🌹↝🧸⁵
capítulo não revisado🤡
se gostarem, comentem o que acharam🎀🧸
•me perdoem pelos erros ortográficos•
Night Changes.
Boa Leitura
— Jimin, não! – a garota balançou a cabeça, suspirando quando, mais uma vez, o melhor amigo a mostrou o vestido preto com decote em V.
— Mas você ia ficar linda, Tae. Fora que com esses peitões aí, ele ficaria perfeito. Eu duvido que o Jungkook não olhe. – ele balançou o vestido, jogando a peça na cama.
— Caramba, hyung, até eu que sou um garoto idiota, sei que é cedo demais para a Tae expôr os peitos. – Harry, que estava sentado na cadeira da mesa de estudos da garota, com um saco de batatinhas no colo, disse óbvio. – E o Jungkook parece ser bem safadinho, seria muito arriscado.
— Cala a boca, menino! – o Park riu alto, jogando uma almofada no garoto. – Qual é, Tae? Nós estamos aqui desde quatro da tarde, você já tomou banho, arrumou o cabelo e fez até a maquiagem. Precisa escolher algo logo, senão ele chega e você ainda está assim, de pijama. – apontou para o corpo da menina.
A loirinha suspirou e massageou as têmporas, colocando as mãos na cintura para encarar o melhor amigo com o maior deboche que podia. Jimin havia feito questão de ir ajudar a melhor amiga, mas estava complicado por ela não gostar de nada e achar todo mínimo decote muito exagerado e demais para um primeiro encontro, fora que toda vez que se olhava no espelho, achava que estava simples demais e precisava de algo á mais. Vez ou outra, Harry dizia um palavrão e ameaçava bater na garota se ela continuasse com a impressão de estar feia ou muito chamativa, estava achando a irmã mais velha linda, realmente linda. Seokjin estava na sala com os mais velhos, disse que não aguentaria ver a irmã reclamando a cada peça de roupa não aprovada ou a cada reflexo diferente no espelho. Se perguntava como alguém como ela podia pensar sobre não ter beleza ou se diminuir sem necessidade.
A loirinha estava nervosa, ansiosa e com medo, depois dois anos, aquela era sua primeira vez saindo com um garoto, um garoto que sentia gostar e querer por perto e estar. Claro, não queria que fosse como Jaesung, com que acreditou estar vivendo o primeiro amor quando, na realidade, apenas gostava da companhia alegre e animada do tailandês de olhos redondinhos e cabelos vermelhos como fogo. Não podia negar, Jaesung era um garoto muito bonito, mas não era nada além de um grande amigo. Ainda se sentia muito culpada quando lembrava do dia em que disse que o menino não era nada além de um bom amigo e o viu chorar em sua frente, implorando então, por uma amizade confiante da menina. Jaesung era especial e Taehye sempre o amaria, mas não daquele jeito.
A porta foi aberta grosseiramente e os três puderam ver Haru entrar apressada, colocando a mão no peito antes de encarar os três adolescentes e correr até a janela do quarto da menina.
— Seu príncipe chegou, Tae! – a mulher gritou animada, batendo palminhas após abrir as cortinas e apontar para fora do quarto. – Ele está lindão.
— Meu Deus, eu não estou pronta, que ódio. Ah, ele não vai querer esperar, gente, eu perdi meu primeiro encontro com alguém que me faz sentir arrepios. Eu não sei o que fazer, vou chorar, vou gritar, vou esp-
— Ei! – Jimin deu dois tapinhas na bochecha da amiga, segurando seus ombros com confiança. – Seguinte, Harry vai lá p'ra baixo e vai avisar o Taejoon. Sei lá, pergunta pro Jungkook se ele quer uma água ou algo assim. – apontou para o garoto, que balançou a cabeça e correu para fora do quarto.
— Jiminie... – a menina chamou de forma manhosa, se sentando na cama.
— Momento mãe e filha enquanto eu escolho a roupa! – ele gritou para Haru, que andou até a filha e se sentou ao lado da garota.
