💭 Magic - (S.W) 💭
Pedido feito pela wxnderfancy
Oxford - Mississippi
S/N on
6:40 hrs
Tinha recém saído de casa para ir ao trabalho, do outro lado da cidade, onde trabalho de garçonete, quando avistei uma multidão, cheio de pessoas e carros da polícia e também de ambulâncias. Era algum acidente que havia acontecido em alguma casa, só poderia ser.
Continuei a passar com o meu carro pela rua, atenta ao movimento das pessoas e aos detalhes, ouvia muitas pessoas falarem: "Que absurdo!", "Como assim, ela morreu engasgada com uma navalha?", "Quem teria coragem de fazer isso?", "É realmente uma lástima!".
Que estranho, mas deixei passar esses comentários, qualquer coisa que fosse, seria muito comentado na lanchonete. Segui o meu caminho e cheguei a lanchonete uns 10 minutos depois.
Estacionei meu carro na garagem dos funcionários, e segui para a porta dos fundos que já estava aberta. Observei que Ana, a dona da lanchonete, estava lá, ela raramente aparecia, deixava os cuidados do bar com o seu marido, o senhor Alec, que também estava lá, conversando com 2 funcionários.
Andei até os armários e guardei minha bolsa, arrumei meu cabelo em um rabo de cavalo e coloquei meu avental, pronta para organizar tudo antes de abrir o estabelecimento.
As 7:00 horas em ponto, havia terminado tudo, e Dona Shirley colocou os doces recém preparados na bancada. Nossa cidade era pequena, e a lanchonete, por mais pequena que fosse, chamava muitos clientes pela famosa torta de morango e chocolate da Dona Shirley, ninguém nunca superou ela.
Eu e Dona Shirley conversamos sobre o que estava acontecendo, a morte de uma moça de 25 anos, segundo os relatos, morreu depois de comer um cupcake, acharam várias navalhas na garganta dela e no estômago, a suspeita é que alguém colocou eles nos bolinhos.
No jornal, vi uma foto dela, eu a conhecia de longe, era a babá dos filhos da senhora Ana e do senhor Alec, ela era bem próxima deles e ela foi a última cliente ontem, comprando uma caixa de cupcakes daqui.
Como eu havia dito, os clientes que chegavam lá sempre citavam a mesma coisa sobre a moça. Chegou a hora do almoço, onde Carlos atendia para eu ir almoçar, e eu voltava as 13:30 da tarde.
15:00 hrs da tarde
Sam on
- Vamos nos dividir. Você vai na lanchonete, enquanto eu vou procurar rastros da tal bruxa.
Dean fala sem tirar seus olhos da estrada, enquanto eu, verifico mais uma vez o saquinho de feitiço, encontrado em baixo da pia na casa da vítima.
- Tudo bem.
Avistamos a lanchonete, Dean para o carro, somente para eu poder sair e me dirigir ao estabelecimento. Enquanto ando em direção a porta, o barulho do ronco do motor do Impala se afasta indicando que Dean já havia ido.
A lanchonete tinha um bom espaço de estacionamento, tanto na frente como atrás, com grades ao redor, delimitando a rua, do espaço da lanchonete. Supôs que não era o horário de pico de atendimento, pois o estacionamento estava deserto. Quando entrei, um sino havia tocado, avisando que um novo "cliente" tinha chegado.
Uma garota de cabelos castanhos e olhos também castanhos, havia saído de uma porta atrás da bancada onde os funcionários ficavam. A sensação de já tê - la conhecido me veio a mente. Fui até a bancada e falei as mesmas frases de sempre.
- Boa Tarde.
- Boa tarde. O senhor deseja alguma coisa?
- Sou o Agente Plant, do FBI. Vim investigar sobre a morte da senhorita Gilbert.
- Ah... Sim. Mas, porquê o FBI está aqui ?
- Viemos fazem o trabalho que a polícia local não está fazendo. Bem, poderia responder algumas perguntas, senhorita....
Olho para seu nome bordado no uniforme. (S/N/C).
Pera aí. Eu conheço esse nome.
- É S/N. Mas pode me chamar de S/A.
- Peraí, S/A ? A que colecionava figurinhas e adorava a aula de música? Sou eu o Sam, se lembra?
