Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

🌹↝🧸⁹

OI, TCHUTCHUCOS OSBDUSHKSBDU

Primeiro, me desculpem pela demora, eu fiquei mal durante um bom tempo e nada me dava abertura para escrever meu xodózinho :(

Obrigado a todos vocês, pelo respeito e pela consideração e aceitação. Aliás, obrigado pelas visualizações também, isso me deixa muito feliz 😔💞

capítulo não revisado🤡

se gostarem, comentem o que acharam🎀🧸

•me perdoem pelos erros ortográficos•

Me and a Gun, 2.0.

Boa Leitura

Você já pode sair, meu amor? – Taejoon chamou pelo filho após desligar o celular e colocá-lo ao lado de seu corpo.

  Dentro do provador, Taehyung sorriu enquanto balançava a barra do longo vestido azul com pedrinhas brilhantes, se sentindo uma princesa ao que tocava seus fios de cor rosa bebê e colocava o arco branco na cabeça e tocava o lacinho que o enfeitava. Passou as mãos no vestido uma última vez, apenas para deixá-lo reto e sem amassos e colocou as mãos aos lados do corpo, apertando-as em punho por se sentir extremamente nervoso. Em sua cabeça, a frase que ensaiava desde uma semana antes daquele dia de shopping e compras com a família, rondava por todos os lados e o deixavam cada vez mais nervoso, perdendo um pouco da mesma confiança que criara ao pegar o vestido e os acessórios, escondido do pai. Respirou fundo e ergueu a cabeça, sussurrando as mesmas palavras que dizia em frente ao espelho do quarto.

  Eu sou a Taehye e sou uma garota.

  Encarou a cortina por alguns segundos e abriu logo depois, mantendo os olhos fechados para seu pai, mãe e os irmãos. Revirou os olhos mentalmente e logo os abriu, sentindo-se novamente nervoso ao notar o olhar indecifrável dos mais velhos e até mesmo o bebê que tinha os olhos curiosos em si. Juntou as mãos atrás do corpo e balançou o pé direito atrás do esquerdo, criando coragem para dizer.

Ta-

Eu sou a Taehye e sou uma garota, papai. – voz baixa e sorriso doce, Tae disse sem medo, encarando fundo os olhos do pai.

  Taejoon encarou Haru que também estava em choque, diferente de Seokjin, que tinha um sorriso no rosto e os olhos brilhantes no vestido azul com pedrinhas reluzentes. E ele foi o primeiro a se levantar, correndo até a irmã mais nova e abraçando com força, deixando vários beijinhos no rosto dela ao que os dois sorriam de forma ingênua. O pai dos dois também se levantou, andando de forma lenta até a garota que agora tinha seus olhos brilhando com medo de qualquer reação do mais velho, assim como o irmão mais velho que mordia os lábios e se afastava aos pouquinhos, correndo para os braços de Haru. Taejoon se ajoelhou na frente da filha e abraçou o corpo pequeno, sentindo o cheirinho de flores quando seu nariz tocou o pescoço bonito da garota e ela também deitou a cabeça em seu ombro, com um sorriso enorme e brilhante nos lábios.

  O moreno suspirou emocionado e se afastou com bolsas de água nos olhos, sorrindo para a garota que não entendia o motivo das lágrimas do progenitor e segurava o rosto grande com as duas mãozinhas, tendo o olhar dele em si.

Minha princesa. – segurou o rosto dela, deixando um beijo na testa da garota. – Minha Taehye.

  Tae sorriu com a lembrança de catorze anos atrás e sentiu a mão de Jungkook sobre a sua, ele não tinha os olhos abertos, mas movia o polegar lentamente sobre a pele macia e quente da mão delicada. Sua boquinha entreaberta tinha os lábios rosados enquanto as bochechas estavam vermelhinhas, estava tão sonolento quando o momento em que a garota acordou de madrugada o viu falando enquanto dormia, parecendo tão desconfortável na poltrona. Virou seu corpo com certa dificuldade e continuou a encarar o capitão dorminhoco, segurando seu riso várias vezes, achando fofo quando ele lambia os lábios e murmurava algo em tom baixo, coçando a garganta e apertando os lábios. Ela o observou até que seus olhos abrissem, quando ele piscou várias vezes, lambeu os lábios e respirou fundo antes de ter totalmente seu senso de realidade e olhar para a garota que segurava para riso e tinha os olhos brilhantes concentrados em si e, quando tentou se afastar por achar estar invadindo o espaço dela, seus dedos se entrelaçaram e ela fechou os olhos preguiçosa, bocejando antes de soltar um risinho e encarar o moreno.
Puxou a mão dele para mais perto e tocou sua bochecha com ela, erguendo ao que segurou com as duas mãos e entrelaçou novamente com a sua enquanto sentia o olhar dele sobre o seu rosto. Encarou ele e sorriu antes de finalmente dizer algo.

— Você fala enquanto dorme. – riu depois de ver o Jeon fazer careta e negar. – E também ronca.

— Eu não ronco, eu só respiro muito alto. – balançou os ombros, acompanhando o riso da garota. – Como você está, Tae?

— Eu não sei, acho que estou bem. – sorriu sem vontade, tendo lembranças da noite anterior. – Ou vou ficar.

