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OI, TCHUTCHUCOOOS HEHE

Eu consegui atualizar??? Em uma semana, sério mesmo???

Foi difícil escolher apenas uma música para esse capítulo, já que 70% dele é a gatinha falando do Jungkook, então eu fiquei um pouco desesperada. Porém, eu peço que você leiam e sintam tudo o que foi Taehye e Taejoon, ok? Essa é a relação de pai que eu queria ter, mas eu apenas posso escrever, então é importante :((

A bebê chegou a 1,01K de votos e, como sempre faço e vou continuar fazendo, eu agradeço a todos vocês que lêem e votam e comentam e pá, neah. Obrigada, de verdade, eu sou muito grata e muito boiolinha por todos vocês 😭💗🥺

Enfim, chega de enrolar com isso. Eu espero que vocês gostem e se apaixonem mais pela Tae e pelo papai dela, uh? Obrigada por estarem aqui, mais uma vez 💞

capítulo não revisado🤡

se gostarem, comentem o que acharam🎀🧸

•me perdoem pelos erros ortográficos•

First Man.

Boa Leitura

  Após colocar o prato de bolo em cima da bandeja, Taejoon olhou encantado para a própria organização bonita e sorriu com as sobrancelhas erguidas, erguendo o objeto com cuidado e caminhou na direção da escada, seguindo para o quarto da filha depois de subir os degraus e voltar a caminhar. Sustentou a bandeja com uma das mãos e usou a outra para bater na porta, aproximando a orelha da porta para ter certeza de ouvir a voz da filha, formando um biquinho nos lábios após escutar a autorização da garota e abriu a porta com certa dificuldade, sorrindo extremamente paterno ao ver que a filha estava na cama, terminando justamente o último pedaço que o pai havia lhe dado. Colocou a bandeja na cama e correu para fechar a porta, andando rápido até a cama, segurou o objeto novamente e se sentou ao lado da loirinha, colocando tudo em cima de suas coxas, olhando para a garota com um sorriso lindo nos lábios.

— Eu trouxe mais coisas. – ele ergueu as sobrancelhas e riu junto com Taehye, se sentindo feliz por ver a filha sorrindo.

— A mamãe vai brigar se descobrir que comemos tudo sozinhos. – ela usou o garfo que já tinha em mãos para pegar um pedaço do bolo, sendo acompanhada pelo pai.

— Se você não contar, eu não conto e nós ficamos bem.

  Tae jogou a cabeça para trás e balançou a cabeça, tirando o cobertor de cima de suas pernas, expondo as coxas gordinhas para o pai. Ela usava mais um dos shorts de coelho que o progenitor havia lhe dado e ele se sentia muito feliz por saber que a menina realmente gostava do que ganhava do mais velho, já que era comum e chato que os pais não soubessem muito sobre o gosto de seus filhos, as garotas em ponto principal.

  A menina saiu da cama e tirou o dildo branco de baixo da coberta, andando até o guarda-roupa e o colocando dentro do pote azul com um líquido higiênico, colocando o potinho em cima da escrivaninha quando voltava para a cama. Se sentou na cama novamente e deitou a cabeça no ombro do pai, pegando um dos copos com suco de uva, bebendo o líquido rapidamente e sem pausa. Taejoon achava aquilo muito ruim, podia causar reações inesperadas no estômago da garota, por isso a encarava com tédio enquanto ela sorria amarelo.

— E então, como vai você e o Jungkook? – ele perguntou como se nada fosse nada, encarando a garota da mesma forma que Harry a encarava.

— O que quer saber? – a loirinha sorriu boba, encarando o pai.

— O que quiser contar, oras. Pode contar o que quiser e se não quiser contar nada, nós podemos apenas pular para a parte que eu coloco um filme da Barbie e você dorme no meu colo. Igual quando você era pequena. – ele balançou os ombros, rindo quando a menina lhe deu um tapinha.

— Eu tenho dezoito anos, pai. – ela cruzou os braços.

— E daí? Não vai me dizer que-

— Eu sou grande agora, não posso mais ficar no seu colo. – um biquinho triste se formou nos lábios da menina e ela olhou para as próprias coxas.

— Mas pode ficar no colo do “Jungkookie”. – ele imitou a voz da filha e riu quando ela lhe encarou com tédio, erguendo as mãos.

— Ele quer me levar para mais um encontro no sábado. – um sorriso apaixonado se abriu nos lábios da menina e ela olhou para Taejoon, mordendo o lábio inferior quando o pai balançou a cabeça. – Mas agora, ele quer que eu escolha o lugar que vamos. Então, tecnicamente, eu vou levar ele para um encontro.

— Oh, e o que vocês pensaram? Vão fazer um piquenique? Sábado será um dia com Sol e céu azul, vocês podem ir para a praia. – o mais velho também bebeu um pouco de seu suco, prestando atenção na expressão de ideia da menina. – Ou você pode levar ele para o mesmo lugar que costumava ir quando fugia com o Jimin e o seu irmão.

— Eu acho que a praia é uma boa ideia, mas eu não estou pronta para me expor para ele. Ele disse que eu sou gostosa e tenho uma bunda, uma barriga e peitos bonitos e gostosos, mas eu não sei se ele vai continuar pensando assim depois de me ver com um biquíni. – ela suspirou pensativa e olhou para as próprias mãos sobre as coxas, brincando com os próprios dedos. – Eu não sou como as outras garotas, papai.

— E você gostaria de ser como elas, Tae? Você já parou para analisar cada uma delas? Já parou e captou cada detalhe de todas as garotas que estudam na sua escola, que você conheceu em Bangkok, as modelos e atrizes que você segue no Instagram. – ele tirou a bandeja de suas coxas e se sentou com as coxas na cabeceira da cama, deixando o objeto mais longe de si e encarou a filha. – Elas não são todas iguais e pensam da mesma forma que você, que poderiam ser como as outras. O Jungkook te elogia e te destaca precisamente, já parou e pensou em quantas garotas gostariam de ser como você?

