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🍒 rᥡ᥆꧑ᥱᥒ ᥉ᥙkᥙᥒᥲ (𝟶𝟸/𝟶𝟹)

𝐍𝐎𝐓𝐀 𝐃𝐀 𝐇𝐀𝐃𝐄𝐒: tive que modificar algumas coisas na lore do anime para poder se adequar a lore que eu criei para os imagines.

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𝐒𝐈𝐍𝐎𝐏𝐒𝐄: Sukuna havia sido liberto do selo, e retorna para o mundo após eras. A única coisa que você não esperava, era dar de cara com ele.

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★﹐jujutsu kaisen.﹗⭑
★﹐continuação, original.﹗⭑
★﹐narrado em primeira pessoa.﹗⭑
★﹐contém palavras de baixo calão, violência, sequestro, nudez, temas sugestivos.﹗⭑
★﹐a música que o sukuna toca no capítulo é "Fantasia and Fuge in G minor, BWV 542 "The Great" de Johann Sebastian Bach.﹗⭑

(⁶ᵏ ᵈᵉ ᵖᵃˡᵃᵛʳᵃˢ)

┈─ 𝐍𝐀𝐒 𝐆𝐀𝐑𝐑𝐀𝐒 𝐃𝐀 𝐌𝐀𝐋𝐃𝐈𝐂̧𝐀̃𝐎 ،، ⚰️ ! ♡̸

𝐃𝐈𝐀𝐒 𝐀𝐓𝐔𝐀𝐈𝐒.

𝐀 𝐍𝐎𝐈𝐓𝐄 𝐄𝐑𝐀 𝐒𝐈𝐋𝐄𝐍𝐂𝐈𝐎𝐒𝐀 e serena quando me vi despertando subitamente, envolta pela penumbra do meu quarto. Um arrepio percorreu minha espinha, como se uma corrente elétrica tivesse se manifestado repentinamente, e meus sentidos se aguçaram, captando uma sensação indescritível de presença sinistra que se infiltrava no espaço ao meu redor.

Abri os olhos na escuridão, buscando compreender a origem desse arrepio inexplicável. Levei a mão até minha nuca, sentindo como meus pelos estavam arrepiados, e uma névoa de inquietação pairava no ar, como se algo malévolo tivesse penetrado os limites da realidade e agora se escondesse nas sombras. Meu coração acelerou, não por medo, porém pela antecipação silenciosa, de saber do que se tratava.

Com passos cautelosos, deslizei os pés descalços pelo chão frio do meu apartamento, me aproximando da janela entreaberta. Lá fora, as luzes distantes de Tóquio pareciam obscurecidas por uma aura que nem eu soube explicar, e o pulsar da cidade normalmente vibrante estava abafado por uma sensação de expectativa.

Meu celular tocou, em cima da mesinha de cabeceira, e eu corri para atender. Era bem tarde, de madrugada. Quem poderia ser?

Era meu irmão mais velho.

— Você também sentiu?

Nós dois dissemos ao mesmo tempo.

— Eu senti! — rebati.

Eu também senti! — Toji respondeu. — 'Cê tá bem?

— Eu tô... mas essa sensação é muito estranha... — eu suspirei, levando a mão até meu peito.

Olha, vai dormir, tá bom? Você tem que dar aula na Jujutsu High amanhã, eu te garanto que vai ficar tudo bem — meu irmão mais velho suspirou. — Boa noite, irmãzinha.

— Boa noite, irmãozão.

Eu realmente não consegui dormir naquela noite. A sensação era bizarra, como se algo estivesse à espreita, sussurrando em meu ouvido e respirando pesadamente em minha nuca.

O dia seguinte foi nublado — algo bem diferente para a primavera, que estava sendo seguida de dias ensolarados com um belo céu azul. A saia de meu vestido branco flutuava junto com a brisa que soprava e eu ajeitei as mangas de minha jaqueta jeans enquanto caminhava para o interior da Jujutsu High. Vi Megumi conversando com Itadori no corredor, e corri até o moreno, o abraçando fortemente.

— Megumi, meu querido! — eu o abracei fortemente, levando minhas mãos até seu rosto, segurando suas bochechas e o fazendo olhar para mim. — Você tá bem?