  Jungkook balançou a cabeça e o silêncio estava de volta, com apenas troca de olhares e suspiros de ambos. Estranhamente, o capitão achou a garota bonita naquela manhã silenciosa, estranhamente porque sua mãe e algumas garotas com quem já havia dormido, acordavam bem estranhas e irreconhecíveis no dia seguinte. Os cabelos dela estavam muito desarrumados, bem espalhados no travesseiro e algumas manchinhas eram aparentes na pele dela, além das poucas sardas, tinha algumas manchinhas. As olheiras marcadas e os olhos um tanto inchados, até mesmo os lábios maiores e as bochechas também. Imaginou como seria acordar ao lado dela e estar desacreditado sobre realmente ser ela ali, por isso era estranho, mas não tinha coragem de dizer algo.

— Tae, eu-

— Oh, é bom ver que está acordada, e você também, Jungkook. – Bogum entrou no quarto com um sorriso enorme no rosto e mãos dentro dos bolsos do jaleco. Ridiculamente bonito demais.

  Jungkook queria revirar os olhos.

— Oi, Bogum-ah. – ela sorriu com preguiça, apertando a mão do Jeon quando ele ia se afastar.

— Como você está, Tae? Sente falta de força ou os olhos pesados? Claro, além do recém despertar. – ele se aproximou pelo outro lado da cama, encarando o visor de pressão e o saco de soro que tinha ali. – Sua pressão está muito boa, ela baixou um pouco ontem, mas não te afetou muito. Não sente nada?

— Fome, eu estou com muita fome. Acho que posso comer um boi. – disse com os olhos bem abertos, rindo junto do médico e pôde ouvir o mesmo de Jungkook. – Eu fiquei com dores no pulso esquerdo e um pouco de falta de ar.

— Hm, vamos fazer uns exames depois que você comer algo. As dores no pulso podem ter vindo do soro e como você dormiu com ele, pode ter sido os seus movimentos durante o sono. – ele sorriu, se aproximando mais da garota para ouvir seus batimentos cardíacos.

  Do outro lado, Jungkook observava tudo com cuidado e atenção, por isso não notou que a loirinha lhe encarava com os olhos brilhando e um sorriso contido, tanto que sequer piscava ou olhava para outro lado, apenas o moreno com dentes de coelho existia naquele momento. Quando Bogum se afastou, o Jeon finalmente trocou seu olhar de direção, encontrando o brilho dourado dos olhos redondinhos de Tae. Completa e unicamente linda.

— Muito bem, eu vou checar seus exames de ontem a noite e pedir por mais um exame de sangue. – ele tirou a agulha de soro e passou um pequeno algodão ali, logo colando um band-aid. – Você está bem, só precisa acordar com um pouco de sal ou açúcar.

— Eu vou precisar tomar algum tipo de remédio? – ela perguntou com certo receio, não gostava de remédios.

— Depende dos resultados dos exames, mas é bem provável que não. Você está bem, Tae. Apesar de todo o nervosismo, você está bem. Agora, sobre o seu psicológico, é você quem decide, ok? – colocou as mãos nos bolsos do jaleco novamente e se afastou mais. – Vou pedir que seus pais entrem.

— Obrigada, Bogum. – um sorriso sincero se abriu nos lábios da loirinha e o médico fez o mesmo, balançando a cabeça com lentidão.

  Ela voltou seus olhos a Jungkook e sentiu suas bochechas esquentarem quando notou que este já lhe encarava, acabando por desviar o olhar e encarar seu peito com timidez, sentindo o olhar do Jeon ainda queimar em si.

— Você é linda. Muito linda. – ele sorriu com o canto dos lábios, tombando sua cabeça para o lado.

— Como consegue me achar bonita assim? Com olheiras, rosto inchado, cabelo bagunçado e cansaço? – ela riu de si mesma, tomando coragem para encarar o Jeon.

— É natural, igual você. Naturalmente bonita e atraente, até com olheiras e cabelo para cima. – tocou seu próprio cabelo, puxando alguns fios para cima.

— Idiota. – ela riu boba, mordendo seu lábio inferior. – Me desculpa por ter feito você ficar aqui a noite toda, você não precisava fazer isso. Eu sei que tem treino hoje, ou tinha.

— Você não tem que se desculpar, eu quis ficar, mesmo que eu não seja nada muito íntimo relacionado a você. Inclusive, foi bem difícil convencer a sua mãe. – ele riu ao lembrar da mais velha preocupada e histérica na noite anterior. – Você... me deixou preocupado e eu sinto ódio, nojo dos caras que tentaram algo com você.

  Tae suspirou e balançou a cabeça, se lembrando das mãos geladas, dos lábios sujos. Do frio, do medo, do susto. Da arma. Não seria fácil esquecer daquilo, não seria fácil apagar as palavras nojentas e os risinhos, os risos de prazer por verem a garota desprotegida, parada em um transe. E as lágrimas que caiam silenciosamente, a vontade de gritar e o seu corpo sendo tocado, manchado e apodrecido lentamente. Sentia tanto nojo, tanto ódio, tanta tristeza.

— De qualquer forma, eu ainda me sinto culpada, de algum jeito. Minha mãe provavelmente vai entrar e perguntar se eu estou bem, mesmo que ela veja e sinta que não. – sorriu sem vontade, sentindo uma lágrima escorrer e se forçar a olhar para o teto. – Eu não quero que se afaste, Jungkook. Não quero que sinta nojo por eu quase ter sido abusada e por ter sido tocada, eu quero que você ainda seja um garoto que só pensa em mim mesmo tendo me conhecido há uma semana. – riu com a memória feliz do jantar entre os dois. – Porque eu, curiosamente e pela primeira vez, sinto que posso confiar em um garoto. Mesmo que ele seja um padrão clichê de filmes colegiais americanos.