- Meu Deus! Sam, quanto tempo. Nem imaginava que você ainda se lembrava de mim. Como você está? - ela fala aos risos, ajeitando um fio rebelde de seu cabelo o colocando atrás da orelha.
Ela estava nervosa, sempre que ficava nervosa ri, envermelha e arruma alguma coisa que esteja a seu alcance. Só espero que ela não gagueje, como quando ela tinha que apresentar algum trabalho na frente da classe.
- Estou bem, obrigado. E você, como tem passado?
- Melhor impossível. Mas... não me lembro do seu sobrenome ser Plant.
- Eh... - Coço a nuca um pouco desconfortável. Não sei como eu mentiria pra ela. - Coisas do FBI sabe? Não podemos aparecer e dar a nossa identidade verdadeira, é necessário para manter a nossa segurança.
- Ah sim. Entendo.
- Bom, voltando ao assunto. Você conhecia a moça?
- Não conhecia muito bem. Ela vinha aqui de vez em quando e é babá dos filhos dos donos da lanchonete. Mas nunca conversei com ela.
Fiz as perguntas para a S/A e para todos os funcionários presentes. Os donos não estavam lá, então depois que terminei com o último funcionário, a S/N deu seu número pra mim e combinamos que depois dessa "investigação" iriamos marcar pra sair, tipo um encontro.
Sai do estabelecimento e fiquei na frente do estacionamento, liguei para Dean falando que já estava pronto e depois de alguns minutos, ele chegou e nos levou ao hotel onde estávamos hospedados.
S/N on
- DONA SHIRLEY DO CÉU... EU TÔ INFARTANDO.
- O que houve menina, o que aconteceu?
- O homem que eu amo passou por aquela porta e levou o resto de sanidade que tinha em mim junto.
- Ah, você já conhecia o Agente? Bem que achei você meio nervosa.
- Vamos dizer que ele foi um amor de adolescência que foi além da adolescência.
- Uau. Por essa eu não esperava. É melhor você esquecer um pouco o bonitão, porque o serviço está te chamando lá na cozinha.
- Tá bem.
Me dirijo pra cozinha, e começo a fazer as minhas obrigações. Daqui a algum tempo vai acabar o expediente e eu não vejo a hora de chegar na minha casa e relaxar.
18:00 horas
Meu expediente por hoje se encerrou, estou a caminho da minha casa, quando uma lembrança me ocorre, na época em que eu e Sam éramos amigos inseparáveis, mal sabe ele que eu queria ser muito mais que apenas uma amiga.
Ano 1998
Sempre fui uma menina fechada e solitária na escola, porém tudo isso mudou no 1° ano do Ensino Médio.
Sam, o aluno novo, mudou a minha vida naquele ano, mesmo sendo tímido também e um ano mais velho que eu. Apartir do momento que nos conhecemos, partilhamos sentimentos, pensamentos e também a nossa vida, um entendia o outro. Ele não gostava de ficar pulando de escola em escola por causa do negócio da família que o pai seguia (coisa que ele nunca me contou), e eu também não gostava de sempre ser a aluna nova por conta da vida da minha mãe. Ela era uma bruxa e matava em busca de poder, fazendo assim, fugirmos a vida toda. Ela me ensinou algumas coisas, mas eu não queria ter o mesmo destino da minha mãe. Mas essa parte eu nunca contei a ele.
Ele chegou a uns 4 meses pra acabar o ano letivo, ele iria ficar ali até acabar o ano, segundo o pai dele. E isso significava que ele iria ao baile, e eu queria que fosse comigo. E por isso eu fiz o pedido. Corajosa? Talvez Louca? Pode até ser. Agora iludida? Completamente.
A minha sorte foi que ele disse sim, meio relutante, mas disse sim.