— Quem gostaria de ser como eu? Ninguém gostaria de ouvir o que eu ouvi, ninguém gostaria de sentir o que eu sinto até agora. Ninguém, absolutamente ninguém, gostaria de sentir todas as dores, psicológicas e físicas que eu senti e ainda sinto. – seus olhos brilharam e as lágrimas caíram, molhando as bochechas vermelhinhas da menina.

  Taejoon crispou os lábios e puxou a filha, abraçando seu corpo de lado, passando a mão no braço dela de forma lenta e carinhosa, sentindo o corpo relaxado e quentinho. Ela podia não ver, mas era incrível.

— Você é a garota mais maravilhosa que qualquer garoto poderia conhecer. Você é tão especial e tão bonita quanto as outras, porque não existe ninguém como você ou parecida. Você é única e linda, maravilhosa, assim, do jeito que está. – beijou o topo da cabeça, sentindo os fios macios em seus lábios. – Se elas soubessem de toda a sua luta, de todas as suas realizações e tudo o que você já passou, você seria um ponto de inspiração. Desde apenas um nome, ao seu corpo. Com ou sem marcas, cicatrizes ou qualquer resquício, você é perfeita. Absolutamente perfeita.

— Então por que eu sinto que estou mentindo? Por que eu sinto que estou errada? – Tae ergueu seu rosto e passou as mãos nele, deitando seu rosto agora no peito do pai.

— Você não está enganando ninguém, não está errada. Ele gosta da Taehye, de tudo que seja ela e a envolva. Você é a Taehye, não existe outra pessoa em você, meu amor. – levou as mãos para o rosto da garota, a fazendo lhe encarar. – Nesse corpo, nesse coraçãozinho e nessa cabecinha, só tem a princesa que eu tenho orgulho de dizer que é minha filha. A minha Taehye.

— Mas e o Taehyung? Ele viu o Taehyung, mas não disse sobre ele. – a garota suspirou, encarando o pai.

— Porque ele viu a Taehye, porque não existe nenhum Taehyung. Você conhece alguém com esse nome? – perguntou com um sorrisinho, ouvindo a risadinha da loirinha. – Eu só conheço a Taehye, sua família só conhece ela e ninguém faz ideia de quem é Taehyung. Você não está mentindo, não está errada, essa é você e não tem mais ninguém.

— E se ele descobrir? E se ele souber sobre o outro corpo?

— Então vocês vão conversar e, se ele não aceitar você como o corpo trans maravilhoso que você é, ele será um grande idiota. Porque esse seria apenas um detalhe bobo sobre o seu passado. – o mais velho balançou os ombros, se aproximando para beijar a testa da loirinha. – Ele só vai saber, se você contar. Porque eu não vou contar, seus irmãos e sua mãe, nenhum deles irá contar. Esse é um problema a ser resolvido por você, e nem é um problema.

— O senhor acha que eu devo contar? Dizer para ele quem eu era, antes de avançar em algo maior e mais intenso? – os olhos dela brilharam e o pai sorriu ao notar. Ela estava feliz.

— Se você quiser, achar que precisa, pode contar. Ainda assim, não é algo que você precisa fazer, porque não existe outra pessoa, não existe mais. Não tem documentos, listas ou papéis de forte significado com o nome do Taehyung. – ele balançou os ombros mais uma vez, olhando para a parede de polaroids da mais nova. – Se ele viu e não disse nada, ele sequer deve ter pensado sobre isso. Ele só pensou em você, num conjunto perfeito.

— Ele disse, hoje, depois do que aconteceu, que podia ser muito cedo para vocês que são mais velhos. Porém, ele só quer uma garota, eu. Ele disse que não existem outras garotas. – suas bochechas esquentaram e ela olhou para as próprias mãos, sorrindo contido. – Falou que só quer uma garota e que dói imaginar eu com outro garoto.

— Ele foi rápido. – o moreno riu nasal, prestando atenção na filha.

— Ele quer cuidar de mim, papai. – olhou fixamente para o pai, sorrindo largo com os olhos brilhantes que ele tinha. Ele também estava emocionado. – Agora tem alguém para me abraçar forte e quente, como você também faz.

— Isso é bom, princesa, muito bom. – Taejoon piscou e as lágrimas escorreram, o fazendo olhar para outro lugar e respirar fundo.

  Taehye tombou a cabeça para o lado e se aproximou um pouco mais, abraçando o corpo quente e um pouco maior do pai, sentindo o corpo dele vibrar e também lhe apertar, relaxando naquele abraço demorado e quente, cheio de amor e certa saudade. Saudade de quando ela era apenas um menininha de saia rosa e tênis com glitter, usando presilhas de borboletinha e cantando alto alguma música da Barbie no meio da sala, totalmente concentrada em mostrar ao mundo que sabia a letra e por isso era uma criança incrível. Saudade dos dias que ela acordava bem cedo, antes dos irmãos e ia para a cozinha, pedir para Haru fazer uma bandeja com as coisinhas que os três costumavam comer de manhã e partia para o quarto compartilhado, acordando os irmãos da mesma forma, com beijinhos no rosto e um "bom dia" muito animado. Saudade de quando ela ficava brava ou seu humor ficava se balançando em corda fina, a fazendo agir como uma garota que tem útero e menstrua e ela dizia que estava de tpm, quando na verdade era sua mudança de humor rápida por causa do estresse com os irmãos, que eram dois garotos provocantes. Falta da voz alegre gritando todos os dias de manhã sobre estar ansiosa para mais um dia de aula, porque era assim que ela contava os dias para finalmente estar completa.