  Jungkook riu envergonhado e se levantou, ficando ainda mais próximo da loira, se atrevendo a encarar os lábios vermelhinhos e sorrir ao encontrar os olhos brilhantes.

— Mesmo que não sentisse que pode, tem minha total segurança e pode confiar em mim, mesmo que eu pareça babaca demais. Eu me sinto bem com você, me sinto feliz e garanto que o Junghan sente o mesmo. – sorriu ao lembrar do irmão mais novo.

  Tae balançou a cabeça e ergueu seu braço direito até o pescoço do moreno, enrolando seus dedos nos fios macios que ele tinha e lambendo os lábios como se preparasse os mesmos para um beijo. Jungkook, como se pudesse ler a mente da garota, se curvou e aproximou seus rostos quentes, encarando os olhos brilhantes e bonitos antes de tomar atenção aos lábios e encostar com delicadeza, não esperando muito mais para abrir os seus e sugar os da garota, sentindo os músculos quentes e molhados se tocarem e a saliva escorrer em algum momento. A loira ergueu seu outro braço e tocou o ombro do garoto, apertando para descontar certa agonia se sentir seus lábios serem sugados e mordidos com certa força, achando aquilo extremamente gostoso ao fazer o mesmo com os lábios do Jeon. Ela sorriu quando sentiu o gostinho de sangue vindo de seus próprios lábios e puxou o corpo maior com mais força, se afastando após se assustar com o corpo dele completamente em cima do seu. Os dois riram com aquilo e se aproximaram novamente, agora a mão esquerda de Taehye estava na cintura do moreno, apertando e o puxando para mais perto, se é que ainda existia algum espaço entre eles.
  Jungkook usou o braço direito para segurar a cintura da garota e adentrar o tecido da blusa que ela usava, sentindo com delicadeza e sem pressa, a pele quente e macia daquela área. Sua mão passou para a barriga e parou acima do umbigo, onde seus dedos fizeram carinho e pressionaram levemente. Sua outra mão pousou em seu pescoço e ele se afastou para puxar ar, encarando a menina por segundos antes de selar seus lábios e descer todos os selinhos e beijos para o queixo, passando pelo maxilar e pelo pescoço, onde beijou em todos os lados e marcou o esquerdo. A garota sentiu seu interior vibrar e um calor maior entre suas pernas, o que a fez suspirar e apertar a cintura de Jungkook com força e puxar os fios escuros, fechando seus olhos ao erguer a cabeça e arfar enquanto os lábios dele ainda sugavam a pele de seu pescoço e agora beijava e lambia as clavículas expostas.

  Uma mordida e um gemido escapou. Taehye tapou sua boca e fechou os olhos, sentindo a boca quente e molhada voltar a para o seu pescoço e depois partir para os seus braços descobertos, descendo os lábios, beijando e mordendo até chegar em sua mão, onde beijou cada um dos dedos e também sua palma quente. Beijou e mordeu seu pulso, agora repetindo tudo no outro braço, enquanto ainda encarava os olhos brilhantes da loira que estava extasiada. Voltou a beijar os lábios da garota e direcionou sua mão direita para a coxa quente dela, mantendo a mão esquerda na barriga, por baixo do tecido da blusa novamente. Taehye levou suas mãos para a cintura de Jungkook como antes, puxando e apertando a área, tentando e conseguindo mais daquele toque, do toque quente e gostoso dos corpos juntos.

  Até sentir. Sentir algo húmido entre suas pernas e a pressão de algo duro, ainda por cima de todos os tecidos e panos entre eles, então arregalou os olhos e levou as mãos para os peitoral e subiu para os ombros do moreno, procurando se afastar do corpo grande e quente. Mesmo que não quisesse.

— J-Jungkook... – apertou os ombros com mais força e o empurrou sem muita força, notando que ele realmente não estava sentindo. – Jungkook! – chamou mais alto, finalmente tendo a atenção do garoto.

  Ele arregalou os olhos e olhou para o corpo da garota, mordendo o lábio inferior enquanto saía de cima dela e ficava em pé ao lado da maca novamente, começando a se desculpar por ter perdido sua resistência e ter passado dos limites.

— E-Eu não-

— Não precisa dizer que não queria, Jungkook, eu sei o que você queria. – ela riu maliciosa, o encarando com doçura. – Eu espero que, se for visitar alguma outra garota no hospital, não faça tudo isso. Quero dizer, não estamos juntos ou algo assim, é só que... Bem, você... eu... faça o que quiser, eu não tenho nenhum direito sobre você, eu-

— Eu não vou visitar nenhuma outra garota no hospital, Taehye. Eu não estou com outra garota e eu não tenho uma irmã, então eu não tenho como visitar outra garota. – sorriu fechado e ergueu as sobrancelhas. – Mas você, se quiser visitar outro garoto ou tiver outro garoto, também pode fazer o que quiser, ok? Não vou e não quero te prender em nada.

  Os dois sorriram e o moreno se aproximou mais para deixar um beijo na testa da garota, porém a porta fora aberta e os dois olharam para aquela direção, sentindo ambas as bochechas esquentarem ao terem o olhar de Haru e Taejoon sobre eles. Taehye sorriu para os dois e levantou sua mão, mexendo os dedinhos para acenar aos dois mais velhos, voltando seus olhos a Jungkook antes de beijar a bochecha vermelha dele.