Eu me lembro da minha mãe pouco se importando pra mim. Fui eu que dei jeito no vestido, arrumei meus cabelos cacheados soltos, mesmo porque o Sam adorava eles, coloquei meus saltos não muito altos e uma maquiagem leve. Marquemos de nos encontrar na esquina do colégio, alguns metros de distância eu já enxergava sua silhueta alta. Meu coração acelerava, eu estava nervosa, parecia que estava tudo em câmera lenta. Estava a alguns passos de distância agora e dessa vez foi ele que quebrou a distância. Ele estava lindo, com um terno e calça social pretos e uma gravata azul escuro, sapato social impecável, um lencinho fazendo um charme no terno, seu sorriso era amplo e seus olhos brilhavam, seu cabelo estava lindo como sempre. Ele me abraçou e ali pude sentir seu perfume inebriante. Fomos em direção a escola de mãos dadas, mas em passos lentos, conversando sobre assuntos que eu nem me lembro mais.
A noite toda foi maravilhosa, dancemos, cantemos, conversamos. Até chegar a hora da despedida. Eu sabia que era o último dia dele comigo, tinha dado um presente a ele dias antes. Um livro e no meio dele, um colar, em formato de coração, que quando se abria revelava uma foto de nós dois juntos.
O pai dele estava na frente da escola com o seu Chevy Impala 1967, e o seu filho sentado do lado do carona esperando o Sam. Eu estava perdida, em lágrimas.
- Hey. Eu vou dar um jeito de voltar. Saiba que você é a única que me faz esquecer tudo de ruim que existe ao meu redor.
- Me prometa Sam. Que não vai me esquecer. Vai fazer o que for necessário e ir atrás do que você acredita.
- HEY SAM! Anda logo não temos tempo! - Dean diz na janela do carro.
Sam olha na direção do irmão e faz um sinal para esperar só mais um tempo e se vira pra mim. Suas mãos uma de cada lado do meu rosto.
- Eu prometo.
Rapidamente, ele se inclinou e selou nossos lábios em um beijo carregado de espera e também de sentimento. Ouvia o barulho da buzina, mas nenhum de nós dois ligava, o sentimento era maior que qualquer perturbação.
Ele se afastou apenas pra dizer um - Até logo - e seguiu para o carro, eu fiquei a observar até virar a esquina, onde a gente tinha se encontrado aquela noite. A pior noite que eu tive.
Acordei dos meus devaneios quando cheguei em casa. Abri a porta sem ânimo nenhum, caminhei até o meu quarto e tomei o meu banho.
Tarde da noite, alguém bate na porta sem nenhuma delicadeza. Vozes são escutadas por mim, de dois homens.
- Eu sei que você está ai vadia. Não adianta fugir.
Uma voz grave e grossa, carregada de ódio.
- Não irá matar mais ninguém. Melhor abrir essa porta por bem ou por mal.
Uma voz menos grave que a segunda, com um toque de suavidade mais ainda sim irritada.
Abri a porta e dois homens chegaram até mim com armas apontadas.
- Pera ai. Sam?
- S/N? O que faz aqui? Não acredito que é você.
Ele fala sem abaixar a guarda, já o outro chega por trás e tranca meu pesçoco com o antebraço direito enquanto a mão esquerda aponta a arma pra minha cabeça.
- Então você conhece a vadia Sam. Então pode confessar, foi você que matou ela não foi?
- Não. Não foi. Eu nem conhecia ela.
- Como não? - foi a vez de Sam. - A erva que tava no saquinho de feitiço, tem aqui também. A moeda de bronze, também tem nas suas coisas. Até o osso de um recém nascido tem nas suas coisas.
Tudo comprova o óbvio como você diz que não?
- Quer explicação? Eu explico. Primeiro: Eu sou uma bruxa mas não fiz isso
- E como quer que a gente acredite? Quer se safar?
- Se você me deixar explicar, o perna de alicate pode ser que você entenda.
Após falar isso, Dean aperta mais meu pescoço.
- É melhor parar de gracinha.
- Tá bem, tá bem. Segundo, eu não conhecia ela. E também não pratico magia pra ferir ninguém. Terceiro, eu sei muito bem quem poderia ter feito isso com ela e que certamente tem alguns motivos favoráveis.
- Quem? - Sam fala abaixando a arma.
- A Ana, dona da lanchonete. Mulher do senhor Alec. Ele traiu a mulher com essa tal moça, que é também babá dos filhos deles. Só que, segundo a dona Ana, que era só comentário de mal gosto e que ele não tava traindo ela. Até que, um dia ela viu os dois juntos. E ameaçou a moça. Disse que se continuasse com isso poderia perder o emprego. Durante um tempo deu certo, porque a garota tava desesperada pra terminar de pagar a faculdade. Mas depois que pagou e terminou a faculdade ela continuou trabalhando lá. E o Alec começou a dar em cima dela de novo, e eu vi eles se pegando semana passada.