Haru tocou as mãos da loirinha e deixou um selar nas costas de ambas, sorrindo de forma carinhosa para a garota.
— Você está linda, meu amor, perfeitamente linda, ok? Qualquer coisa que você colocar vai ficar perfeita, sua maquiagem, seu cabelo, suas mãos, seu corpo. Você é toda linda, hm? Não há necessidade de ficar nervosa, assim, Taehye. Você é uma mulher, você ensinou seu irmão mais novo a forma certa e de se tratar uma garota, conversa abertamente sobre qualquer assunto e não tem vergonha alguma de dizer que é um corpo trans e que isso é você. – beijou a bochecha da garota, se aproximando mais. – É o seu primeiro encontro com alguém que faz seu coração disparar e seus neurônios travam, você tem que parar de pensar no que pode dar errado e pensar no que de bom vai vir depois dessa noite. Eu tenho certeza que ele não vai se importar em esperar um pouquinho. Eu vi ele bater palminhas depois que saiu do carrão que ele veio.
— Eu só... Não quero me sentir animada assim e acabar me decepcionando, ou decepcionando ele se, em algum momento, meus sentimentos mudarem. Ele, em pouquíssimo tempo, se tornou especial de alguma forma. – sorriu boba, lembrando do rosto animado do Jeon. – Ele é tão bobo e tão gentil, mãe, ele- Ah, eu não sei o quê dizer. – riu confusa, tocando a área inferior de seus olhos. – Eu quero que algo aconteça, que ele seja ainda mais especial do que é agora e que eu me sinta feliz.
— Você está feliz agora, Tae?
— Muito, eu estou muito feliz. Depois do Bogum, eu não achei que iria me sentir assim. E é apenas um encontro. – ela riu tímida, olhando para o espelho na porta fechada. – Eu quero que isso dê certo.
— Então faça acontecer, meu amor. Não se sinta insegura com o quê usar, o quê falar ou o quê fazer. Quer usar um decote grande, quer expor seus seios totalmente naturais? Faça. Quer usar um salto alto e mostrar-se segura? Faça. Quer fazer sexo no primeiro encontro? Se ele estiver bem com a ideia, se for a hora e os dois estiverem de acordo, faça! – tocou os rosto da garota, passando o polegar na bochecha vermelhinha. – Não há nada de errado e usar, fazer ou dizer o que quer. Ninguém é igual, todos nós temos pensamentos diferentes e essa é a realidade. Não se feche para nada, meu amor, está tudo bem.
— Mas e se ele me achar vulgar? E se eu não for exatamente o que ele espera? – abaixou sua cabeça, olhando para os próprios joelhos.
— Então você supera e aceita. Aceita que ele não é o homem que merece estar na sua vida e siga em frente, feliz do seu jeitinho. – beijou a testa da filha, tocando os fiozinhos claros. – Tudo com você é maravilhoso e ele vai ver isso, cedo ou tarde, vai ver que você é maravilhosa.
— Desculpa interromper o momento bonitinho, mas eu acho que temos. – Jimin ergueu as mãos ocupadas pela roupa que a garota usaria. – Agora você vai se vestir e, quando estiver pronta, desce. Coloca o tênis branco, vai ficar legal. – ele deixou a roupa sobre a cama e foi até, Haru, puxando a mais velha pelo braço. – E não enrola, já é seis horas!
Taehye riu nasal e se levantou, pegando as peças que Jimin havia separado. Revirou os olhos e se despiu, deixando apenas a calcinha no corpo, vestindo a peça de cor vermelha pela cabeça e a descendo para o resto do corpo com facilidade, mas precisando puxar o tecido quando chegou nas coxas. Se sentou na cama novamente e puxou o par de tênis brancos debaixo dela, erguendo-se para pegar as meias mais discretas que tinha, ou melhor, procurar, já que costumava usar meias muito coloridas com os tênis de cano médio. Se sentou na cama novamente e calçou os sapatos, ficando nervosa no momento em que fora amarrar os cadarços, batendo os pés no chão em pura ansiedade. Se levantou novamente e andou até a porta fechada, cobrindo a boca ao encarar seu reflexo no espelho grande.