— Parece que o dia começou ótimo, não é? – Taejoon riu nasal e entrou atrás de Haru, indo até Jungkook enquanto a esposa ia abraçar a filha. – Conseguiu dormir, filho?

— Claro, dormi bem, senhor-

— Me chame apenas de Taejoon, tenho apenas quarenta e cinco, não sou tão velho. Mesmo que o Seokjin me chame de velho, ainda estou na idade. – piscou para o garoto, que ganhou mais cor às bochechas ao entender o que o mais velho dizia. – Ela ronca bastante, não é? Quase não dá para dormir.

— Pai! – a loira riu alto, logo se afastando da mãe para receber seu pai. – Me desculpa pelo susto, eu sei que você não conseguiu dormir. – sorriu com os olhos fechados, apertando o pai contra seu corpo.

— Não tem que se desculpar, meu bem, você não teve culpa nenhuma. Mas vai ficar bem, eu prometo. – beijou a orelha da menina, se afastando com um sorriso no rosto.

  Jungkook observava tudo com carinho, ganhando certo susto ao sentir-se abraçado pelo corpo menor de Haru, este que fora recebido de bom grado e calor. Eram braços maternos, então ele se sentiu acolhido quando as mãos da mulher tocaram suas costas e fizeram carinho ali, o deixando mole e relaxado.

— Nunca mais me convença a te fazer perder algo importante sobre o seu time, ok? Você é incrível, mas não precisa passar por isso assim. – sorriu, deixando um beijo na bochecha dele.

— Mas eu quis, eu precisei. Eu não... não podia ficar longe dela, ela é... tudo. – abaixou sua cabeça, envergonhado com sua fala. Provavelmente tinha dito de forma alta.

— Tão apaixonadinho. – Taejoon provocou o garoto, grunhindo ao receber um tapa da esposa e outro da filha.

— Bogum disse que já podemos ir, minha flor. Nós pegamos os exames com ele quando nos vimos na recepção. – Haru se direcionou à garota, tocando a bolsa carteiro que carregava. – Você precisa ficar em casa por agora, mas pode voltar para a escola amanhã.

— Eu preciso tomar algum remédio? – ela perguntou com uma expressão de nojo.

— Sim, mas é docinho. Só para relaxar os seus músculos e você não sentir cansaço toda hora, por causa do soro. – Taejoon foi quem respondeu, servindo de apoio para a filha quando ela se sentou na maca.

— E os dois patetas? – Taehye se referiu aos irmãos, apontando para a ponta inferior da maca, onde estavam seus tênis.

— Seokjin foi para a escola, mas o Harry disse que queria ficar em casa para ficar com você enquanto nós estamos no trabalho. Ele chamou uns amigos para irem lá mais tarde, mas disse que você conhece. – Haru explicou, ajudando a garota a colocar os tênis.

  Quando ela ia descer da cama, Jungkook se aproximou e enrolou seu braço na cintura dela, dando apoio para que a loirinha pudesse sair sem se desequilibrar. Ela sorriu com as bochechas coradas e segurou a outra mão dele, começando a andar ao seu lado enquanto seus pais andavam na frente e abriam a porta para que pudessem sair. Na recepção encontraram Bogum, que se despediu da garota e sorriu gentilmente para Jungkook, recebendo o mesmo em troca antes de voltar a andar, agora atrás da menina e de seus pais, se socando internamente por encarar a bunda redonda grandiosa que ela tinha. Corno idiota.

  Como na noite anterior, foi difícil convencer Haru de que o moreno ficaria bem e iria para casa com o transporte público e, porém, agora ninguém dizia algo ou discutia com a mulher histérica, apenas balançavam a cabeça e entravam no carro sob o olhar de águia da Kim, que havia insistido para que o Jeon tomasse café da manhã em sua casa. Jungkook deixou a loirinha entrar primeiro e logo ficou ao seu lado, ficando tenso por alguns segundos ao que ela deitou a cabeça em seu ombro e segurou sua mão, o que o fez relaxar logo em seguida. Haru ligou o rádio e o caminho até a casa da garota foi barulhento, com a voz da mãe dela acompanhando a letra da maioria das músicas, o que surpreendeu, alguém da idade dela se interessar por músicas que não fazem muito os estilo da maioria dos adultos.

  Quando pararam na frente da casa dos Kim's, pôde ver Harry com um sorriso enorme no rosto, correndo na direção do carro com pressa, então Jungkook abriu a porta e saiu antes de Taehye, estendendo sua mão para que ela pudesse descer com mais facilidade. Sorriu quando Harry praticamente pulou em cima da irmã, a abraçando com força, apertando a cintura modelada dela enquanto sorria e agradecia a ela e aos céus por ver que ela realmente estava bem, mas também provocando ao dizer que não teria um quarto só para ele, finalmente. Ele soltou a irmã e encarou Jungkook com um sorriso malicioso, o abraçando brevemente antes de voltar sua atenção para Taehye e os dois começarem a conversar, caminhando para dentro da casa da loira. Haru tocou o ombro do moreno e apontou o portão, deixando que o garoto caminhasse em sua frente, fechando o portão para que Taejoon pudesse erguer o automático e entrar com o carro.
  Quando entraram na casa da garota, o Jeon olhou em volta e começou a se sentir acolhido. Primeiro pelo toque quente e materno das mãos de Haru, depois pelo ar-condicionado que deixava o local mais quentinho e depois pelo cheiro de bolo de chocolate, que o fez virar o rosto na direção que o aroma vinha, se deparando com uma mesa posta, cheia de coisas para o café da manhã. Oh, sim. Ele estava bem acolhido ali.

