🐈:: 04 : gato mimado!
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀Semanas tinham se passado, e, momentaneamente, os vizinhos teriam que se aproximar.
Mas, por ventura e de forma repentina, Haru não imaginava que seria tão rápido.
É, certo, foram mais do que deveriam.
No entanto, nenhum deles ── dos dois vizinhos, no caso ── sabiam que era Haru a tal que vivia chamando o nome deles indiretamente.
Não era por querer.
Mas, assim que o dia amanheceu, o gato parecia estar atiçado por alguma coisa do além.
Estava colocando as patas no rosto dela para ela acordar, sendo que eram quatro da manhã. Estava gritando no ouvido dela, mas ele tinha ração e água... Estava... Estava fazendo tudo para enlouquecer a coitada, inclusive estava bagunçando o cabelo dela.
As horas podiam passar, mas, o gato não parava. Eram nove da manhã, quando, então, Haru não aguentou mais tudo aquilo.
── Leo Leon Leonardo Leandro! ── gritou, então, chamando a atenção do gato cinza, que estava correndo pela casa. ── Você poderia ficar quieto por algum tempo!? ── reclamou.
Mas, como esperado, o gato não parava.
── Leo Leon Leonardo!! ── gritou, então, com mais raiva. ── Você é um gatinho muito safado! Por que não fica quieto, hein!? ── tinha conseguido pegar o gato. Brincou com ele, até ouvir batidas em sua porta. ── Que estranho... A Raya só disse que vinha mais tarde... ── assim que estava perto da porta, o gato lhe mordeu. ── Ai! Leo Leon Leonardo!
Reclamou, mais uma vez, antes de abrir a porta. Ainda estava de pijama e o cabelo... Bem... Estava uma bagunça, mas estava em um coque bagunçado.
Sua expressão foi confusa quando abriu a porta.
── Por que você chamou meu nome? ── seus dois vizinhos perguntaram, em uníssono, olhando bem para a garota.
Eles se entre olharam.
── Ela chamou o meu...
── Foi o meu, cara.
── Eu me chamo Leo.
── E eu Leon!
Então eles olharam para a garota.
── Por que estava gritando? Está precisando de ajuda? ── o vizinho músico, então, perguntou, parecendo preocupado. Ele trajava uma camisa branca que tinha coisas escritas (coisas que Haru não entendeu porque não sabia inglês) e uma calça jeans, mas também usava o óculos.
── Faço a mesma pergunta! ── Leo, então, disse. Utilizava uma camisa verde escuro com alguma coisa escrita em letras góticas.
Mas, Haru tampouco se ligou e apenas disse:
── Ele é o meu gato!
E então o gato cinza ultrapassou os três pares de pés que ali estavam, os derrubando, como se fosse um raio. Todos ali caíram, claramente, porque não esperavam por isso.
── Aquele cinza!? ── o que usava óculos perguntou, incrédulo. Se seus amigos estivessem ali, eles claramente ririam horrores.
── Ele mesmo!
── Por que ele tá tão agitado? ── o de verde escuro perguntou.
── Nem eu sei! ── parecia preocupada, então.
── Haruzinha olha só o bolo que eu fiz ho... JE! ── gritou, então, se assustando com o gato quase pulando em si.
O bolo de cenoura então, que estava sendo com fragilidade, voou. Voou até o chão, onde teve uma aterrissagem agradável, por conta da cobertura.
── NÃO! ── gritou, então, como se fosse uma criança e tivessem quebrado o brinquedo favorito dela. ── Não! Meu belíssimo bolo de cenoura com cobertura extra de chocolate não!
Choramingou, reclamando e os três trapalhões, sendo Leo, Leon e Haru, apenas observavam a cena dramática que era Raya reclamando.
── Ai, que droga! Gato mimado! ── Raya exclamou, depois de ver o gato comendo o bolo que tinha caído no chão.
Os três riram.
Tudo, no fim, não passava de mal entendidos e tudo por culpa do gato mimado de Haru.
── Olhando assim, se você não mimasse tanto ele, talvez...
Haru deu um soco dolorido no ombro de Leon. Que garoto ousado!
── Não fale da criação do meu gato!
── Mas ele é mimado demais, Haru! ── Raya reclamou, em prantos. ── Se não fosse por conta dos seus mimos, ele não teria me forçado a derrubar o bolo de cenoura gostosinho que eu fiz, poxa!
── Isso daí é irresponsabilidade sua, você... Ai!
── Calado e você não sabe do que eu sou capaz! ── ameaçou Leo, então, que arregalou os olhos, fingindo medo.
No entanto, ali, na sala da garota, Leo, Leon, Leonardo e sua amiga Raya riam e trocavam histórias engraçadas, como também se conheciam melhor a medida que isso acontecia; que o tempo passava.
Leonardo depois voltou...
Leo e Leon saíram da casa de Haru e, como uma boa vizinha, foi até a porta para se despedir dos rapazes devidamente.
── Tchau, garotos!
── Tchau, Haru! ── falaram em uníssono, sorrindo.
No entanto, algo caindo do céu e bem rápido se fez presente na cabeça dos rapazes, que não entenderam muito bem o que era.
── O que..?
── Ha! Isso é cocô de pombo, idiotas! ── Raya então apareceu, rindo da cara deles. ── Que azar, hein! Imagina sair da casa de alguém e a cabeça de vocês serem cagadas! ── gargalhou dos rapazes.
── Muito engraçadinha você é ── Leon riu forçado.
── Claro! ── algo molhado se fez presente na cabeça dela, que logo desfez o sorriso.
Leo, então, rachou o bico naquele momento, perdendo as estribeiras.
Haru e Leon também, mas, claro, se foi na cabeça dos três, por que não seria na de Haru também? Dito e feito! Lá estava, os quatro futuro amigos com cocô de pombo na cabeça.
── Ai, que merda! ── Raya reclamou.
── Literalmente merda! ── Leon se juntou.
── Isso é uma droga! Tudo isso porque eu não lavei meu cabelo! ── foi a vez de Haru.
── Tudo isso porque eu faço ciências tecnológicas!
E então todos olharam sem graça para Leo.
── Ih alá o cara acha que é diferentão dos outros ── Raya apontou para o garoto de verde escuro e rachou de rir. ── Sai dessa vida!
── Leonardo! Você voltou! ── Haru agarrou o gato cinza nos braços, lhe dando carinho e rindo da palhaçada de sua amiga e seus futuros amigos.
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