Estava perfeito. O vestido de cor vermelha ficava bem modelado no corpo da garota, que sentia suas coxas roçarem uma na outra, mas não em desconforto. A abertura que dava visão de sua coxa direita, dava a impressão de que o tecido era maior naquele lado, mantendo ao comprimento até um pouco abaixo da metade da coxa. O decote nada muito chamativo deu a garota vontade de tocar suas clavículas e a fez sorrir satisfeita com a escolha de Jimin. Deu pulinhos infantis e pegou a jaqueta em cima da cama, pegando o celular e não esquecendo da bolsa lateral que Haru havia lhe dado. Colocou o celular na bolsinha e deixou a jaqueta na mão direita, correndo para fora do quarto e descendo os poucos degraus da escadinha que dava entrada aos quartos. Encolheu seus ombros e parou de caminhar quando viu Jungkook parado ao lado de seu pai, a olhando com os olhos brilhantes e lábios entreabertos, com a mão do mais velho sobre seu ombro, o deixando tapinhas. A menina andou um pouco mais e juntou as mãos na frente do corpo, mexendo o pé de forma nervosa e frenética.
Jungkook suspirou e aquilo não passou despercebido por ninguém ali. Tae estava linda, absolutamente linda e o moreno só queria poder vê-la por muito mais tempo e conseguiria ficar assim para sempre. O mesmo vinha da Kim, que se sentia em um filme clichê colegial, onde o bad boy que usa jaquetas e botas chama a menininha inocente para um encontro. Mas, no caso dos dois, não há nada inocente na aura brilhante da garota loira que não consegue parar de pensar sobre beijar os lábios rosados do Jeon enquanto puxa alguns dos fios longos do garoto. E, ah, faria aquilo com muita vontade se o momento chegasse.
— Credo, vocês parecem duas estátuas, muito filme clichê. – Seokjin disse com uma careta, passando no meio dos dois. – Parece até que nunca se viram.
— Para de ser chato, Seokjin! – Haru gritou para o mais velho, revirando os olhos. – Eles só estão visualizando seu futuro companheiro. – ela balançou os ombros, andando na direção da cozinha.
— Muito bem, não voltem tarde, mas eu não quero ela em casa antes das dez. Faça ela sorrir e não seja um garoto mal. Quer dizer, se ela quiser, você po-
— Pai! – a menina gritou em desespero, cobrindo o rosto com uma das mãos.
— O quê?! – ele riu e abriu a porta atrás de si, deixando passagem para os dois pombinhos. – Se divirtam e aproveitem o primeiro encontro de vocês.
Taehye revirou os olhos e passou na frente de Jungkook quando o moreno virou os corpo, a dando movimento para ir primeiro. Sentiu a mão do pai da menina em seu ombro e encarou o mais velho, engolindo seco sem alta necessidade.
— Deixe ela feliz e se forem fazer algo, usem proteção! – ele gritou antes que a loira pudesse puxar o moreno e fechar a porta em sua cara.
A menina encarou o capitão, e revirou os olhos, mexendo no cabelo antes de seguir o moreno para fora da garagem de sua casa, não deixando de reparar as coxas grossas do maior. Ah, ele era sim muito gostoso.
— Me desculpa por eles, minha família não é normal. – ela riu, corando quando o Jeon abriu a porta do carro e segurou a sua mão, dando apoio para que ela entrasse.
— Relaxa, Tae. Pensa assim por quê não conhece a minha. – ele piscou e deu a volta no carro, entrando no veículo e o ligando rapidamente. – Como você está se sentindo? – perguntou após colocar o cinto.
— Eu tô... feliz, muito feliz. – sorriu tímida e colocou o cinto, apertando a bolsa em seu colo. – E você?
