
Traços perfeitos
Eu estou extremamente envergonhado agora, sinto que meu rosto está esquentando como uma chaleira no fogo, não acredito que o Okuyasu está me pedindo isso!!
Calma Josuke... é o Okuyasu, eu não posso levar tudo que ele fala na malícia.
- tudo bem... eu aceito - tento me recompor - mas eu preciso ligar pra avisar a minha mãe antes.
- legal!! Que bom... - ele abre um grande sorriso - você vai ligar pra ela agora?
- sim - eu não estou com pressa nem nada, só quero deixar ela ciente que eu estou aqui para que ela não estranhe a minha demora.
Pego meu celular e ligo para minha mãe enquanto Okuyasu apenas me olha ansioso.
- aproveita e coloca no viva-voz, quero falar com ela também
- tá bom - coloco no viva-voz - alô? Mãe? - falo ao ver que ela atendeu a ligação.
- oi filho! - ela me respondia, havia muito barulho de fundo.
- que barulho é esse? Tá fazendo uma festa aí em casa?
- sim filho! Eu convidei umas amigas do trabalho, espero que você não se importe! - não resisto em sorrir.
- ah que droga! Eu odeio quando a senhora faz festas! Sempre sobra pra mim limpar a casa! - finjo não gostar, afinal eu arranjei o pretexto perfeito para dormir aqui, mas eu tenho que me fazer de santo né - então mãe, posso dormir aqui na casa do Okuyasu?
- claro filho, mas você levou camisinha né? - por impulso, tento abafar o som do celular, mas Okuyasu acaba ouvindo.
- hã? - ele me olha confuso, que vergonha!!!
- MÃE!!! - grito extremamente envergonhado
- hahaha! Relaxa filhote, eu tô brincando - ela ria, zombando de mim.
- ele tá aqui do meu lado mãe!! - reclamo ainda nervoso.
- sério?! Aí Okuyasu!! Cuida bem do meu filho hein?! Quero ver ele voltar amanhã de cadeira de rodas!
- MÃE!! PARA!!! - meu rosto arde como um pimentão.
- Sra. Higashikata! - ele tenta pegar o celular.
- de jeito nenhum!! - afasto o celular de Okuyasu.
- não esqueçam da camisinha hein! - desligo na cara dela.
- oi Josuke... sua mãe tava falando do quê? Eu não entendi nada - Okuyasu coçava a cabeça.
- nada!!! Ela deve estar bebendo muito!! - guardo meu celular - vou pedir pra ela mandar alguém trazer algumas roupas... - mando mensagem pra ela.
- eu não vou te deixar dormir hoje! - respiro fundo pra não pensar besteira.
- ah... então bro... vamos comer alguma coisa? - pergunto ainda meio nervoso.
- claro, eu sempre tenho que cozinhar pro meu pai, mas ele nunca come tudo, por isso sempre sobra - ele vai até a cozinha e eu o sigo.
Ao chegarmos na cozinha, vejo que ela estava bem limpa, Okuyasu parece ter cuidado muito bem dessa parte da casa.
Ele vai até o fogão, começando a colocar a comida pra mim enquanto eu me sento em uma cadeira que estava em frente à mesa.
- o que quer comer? - ele colocava um lenço na cabeça e um avental, o que o deixava fofo.
- que tal... bolinhos de arroz? - pergunto tendo um início de gana.
- pode ser - ele olhava nos armários - vou começar a preparar
Eu o observava enquanto ele fazia o preparo e depois de um tempo o mesmo terminava.
Fico com água na boca ao sentir o cheiro dos bolinhos, até que Okuyasu os leva até a mesa.
- estão com uma cara ótima - me levanto para ir até a pia da cozinha lavar minhas mãos.
- valeu - ele sorria, indo lavar as mãos junto de mim.
Após lavarmos nossas mãos, vamos para mesa comer os bolinhos.
- hm... - provo o primeiro bolinho, que estava tão delicioso quanto o cheiro demonstrava.
- o que achou? - ele perguntava me olhando com ansiedade.
- está delicioso, você acertou em cheio Okuyasu - ele pulava, se empolgando.
- bolinhos cobaias!! Seus sacrifícios não foram em vão!! - ele fazia uma pose dramática.
- como você ainda consegue viver depois de ter desperdiçado tantos bolinhos?! Você ainda consegue dormir à noite?! - caio na brincadeira, o fazendo rir.
- você tem razão!! Como eu pude?! - ele colocava a mão no rosto de forma dramática e nós dois começamos a rir.