  Todas as memórias, boas e ruins, as brincadeiras em família e os dias de sol, as lágrimas quentes e os dias chatos com chuva e programação sem graça. Tudo passava como um flash na cabeça do pai da loirinha, como se aquilo tudo fosse se apagar quando, em um certo momento, ela dissesse a frase forte de oito letras, com emoção e felicidade brilhando no rosto. Eles estavam indo rápido, assim como ele foi quando conheceu sua esposa, como muita emoção e muitos sentimentos, com pressa para se apaixonar e amar. Então aquilo aconteceria rápido, em apenas um piscar de olhos a frase seria dita pelos dois e não teria nada de errado, porque era aquilo que eles queriam e ninguém teria direito algum de impedir, dizer que estava errado e eram novos demais. Eles sabiam daquilo e esse era o exato motivo para continuarem e tentarem, nada estava errado. Estava tudo bem.

— Quando eu disser, quando acontecer, você ainda vai estar aqui? – Taehye perguntou num sussurro, fazendo carinho nas costas do pai.

— Eu sempre estarei aqui, meu amor. Mesmo quando não for fisicamente, quando já não puder me ver, eu estarei aqui. – afastou o corpo dela apenas para lhe beijar na testa, ganhando um sorriso e um beijo também. – Sempre.

— Ele me disse uma coisa hoje, pode não ter sido sério, mas eu me senti estranha. – se afastou e passou as mãos nas bochechas, fungando fraquinho. – Que eu vou ser dele e quando menos esperar, vamos estar casando.

— Oh, isso é... eu não sei, estranho? O que você achou disso? – o mais velho apoiou o rosto sobre sua mão, encarando a garota com atenção.

— Eu não sei, acho que foi estranho. Ele ainda é o Jungkook. Quer dizer, ele sempre vai ser o Jungkook, mas ele é como livros e filmes clichês descrevem, exatamente como descrevem. – suspirou e mexeu os ombros, lembrando de alguns detalhes do moreno. – Joga vôlei e é o capitão do time, tem um irmão mais novo que claramente quer ser como ele quando crescer, usa botas pretas de todos os tipos, só usa roupas escuras, tem um cabelo um pouco acima dos olhos e é de um físico muito bonito.

— Então você acredita que ele possa fazer o que os garotos dos filmes e livros que você já viu, descritos dessa mesma forma, fizeram com as garotas de cada um deles? Não só garotas, mas também os garotos, eu sei que você curte algo mais gay. – ergueu as sobrancelhas e riu quando a filha revirou os olhos.

— Eu tenho medo. Foi sobre tudo o que ele já fez, foi a primeira coisa que o Jimin me contou sobre ele quando perguntei. Das garotas com quem ele ficou, usou como apoio para as frustrações e depois fingiu que não conhecia. Ele sabe o que fazer, pode conseguir o que quiser e quem quiser, por isso eu tenho medo. Eu não quero ser mais uma. – balançou os ombros e passou as mãos no próprio cabelo, mordendo seu lábio inferior.

— Você não é como as outras e não é mais uma. Ele provavelmente nunca teve uma garota como você, Tae, que sabe o que quer e corre atrás. Você tem personalidade e não faz esforço algum para chamar a atenção dele, apenas é você mesma e não muda traços para que ele sinta atração. – Taejoon se levantou e colocou as mãos na cintura, encarando a garota da mesma forma que costumava encarar Haru quando mais jovem. – Olha por quem a sua mãe se apaixonou, sério. Em que realidade estranha uma modelo, de beleza nunca vista, se apaixonaria por um barbeiro canhoto?

— Um barbeiro canhoto que cantava ela toda vez que vocês se viam na faculdade! – ela jogou uma almofada na direção do mais velho, rindo alto junto dele.

— Precisa se arriscar, meu amor, precisa tentar. Vocês são jovens, podem se apaixonar rápido e ficar assim até o momento que não der mais tão certo, podem se arriscar. – se sentou na ponta da cama, passando a mão na coxa da loirinha. – São muito novos para pensar no lado ruim, precisam pensar nos pontos bons, em como é gostoso se apaixonar e estar com aquela pessoa.

— Eu não quero me machucar, doeu muito na primeira vez. – seu olhar era baixo, mas os olhos brilhavam e estava clara a sua ansiedade.

— E você fez uma tatuagem depois, ué. Se você se machucar de novo, eu faço uma junto com você. – ergueu suas sobrancelhas com graça, ouvindo o riso da menina. – Estão aí para te lembrar que você é forte, que seu corpo é uma arte e que pode sim amar e ser amada. Não me diga que gastou dinheiro atoa!

— Eu queria fazer mais uma, na coxa. – ela tocou o shortinho, subindo o tecido e apontando para onde queria o desenho. – Aqui, uma rosa com as pétalas caindo.

— Ela ficaria perto das flores, não é? Onde tem a cicatriz. – sorriu olhando para a perna dela, a vendo balançar a cabeça. – Pode fazer quantas quiser, desde que não se arrependa depois. Mas a minha favorita sempre vai ser a do colo.

— Eu cubro com maquiagem quando uso camisetas mais curtas, as pessoas podem achar estranho, já que eu sou nova. – balançou os ombros, tocando seu colo.

— Você tem várias frases e desenhos para te lembrarem da sua beleza única e sua perfeição pessoal, totalmente singular. Só precisa ver, enxergar o que elas querem te dizer e o motivo de você as ter feito. Mesmo que uma delas te lembre um momento ruim, todas te ensinam algo novo. – ele se levantou novamente, agora pegando a bandeja da cama e andando até a porta do quarto. – Sei que não quer falar sobre o que aconteceu agora, então eu vou estar no quarto, se quiser conversar. Não deixe a música muito alta, seus irmãos chegam logo e vão reclamar de tudo por estarem cansados.