— Eu tô nervoso, você está bonita demais e eu tô com medo de dizer alguma coisa errada. – ele disse rápido, dando seta antes de acelerar o carro para longe dali.
— Eu não sabia que você tinha carro. – ela disse com um sorrisinho, olhando para o moreno concentrado na estrada.
— Eu não tenho. – riu nasal, encarando a menina por segundos. – Eu pedi para o meu pai, disse que tinha a chance de sair com uma garota muito gatinha e ele deixou.
Tae abriu bem os olhos e olhou para frente, sentindo certa vergonha após a fala do garoto e também falta de coragem para olhar para o moreno que tinha um sorriso ladino nos lábios. Ah, ele era um cafajeste. Ela deitou a cabeça na janela e passou a observar as ruas por onde passava, pensando sobre como iria reagir no resto da noite, com Jungkook dizendo coisas daquele tipo, sorrindo daquela forma e a encarando daquele jeito. Se sentia bem ao lado do garoto e tinha a sensação de segurança e certa confiança, o que não era normal, já não havia nem uma semana que se conheciam, apenas sentia que podia tê-lo para tudo.
Vamos sair essa noite, ela coloca algo vermelho
Sua mãe não gosta desse tipo de vestido
Tudo o que nunca teve, ela está revelando
Dirigindo rápido demais, a Lua brilha em seus cabelos
Ela está indo em direção a algo que ela não esquecerá
Não ter arrependimentos é tudo o que ela quer
Jungkook encarou a loirinha por alguns segundos e abriu um sorriso ao ver a garota distraída com a rua, com a cabeça deitada no vidro e uma mão no queixo. Se atreveu a tirar a mão da marcha por alguns segundos e tocou as costas da mão esquerda da menina, puxando ela até a marcha, mantendo seu olhar concentrado na estrada e a expressão calma, como não tivesse feito nada. Taehye o encarou surpresa e com os olhos bem abertos, tentando se manter serena enquanto, em seu cérebro, todos os seus neurônios funcionais sambavam e gritavam pela garota, que apenas abriu um sorriso leve e se sentou reto no banco do carona, encarando o Jeon novamente antes de voltar a olhar para a rua.
O caminho foi curto e silencioso, confortável para os dois ansiosos para os próximos passos. Jungkook, depois de algum tempo procurando, havia encontrado uma boa vaga no estacionamento de um restaurante que Taehye não conhecia, o que a deixou curiosa após descer do carro e ter sua mão tomada pelo moreno, que apenas sorriu e caminhou direto até a porta de entrada do lugar, parando na recepção.
— Reserva ou pedido de retirada? – a moça alta de cabelo escuro perguntou, não tirando o sorriso brilhante dos lábios. Taehye se sentiu ameaçada com aquele sorriso de lábios e dentes perfeitos.
— Reserva no nome Jeon, por favor. – Jungkook disse confiante, apertando mais a mão da garota que o encarou automaticamente.
A mulher alta e mais velha balançou a cabeça e após olhar algo no tablet que tinha em mãos, pediu que a seguissem, adentrando o estabelecimento bem iluminado e decorado. A loirinha havia ficava maravilhada e, diferente do lado de fora, podia sentir o calorzinho do ar-condicionado em si, o que a fez sorrir contida e segurar a mão do Jeon com as suas duas. Pararam de frente à uma mesa que ficava perto das janelas, bem próxima do balcão de bar e bem iluminado. Jungkook puxou a cadeira p'ra que a loirinha se sentasse e foi para o outro lado da mesa, se sentando relaxado enquanto encarava a menina à sua frente.
— Vocês querem algo antes dos pedidos? Uma água ou café? – a mulher perguntou gentil, olhando para os dois a sua frente.
— Eu quero uma água com gelo, por favor. – Taehye sorriu gentil, encarando a mulher com os olhos brilhantes.
Após ver a mulher mais afastada, Tae encarou Jungkook e sorriu nervosa, apoiando seu queixo na mão antes de ver o garoto abrir um sorriso de lado.