  Taejoon passou em sua frente como se fosse uma criança, correndo na direção da mesa coberta, roubando um pedaço do bolo a tempo para não ganhar um tapa forte vindo da mão materna de Haru. Ele riu alto e se encostou na bancada após deixar um beijo na bochecha da esposa. Eles eram fofos e ainda conseguiam parecer dois adolescentes, vivendo um primeiro amor ou algo assim. Tão apaixonados quando adolescentes. O que o fez se lembrar de sua loirinha e se virar, notando que ela sorria e estava praticamente atrás de si com o sorriso lindo que tinha, com olhos brilhantes de bochechas vermelhas. Linda, como sempre.

— Vem. – ela chamou com a voz doce, andando na direção dos poucos degraus, indo para seu quarto.

  Jungkook a seguiu, isso depois de olhar para Taejoon e ter sua autorização para entrar no quarto de sua filha, sem querer parecer um pervertido atrás de sua diversão ou algo do tipo. Quando entrou, ficou surpreso por não encontrar um quarto cor-de-rosa com pelúcias pela cama e coisinhas femininas por todos os lados, mas sim um quarto de cor universal, com alguns pôsteres na parede onde estava a cabeceira da cama e um guarda-roupa de porta aberta, com algumas roupas no chão e coisas fora de seu lugar. Mais parecia o seu quarto, parecia muito com o seu quarto. Desarrumado e desorganizado, cheio de badernas, como a casa da Mãe Joana. Quando foi pisar mais uma vez para estar mais perto da cama da garota, seu pé escorregou em um objeto cilíndrico branco, de tamanho e espessura grande, parecido com algo que já tinha visto antes, só não lembrava o que e onde. Se abaixou para pegar e notou que era macio, mesmo sendo de plástico, então resolveu perguntar para tirar a dúvida de sua cabeça.

— O que é isso? – balançou o objeto na vista de Taehye, vendo a garota arregalar os olhos e correr em sua direção, achando estranho quando ela puxou o cilindro de sua mão.

— É... bem, é claro que é um... um...

— Um... ?

— É o extensor do banheiro, sabe? Onde coloca a toalha e ela fica pendurada. – sorriu nervosa, pedindo aos céus que o garoto não perguntasse novamente. Se aliviou quando ele balançou os ombros e então sentiu o ódio queimar em seu sangue. – Harry! – ela gritou irritada, pisando forte ao sair do quarto e deixar um Jungkook confuso para trás.

  O moreno ergueu as sobrancelhas quando olhou para o outro lado do quarto e encontrou algumas fotos de crianças pequenas em polaroids, provavelmente Taehye e os irmãos. Concluiu que a garota realmente preferia o corte de cabelo curto ao ver que, desde mais nova, usava o corte mais baixo e sem divisão ou direção, apenas solto com algum tipo de creme ou gel. Era bonita desde mais nova, quase nada havia mudado, apenas seu corpo e sua cor de cabelo. Ela ainda era a pessoa mais linda que já havia visto. Uma foto em especial chamou sua atenção, uma onde ela está usando bermuda de corte mais longo e uma blusa do Toy Story, com uma sandália preta e um carinho na mão. Está ao lado de Seokjin e Jimin, dentro de uma caixa de areia. Parecia um menininho, mas ainda era muito lindo na versão masculina. Como alguém podia ser bonito mas versões masculina e feminina? Taehye conseguia, de alguma forma curiosa.
  Tinham mais outras fotos, e na maioria delas, Seokjin e Jimin estavam junto da garota, como um verdadeiro trio que está junto desde quando tinha apenas três e quatro anos. Poucas delas acompanhavam Harry ou os pais da Kim, mas em todas a loirinha sorria e tinha os olhos apenas risquinhos e parecia realmente muito feliz, como se aqueles fossem os melhores momentos de sua vida. Fotos de Harry sozinho, ela e Harry, ela e Seokjin, ela e Jimin e, em grande porcentagem, ela e o pai, sorrindo familiar e felizes. Eles pareciam ser uma família muito feliz e muito satisfeita com o que tinham e ainda poderiam ter, e ele imaginava o quanto os pais eram orgulhosos dos filhos, o quanto sentiam-se sortudos por terem os filhos que tinham.

— Garoto estúpido. – Tae entrou no quarto murmurando xingamentos que eram direcionados a Harry e bateu a porta com força. – Idiota.

— 'Tá tudo bem? – o moreno segurou o riso ao ver os cabelos bagunçados da loirinha. – Você parece... desordenada.

— O quê? – ela ficou confusa, olhando para o espelho ao que o Jeon apontou para seu cabelo. Uma completa bagunça de fios. – Bobo.

— Cheguei a conclusão de que você é bonita desde que nasceu. – ele voltou a olhar para as fotos, segurando uma onde a menina vestia uma saia azul e um moletom de zíper, com uma blusa por dentro da saia. Tênis azuis e o cabelo sem divisão, em sua cor natural.