  O pai sorriu e Tae balançou a cabeça, agradecendo silenciosamente ao mais velho, que saiu do quarto e a deixou ali, no seu espaço e conforto pessoal. Ela levantou e correu até a porta, girando a chave para trancá-la e andando até seu guarda-roupa, começando a pegar as roupas nas quais se sentia perfeita ao vestir e ficava horas se encarando no espelho da porta, sorrindo como boba e apaixonada por si mesma. Na maioria das vezes, ela aumentava o som da música que vinha do celular e dançava sozinha, apenas se curtindo e tentando se enxergar melhor, ou como as pessoas a viam, tentava se adorar por aquele momento sozinha. E foi o que fez, porém conectou o celular à televisão e colocou sua música favorita para esses momentos, aumentando o som de forma que ainda pudesse ouvir se seu nome fosse chamado em voz alta ao lado de fora.

  De primeira, quando a música e o clipe se iniciaram, a loirinha cobriu a boca e riu sozinha ao pensar em Jungkook e em dizer aquelas coisas para o moreno, quando o íntimo estivesse quente e ambos se sentissem afins de toques mais ousados. Ela balançou a cabeça e andou rápido de volta ao guarda-roupa, tirando o conjunto de peças íntimas que Haru havia lhe dado de presente de aniversário em sua última data. Era coberto por renda e a cor azul era clara. Não dava pra negar que a calcinha talvez ficaria um pouco menor, já que aquele pequeno pedaço de pano enfeitado parecia ser ainda mais quando estava em seu corpo. Mesmo assim, ela balançou os ombros e puxou para cima a blusa que vestia, soltando um gritinho contido quando sentiu o ar pouco úmido bater contra sua pele nua e seus seios expostos. Posicionou o sutiã sem bojo na área dos seios e juntou os fechos, arrumando a alça fina antes de descer o tecido do short e colocar a calcinha que, como dita, talvez tenha ficado um pouquinho menor que o esperado.

  Após ajustar tudo de forma confortável, ela andou até o espelho e sorriu confiante antes de dar uma voltinha e ficar de costas por segundos, encarando sua própria bunda no tecido azul e delicado. Se curvou um pouco e empinou o bumbum, mordendo seu lábio inferior quando, novamente, o refrão da música tocou e ela lembrou de um certo moreno novamente.

  Eu vou acabar com você, me deixe ser sua motivação
  Pra ficar e dar tudo esta noite

  Taehye sorriu largo e balançou a cintura lentamente, imaginando, visualizando as mãos de Jungkook lhe tocando enquanto seus quadris se moviam e ambos os lábios estavam ocupados com o toque e a saliva quente entre eles. Ela levou suas mãos à sua cintura e alisou ali, descendo para os quadris, depois subindo novamente e parando na barriga,um pouco acima da barra da calcinha. As subiu até os seios e parou uma das mãos ali, colocando a outra na área do pescoço enquanto mordia o lábio e segurava um sorriso.

  E, meu bem, vire-se, me deixe te dar inovação
  Ei, porque eu faço isso tão bem

  Novamente, seus quadris se moveram e ela rodou novamente, agora ficando de frente para o espelho enquanto escutava a música e visualizava tudo novamente, agora com seus toques próprios. Deu um pulinho animado e correu para o guarda-roupa, se abaixando para pegar as roupas que havia deixado no chão, agora segurando o vestido que usou quando teve seu primeiro encontro com Jungkook, começando a tirar o sutiã e calcinha de seu corpo para poder colocar a peça vermelha em seu corpo nu. Andou até o espelho novamente e ficou mais perto dele, colocando um pé na frente do outro e as mãos atrás do corpo, tornando a sua aparência um pouco mais inocente. Flashes daquela noite de sexta-feira dançavam em sua cabeça e a deixavam sorrindo como boba, lembrando de quando as mãos do Jeon tocaram sua cintura no momento em que ela se tencionou na fila da roda gigante e travou antes de entrar na cabine junto com o moreno e um outro casal, apertou a mão e o braço do garoto quando se sentaram e o brinquedo começou a girar lento.
  Seus olhos se fecharam e ela pode sentir a respiração quente do garoto em seu pescoço, sussurrando palavras de segurança e deixando selares na sua pele arrepiada. Isso a fez abrir os olhos e se afastar um pouco do espelho, desbloqueando a memória do momento gostoso na casinha da árvores quando estavam no playground, das mãos grande em suas coxas, dos lábio úmidos contra os seus e os sorrisos que trocavam enquanto se beijavam e pensavam apenas em estarem juntos. Para sempre.

  Quente, ela estava quente novamente e podia sentir o aperto gostoso das mãos grandes e brutas em sua cintura e coxas, puxando e marcando, sem delicadeza, e ela realmente não queria nenhuma. Jungkook suspirando sem ar, sua pele suada e molhada, os cabelos bagunçados e sem direção, seus lábios vermelhos e marcados pelas mordidas da loirinha, era uma delícia. Jungkook era uma delícia.

  Ela riu nasal e tirou o vestido, andando nua e quente até as roupas no chão, agora sorrindo atrevida quando o conjunto de moranguinhos foi visto. Ela vestiu a calcinha que usava antes e depois colocou o shortinho branco com morangos bem vermelhinhos, colocando a parte de cima, que era um pouco mais curta, mas ainda mais delicadinha. Agora, ao invés de andar até o espelho, ela subiu na cama e voltou à música de antes, parando no exato minuto em que gostava de dançar e acompanhar a letra, cantando alto e sem vergonha. Estranhamente – ou não – Jungkook estava em sua mente de novo, como se aquela música fosse feita exatamente para ele.

  Você tem aquela coisa boa, boa, meu bem, não tem?
  Tem aquela coisa boa, boa, meu bem, não tem?

  Ela cantou alto e balançou o corpo, usando o controle da televisão como seu microfone, passeando com as mãos em seu corpo, passando uma delas discretamente e quase intocável entre suas pernas, rindo extasiada quando sua mão subiu novamente e passou longe de seu corpo. Jungkook... Jungkook...