— Você fica lindinha demais quando suas bochechas estão vermelhas. – ele disse após fazer o mesmo que a garota, piscando seu olho direito para a loirinha.
— Você disse isso para outra garota, alguma vez? – ela perguntou após cerrar os olhos.
— Não, eu... – o garoto pareceu pensar, tanto que seu sorriso sumiu e ele se afastou da mesa, olhando para rua pela janela. – Eu nunca disse isso para outra garota, você é... você é a primeira.
Taehye piscou seus olhos e se afastou da mesa, havia notado o quanto aquilo havia sido dramático e pensou um pouco, sobre o que poderia ter acontecido e também se culpou um pouco, pensando ter dito algo errado sem perceber. Quando ía dizer algo, a mesma mulher de antes chegou com um copo em mãos e a menina simplesmente sorriu, agradecendo baixinho antes de beber alguns goles do líquido com gelo. Viu Jungkook olhar para as próprias mãos e depois voltar à encarar a loira, abrindo o mesmo sorriso de antes, mas agora fora interrompido pelo garçom com os cardápios.
— Boa noite, bem vindos ao Kim's Yummy, nos desculpem pela demora. – ele sorriu, entregando os cardápios para os dois. – Fiquem a vontade para pedir.
— Qual é o prato principal de hoje? – o moreno perguntou enquanto olhava para o cardápio, encarando o homem uniformizado por segundos.
— Temos, como tradicional e para abrir o apetite, Kimchi com o acompanhamento de Sulleongtang. – o garçom com uma expressão um pouco assustada, disse nervoso e Taehye pôde notar as mãos inquietas.
Olhando em volta, parou quando viu um casal o olhando com os braços cruzados e expressões sérias, como se realmente esperassem que ele fizesse algo errado.
— Pode ser o Kimchi e eu também vou querer Bulgogi. – Jungkook sorriu após entregar o cardápio para o garoto. – E você, Tae?
— Eu vou querer um pouco de Sulleongtang e o Nakji Bukkeom, por favor. – sorriu gentil, entregando o cardápio de volta ao garçom que se curvou e se afastou. – Ele parece bem nervoso. Acho que ele está bem nervoso.
Jungkook olhou para trás e abriu um sorriso após notar o casal na porta de entrada para a cozinha, ainda de braços cruzados enquanto esperava que o garçom se aproximasse. Riu nasal e balançou os ombros, se virando para Taehye novamente.
— Aquele é o Dongyul, ele começou aqui hoje. Aqueles são os pais do Namjoon e eles provavelmente estão avaliando o comportamento do pobre Dongyul, que faz faculdade de gastronomia e tem o sonho de ser um chefe. – ele disse tranquilo, encarando a garota com leveza.
— E como você sabe de tudo isso? – ela riu após apoiar o queixo sobre a mão.
— O Namjoon contou pros caras do time. – ele riu.
Ela revirou os olhos e balançou a cabeça, rindo de forma leve e ambos acabaram por perder o assunto por segundos, antes de sentir o couro da bota que o moreno usava tocar a pele de sua perna nua, o que a fez olhar com os olhos mais abertos para o Jeon, com um sorriso contido nos lábios.
— Posso te contar uma coisa? – ele perguntou contendo seu sorriso também, engolindo sua saliva após ver a garota balançar a cabeça. – Muitas pessoas tem uma única característica, sabe? Como um único ponto que nos faz decifrá-las e as distinguir das outras pessoas, às enxergar em uma aglomeração ou apenas ter suas visão capturada. Elas são fofas ou quentes e excitantes, inocentes ou pervertidas. Mas você, você é indecifrável, indescritível e surreal como existência. – ele lambeu seu lábio, suspirando como se estivesse cansado.
— Oh, isso pode explicar aquela coisa do “É você”? – ela sorriu, agora juntando suas mãos no lado esquerdo do rosto.