Aproveitamos e levamos os bolinhos para a sala para comermos enquanto assistíamos reality shows.
Íamos comendo até sobrar um só, eu estendo minha mão para pegá-lo, porém Okuyasu acaba fazendo o mesmo e nossas mãos acabam se tocando.
Olho Okuyasu na mesma hora, o qual responde o meu olhar.
- ah... Okuyasu... pode ficar com o bolinho - afasto minha mão, mas o moreno a pega e acaba me puxando pra perto dele - Okuyasu...?!
- o seu rosto tá sujo... - ele dizia limpando uma área próxima aos meus lábios.
Ficamos nos olhando fixamente por um tempo até que eu decido me aproximar um pouco dele.
Nossos rostos acabam ficando muito próximos um do outro, minhas bochechas estão levemente rosadas pois eu tento me controlar para não ficar muito nervoso.
▪《Okuyasu on》▪
É a primeira vez que eu admito isso, mas eu fui imprudente, agora Josuke está me encarando fixamente, o que eu devo fazer?
Eu não faço idéia.
Nós deveríamos voltar a assistir TV, mas nenhum programa me interessa tanto quanto os belos olhos de Josuke.
Eu gosto quando ele me olha, eu adoro quando ele sorri.
Me pergunto se ele pensa o mesmo, provavelmente não.
E é por causa disso que eu não sei o que fazer agora, eu não tenho certeza ainda do que ele sente, por isso basta um movimento pra que Josuke me odeie.
Devo beijá-lo agora?
- Josuke... eu... - de repente, ouço a campainha tocar - deixa que eu vou atender.
Tento disfarçar a minha raiva e vou até a porta ver quem é.
- saudações amigo! - era Mikitaka - o Josuke está?
- aham... está - me seguro pra não dar um soco na cara dele.
- eu passei na casa dele mais cedo pra entregar alguns presentes que nossos companheiros esqueceram de dar à ele, mas a Sra. Higashikata me informou que ele estava aqui, como eu já estava lá ela aproveitou a situação para que eu pudesse lhe entregar algumas roupas jun - o interrompo, pegando a mala e as caixas que ele estava em mãos, fechando a porta na cara do mesmo.
- Josuke, as suas roupas chegaram - vou até ele segurando a mala e as caixas.
- que bom que minha mãe mandou, mas ae, que caixas são essas? - eu entrego uma das caixas para Josuke.
- pelo o que o aligenigena falou, são presentes que a galera mandou te entregar - me sento ao lado dele.
- legal, espero que sejam controles novos - ele abre a primeira caixa.
A primeira caixa eram pacotes com cuecas novas.
- nossa... legal, eu realmente tava precisando disso - ele fala em tom sarcástico - vamos ver o próximo
Ele abria outra caixa.
- nossa, disso aqui eu tava precisando mesmo... - ele tira um jogo novo da caixa, era Super Smash Bros.
- a gente pode jogar um dia desses - pego o jogo, começando a olhar a capa.
- é, pode ser - ele abre a próxima caixa, eu vejo o seu rosto ficar extremamente vermelho.
- Josuke? O que foi? - tento ver o que tinha na caixa mas Josuke não permite.
- não é nada!!! - ele fechava a caixa
- ei bro, pode me mostrar, relaxa, eu não vou rir - tento pegar a caixa mas Josuke a afastava de mim - me mostra!!
- não!!! - Josuke levantava a caixa, não me deixando pegá-la.
Eu avanço em Josuke enquanto ele ia se afastando de mim, até que ele se afasta tanto que acaba chegando ao fim do sofá.
- Josuke!! - Josuke cai no chão e eu caio encima dele.
A caixa acabava caindo junto e o conteúdo dela é jogado no chão, parecia que eram mangás yaoi, porém eu acabo deixando isso de lado.
- ..... - Josuke estava em silêncio, nós trocávamos olhares intensos, sinto meu rosto corar um pouco, mas eu não me importo.
Nossos rostos estavam tão próximos que eu podia ouvir e sentir o calor de sua respiração, pude observar cada traço de seu rosto no melhor ângulo possível.
Sua respiração estava rápida e seu rosto estava corado, seus lábios brilhavam e pareciam me hipnotizar.
Quero me afundar em seus lábios, quero admirar todo o seu corpo... mas... será que realmente devo fazer isso? Eu devo beijá-lo agora?
Não seria apressado demais?
Será que eu ainda tenho que esperar?
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