  Tae andou até ele e parou ao seu lado, sorrindo envergonhada ao ver qual era a foto. Foi a primeira vez que saiu para ir a um passeio em família, vestida como a garota que queria ser e, mesmo com os olhares daqueles que sabiam que ela havia nascido um menino, ela passou o dia todo sorrindo e rindo com a família. Também foi a primeira vez que se apresentou a toda a sua família, todos os seus parentes, como uma garota, como Taehye e não mais Taehyung. Mas claro, ela não diria isso a Jungkook, não agora.

— Belas coxas. – ele apontou, rindo quando ela o deu um tapa e tirou a polaroid de sua mão.

— Era um dia especial, eu precisava estar bonita. E eu tinha apenas nove anos, seu depravado. – riu boba, colocando a foto de volta ao varalzinho.

— Você ainda tem belas coxas. – ele balançou os ombros, sorrindo ao se aproximar da garota. – E agora uma bela bunda. – sorriu malicioso, apertando a cintura da menina.

— Seu tarado! – ela lhe estapeou no peito, se afastando para ir até o guarda roupa. – Ainda não me conformo que tenha deixado de ir a escola, apenas para dormir numa poltrona de hospital. – ela dizia enquanto pegava algumas peças de roupa.

— Não diga que foi apenas. Não foi confortável, mas foi por você. Eu não conseguiria dormir longe, sabendo que você estava no hospital após quase ser violada. – ele se permitiu sentar-se na cama da garota, pegando o shortinho com coelhinhos que ela havia jogado ali. – E você dorme bonita. – segurou a peça delicada e curta, imaginando o bumbum da garota ali dentro.

— Não viva em um livro de romance, Jungkook. Você pode dizer que eu durmo estranha e acordo parecendo um rato, eu não vou me aborrecer. – riu alto, tirando o short da mão do moreno. – Igual você. Você fala e baba, baba muito.

— Eu não falo dormindo, eu sonho alto demais. É diferente.

— Ah, claro. Muito diferente mesmo. – ela revirou os olhos, andando até a escrivaninha, pegando uma embalagem com um líquido amarelo. – Eu já volto, ok? Pode ligar a televisão se quiser, ou descer. O Harry deve estar jogando.

  Após sorrir, Jungkook viu a garota sair do quarto e fechar a porta, sumindo de seu campo de visão. Enquanto esperava a menina voltar, o moreno parou para olhar mais o quarto grande e aconchegante, que provavelmente tinha um ar-condicionado em um lugarzinho escondido, então voltou a olhar para as fotos que a menina tinha. Ainda estava curioso e confuso sobre ver a menina vestida como um garoto em poucas das fotos, mas estranhamente bobo pela fofura e inocência no olhar dela nas polaroids, ela ainda era fofa e tinha sim um olhar inocente, mesmo que na verdade não fosse tão inocente assim. Não entendi o motivo, mas se sentia muito atraído pela loirinha, não só pela beleza física dela, mas pela personalidade agitada e feliz que ela mantinha para si, o fazia se sentir seguro e acolhido. Mais do que qualquer outra garota o fez sentir, confortável e relaxado para falar tudo o que sentia e sem nem perceber, ditar toda a sua vida para a Kim. Se sentia quente quando ela sorria e mais ainda quando os lábios macios estavam colados aos seus, se movendo deliciosa e lentamente.
  Sentia que, pela primeira vez em todos os relacionamentos que teve com alguém, podia confiar e ser ele mesmo com ela. E ele realmente pensava sobre como ficavam bem juntos, imaginava suas mãos entrelaçadas e algumas juras de amor sendo libertas de seus lábios e os da garota, sorrisos e abraços gentis e acolhedores. Era rápido, ele sentia que estava tudo indo rápido demais, mas não sentia vontade alguma de parar, apenas queria mais daquela sensação de ser feliz e se sentir vivo de verdade, como se tudo dependesse dos sorrisos grandes e bonitos que a menina o dava. Ela era perfeita para si, se encaixava perfeitamente no quebra-cabeça complexo demais que o Jeon era.

  Ficou tanto tempo distraído, olhando para as fotos e pensando sobre ele e Taehye, que não ouviu quando a porta foi aberta e a garota entrou, jogando a roupa que vestia antes em cima da cama, amassando seus fios úmidos com uma toalha azul bebê. Ele se virou quando ouviu ela murmurar algo baixinho, prendendo sua respiração por segundos ao ver como ela estava vestida e como seu rosto estava. Não queria ter imaginado algo pornográfico com ela naquele momento, mas foi impossível quando encontrou as bochechas extremamente vermelhas onde as poucas sardas se destacavam, os lábios inchados e os fios loiros úmidos. Em seu corpo, uma blusa rosinha claramente maior que a sua numeração, dançava e cobria parte de suas coxas, aquelas que com certeza estavam pouco cobertas pelo shortinho de coelhinhos que ela havia pego. Merda, ela estava absolutamente perfeita daquela forma. Natural, expondo sua persona depois de um banho quentinho, ele imaginava.

— O que foi? – ela perguntou com um sorriso, jogando a toalha na cama.

— Nada, eu só... você é perfeita. – ele abaixou a cabeça e ouviu um risinho dela.

  Ela andou até a sua escrivaninha e pegou uma escova de cabelo, se aproximando da cama e se sentou ao lado do moreno, mas com as pernas cruzadas e as mãos leves. Tocou o braço do maior e depois deu tapinhas na cama, pedindo silenciosamente que ele sentasse de frente para si e quando ele fez, ela lhe entregou a escova.