— Não, ainda não. É só que... você é única. É fofa e inocente, mas também é quente e excitante. Me deixa excitado e ansioso, mas também me deixa pensar que sou um pervertido de merda quando você sorri e cobre o rosto. – ele passou seu próprio indicador nos lábios, mordendo o inferior na sequência. – É estranho que eu tenha te conhecido há quatro dias atrás e pense só sobre você?
— Talvez seja, mas se realmente for, seremos dois estranhos que se conheceram há quatro dias. – ela sorriu tímida, olhando para a janela apenas para não encarar o moreno. Ao menos, não naquele momento.
Jungkook ladino e se encostou nas costas da cadeira, encarando o rosto da menina de forma encantada. Cada vez mais perto do vício na loirinha.
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Taehye soltou a mão do Jeon e correu até a baixa grade de proteção do playground, passando para dentro do campo infantil de forma lenta, se virando para encarar o moreno que tinha uma expressão chocada enquanto tentava não rir da fraude que a garota havia acabado de cometer. Tirou a mão do bolso da calça e fez o mesmo que a menina, tendo sua mão puxada pela menina que correu na direção do balanço de madeira e se sentou, esperando que o moreno a empurrasse para ter impulso. O gritinho da loira fez Jungkook sorrir e ir para o balanço ao lado do seu, apenas observando o jeito feliz que a menina sorria e os fios curtos balançarem com o vento que batia em seu rosto por conta da altura que estava. No brinquedo. Ela ainda tinha o copo de café na mão e estava elétrica desde o momento que haviam saído do parque de diversões, um pouco tempo depois de vomitar todo o sorvete de morango e o algodão doce após ter ido na montanha russa do lugar. Queria entender como ela ainda estava tão disposta e tão feliz, depois de ter vomitado todos os nutrientes para fora.
Era bom vê-la sorrindo, se divertindo e sendo a pessoa mais encantadora fazendo absolutamente nada, apenas respirando e existindo.
Procurando se divertir essa noite, as dúvidas rondam sua mente
Ele está esperando, se esconde atrás de um cigarro
Seu coração bate forte mas ela não quer que isso pare
Se movendo rápido demais, a Lua iluminando sua pele
Ela está caindo, nem sabe disso ainda
Não ter arrependimentos é tudo o que ela quer
Taehye saiu do balanço e correu até o escorregador, sem se importar se estava sendo muito infantil ou boba, estava feliz por estar ali e por Jungkook estar ali. Só queria que aquela noite não acabasse e que a Lua não parasse de iluminar a noite maravilhosa que estava tendo ao lado do capitão emburradinho, sentado no balança enquanto apenas observava a loirinha. Um gritinho escapou por seus lábios e a menina escorregou rápido, sentindo o peitoral do Jeon se tocar ao seu e um sorriso ladino se abrir nos lábios do moreno. Taehye não o deu muito tempo para abrir a boca, apenas puxou-o pela mão e correu até gira-gira, o fazendo sentar e rodar no brinquedo junto a si e sorrir largo enquanto gritava como uma criança, animada com o brinquedo que já não era tão adequada para os seus dezoito anos.
Quando o brinquedo parou de rodar, a menina sentia sua cabeça girar e seus olhos vibrarem, os pelinhos de suas pernas estavam arrepiadinhos e ela ainda tinha um sorriso enorme nos lábios, encarando Jungkook que também sorria e gritava como um louco. Não faziam a mínima ideia de que horas eram e nem faziam questão de saber, estavam apenas felizes com a atual situação infantil que tinham. O capitão se levantou e caminhou até a garota, que se levantava ainda tonta, sem o senso de direção e toque, como se todos os seus sentidos tivessem sido arrancados e a segurou pela cintura antes que ela perdesse totalmente o equilíbrio, revirando os olhos quando ela saiu de seus braços e o puxou pela mão novamente, agora andando até a casinha que ficava perto da grade por onde entraram.
— Você tem ideia de como o que estamos fazendo é errado? – ele riu enquanto via a garota subir no “brinquedo”.