E também outro fato estranho foi ela ter ido pra lanchonete hoje sendo que raramente ela aparece.
- Bom, tem sentido essas informações Dean.
- Tá e o que você quer que eu faça? Sente numa cadeira, enquanto tomamos chá e ela conta todas as fofocas da cidade?
- Não. Quero que você vá lá verificar na casa dos donos. Sabe onde eles moram? Se estão lá, S/N?
- Sei. Fica no centro da cidade, perto do parque. Vai saber qual é pois é a única de dois andares na rua, cor cinza. Eles não estão, por enquanto. Foram pro restaurante pelo que estavam falando na lanchonete.
- E você? Vai ficar mesmo com ela? A gente nem conhece. Vai que ela joga um Avada Kedavra em você. Eu heim.
- Tudo bem Dean. Eu dou conta dela, e já pode solta-la.
- Você quem manda, Vadia.
- Idiota.
Dean se retira e sai com o seu carro. Me sento no sofá, eu e Sam ficamos nos encarando sem falar nada até que...
- Por que não me contou?
- Do quê?
- Que você era uma bruxa?
- Porque eu nunca quis ser. E também nunca quis ser igual a minha mãe, eu só queria ser normal. Se eu falasse pra você, eu ficava pensando se surtaria ou me mataria. Mas e você, porque nunca me contou?
- Do quê?
- Que era um caçador?
- Porque é muita loucura pra alguém normal. Você provavelmente não acreditaria.
Dei uma risada sem graça.
- Eh... Um escondeu do outro. Estamos quites.
- É, estamos.
- Ainda guarda aquele colar e aquele livro?
- Claro, nunca jogaria fora.
Ele vem até mim, e se senta no meu lado do sofá, me olhando.
- Sua mãe era ruim?
- Quando eu era menor, não. Mas com o passar do tempo ela foi querendo buscar algo que não era necessário. Buscava poder mas acabou tendo maldade. E, acabou sendo morta, a alguns anos.
- Oh. Eu sinto muito S/N.
- E o seu pai?
- A busca por vingança deixou ele cego. O Dean fez a função dele como pai enquanto ele só queria vingança. E acabou indo também, sobrou pra gente terminar o que ele começou.
- Eu sinto muito, Sam. Nossas vidas são tão turbulentas não são? Na primeira vez nós não sabíamos de praticamente nada sobre o outro, e agora um pouco mais. Mas ainda se entendemos.
- Eu sempre gostei de você.
- Como é?
- Eu sempre gostei de você e do seu jeito. Só tinha vergonha de falar e por isso eu te beijei naquele dia. Você não sabe o tanto que eu me arrependo de não ter te beijado antes.
Agora eu fico pasma. Sam Winchester se declarando? Isso só pode ser um sonho.
- Então é melhor não perder a oportunidade de agora.
Uma mão sua vai para minha nuca fazendo meu pelos se arrepiarem, a distância aos poucos é quebrada e seus lábios vão de encontro aos meus, a sensação que nunca saiu da minha cabeça agora sendo vivida novamente. Seus lábios quentes e macios em sincronia com os meus, a sua outra mão vai para minha cintura, enquanto minha mão viaja pelo seu peitoral forte e a esquerda alisa e puxa levemente seus cabelos da nuca, até ouvirmos os barulhos da porta e a voz do Dean.
- Era ela mesmo. Já ta queimadinha... Eita que eu atrapalhei o casalzinho.
- É Dean. Que bom que a matou. - Sam diz dando um sorriso forçado e se afastando.
- Agora se der licença, estamos tendo uma conversa muito séria aqui. - digo dando um sorriso sugestivo enquanto Dean tem um sorriso malicioso no rosto.
- Tudo bem - Dean coloca suas mãos em forma de rendição e se dirige a porta, gritando.
- ESSE É MEU GAROTO, MANDA VER SAMMY!!
- Idiota.
Falamos juntos e sorrimos, voltando de onde paramos.
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