— Escova para mim? – o encarou com os olhos pidões, depois sorriu tímida.

  Jungkook levou a escova até os fios mistos da menina, descendo as fibras de plástico por todas as partes do cabelo até sentir que elas estavam lisas, usou sua mão para ajudar também, brincou com alguns fiozinhos, formando pequenos cachinhos em algumas partes do cabelo loiro e rosa. Bagunçou e escovou de novo várias vezes, apenas para ficar mais tempo ouvindo os risinhos da menina, passou as mãos quando soltou a escova em alguns momentos, apertou alguns fios e formou várias ondinhas nos fios que começavam a secar e ficar macios. Soltou a escova quando sentiu que já estava bom e entrou para ela, encarando os olhos claros com atenção, se perdendo nos lábios bonitos enquanto ela sorria sem perceber e tocava os próprios lábios com seu dedo indicador, fazendo Jungkook morder seu inferior e lembrar da sensação de ter seus lábios se tocando. Perfeitamente encaixados e molhados.

  Taehye jogou a escova no chão e empurrou o corpo de Jungkook, se sentando um pouco mais acima da pélvis do garoto, segurando o rosto bonito com as duas mãos e juntando seus lábios de forma desesperada, molhando e sugando os lábios e a língua gostosa que ele tinha. Mordeu os lábios gostosos e os puxou com seus dentes, voltando a movimentar sua boca e sua língua com a dele, sentindo as mãos grandes subirem para seu quadril e descerem para as coxas gordas, fazendo a blusa subir um pouco quando finalmente tocou a bunda grande e redonda que ela tinha. Jungkook apertou a área quente e gostosa, segurando a cintura com força para conseguir virar o corpo dela junto ao seu e ficar em cima dela, beijando os lábios gostosos que o deixava levemente excitado. Sentiu a garota erguer uma de suas pernas, então a segurou com força, entrando sua mão atrevida no tecido da blusa, sentindo a pele quente e macia novamente, como mais cedo, apertando e puxando onde conseguia.
  Sua mão parou na barriga quente, onde apertou e se sentiu satisfeito quando a menina gemeu contida por seus lábios e apertou mais o rosto dele, descendo suas mãos, uma para o pescoço e a outra para o ombro largo. A saliva escorria para fora da boca de ambos, mas nenhum deles se importava com a baba quente e gostosa que lhes escapava. A mão atrevida do moreno subiu mais e ele abriu os olhos por breves segundos ao sentir que tocava o seio quente dela, notando apenas ali que ela não usava sutiã ou top. Incerto do que fazer, ele apenas tocou o outro seio e apertou, agora ouvindo a menina soltar um gemido manhoso e afastar seus lábios, o encarando por breves segundos. Ela sorriu boba e enfiou suas mãos delicadas na blusa que o moreno usava, sentindo o abdômen trincado na ponta de seus dedos, subindo lentamente para sentir o peitoral, os peitos malhados dele e rir maliciosa. Desceu sua para a cintura dele e ergueu seu rosto, juntando seus lábios novamente aos dele, quentes e confortáveis com aquilo. O empurrou na cama e deitou sua cabeça no peito que subia e descia rápido, podendo ouvir o coração dele bater de forma desgovernada.

— De novo, eu fui rápido demais. – a voz dele entrou nos tímpanos dela, que sorriu e ergueu o rosto, balançando a cabeça.

— Eu gosto assim. Você fica com medo e para quando sente que foi longe, como um avanço no sinal amarelo. – deitou o rosto novamente, colocando sua perna em cima da do moreno. – Me deixa confortável. É gostoso.

— Então eu estou indo bem? – ergueu as sobrancelhas, mesmo que ela não estivesse vendo.

— Está indo perfeitamente bem, senhor Jeon. – riu preguiçosa, fechando seus olhos por segundos enquanto sentia o maior voltar com os batimentos fortes. – Que fofo, você está nervoso.

  O garoto segurou a respiração por segundos e ouviu um risinho da menina. Sentiu o corpo dela relaxar, então chegou a conclusão de que ela estava cansada e iria dormir, então apenas colocou um braço embaixo da cabeça e deixou que ela dormisse em seus braços pela primeira vez, de muitas, ele imaginava.

  Alguns minutos depois, Taejoon entrou no quarto, sorrindo paterno quando viu a menina dormindo nos braços do garoto que estava a fazendo dançar na frente do espelho e cantar debaixo do chuveiro. O cara por quem se apaixonava lentamente, mesmo que não afirmasse absolutamente nada. Olhou para os dois uma última vez e saiu, deixando os dois dormirem confortáveis em ambos os abraços. Quentes e cheios de amor adolescente.

»»————>🧸<————««

— Parece que ele tem bons amigos, mesmo que sejam mais velhos que ele. – Haru comentou com a filha, parando ao lado dela com um pano de prato nas mãos.

