suja.

- Em 10 segundos. - Disse meu pai pegando o objeto do chão.

Nós quatro tocamos na escova e mamãe segurou a grade mala, Júnior a caixa da Charlotte, papai a grande mochila fomos sugados, aparentemente, para algum lugar.

Após entrarmos em um redemoinho com um emaranhado de cores, caímos em um campo neblinado, totalmente diferente do local lindo onde estávamos. Eu caí novamente de joelhos, Junior caiu de costas deixando a caixa da gata cair, mas meus pais estavam plenos de pé.

- Vamos logo, levantam-se. - Disse mamãe. - Olá Basílio.

Nós encontramos no local dois senhores com vestes estranhas. O moço com o rolo de pergaminho respirou fundo ao ver minha mãe e arrumou a cabeleira oleosa.

- Chloe.. - gaguejou o tal Basílio. - Claro, claro, desculpe. Gibbon. Claro. - Disse desconsertado olhando para o papai.

- Cansado, não é? - Disse a mamãe com gentileza.

- Muito. - Respondeu Basílio com olhos marejados levemente sentimentais. O homem ao seu lados apenas sorria discretamente em cumprimento.

- Vai logo. - Pediu meu pai com visível mal humorado, bufando.

- Não seja antipático! - Exclamou minha mãe irritada. - Tenha mais respeito, estão trabalhando.

- Mas não era você que estava preocupada com o horário? - Retrucou ele com a voz mais grossa que o normal.

- Então. - E pigarreou Basílio. - Logo adiante vai estar o trouxa, Chloe, já sabe o que fazer. E você já sabe onde ficará sua barraca, não precisa mostrar já que você é uma das organizadoras. Tenha um excelente dia! A todos, toda família, claro. - Disse o senhor com um pouco de gagueira, parecendo tímido.

Basílio tinha um leve rubor nas bochechas. Mamãe cumprimentou o outro moço que estava de saia escocesa. " Bem Meyer, bom dia". Se despediu ao passarmos.

- Que patético. - Sussurrou papai.

- Você ainda tem ciúmes dele?

- É mais que isso, ele é patético, como pode ser chamado de bruxo?

Mamãe bufou e foi na frente, preferiu não responder. E se aproximou da pequena casa com o trouxa mudando visualmente o semblante.

- Olá, Sr. Roberts.

- Sra. Gibbon! Bom dia! Bom ver a senhora. Bom dia família Gibbon.

- E como estamos?

- Tudo certo, muita gente estranha como a senhora disse.

- Pois é, esse povo místico vegetariano gosta de se diferenciar, fora que o sarau sempre atrai nós, exóticos.

- Não, claro que não, a senhora é muito elegante para esse local, nem se compara aos ripongos que estou vendo.

- Bobagem, vamos pôr o pé no chão e comer alguns matos, como uns mamíferos fazem. - Disse mamãe rindo estranhamente junto ao trouxa.

Eu e Junior nos olhamos e claramente pensamos a mesma coisa: que diabos foi aquilo? Sarau? Mamíferos? Comer mato? Acho que minha mãe não sabia como se portar perto de uma pessoa não bruxa.

- Eu nem deveria cobrar da senhora. - Disse o trouxa ainda rindo e pegando umas notas de dinheiro Libra.

- Espero que tenha um bom dia, Sr. Roberts. Bom trabalho!

Pude notar que meu pai emburrou mais a cara, mas mamãe estava atuando. Então fomos entrando em um campo enorme onde já havia dezenas ou centenas de barracas, muitos bruxos adultos e jovens que eu não conhecia super empolgadas. Já estávamos andando há 5 minutos quando mamãe apontou em um espaço de uns 20 metros quadrados vazio.

- Tive que estudar muito para falar como um trouxa. - Justificou minha mãe. - Acho desnecessário esse moço trouxa estar aqui, Zabini não para de obliviar ele, disse que tem que fazer isso o dia todo para esquecer dos diálogos sobre nosso mundo e as mágicas que ele vê...

- Mas mamãe, você também está ajudando na organização da Copa nesse nível? - Perguntei. - Não é coisa do Departamento de Esporte gerenciar tudo?

- Todos os departamentos do Ministério têm missões compartilhadas em eventos dessa magnitude. Todos devem ajudar, eu conheço todos do Ministério e isso facilita o meu trabalho.

- Qual a sua função, papai? - Perguntei.

- Montar a barraca, - respondeu ele com rispidez. - acho que daqui não há problema em usar a magia.

Meu pai não me deu muita atenção, Mamãe nesse momento conjurou uma cadeira e se sentou e nós ficamos olhamos papai tirar de dentro do malão uma pequena bolsa com um longo pano que aos poucos for se transformando em uma barraca até que grande.

Nesse tempo observei o ambiente. Consegui ver ao longe o que parecia ser Luna Lovegood e seu pai.

- Acho ela tão linda. - Resmungou Junior no meu ouvido.

- Quem? A Luna? - Perguntei.

- Pois é. Não é porque ela é mais velha, mas elas não me da muita atenção, acho que ela tem medo ou desconfia de mim. Ela às vezes usa um suéter até os pés de noite, de cor laranja, como os brincos de estrela, isso é extremamente encantador.

- Credo. Isso é sério, hein. - resmunguei me sentindo enojada.- Pode ser seu primeiro amor - Debochei

- Talvez, mas acho que não tenho chance e nem deveria, tem criaturas que nunca deveriam ser violadas...

E pela primeira vez eu ouvi meu irmão dizer algo profundo e sentimental, na verdade ele era romanticamente brega. Apesar disso, sentir inveja da Luna. Não sabia se alguém me olhava assim ou pensava algo romântico comigo. Não dá pra dizer que Zyan era o mais próximo, ele não me causava essa impressão.

Nesse momento a voz da Sophia brotou na minha cabeça " mas e o Blasio no primeiro ano? Ou o Zyan? Esse mata e morre por você!" Mas eu não me sentia nada feliz com aquilo.

Logo imaginei que talvez Fred e Jorge e sua família estariam por perto caso eles tivessem a oportunidade de assistir a copa.

- Mamãe, os Weasleys puderam vir?

Mamãe que estava distraída olhando para longe levantou uma das sobrancelhas.

- Porque quer saber?

Sua pergunta me incomodou.

- Porque o namoradinho dela não mandou carta esse ano. - Debochou júnior fazendo a leve afeição que eu estava sentindo por ele sumir.

- Como é!? - Perguntou mamãe.

- Não sei do que ele está falando.

- Eu vejo ela ajudando os gêmeos no Quadribol, todo mundo sabe que ela tem carinho por eles, ela nunca joga o balaço neles.

Essa eu não sabia, as pessoas falavam de mim.

- É. Eles me ajudaram uma vez.

- "Eles". Sei. - Disse meu irmão.

- Foi o Fred, eu aprendi com ele o que não aprendi com o Flint.

- Humm, os Weasley estão mais ao Sul. Uns 70 metros. - Respondeu ela desconfiada abrindo a caixa de transporte da gata, soltando Charlotte.

- O que foi que eu ouvi? - Disse papai ao sair para fora da barraca.

- Que a Jenna... - Nesse instante peguei Junior pelo pescoço e o sacudi dizendo " cala a boca! Ninguém aguenta mais você".

- Jenna , pare! - Disse papai me separando do meu irmão.

Minha mãe ignorou completamente minha reação, apenas entrou na barraca com o malão. Charlotte se sentou na frente da barraca e começou a observar a movimentação.

Já que eu não podia usar magia contra meu irmão, estava tentada a agredi-lo.

- NÃO BATA NO SEU IRMÃO! - Disse ele irritado, mas me punir. Talvez estive com vontade de dar uma surra no Junior também. - Não é vergonhoso ter amigo de outras casas, Jenna. - Disse ele ofegante. - Entre, veja como ficou o quarto de vocês.

Me adiantei em entrar antes do meu irmão, fui correndo, Junior atrás quase tropeçou em mim. O interior da barraca era imenso, tinha até um mezanino de madeira que levava a um outro cômodo, um telhado mais alto que o da nossa casa.

- Deveriamos aumentar a nossa casa assim. - Disse para o meu pai. Mamãe estava organizando os alimentos na cozinha. A sala era muito grande, um tapete lindo com tons de vinho deixava o ambiente acolhedor. - Parabéns papai, linda organização.

- Obrigada, Jenna.

- Mamãe, e Sophia? Onde está a barraca dela?

- Rosier está após os Lovegood, ao norte. - Respondeu mamãe fazendo umas mágicas para cortar legumes.

- Que incrível, os gêmeos parecem mais importantes que sua amiga.

- Tô praticando a paz interior, não vou para Azkaban por sua causa! - Exclamei saindo da sala e conhecendo meu quarto.

Papai montou uma cama maior do que havia em casa, não sei como tudo ali era melhor que a nossa casa, poderíamos morar nela tranquilamente. Havia uma pequena janela que dava para ver o céu e um gaveteiro para eu por minhas roupas.

- Papai, posso sair para procurar Sophia? - Perguntei quase gritando para ele, que estava na cozinha.

- Sim. Volte logo, vamos tomar café da manhã.

- Tá bom. - E saí.

Dei de cara com Zyan.

- Olá. Lindo día! Você está incrível, como sempre!

Foi um susto imenso. Zyan estava com uma túnica rubi e branca, tecido fino, um corte de cabelo diferente, mais aparado nas laterais, e algo flutuante ao seu lado, parecia um tapete enrolado. Ele estava muito bonito.

- Ah, Oi! Nossa, me achou rápido.

- Eu consigo fácil o que eu quero, e Charlotte me deu um sinal, sabe. - Disse serenamente sorrindo. A gata estava nos observando. Não me lembrava de Zyan conhecê-la. - Avistei Sophia aqui perto. Vamos até lá?

Ao me aproximar, Zyan me deu um beijo longo no rosto, muito próximo dos meus lábios.

- Tá maluco!? - Falei rapidamente me afastando.

- Perdão, eu me empolguei. Saudades de você, eu acho. - Ele respondeu umedecendo os lábios, com um sorriso orgulhoso.

- A questão é que meus pais estão aqui!

- Mas é claro que estão. - Ele respondeu calmamente. - Se não for de grande incômodo, seria incrível conhecê-los. Me faria muito feliz.

- Olá, Lamont. - Cumprimentou meu irmão atrás de mim.

- Pequeno Gustav. Bom dia. É um imenso prazer voltar a vê-lo. - Cumprimentou Zyan cordialmente.

- Papai, vem ver! - Gritou Junior, sem a menor educação.

Papai apareceu na porta da barraca e a primeira expressão foi um "uaau".

- Olá, senhor Gibbon. O senhor é um grande representante da suas leis. - E estendeu as mãos em cumprimento ao meu pai. - Um bruxo com sua grandeza não poderia ganhar um presente melhor que uma filha extraordinária.

- Hum. - Murmurou meu pai o cumprimentando, com um orgulho aparentemente falso. - Obrigado, meu jovem. Seu sangue tem mais história que as leis do meu país. É um prazer conhecê-lo.

Zyan era mais alto que meu pai e estava ligeiramente ruborizado.

- Uau, você tem um tapete voador! - Disse papai apontando para coisa flutuante.

- Sim, senhor. É um exemplar raro , passado por gerações, muito leal.

Um pedaço de tapete leal?

- Desculpa a pergunta, mas não é ilegal na Inglaterra? - Perguntou meu irmão

- Sim, aqui é ilegal, mas para vocês cidadãos britânicos e para algumas etinias que fazem parte do tratado unido da União Europeia Mágica. Eu tenho uma licença internacional, meu avô, Ministro Árabe interveio ao seu ministro sobre o uso desse artefatos e de outros em que tenho total direito e posse de uso.

Que resposta de peso, eu senti até um orgulho.

- Mas é claro. - Disse papai com um sorriso que demonstrava medo. Meu irmão também demonstrou desconfiança.

- Olá... - E apareceu mamãe nessa ora, arrumando os cabelos.

- Vejo que Jenna teve o privilégio ainda maior de ser sua filha, herdou tanta beleza... O senhor é muito bonito também, senhor Gibbon. - Reinteirou Zyan sorrindo frouxamente.

Papai deu um sorriso amarelo. Mamãe sorriu e ficou tímida, o cumprimentou em silêncio.

- Vamos logo, Zyan, por favor. - Implorei.

- Volte. Vamos tomar café. - Disse mamãe sem jeito.

- Claro, será uma honra. - Respondeu o amigo, que eu duvidava ser sincero naquele momento.

Zyan era rico, o nível dele estava acima da nossa simplicidade, e eu tinha vergonha do comportamento dos meus pais.

Fomos andando pelas pequenas trilhas em meio às barracas e cabanas. Zyan sorria como se estivesse em um zoológico, ele parecia estar vendo muitas coisas diferentes pela primeira vez, às vezes ele passava a mão nos meus cabelos. Seu tapete flutuante o acompanhava de um jeito estranho.

- Você acha que sou inconveniente? - Perguntou ele percebendo meu olhar estranho ao seu toque.

- Um pouco. Você poderia perguntar antes de qualquer coisa...

- Eu quero levar você no meu tapete para dar uma volta mais tarde, mas é preciso permissão dos seus pais.

- Uau, isso parece interessante.

Incrível como ele conseguia se desvencilhar de um assunto mesmo estando dentro dele. Eu não sabia nomear o jeito de Zyan, ele era excepcional com as palavras e seu jeito de se comunicar. Ao mesmo tempo que eu o temia, eu o admirava muito.

Eu estava sem minhas tranças e isso parecia deixar Zyan me encarando. Meu cabelo estava sem cor nas pontas, estava mais longo, quase passando do quadril, não sabia qual cor iria pedir para mamãe pintar, talvez eu fosse decidir em Hogwarts.

- Seu cabelo é mais ondulado do que os da minha mãe. Eu amo eles.

Aquela frase fazia meu estômago se revirar. Mas achei ambígua também, ama os cabelos da mãe dele ou os meus? Eu não me atrevia a perguntar.

- Aquela cabana é a da Sophia. Muito sofisticada. - Disse ele apontando.

Eu duvidava dos parâmetros de sofisticação de Zyan, mas a cabana da Sophia parecia uma casa de boneca por fora, havia um jardim em miniatura muito bonito. Sophia estava agachada, parecia estar com um inseto nas mãos. Ao ver a gente, soltou o que quer fosse com gentileza, sobre a terra.

- Bom ver vocês. - Disse a amiga sorrindo. - Eu encontrei uma pupa de besouro. Acho incríveis esses insetos, principalmente porque não tem magia neles. - Ela mediu Zyan com indiferença e me olhou com carinho suspirando. - Minha elfa não sai da cabana, mas ela tem os recursos dela para me proteger. Dizem que tem um trouxa andando por aí.

Ela parecia um pouco nervosa, ansiosa, não nos cumprimentou.

- Só um. E até agora não sei porque ele está na porteira desse lugar.

- Pois é. - Disse ela limpando as mãos uma na outra. - Vamos entrar, temos suco de laranja.

- Rosier, sua cabana é muito romântica. Um estilo singelo mas muito aconchegante, dá vontade de ficar pra sempre. - Disse Zyan.