  Mas você tá saindo sozinho
  Não é normal, isso não é normal
  Eu não vou continuar, continuar lutando por isso
  Não vou continuar, continuar lutando por isso
  Porque você sabe que isso aqui
  Não é normal, isso não é normal

  Ela se jogou na cama e soltou o controle ao seu lado, passando as mãos nas laterais de seu corpo enquanto ainda cantava, sentindo tudo ficar mais quente e seu corpo suar. Ela se virou e ficou de bruços, usando o apoio das mãos para empinar a bunda novamente e quase de quatro, mas apenas com o bumbum empinado e balançando.

  Cair na cama
  Por que nós faríamos qualquer coisa em vez de
  Cair na cama agora mesmo? É

  Eu vou acabar com você, me deixe ser sua motivação
  Pra ficar e dar tudo esta noite
  E, meu bem, vire-se, me deixe te dar inovação
  Ei, porque eu faço isso tão bem

  Penso nisso, uh, eu penso nisso
  Pense nisso, uh, olhe pra mim agora
  Ei, um pouco de motivação-

  O som da música parou e a garota se ergueu assustada, olhando para a televisão, onde o celular estava conectando e estranhando quando viu o número e a foto de Jungkook na tela, abrindo bem os olhos quando se lembrou que as últimas aulas eram arte e depois ela tinha o cheer, que não pôde participar. Correu até a televisão e desligou, pegando o celular em cima da cama e o segurando com força, sentindo o suor escorrer em sua espinha enquanto tentava aceitar a ligação do moreno, mas o dedos forçados não deixavam. Quando finalmente conseguiu, ela deu um gritinho ao ver que era uma vídeo chamada, acabando por desligar a câmera e colocar o áudio no viva-voz enquanto corria para arrumar o quarto.

Tae? Você está aí mesmo? – o moreno perguntou e a garota se engasgou, balançando a cabeça por nervosismo, porém se lembrou de que era uma ligação.

— É... sim! – gritou afobada e revirou os olhos, jogando as roupas todas no guarda-roupa, empurrando as portas com força para que não saíssem de lá com a pressão.

Por que desligou a câmera? Eu vi seu cabelo bagunçado e sua testa suada, o que você estava fazendo? – a voz dele parecia provocativa e isso fez a loirinha rir consigo mesma e negar ao balançar a cabeça, pensando em o quão pervertido ele poderia ser.

— Eu estou sem roupa, Jungkook. Não estou usando nada. – mentiu sem esforço, se batendo internamente por isso.

Oras, eu não me importo. Seria um prazer ser o primeiro a ver seu corpinho nu, gatinha. – ele com certeza tinha o mesmo sorriso malicioso nos lábios e mordia o inferior para não mantê-lo. Um safado.

— Larga de ser tarado, Jeon Jungkook! Por que ligou? – ela finalmente segurou o celular, sorrindo sem notar ao ver o rostinho bonito do moreno e segurou o grunhido ao ver as bochechas vermelhas.

Quero conversar com você, gatinha. Lembra? Eu vou cuidar de você, amorzinho. – ele sorriu e se virou, então a garota pôde ver que ele estava – muito provavelmente – em seu quarto, deitado na cama. – Eu posso te ver? Sei que está me vendo, gatinha.

  Tae suspirou e se rendeu, respirando fundo antes de se deitar na cama e cobrir parte das pernas com o lençol grosso, mordendo o lábio inferior ao abrir a câmera e olhar para o Jeon, não conseguindo evitar um sorriso quando o moreno abriu o típico sorriso de coelho e fechou os olhos no ato, se parecendo com uma criança ao ganhar um doce. Jungkook riu infantil e se movimentou, se sentando na cama e encostando as costas na cabeceira escura, expondo o pôster enorme de um show da Ariana Grande.

— Não acredito! Você gosta de Ariana Grande, Jungkook? – a loirinha cobriu a boca e riu, olhando atentamente para a tela do celular.

'Tá brincando?! Ela é uma artista incrível, sem contar que é linda e canta super bem. – ele ergueu suas sobrancelhas e tocou a mão no papel colado, ainda encarando a tela do celular. – Como você está, gatinha? – sua voz era mansa e ele parecia levemente cansado. Talvez fosse o treino.

— Eu estou bem, gatinho. – riu quando o menino revirou os olhos, a acusando de roubar seu apelido. – Vou usar mais vezes, você fica com vergonha e eu gosto de ver suas bochechas vermelhas.

Limites, Kim Taehye, limites. Mas é sério, você está bem? Conversou com o seu pai?

— Não exatamente. Nós comemos bolo e tomamos suco, enquanto falávamos de você. Ele perguntou, eu me senti confortável e falei. – foi sua vez de revirar os olhos ao ver a expressão debochada do garoto.

Oh, você disse que eu sou incrivelmente maravilhoso, lindo e, como resumo, usou espetacular! Por quê eu sou, sou espetacular. – ele ergueu a mão livre e balançou, formando um biquinho nos lábios.

— É, eu disse que você é ótimo em tudo o que faz, mas principalmente em ser um idiota pervertido. – ergueu as sobrancelhas, sorrindo contido quando ele tirou o sorriso enorme do rosto.

Rá rá, muito engraçado. Tae, você não precisa falar se não quiser, se não se sentir confortável. Tipo, nós somos apenas amigos que beijam na boca – abriu o sorriso cafajeste e viu a garota revirar os olhos –, mas precisa conversar com os seus pais, dizer o que está sentindo. Se achar que precisa, se quiser, você pode pedir ajuda profissional.

— Eu não sei o que aconteceu, Jungkook. Aquilo nunca aconteceu, eu nunca senti que estava morrendo, nunca fiquei imóvel e sentindo tudo doer. Foi a primeira vez. – seu olhar desviou na tela do celular e ela encarou a parede de polaroids a sua frente, sentindo o peito acelerar. – Foi estranho. Primeiro eu não consegui entender o motivo de estar chorando, eu apenas chorava sem parar e sem fazer som. Depois que o meu corpo tremeu e eu perdi todas as minhas forças, eu me encostei na porta e deitei no chão, então meu corpo começou a esquentar e esfriar. Eu sentia ondas de calor, mas eu também sentia tudo muito frio, gelado.

  A menina respirou fundo, tentando se lembrar do que aconteceu sem chorar, sem expôr tudo ao moreno que a encarava. Estava sensível e frágil demais, não queria que ele a visse daquela forma.

— Eu escutava algo insuportável dentro da minha cabeça, um som que me fazia sentir uma forte dor na nuca e no peito. A minha respiração era mínima, eu quase não sentia o ar passar nos meus pulmões, como se eu realmente não estivesse viva. – subitamente suas lágrimas caíram e seus olhos tiveram a visão borrada como antes. – Minha visão era borrada, mas não escura, era como se uma luz de alta força se concentrasse neles. Meus braços ficaram moles e minhas pernas tremiam, tudo doía, tudo era doloroso e ruim. Tudo era insuportável. Eu senti que estava morrendo, do início ao fim, quando você chegou.

Tae, você teve um ataque de pânico. Você estava pensando naquela noite, não estava? – a voz dele tinha um tom preocupado e acolhedor, o que fez a garota balançar a cabeça e fechar os olhos, agora deixando as lágrimas caírem.

— Eu ainda me sinto tão suja, tão violada e machucada. Sair daqui se tornou tão difícil, eu me sinto sozinha e em perigo o tempo todo. Mesmo que eu esteja num lugar lotado de pessoas, pessoas que podem ou não deixar algo acontecer. – ela finalmente olhou para a tela do celular, sorrindo para o moreno que fez o mesmo automaticamente. – Mas eu me sinto tão bem em alguns momentos, tão acolhida.

Em quais momentos você se sente bem? Que se sente segura e confortável? – Jungkook tombou a cabeça para o lado, esperando a resposta da garota.

— Quando eu estou com o meu pai ou com a Haru, às vezes em que estou dentro do quarto, eu coloco música e entro no meu próprio mundo. Quando o Jimin me abraça e pergunta se eu estou bem, quando estou com todos vocês. – ela pareceu pensar bem antes de responder, seus olhos se fecharam e ela olhou para a tela do celular novamente. – Em todos os momentos que estou com você.

  Jungkook, do outro lado, prendeu sua respiração por segundos e seus olhos se concentraram em um ponto longe da tela do celular, ele pareceu perder sua linha de raciocínio, como se todos os seus neurônios estivessem parados e suas linhas de energia congeladas. Então ele tinha importância? Ela realmente se sentia bem ao lado dele?

Eu não te deixo constrangida quando falo sobre o seu corpo? Ou quando te toco? É recente, não quero te fazer pensar no que aconteceu. – o moreno parecia nervoso, talvez estivesse ansioso com tudo o que estava acontecendo.

— Eu gosto de quando me toca. É quente, me faz sentir cócegas e eu sinto vontade de ficar com você pelo resto do dia. Sentindo o calor das suas mãos e a sensação de segurança que o seu olhar me traz. – ela tampou sua boca com a mão livre, sentindo as bochechas quentes e o batimento cardíaco rápido. – Eu me sinto a garota mais bonita e mais gostosa do mundo, quando você me elogia, da mesma forma que fez hoje. Eu gosto de todas as sensações e de todos os sentimentos que você me traz, Jungkook. Posso dizer, que gosto de você.

Você... gosta de mim? – ele piscou, com lentidão. Suas bochechas estavam vermelhas, ele claramente estava nervoso.

— É, eu acho que foi o que eu disse. – ela sorriu nervosa, tentando não tornar tudo tão constrangedor. – Não quero que isso se torne estranho e desconfortável, você me faz bem e me faz sentir coisas que eu nunca senti antes. Eu odiaria que ficássemos estranhos, como dois desconhecidos que sentam juntos em alguma aula.

Não vamos, porque eu vou cuidar de você e te trazer muito mais sentimentos e sensações. Porque é isso o que pessoas que se gostam fazem, cuidam uma da outra e- ele relaxou os ombros e sorriu nervoso, desviando seu olhar quando escutou o barulho da porta de seu quarto.

— Jungkook? Está tudo bem? – Tae se sentou na cama, olhando desconfiada para o garoto.

Está sim, gatinha. Eu preciso desligar agora, uh? Falo com você mais tarde, pode ser? – ele sorriu ladino, então a loirinha se aliviou com o sorriso de sempre. – Conversa com o seu pai, ok? Ele vai te ajudar, em tudo.

— Eu vou, prometo que vou.

Tchau, gatinha. – ele mandou um beijinho e riu quando a garota revirou os olhos, desligando em seguida.

— Tchau... Jungkookie.

  A garota suspirou e olhou para a janela do quarto, depois voltou a olhar para a tela do celular e balançou os ombros, respirando fundo antes de sair da cama e ir até a porta do quarto, a deixando destrancada já que não faria mais nada tão constrangedor ali. Ela ficaria ali pelo resto da tarde, estudando para a sua primeira prova de química da nova escola, pensando no rosto lindo e nos lábios convidativos de Jungkook, ou apenas fingir-se de morta para não ser interrompida no seu tempo, super ocupada em não fazer nada.

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  Quando a noite chegou, a loirinha despertou confusa e assustada, havia dormido durante toda a tarde, apenas acordando para beber água e tendo a sorte de não encontrar os irmãos em nenhuma das vezes. Em uma das vezes havia até tomado um banho, depois de ficar suada com a troca de roupas e suas danças sensuais para si mesma. Todos provavelmente estariam distribuídos em cantos diferentes da casa, já que Haru odiava que fizessem barulho durante o horário de sua novela e os dois irmãos passavam a tarde toda jogando, xingando e gritando. Ela precisava do seu tempo silencioso e, por grande disciplina - ou apenas medo de uma bronca alta e assustadora –, Taejoon e Taehye eram ótimos em manter os sons mínimos e até mesmo suas batidas cardíacas mais lentas.

  Ela bocejou mais uma vez e gemeu manhosa quando se espreguiçou, sentindo seu corpo mole quando finalmente ficou em pé e começou a andar na direção da porta, que havia sido deixada aberta por, muito provavelmente, um certo adolescente idiota de quinze anos e cérebro de noz. Saiu do quarto bonitinho e saiu andando pelo corredor curto, tropeçando forte quando desceu os degraus da escadinha que dava acesso à sala e à cozinha, crispando os olhos quando ouviu a risada de seu pai, que era bem parecida com a sua. Sorriu preguiçosa e andou até o sofá, notando que o mais velho estava ali, sentado bem no meio, onde conseguia ver a televisão piscar e brilhar com as cenas de algum filme que assistia em silêncio, sem os dois patetas em volta ou a esposa estressada na cozinha, falando alto e resmungando. Taehye passou na frente do mais velho e se sentou ao lado dele, abraçando o corpo quente igual um urso, enrolando as pernas na cintura do pai, sentindo as mãos quentes e grandes tocarem sua coxa nua e também quente. Era muito gostoso ficar daquela forma com o progenitor, ele tinha o melhor abraço e os melhores sorrisos. Era único.

  Fechou seus olhos e bocejou novamente, sorrindo enquanto o pai fazia um carinho lento na sua pele, subindo e descendo, sem ultrapassar nenhum limite e sem tocar demais. Inalou o perfume masculino que ele usava e também sentiu um amadeirado que Haru gostava de usar, notando aqui ela provavelmente já havia feito aquilo também e os dois haviam trocado carícias. Por um momento, ela pensou em Jungkook, lembrando do aroma gostoso e do pescoço quente do moreno, dos braços grandes lhe agarrando e das mãos lhe acariciando com suavidade e calor. Afastou os pensamentos de antes e também se afastou do pai, apenas se agarrando ao braço grande e pouco musculoso que o progenitor tinha, ouvindo as vozes da televisão saírem num volume médio, como Haru costumava deixar antes de subir para assistir sua novela.

— Então você gosta dele? – Taejoon quebrou o silêncio confortável, sem tirar os olhos da televisão.

— Então o senhor ouviu tudo? – ela sorriu e cerrou os olhos, encarando o pai.

— Não deveria dizer para ele que está nua, ele pode ficar animadinho, se é que me entende. – o moreno virou seu rosto, encarando a filha com um sorriso malicioso nos lábios.

— Foi por você que a mamãe se apaixonou? – ela riu nasal, sentindo as mãos do pai em sua barriga, lhe fazendo cócegas. – P-para... n-não!

  Taejoon se afastou e puxou a filha pelos braços, usando os dedos de sua mão para arrumar os fios rebeldes que ela tinha, erguendo suas sobrancelhas com o tamanho da raíz que ela tinha.

— Vai pintar ou vai deixar crescer e cortar? – ele perguntou enquanto colocava algumas mechinhas para trás da orelha.

— Não sei, acho que vou deixar crescer mais e pintar. Gosto do loiro com o rosa. – balançou os ombros, deitando sua cabeça no ombro dele enquanto agarrava seu braço novamente. – Você ouviu também o que eu disse sobre-

— Você não precisa me contar se não estiver confortável, Taehye. – ele a interrompeu gentilmente, encarando a televisão junto dela.

— Se eu disser, o senhor vai me ajudar? Vai me ajudar a esquecer, nem que seja por míseros segundos? – a loirinha perguntou aflita, já sentindo bolsas de água em seus olhos. Quando viu o pai acenar, ela piscou e suspirou. – Toda vez que eu me lembro daquela noite, sinto como se algo dentro de mim estivesse morto. Como se algum pedaço da minha alma estivesse sangrando, se perdendo aos poucos. Toda vez que me lembro, meu corpo para, tudo para e dói, dói muito. Eu me sinto tão torturada, tão quebrada, tão suja e violada, como se eu não fosse mais eu. Quero esquecer, quero que tudo suma, que aquela noite seja completamente apagada.

— Eu escutei você dizer que em alguns momentos se sente bem, se sente confortável e a maioria deles são com os seus amigos e, em maior alcance, Jungkook. – eles finalmente se encararam e ele usou seu polegar para secar a lágrima que escorria na bochecha rosada. – Faça isso, meu bem, fique com eles. Aproveite mais os seus momentos com eles, conte tudo, ria de tudo e você vai esquecer. Vai esquecer de toda a dor e de todo o sofrimento. Fique com o Jungkook, abrace, beije, converse, ria e sorria. Faça tudo o que puder, seja você mesma com todos eles e não pense que está mentindo ou enganando algum deles. Você está sendo que nasceu para ser, não está mentindo e muito menos enganando.

— Eu quero contar, eu quero tanto dizer tudo o que estou sentindo. Abraça-lo e beijá-lo, dizer que está tudo bem e que eu gosto de tudo quando estou com ele. – mordeu seu lábio, engolindo um pouco do choro. – Mas eu sinto medo, não quero perder o que quer que temos, não quero que ele ou qualquer um dos outros, me tratem diferente.

— Eu disse mais cedo e vou dizer novamente; eles serão grandes tolos e idiotas se negarem sua amizade e seu amor. Você não é um monstro, você é uma garota linda, a minha princesa, minha filha. Eu amo você assim, sua mãe e seus irmãos a amam assim, por que eles não poderiam? – sorriu com o canto dos lábios, tocando o rosto quente da menina. – Nunca saberá, se não tentar. Você não tem que dizer nada, Tae, não existe outra pessoa por baixo de suas roupas ou dentro, na sua alma. Fisicamente, psicologicamente e espiritualmente, você é uma garota. Você é normal e é linda assim, perfeita.

  A loirinha balançou a cabeça positivamente e abraçou o pai, chorando no peito quente e no abraço acolhedor, onde todas as coisas ruins sumiam e apenas a alegria e o amor vibravam com ele. Onde ela sempre seria bem vinda e sempre estaria segura e amada.

— Se você quiser, vamos ao médico, apenas se quiser. Ele vai te cuidar da forma científica e eu da forma paterna, vou sempre estar aqui. Sempre, não importa qual seja a situação, você sempre terá o meu abraço e o meu colo, quentes, esperando por você. – ele dizia baixo enquanto acariciava as costas da garota, sentindo o corpo relaxar aos poucos. – Você pode ter um novo abraço e um novo cara, mas eu sempre vou ser seu número um.

— Você sempre será o primeiro homem que me amou, que me ama e vai me amar. – ela se afastou e se ajoelhou no sofá, aproximando seu rosto do maior, deixando um beijo na testa quente do pai. – Mesmo que um dia eu ame ele, é você quem vou amar para sempre, incondicionalmente.

  O maior suspirou e abraçou a filha novamente, deixando vários beijinhos no rosto dela e nos fios loirinhos, ouvindo o riso gostoso e feliz da menina, que fazia o mesmo com o pai. Ambos estavam bem ali, esquecendo os lados ruins e os momentos escuros, esquecendo dores e agonias.

— Então você gosta dele? – Taejoon sorriu malicioso, rindo ao receber um tapinha da filha que agora sorria.

— Não! – ela se levantou e cruzou os braços, andando em direção a cozinha enquanto o pai a seguia.

— Ah, qual é, cabrita! Está claro que vocês se gostam, ele não para dizer que vai cuidar de você e está sempre te chamando de gatinha. Caramba, hoje ele te chamou de amorzinho. – ele ergueu os braços, expondo sua expressão debochada e óbvia para ela, que bebia a água e o ignorava. – Quando vocês pretendem casar?

— Pai! – ela exclamou um pouco irritada, apontando para a escada de poucos degraus.

— Está bem, eu estou indo. – ele balançou os ombros, andando lento na direção que lhe fora indicada.

  Taehye balançou a cabeça e riu boba, colocando o copo no canto da pia, pensando sobre sua confissão de mais cedo ao Capitão Gatinho.

  Credo, isso é vergonhoso, Kim Taehye!

— Tudo bem, talvez eu goste dele. Mas só um pouquinho assim. – ela divagou consigo mesma, juntando o dedo indicador e o polegar.

— Eu ouvi isso! – a voz de seu pai veio novamente e ela revirou os olhos, andando irritada na direção das escadas, encontrando o mais velho com um sorriso provocador nos lábios e as sobrancelhas erguidas. – Tão boiolinha.

— Argh! Eu não sou boiolinha, pai! Eu só gosto dele, só um pouquinho, bem pouquinho. – ela balançou os ombros e cruzou os braços, formando um biquinho nos lábios rosados. – Ele me faz bem, é bom pra mim. Eu gosto de tudo com ele, tudo se torna... melhor.

— Isso é ótimo, meu amor. Abraçar, beijar e se apaixonar, são coisas muito gostosas de serem vividas. E vocês são jovens, precisam sentir o amor em suas veias, esquecer tudo de ruim que passam quando estão com a pessoa que gostam, igual você com o Jungkook. – o moreno se escorou na parede da escada, encarando a filha com um sorriso nos lábios. Ele estava feliz por ela. – Então, você gosta dele?

— Eu gosto muito dele, papai.

  O maior balançou a cabeça positivamente, estendendo sua mão para que ela segurasse, esperando que ela subisse os degraus e os dois pudessem ir juntos para o quarto dela e, como todas as noites desde que ela nasceu, ela dar um beijo e um boa noite quentinho depois de cobri-la com o edredom quentinho. A garota entrou no quarto e fechou a porta para que pudesse trocar a roupa bonitinha pelo pijama de gatinhos, abrindo alguns minutos depois e deixando o pai entrar em seu cômodo pessoal. Ela correu para o outro lado da cama e se deitou ali, colocando o celular para carregar no apoiador que tinha ali, olhando para o progenitor com os olhos brilhando e um sorriso enorme nos lábios que poderiam se rasgar de tão grande que ela o sorriso.

  Taejoon a cobriu com o edredom quentinho e fez algo como uma proteção, apertando o tecido grosso em volta do corpo da menina, se aproximando um pouco mais para beijar a testa da garota e desejar uma boa noite de sono para a filha, se afastando e mandando um beijinho no ar quando já estava na porta. Ele a fechou depois de sair e provavelmente voltou para a sala enquanto a menina continuou sorrindo e sentindo seu rosto quente, até ouvir o celular vibrar na superfície lisa ao lado da cama e ela ficar curiosa com alguma notificação de mensagem.

  Depois de ler, ela - estranhamente - conseguiu deixar seu sorriso ainda mais largo e o pingo de felicidade se tornar uma chuva, dessas que vêm durante o verão e fazem as crianças e até mesmo adolescentes e adultos quererem dançar e brincar na água que cai. Ela com toda certeza teria um ótima noite de sono, a melhor de todas desde que chegara em Busan.

  Jungkookie💞🐇

| oi, tae
| eu acho que você já está dormindo
| se estiver, eu espero que esteja bem
| foi discreto quando eu disse, mas também gosto de você
| boa noite, gatinha 💞

[10:45] PM

Obrigado por ler

'HmKk
Eu escrevo demais no início e nunca sei o que escrever aqui, mas eu só queria dizer que a música que a gatinha dançou foi Motivation, da Normani 😼

Não esqueçam da tag no Twitter: é #NothingIsLikeHer

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