  As duas olhavam para Harry e os dois amigos do moreno, eles estavam na frente da televisão, rindo enquanto dançavam alguma coreografia engraçada do jogo de movimentação corporal. Um tempo depois que Jungkook foi embora, mais ou menos depois do almoço, Daeyun e Sugin chegaram trazendo salgadinhos em suas mochilas e alguns jogos de videogame, onde Harry conectou mais televisão da sala e estavam lá desde a hora que chegaram. Haru estava super animada por conhecer os amigos do filho, então preferiu ficar um pouco mais em casa, para ver como eles se saíam perto do filho bobinho, diferente de Taejoon, que apenas desejou um bom dia para os filhos e saiu depois do café da manhã, este que nem Taehye ou Jungkook participaram por estarem dormindo no momento. Estava sendo uma tarde legal e a Kim se sentia aliviada por ninguém ter notado seu desconforto desde o momento que Jeon colocou os pés para fora de sua casa e ela não entendia o porquê.
  Era estranho, como se algo estivesse faltando ou como se aquele local estivesse muito vazio, faltava algo de alguma forma. E ela realmente não entendia o porquê, não mesmo. Por que não de repente havia se tornado tão carente e necessitada da presença de um certo capitão do time de vôlei. Inclusive, Hyejin havia descoberto de algum jeito - lê-se Jimin fofoqueiro - que a loirinha havia estado no hospital na noite do dia anterior, mas que por algum outro motivo - lê-se Seokjin de cobertura - ela desejou melhoras para a garganta inflamada e o nariz entupido. O que a fazia pensar em qual seria a desculpa para já ter melhorado da garganta e do nariz.

  Tinha um ótimo melhor amigo e um irmão melhor ainda, como pode ser visto.

— É, eles fazem bem a ele. E são muito legais. – ela sorriu balançando a cabeça, colocando o prato de bolo dentro da pia. – Eu diria que são uma cópia, feminina e masculina, do Harry. O que, pensando melhor, não é bom. – provocou o irmão para a mãe, rindo com ela.

— Não seja tão implicante, cabrita. – riu ao ver a careta da filha. Já fazia tanto tempo que o apelido não era usado. – Eu já vou, ok? Hyungsik deve estar atolado lá na cafeteria, todo pressionado. – ela andou até o sofá, pegando sua bolsa no braço deste. – Se o pai de vocês chegar primeiro, peça para ele me buscar.

  Taehye balançou a cabeça, voltando a se apoiar na cadeira da mesa de jantar, se despedindo da mãe com um sorriso e um beijinho flutuante, voltando seu olhar para os adolescentes na sala. Riu nasal e balançou a cabeça, andando até a escada pequena, entrando em seu quarto e trancando a porta após fechá-la. Ela subiu na cama e olhou em volta, mordendo seu lábio inferior ao lembrar de algumas horas atrás, quando as mãos de Jungkook passearam em seu corpo e apertaram algumas partes. Quando seus lábios parecia ter um cola, que não os fazia desgrudar de forma alguma, de seu estômago formigando com a sensação de estar por cima e poder apertar o maxilar e pescoço do moreno. Quando ele lhe tocou tão delicadamente e a fez gemer de forma manhosa sem a mínima intenção, como surpresa ser apertada e acariciada. Quando estava por baixo e ele apertou sua coxa, colocou as mãos tremidas dentro de sua camiseta, tocou sua pele quente e massageou seus seios. Quando ele a fez sentir que estava sendo adorada e desejada.
  Então a noite anterior, quando mãos nojentas lhe apertaram nos mesmo lugares, lábios podres lhe beijaram nos mesmos lugares. Quando seu corpo vibrou de medo e ela sentiu a garganta presa por não conseguir gritar, quando o ar faltou e ela só conseguiu chorar em silêncio enquanto a ponta de uma arma era empurrada contra sua cintura e ela sabia que qualquer movimento bruto a faria perder a vida. Quando seus joelhos fraquejaram e ela caiu, ouvindo os gritos de um anjo e pela primeira vez na vida se sentiu desprotegida, machucada, violada, abusada. Podre e nojenta. Num beco escuro onde a voz de um certo moreno a fez se sentir segura por poucos segundos, mas ainda desesperada por um colo mais quente e mais conhecido.

  Agora, a manhã no hospital, quando pôde sorrir ao ouvir Jungkook falar coisas sem sentido enquanto ainda dormia, quando pôde ver o moreno abrir os olhos de forma preguiçosa e ganhar cor as bochechas ao ver que era encarado pela loirinha que já estava acordada há alguns minutos. Quando ele foi apenas selar seus lábios e acabou por cima dela, apertando a cintura modelada e as coxas grossas, quando ela puxou os fios escuros que ele tinha e apertou seu pescoço, beijando e lambendo a boca gostosa do moreno. Quando ela sentiu seu estômago se encher de borboletas e sua extremidade molhar, umedecendo o tecido da calcinha também. Ela havia sim expelido gozo com apenas os toques e os beijos do moreno que tinha um costume gostoso de passar do ponto às vezes. Tinha se sentido, pela primeira vez, molhada por estar excitada com o cara que sentia certa atração. Foi novo e estranho, mas curiosamente bom.

  Mas a lembrança da noite escura e dolorida ainda estava lá, martelando a garota, a fazendo esquecer dos momentos bons depois disso e apenas se permitir chorar em silêncio, em desespero e medo. Medo de tudo se repetir, de sentir mãos nojentas lhe tocando novamente, lhe violando e abusando sem nem se importar no que aquilo poderia dar. Sentia nojo. Nojo de seu corpo, nojo de sua alma, nojo de tudo em si. Se sentia podre e suja, uma sujeira que não sairia com apenas um banho quente e espumando, que demoraria um tempo e precisava de ajuda para ser limpa.

  No momento, como na noite anterior, era apenas ela e uma arma, de novo.

Obrigado por ler

'Me desculpem a demora, de verdade :(

'Não esqueçam da tag no Twitter: #NothingIsLikeHer.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro