F E L I C I D A D E
Só as vezes, penso;
Que sinto, não temo
Com o corpo tremendo
E sempre correndo,
Como se tudo fosse infinitamente pequeno
E incapaz de machucar.
Se penso o que invento;
Logo existo duas vezes,
Torno cinza, cimento, fermento
Parte do meu invento..
Meio terreno
Demais para mostrar como penso.
Sinto o momento;
Quando desperta algo além do momento.
Superando até o silêncio,
Não me prendo.
Quero viajar
Nas águas desse mar turbulento,
Com o sangue fervendo
Pois todo momento é um pensamento.
As minhas cicatrizes são lembranças
De um tempo
Que não me envergonho nem temo.
Guardo-as;
Empilhadas aqui dentro
Sem organização, sem talento..
Não organizo, só penso,
E cada página parece-me que ainda estou lendo.
Sei que as vezes só penso
Só invento que
Já faz tempo
Que estou correndo,
E ao mesmo tempo
Esquecendo;
Só as vezes me prendo
A ilusão e não momento
Até perceber que
Estou apenas me perdendo
Sem ter tempo
Para arrependimentos.
As vezes, penso
Em nada e tudo ao mesmo tempo
E não há fingimento
Parece-me verdadeiro a cada pensamento
É nesses raros momentos
que sei que estou vivendo.
12.02.19
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