— Cala a boca. – ela riu e o estendeu a mão, o ajudando a subir na casinha de madeira. – Quando eu era pequena e o Harry era só um bebê, meus pais buscavam o Jimin na casa dele e depois o Bogum, nós vínhamos para cá e ficávamos até ficar de tarde, quando a Haru sentia frio.
— Por que você não chama a Haru de mãe? – Jungkook perguntou após se sentar de pernas cruzadas, encarando a menina, com curiosidade.
— Às vezes eu chamo, às vezes não. A questão é que ela só é mãe biológica do Harry, eu e o Seokjin somos filhos do primeiro relacionamento do meu pai. – ele suspirou meio sem graça, brincando com o cadarço do tênis. – Ela não quis continuar com o meu pai depois que eu nasci, então foi embora e eu sequer lembro dela. Ela nunca... nunca me teve nos braços.
— Eu... sinto muito, Tae. Desculpa, eu não deveria ter perguntado algo tão íntimo.
— Não tem problema, eu sempre tive a Haru. Ela foi a única figura materna que eu tive e sempre me apoiou em tudo, principalmente como uma garota. Ela sempre quis ter uma menina e ficou feliz sobre mim. – sorriu com os olhos brilhantes, encarando os olhos escuros do Jeon. – Ela é a minha melhor amiga, minha mãe de verdade.
— Você já quis conhecer sua mãe biológica?
— Não. Se ela não me quis quando eu nasci, porque eu deveria querer ela? Não é como se eu realmente me sinta triste ou decepcionada. – ela balançou os ombros, olhando para o chão. – E eu sou feliz sem conhecer ela. Mas, se um dia ela quiser me conhecer, eu não terei nenhum problema.
Jungkook balançou a cabeça e olhou para Lua enorme que brilhava no céu escuro e deixava tudo mais bonito.
— E quem é Bogum? – ele perguntou baixo.
— Ele foi... Park Bogum foi o garoto por quem eu me apaixonei pela primeira vez, o garoto que eu precisei deixar. – ela sorriu triste, voltando à tocar seus tênis. – Eu nem sei se ele ainda está em Busan, ele era mais velho e só tínhamos uma aula juntos por causa do reforço de matemática dele. – mexeu os ombros sem se importar.
— Se ele, sei lá, aparecer, você vai querer tentar algo com ele? – o Jeon perguntou um pouco confuso sobre seus sentimentos.
— Não se sinta inseguro assim, Jungkookie. – a menina riu nasal, tocando o pulso do moreno. – Eu sou uma estranha que te conheceu há quatro dias, mas, ainda assim, só pensa em você. E você, Jungkook, já se apaixonou alguma vez?
— Eu... já, quando eu tinha dezesseis anos e ela me fez mudar... talvez ainda prejudique o meu psicológico, mas eu sou um estranho que te conheceu há quatro dias e ainda assim, só pensa em você.
Jungkook abriu um sorriso e ouviu a garota rir, abraçando suas próprias pernas antes de começar a se aproximar do moreno que tinha os olhos atentos. A loira tinha seus olhos felinos inundados de desejo e os lábios entreabertos, por onde um fio de ar passava e logo o Jeon pode senti-lo próximo de seu rosto, seus olhos quase fechados e uma expressão leve, que esperava por algo se saber o que era ou como seria. Tae tocou os dois lados do rosto do Jeon e se colocou entre as pernas agora abertas do garoto, se sentando no meio delas enquanto levava suas mãos para os fios negros e macios do capitão, parando seus dedos na nuca quente, olhando para o rosto cansado e sorrindo enquanto ainda aproximava seus rostos. Sentiu os narizes se tocarem e apenas tocou seu polegar no lábio inferior do capitão, o encarando uma última vez antes de juntar seus lábios num selinho demorado e sentir as mãos do maior tocarem seu rosto e assim o cedeu passagem para que suas línguas se encontrassem, se entrelaçando de forma ansiosa antes das bocas se tocarem e os lábios se moverem num ritmo lento e calmo, apenas iniciando o toque sem malícia ou perversão.
Os músculos molhados se moviam de forma lenta e provocavam um som gostoso, os corpos perderam a tensão e os dois apenas aproveitaram a moleza dos mesmos. Jungkook tocou a cintura de menina e se inclinou para frente, deitando o corpo da garota na madeira firme, agora ficando entre as pernas da loira. As mãos da menina estavam em seu cabelo e puxavam os fios de forma gostosa e carinhosa, estava perdida no beijo lento e gostoso. A saliva molhava os lábios que ficavam cada vez mais vermelhos, as línguas dançavam em harmonia e calma, as bocas se moviam com preguiça, os dois estavam relaxados e apenas queriam que aquilo não parasse, que aquele momento durasse para sempre.
Ambos os pulmões pediram por ar e, antes de se afastar, Jungkook sugou o lábio da garota, selando eles e as bochechas vermelhas antes de se afastar completamente, com um sorriso no rosto e as bochechas iguais as da Kim. Taehye sorriu envergonhada e se aproximou do Jeon, deitando seu rosto no meio do tronco malhado, sentindo a mão grande e quente tocar sua coxa por cima do tecido vermelho do vestido. Aquilo era tão gostoso.
Jungkook abriu a porta do passageiro e esperou a loira sair, se encostando ali após fechar a porta e puxar a garota pela jaqueta de jeans clara e juntar seus lábios num selar húmido e demorado, sorrindo ao sentir o corpo magro amolecer em seus braços. Segurou os dois lados do rosto bonito e deixou beijos por todos os cantos, passando nas bochechas, queixo, nariz, testa e até olhos, parando um último beijo nos lábios novamente. Ela riu nasal e após beijou a bochecha do moreno antes de o abraçar.
— Obrigado por essa noite. Eu gostei de passar ela com você. – ela sorriu de forma nervosa e teve suas bochechas apertadas.
— Você não tem nada para agradecer, eu quem tenho. Você é maravilhosa, Tae.
— Oh, então você não gagueja mais quando me elogia? Nem parou para pensar por uma eternidade dessa vez. – ela riu antes de ganhar mais um beijo. – Precisa parar com isso. – Tae cobriu o rosto.
— Você ficou perfeita nesse vestido vermelho. – Jungkook piscou cafajeste, rindo ao que a garota se afastou com a bolsa no ombro. – Boa noite, Taehye.
— Boa noite, Jungkook!
O Jeon riu e deu a volta no carro, sorrindo bobo após entrar e tocar o volante, completamente bobo pela garota que estava na casa do outro lado da rua. Riu pensando sobre ela e fechou a porta, avançando com o carro após colocar o cinto e ligar o automóvel. Seria uma longa noite, que se poderia se resumir em um Jungkook olhando para o teto enquanto sorri e pensa sobre a loirinha e ficou extremamente sexy num vestido vermelho e all star branco.
Nós estamos envelhecendo, amor
E estive pensando sobre isso ultimamente
Te enlouquece perceber
A rapidez com que a noite muda?
Tudo o que sempre sonhou
Desaparecendo quando você acorda
Mas não precisa ter medo
Mesmo quando a noite mudar
Ela jamais mudará você e eu
Obrigado por ler
Kimchi é um dos mais conhecidos pratos coreanos. Ele é feito de acelga, repolho, rabanete ou nabo em uma conserva apimentada e é servido com quase todas as refeições coreanas.
O Bulgogi é carne cortada em fatias finas marinada em um doce molho à base de soja e grelhada com pimenta, cebola e brotos de feijão. O interessante é que os hambúrgueres servidos nas hamburguerias coreanas são feitos de Bulgogi.
O Sulleongtang é caldo de rabada que vai perfeitamente com kimchi. É feito com rabo de boi estufado, macarrão de vidro, e cebolinha.
O Nakji Bokkeum é polvo com macarrão udon e cebolas fritas em uma pimenta picante molho.
'Eu espero que vocês tenham gostado, eu adorei escrever esse capítulo, bem boiolinha.
'Não esqueçam da tag no Twitter: #NothingislikeHer.
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