- Você acha é? - Disse Soph em tom de deboche percebendo o tapete do Zyan. - Isso aí é um tapete voador???

- Sim. - Disse ele sorridente.

- Hum. - Murmurou ela secamente.

Dentro da sua cabana era tudo tão grande quanto a nossa, mas havia mais luminárias de cristais, móveis e esculturas de mármore, um piso rosado que parecia ser de quartzo. Uma sala com 3 sofás de estofado aveludado marrom avermelhado, uma lareira, uma estante cheia de livros, quadros e um cheiro de rosas. Fomos à sala de jantar que na verdade estava adaptada para o café da manhã, com uma pequena mesa de jardim com cadeiras e poltronas.

- Um desjejum de respeito, Rosier. - Elogiou Zyan, olhando a mesa com diversos queijos, frutas e cereais.

- Minha tia me educa mal. - Ela respondeu. - Só alimentos saudáveis. - E deu risada, se sentando em uma cadeira de madeira com futons.

Não tinha noção da riqueza de Sophia. De onde sua tia tirava tanto dinheiro? Até onde eu sabia, ela não trabalhava.

- A sua tia não trabalha, não é?- Perguntei sem medo me sentando em uma das poltronas de couro.

- Não de forma normal, ela tem muitas heranças aplicadas; as delas .. as minhas .. Tem empresas também, algumas que não me interessam. - Disse Sophia se servindo de suco de laranja mudando o semblante, foi ficando desanimada, triste, reflexiva.

- Lamento não conhecer a sua história. - Começou Zyan se sentando ao meu lado.-  Jenna é muito discreta, ela jamais colocaria sua intimidade...

- Meu pai foi Comensal da Morte, morreu na primeira guerra. - Ela respondeu sem ser perguntada. De certo já entendia esse tipo de indireta. - Ele era muito rico. Minha tia era sua irmã. A teoria dela era que a vida monótona dele fez ele querer se divertir com um psicopata. Mas aposto que você já sabia. - Disse ela com desdém. - Você sempre sabe de tudo.

- Não, não, não sabia. - Disse ele aparentemente preocupado, franzindo a testa.- Na verdade, eu pouco compreendo sobre esses tais "comensais da morte". O nome me soa muito estúpido...

- Eles matavam pessoas por diversão. Trouxa, bruxos mestiços, criaturas mágicas, seguindo as ideias de um bruxo das trevas.

- Entendo. - Respondeu ele piscando longo. - E sua Elfa? Prefere se afastar?

- Ela deve estar por aí.

- Você não se importa com ela?

- E porque eu deveria? - Perguntou Sophia a Zyan, começando a transparecer nervosismo.

- Elfos são muito poderosos e muito subjugados, isso eu não consigo compreender.

- Subjugado? - Perguntei.

- Pelo pouco que conversei com alguns alunos e li em alguns livros, vocês não sabem nada sobre eles. Os elfos são estupidamente poderosos e perigosos também.

- Bobagem, eles estão presos a uma tradição mágica, jamais fazem algo...

- ... Porque querem.. Já ouvi isso. Isso não é bem verdade. Eles são mais livres do que você pensa.

- Como pode dizer isso? Vocês nem tem elfos domésticos, vocês escravizam trouxas.

O clima começou a ficar hostil, Sophia estava ficando vermelha, Zyan não, parecia empalidecer.

- "Elfo doméstico" é um termo muito medieval. Isso é típico de europeu... - e apontou para o canto da sala onde apareceu a elfa. - Qual o nome dela?

- E porque isso te interessa? - Disse Sophia, cerrando os pulsos sobre a mesa.

- Olá! - Falei me levantando e dando um tchauzinho para a elfa que se assustou. - Mamãe tinha uma elfa, ela dizia que era uma excelente companhia.

- Duvido muito, Srta. Gibbon. - Disse a elfa quase que sussurrando com cabeça baixa. E se afastou.

- O nome dela é Njal. - Disse Sophia com imenso suspirar, parecia estar preferindo se acalmar.

- Lindo nome, sabe o que significa?

- Não Zyan, eu não sei! - Prosseguiu Soph segurando sua raiva.

- Significa "gigante".-  Respondeu ele com a voz mais alta.

- E como sabe disso? - Perguntou Sophia com olhar torno me observando ainda de pé.

- Sou poliglota, eu falo 15 idiomas, entre eles, Norueguês e Islandês. Significa "Grande" ou "O vencedor", geralmente é um nome masculino.

A elfa parecia estar escutando, ela voltou para a sala com um paninho nas mãos que estava mais brancos que sua veste cinza encardido. Ela o enrolava nas mãos ansiosamente e não nos dirigia o olhar.

- Njal era meu pai. - Disse ela alto, olhando para o chão. - Nasci faz quase cem anos, nós elfo vivemos aproximadamente trezentos. Meu pai me pediu muito perdão por ter me posto no mundo. As primeiras palavras que aprendi foi Njal, porque sabia que era um nome forte, eu o amava muito. Quando a família Rosier me comprou eles achavam que meu nome era Njal, então eu aceitei ser chamada assim...- Disse ela ainda olhando para baixo. - Perdão a intromissão..

Sophia parecia chocada.

- Porque nunca nos disse isso? - Perguntou Sophia.

- O senhor Lammont está correto. Somos subjugados, e como a senhorita disse , porque minha história deveria ser do seu interesse?

- Já que ninguém vai tomar café da manhã, vamos sair um pouco. - Disse Sophia com impaciência se levantando, largando totalmente o assunto e evitando olhar para elfa. - Vamos tomar um ar. A neblina deve estar se dissipando.

Zyan se despediu cordialmente de Njal e saiu logo atrás de mim. Eu acompanhei Sophia rapidamente porque ela já estava na porta.

- É impossível acordar tarde aqui. - Começou a amiga tentando mudar assunto. - Muito barulho. Parece que nunca viram uma Copa na vida. - Disse a amiga desanimada.

- Aqui na Inglaterra é muito raro mesmo. - Respondi a ela seguindo seus passos perdidos.

Zyan não quis mais se pronunciar, parecia ter surgido nele algum pensamento mais empata por Sophia, ele não parecia muito bem olhando para ela com uma expressão de pena. No caminho ele ainda me lançava alguns olhares, encantado por minha presença ou cabelo. Seu tapete às vezes tropeçava no chão de pedras do campo, era engraçado e fofo.

Decidi levar Sophia em direção a minha barraca e vimos os Lovegood no caminho.

- Bom dia, Sophia. - Cumprimentou Luna Lovegood dando um tchauzinho, com uma das mãos sujas de barro e a outra com cenouras que apreciam acabadas de serem colhidas.

Sophia retribuiu o "Oi" mas não deu tanta atenção, eu apenas disse "Bom dia", Zyan fingiu não ter visto ela.

- É modesta. - Disse eu ao pararmos na frente da nossa barraca. Fobos estava no telhado, parecia estar querendo rasgar a barraca.

- Jenna, preciso voltar. - Disse Zyan desenrolando o tapete, colocando em posição e subindo nele. Ele parecia muito sério. - Não poderei ficar para o café da manhã. Agradeça seus pais.

Ele estava estranho, mas não fiquei curiosa para saber o motivo.

Ver o tapete voando com ele encima era um pouco engraçado, eu nunca tinha visto, mas batia em mim um orgulho e curiosidade.

- Ué. Já foi? - Disse mamãe aparecendo na porta e observando Zyan levantar vôo. Muitos bruxos ao nosso redor ficaram impressionados. - Merda. - Ela murmurou cruzando os braços. - Zabini vai obliviar o trouxa por causa disso.

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