🐈:: EPÍLOGO : eterno gatinho cinza.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀Um tempo se passou desde então.
Os vizinhos viraram amigos inseparáveis ── tirando Raya, esta que parou de frequentar porque, primeiro, ainda estava magoada com seu bolo de cenoura e também porque estava numa faculdade distante. Mas, sempre que possível, passava por lá para fazer mais traquinagens e claramente bagunçar a casa de Haru ── ênfase em bagunçar.
Mas, o impasse do tempo fez com que certas ocorrências se fizessem presentes e que Haru fosse mais próxima dos rapazes.
Quando pensar que não, lá estavam os dois sentados no sofá de sua casa brincando com seu gato cinza. Eles eram uns fofos, os três gatinhos. Haru não gostava lá de toques, mas, claramente não era imune a deixar seu coração bater; em algum momento isso aconteceu e claro que uma coisa não tem muito haver com a outra.
Mas é que dizem que o toque faz com que as pessoas... Gostem mais delas? Não sei, só sei que as pessoas dizem isso. Com base científica talvez não tenha sido, só pela boca falada mesmo.
Ela não sabe por quem começou, mas, ela sabe que sente isso.
Principalmente quando algo aconteceu e todas as noites ela faz questão de ir para fora de casa, já que não tinha quintal, para observar as estrelas. As mais brilhantes, então, ela procurava.
Sentada no batente da sua porta, ela sentiu dois rapazes se aproximar de seu corpo; claramente seus vizinhos.
── Ele vai ficar num lugar melhor ── um dos vizinhos então, disse.
── Não vai ter a sua companhia lá, mas, ele estará melhor ── o outro vizinho disse, se embaralhando nas palavras. ── Disso você pode ter certeza, então...
Os dois sutilmente acariciaram a bochecha de Haru, ali retirando as lágrimas que caíam do rosto dela.
── Não chore.
Ao olhar, estavam os dois, com os cabelos rosas, mas de tonalidades diferentes e também personalidades; eram diferentes entre si, mas, para Haru, eles eram iguais: ela sempre gostaria deles na mesma intensidade.
Leon era estabanado, ou seja, vivia falando abobrinhas, agindo como um bobão, o que lembrava levemente ao seu gatinho, este que... Tinha se ido, mas para Haru ter Leon ao lado era um reconforto.
Leo, por outro lado, era um pouco mais sério, mas também tinha o seu lado bobo. Ele era inteligente para alguns assuntos, mas não deixava de ser um pouco pidão e principalmente curioso. Isso também lembrava seu gatinho, que, toda vez que estava mexendo nas panelas ou falando sozinha, ele chegava miando ou pedindo carinho ao redor de suas pernas.
Leonardo tinha ido para um lugar melhor.
Daquilo Haru tinha razão.
── Obrigada, rapazes... Sem vocês, eu não saberia como eu estaria ── sorriu, então.
Leonardo, seu gato cinza, seria seu eterno gatinho cinza.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Estava aqui pensando... Em 2022, que foi quando nos conhecemos, fez pouco tempo até ser seu aniversário. Aqui, ouvindo "The Night We Met", POR MOTIVOS DE QUE ESTÁ NA MINHA PLAYLIST!!! Eu... Me senti nostálgica, porque foi exatamente nesse ano que eu viciei nessa música. Então, escrevendo o epílogo, pensei: o que eu tava fazendo? E, é. Eu não lembrava que em 2022 seu aniversário tinha caído num domingo, que eu escrevi a história escondido, que eu estava comendo marshmallow enquanto assistia vídeos claramente aleatórios e que também estava te forçando a assumir o Maki na época.
Sabe, apesar de ser pouco tempo, já vivemos bastante coisas juntas. Eu gosto bastante da sua amizade e amo o fato de que você é genuinamente boa. Você realmente não tem maldade em você. Espero que essa história lhe dê um reconforto por tudo que tenha acontecido com você nesse ano, principalmente o pior fato existente nessa história, você provavelmente entendeu. O Leonardo era um gato mimado e, minhas palavras não vão ser as melhores, mas, ele teve o seu tempo aqui na terra e cabe a você, então, apenas sorrir e pensar que ele virou uma linda e brilhante estrelinha. Fiquei tão em choque quanto você quando a notícia veio e... Claro, o baque: por quê? As pessoas são más. Egoístas, egocêntricas e principalmente malvadas. Ele era apenas um gato. Indefeso. Ele te bate? Sim. Ele te morde? Sim. Mas, no gato não existe maldade.
Desde que a notícia veio, fiquei me perguntando: o que eu faço com a história dele? É, ela virou uma homenagem :) espero que você tenha gostado e, que claramente tenha sido tão reconfortante quanto a do ano passado. E como você diz e repete dizendo que "ama histórias tristes", quis dar pra você o MAIOR PLOT TWIST DA HISTÓRIA!!!!!
Feliz aniversário, Roluda! Você é uma pessoa incrível! Espero que aproveite bastante o seu aniversário, tanto esse quanto os próximos!
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