— Oi, tia... — ele ainda ficava um pouco envergonhado que eu o tratasse assim na frente dos amigos. Até porque, eu pareço mais uma irmã do que uma tia, apesar de eu ser velha, minha aparência é jovial por minha natureza mística. — Eu tô bem... e você?

— Que bom, eu tô bem também! — olhei para o lado. — Ah, bom dia, Yuji!

— Bom dia, professora! — o menino de cabelos rosa sorria contente. Ele achava fofa a forma que eu tratava meu sobrinho.

Apesar de Toji não ser um pai presente na vida do meu queridinho, há duas pessoas em que ele confia imensamente para tomar conta do nosso pequeno: eu e Gojo Satoru.

Falando nele, ouvi o feiticeiro de olhos claros me chamar, ajeitando seus óculos escuros.

— Será que minha feiticeira favorita tem um tempinho pra uma questão importante?

— Com certeza.

Agora estávamos na sala dos professores, reunidos perto da máquina de café, junto à Nanami que parecia tenso. Era difícil ver aquela muralha expressar alguma coisa, assim como meu irmão.

Dei um gole do café com notas de caramelo e essência de baunilha que ele havia preparado para mim.

— Todo mundo sentiu aquilo ontem, certo? — Kento limpou a lente dos óculos.

— Eu acordei no meio da noite. Isso é estranho... nunca aconteceu... — só de lembrar, eu já sentia um calafrio.

— Bom, eu acho que a gente já sabe... — Gojo mordeu um sanduíche, como ele consegue comer numa hora dessas... — Que se todos sentiram a mesma coisa, altas horas da madrugada... é porque algo de muito, muito ruim mesmo, aconteceu... então, eu acho que-.

— Não!

Eu e o loiro exclamamos na mesma hora. Já sabíamos o que ele ia dizer, é quase como uma intuição.

— 'Cês nem sabem o que eu vou dizer!

— Sabemos sim — Kento cruzou os braços.

— Não é uma hipótese a ser descartada!

— É impossível, Satoru! Impossível! — eu rebati.

— O impossível é só questão de opinião quando se trata de magia, minha querida — o feiticeiro de cabelos brancos tinha um ponto importante.

Ryomen Sukuna tinha sido derrotado durante a era heian, há séculos atrás. De início, os feiticeiros tiveram a ideia de selar a maldição em vinte dedos, mas desconsideraram essa hipótese, pois temiam que no futuro fosse mais fácil trazê-lo de volta.

Portanto, o rei das maldições foi mutilado, completamente desmembrado. Em seguida, os feiticeiros cremaram suas partes, uma à uma, e selando em urnas individuais, que foram espalhadas por diversas partes do mundo. Como alguém poderia ter conseguido todas essas urnas e feito o ritual para que ele voltasse?

Seria muito trabalho para uma enorme desgraçada. Muitos rituais deveriam ser feitos, sangue inocente deveria ser derramado para que as cinzas se materializassem em partes de seu corpo novamente.

Quem queria Sukuna vivo?

Se ele voltasse, iria destruir os feiticeiros. E, nossa morte significa a morte de todos, a morte da humanidade.

Agora, eu caminho  pela trilha serpenteante da floresta, envolta pela penumbra das árvores nesse fim de tarde. Minha mente ainda está inquieta, e o que Gojo sugeriu mais cedo está assombrando todos os meus pensamentos. Não me importo tanto com o que será de mim, mas preciso proteger meu sobrinho, meu irmão e meus amigos.

Os cristais cintilantes que eu buscava para o ritual de purificação eram uma distração bem-vinda. A cidade estava tão inquieta quanto a minha cabeça, e eu sentia isso em meu âmago.

Enquanto coletava os cristais entre as raízes e os musgos, um som estranho quebrou o silêncio. Um grito estrondoso de socorro. Larguei os cristais no mesmo instante e saí correndo o mais rápido que pude para onde ouvi o som vir.

Imediatamente fiquei petrificada com a cena pavorosa que meus olhos captaram. Havia um homem morto no chão; infelizmente cheguei tarde demais. Seu corpo sem vida e completamente ensanguentado estava com o peito aberto e vazio. Aproximei-me para olhar o buraco.

— Não pode ter sido um urso, não tem arranhões... foi só um golpe fatal, no peito...

— Procurando por isso?

Ouvi uma voz estrondosa soar atrás de mim, e olhei para trás. Ele era idêntico ao Itadori, até mesmo a tonalidade dos cabelos, e era mais musculoso. Além do mais, havia algo diferente em seu olhar: a crueldade. Haviam dois olhos extras logo abaixo dos que já havia no rosto, e ele era um pouco mais alto. Mas, não tinha os quatro braços.

Gojo estava certo, realmente, o impossível no ramo da magia é só questão de opinião.

Olhei para a mão que ele oferecia para mim, ali estava o coração do homem, e pulsava um pouco. Minha reação foi correr para o mais longe que consegui, e mesmo assim pude ouvir a risada maligna dele.

— Corra, corra e se esconda, coelhinha! Só não me deixe encontrar você!

Lutar contra Sukuna seria suicídio, e de repente eu me encontrava perdida na floresta. Como pode? Como estou perdida na porra da floresta pela qual me aventurei a vida toda? Eu conheço esse lugar como a palma da minha mão.

Eu estava a ponto de ter um ataque de pânico, corri como se minha vida dependesse disso — e dependia —, se eu morresse, não poderia proteger as pessoas que eu amo. Fui esgueirando entre alguns troncos e árvores, até chegar perto de um riacho, onde pude me esconder atrás de algumas pedras. A única coisa que eu ouvia agora eram meus batimentos cardíacos e o som da água, junto à algumas corujas.

Quando de repente, sinto uma mão tocar em meu ombro.

— Ah, que pena... encontrei você!

As mãos de Sukuna foram para meu quadril, apertando com força enquanto ele tentava me segurar no colo. Eu me debati e gritei, parecia que meus poderes eram inúteis agora, pois quando o emocional está abalado, sua magia enfraquece. Não fazia nem mesmo cócegas no filho da puta.

— Eu adoro mulheres difíceis, sabia?

O sangue nas palmas da maldição manchavam meu vestido branco, que agora estava praticamente escarlate, e manchava também minha pele. Apesar de todo o meu esforço, nada deu certo, ele acabou jogando meu corpo por cima do próprio ombro, enquanto eu continuava a me debater.

— Olha, eu tô tentando não te machucar, mas você está dificultando as coisas, coelhinha.

Ele ria sarcasticamente, eu era uma completa piada agora. Uma feiticeira da Jujutsu Academy que não conseguia proteger a si mesma, infelizmente as emoções ainda me abalavam muito e isso dificultava as minhas técnicas.

Eu olhava para a terra, vendo algumas pegadas que o mais alto deixava. O que seria de mim agora? Ele iria me matar? Me engolir viva?

Meus olhos estavam começando a arder, como se um sono invencível assolasse minhas pálpebras, que ficavam cada vez mais pesadas, até eu suspirar uma última vez, e cair num sono profundo.

[...]

Despertei em um torpor, com os sentidos amortecidos pelo escuro opressivo que me envolvia. Minha mente tentou compreender a situação enquanto meu corpo permanecia imóvel, senti algo ao redor de meus pulsos, de um material frio. A sensação de estar cativa, enclausurada na escuridão, me deixava numa severa inquietude.

Me sentei em seguida, no que parecia um tapete bem macio, na mesma hora eu ouvi o barulho das correntes. Quem dera isso fosse só um sonho.

— Merda... — suspirei.

— Bom dia, bela adormecida.

Ouvi a voz ríspida dele soar pelo cômodo, quando a lareira foi acesa, com suas labaredas roxas. Agora o ambiente havia ficado iluminado, e eu via melhor o local onde eu estava. Parecia uma sala de estar antiga, talvez da época imperial, com móveis sofisticados.

Sukuna estava ali, à poucos metros de mim, sentado numa poltrona de couro, usando um kimono preto e com os braços cruzados. Ele sorriu para mim, como um idiota sorri quando sabe que venceu.

— O que é isso? — eu ainda estava desorientada, parecia que eu tinha hibernado. — Por quanto tempo eu dormi?

— Só algumas horinhas, relaxa.

— Onde eu tô? Que lugar é esse?

— Meu palácio, oras. Você está na minha sala de estar — ele abriu os braços e fez menção à mostrar o ambiente.

Senti minha cabeça ferver e apitar, como uma panela de pressão, e se isso fosse um desenho animado, com certeza teria fumaça saindo das minhas narinas e meus ouvidos. Uma crise de raiva estava crescendo em mim, e eu até pude sentir meus poderes vindo, mas não surtiu nenhum efeito.

Ao invés disso, meu ombro esquerdo começou a queimar.

Eu gemi de dor e comecei a ofegar. Até que pude olhar para o lado e notar uma marca em minha pele, como um selo ou algo parecido. Ele tinha bloqueado os meus poderes? Pelo amor dos deuses ancestrais, alguém me mata.

— Ah, meu bem... você não vai conseguir usar seus poderes, não aqui — ele suspirou, como se estivesse falando algo completamente casual. — Quanto mais você tentar, mais a marca vai queimar, e como eu tenho certeza que você não gosta de sentir dor, eu recomendo parar...

— Seu filho da puta... — foram as palavras mais sinceras que eu arranjei.

— Assim você me deixa sentido... — ele colocou a mão no próprio peito depois dessa ofensa.

— Sinceramente, eu prefiro que me mate logo.

Ele riu nessa hora, uma risada estranhamente satisfatória, como alguém que acaba de ouvir a melhor piada do ano.

— Te matar? Não, não. Eu tenho outros planos! — ele se levantou da poltrona e foi até mim. — Qual seria a graça de matar uma criatura tão linda quanto você?

— Vai fazer o quê? Me deixar de enfeite na sua sala? Tenho certeza que não sou parte da decoração.

— Não, não... eu só quero companhia, sabe? — ele deu tapinhas em minha cabeça, como se eu fosse um cachorro. — Fiquei fora por tantas eras... e você foi o primeiro rostinho bonito que eu vi. Então pensei "por que não trazer ela pra cá?".

— Isso é ridículo.

— Bom, talvez seja. Sabe, eu não ligo — ele deu de ombros e caminhou até a enorme porta da sala. — Podemos brincar mais tarde, coelhinha. Agora eu tenho afazeres!

Na hora em que ele fechou a porta eu comecei a me debater e xingar. Eu estava furiosa e me senti um lixo. Como que eu pude ter caído nas garras dele? Como isso foi acontecer?

Agora, olha onde estou! No tapete da sala desse enorme palácio em que ele vive, sozinha, acorrentada, sem poderes e no escuro. Se ele me engolisse de uma vez, seria uma morte bem mais digna. Mas, para ele, pode ser engraçado me ver sofrer desse jeito.

Tentei olhar para as janelas, e vi que estavam cobertas por longas cortinas grossas e pretas.

A única fonte de luz que me restava era essa lareira com chama roxa. Fiquei de pé e notei o quão suja eu estava, com um sangue seco, e cheiro de ferro que adentrava minhas narinas. As correntes só estavam presas em meus pulsos, e eram consideravelmente longas, não me faziam ficar completamente imóvel.

Ouvi uma voz sussurrar algo inaudível.

Fiquei surpresa e fiz silêncio, escutando atentamente para ver se a voz falava algo novamente. E, assim aconteceu, uma pena que eu não consegui reconhecer. Entretanto, vi que a voz havia vindo da lareira de fogo roxo, então me aproximei dela lentamente. Será que havia alguma alma? Alguém preso lá dentro?

Eles disseram algo novamente.

— O que? — eu sussurrei.

— Anjo...

Pelos deuses, não é possível.

— ANJO! — várias vozes disseram juntas, e então uma mão saiu de dentro do fogo e agarrou meu tornozelo.

Gritei de surpresa e tentei me soltar, mas sem sucesso, pois veio mais uma mão, para agarrar meu outro tornozelo. Caí no chão no mesmo instante, usando o máximo de força que me restava para que eu pudesse chutar aquelas mãos e elas me soltassem, enquanto eu me agarrava no tapete. Consegui chutar algumas, porém, em seguida vinham outras e agarravam meus tornozelos, me puxando para o fogo.

Eu estava sendo puxada por uma legião de almas. Lutar estava sendo em vão, eu não tinha mais tantas forças quanto antes.

— ANJO! ANJO! ANJO!

Aquele coro fantasmagórico me deixava ainda mais apavorada, então eu não tive outra opção.

— SUKUNA! SUKUNA!

Gritei, desesperada, e em poucos segundos ele apareceu. A porta da sala foi esmurrada contra parede, quando ele adentrou furioso e gritou para elas.

— SOLTEM-NA AGORA!

As almas obedeceram e soltaram meus tornozelos, enquanto Sukuna estalou os dedos e fez as correntes sumirem. Ele se abaixou e me pegou no colo, segurando minhas pernas e minhas costas. Não me segurou com desleixo como havia sido na floresta, dessa vez ele realmente foi cuidadoso, e isso me deixou perplexa.

Porém, essa experiência foi tão assustadora, que me fez chorar de nervoso.

— Por que você não me jogou logo na porra de uma masmorra!?

— O palácio é meu, eu decido onde coloco você — ele começou a caminhar para fora da sala, seguindo para um vasto corredor. — Além do mais, na masmorra deve ter coisa bem pior.

Permaneci em silêncio, já que eu estava nas garras dessa maldição tão poderosa. A única coisa que eu poderia fazer era aceitar meu destino, e aceitar seja lá o que ele fosse fazer comigo. Eu não tive muita chance de resistir, até porque, mesmo que eu esteja sem as correntes, continuo com o selo no ombro.

Ele continuou caminhando mais um pouco pelo corredor, me carregando, até chegar em um quarto?

As paredes eram revestidas por um veludo escuro, num tom de verde musgo e haviam grandes cortinas carmesim, que adornam as amplas janelas, deixando a luz escassa e filtrada, o que me dava uma sensação de reclusão. No centro há uma cama colossal com dossel, ornamentada com detalhes no que eu julguei ser ouro e esculpida em madeira escura.

Tapetes persas cobriam o chão de pedra, e tinha uma mesa de ébano ao lado. No canto mais distante do quarto estava uma lareira que crepita suavemente, lançando sombras dançantes nas paredes. Depois dessa experiência com as almas amaldiçoadas, eu estou com um certo trauma, mas pelo visto ali está com "fogo comum".

Também notei um ou dois quadros na parede, com imagens do folclore japonês.

— Tome um banho e não demora pra descer.

— Descer? 'Pra que? — questionei, enquanto ele me colocava no chão.

— 'Pra você se alimentar.

Assim, ele fechou a porta do quarto e me deixou completamente sozinha. Olhei para cima da cama e notei um kimono branco. Peguei e fui até outra porta de carvalho, que era um banheiro.

Lá, tomei um bom banho para tirar o sangue do meu corpo, e respirar bem fundo algumas vezes, enquanto a água morna beijava minha pele. Suspirei pesadamente diversas vezes, pensando em como minha família e meus amigos estariam. Será que já estavam à minha procura? Será que todos já sabem que Sukuna está à solta?

E se eu nunca mais tiver a chance de vê-los de novo?

Eu deveria ter almoçado mais vezes com Toji, e deveria ter dado um abraço mais forte e mais demorado em Megumi. Algumas lágrimas rolaram pela minha face quando pensei nisso, mas preferi evitar ficar com esse pensamento. Sequei meu corpo com uma toalha vermelha que estava ali e me vesti com o kimono, deixando o vestido sujo de sangue em cima da pia de mármore.

Saindo do quarto, prestei atenção nas grandes janelas do corredor. O céu era estranho, como o final de um dia bem nublado. Desci enormes escadas que pareciam ser feitas de marfim, adornadas com tapetes vermelhos que deslizavam pelos degraus.

No pé da escada, ele estava me esperando. Sua expressão era mais amigável do que ontem, quando nos conhecemos. Ele não tinha quatro olhos, e nem o sorriso sarcástico.

— Ficou um pouco grande, mas pelo visto, serviu — ele disse, olhando para o kimono. — Depois eu arranjo roupas melhores para você.

Eu concordei silenciosamente com a cabeça e o acompanhei enquanto caminhava, indo até uma sala de jantar enorme. Todos os ambientes desse palácio certamente eram escuros, com esses candelabros que iluminavam muito bem, mas não tiravam o ar fúnebre.

Havia uma mesa de jantar enorme naquele cômodo, como aquelas que se vê em enormes banquetes de filmes medievais. Sukuna se sentiu numa ponta, e puxou uma cadeira que havia ao lado para que eu me sentasse, e assim fiz.

— Então, o que você vai fazer? Estalar os dedos e fazer a comida aparecer magicamente?

Ele riu baixinho e balançou a cabeça negativamente.

— Você é inteligente, aprecio isso — ele disse tranquilo. — O que você quer comer e beber?

Dei a descrição de alguma comida e uma bebida, com bastante exatidão, falando tudo. E, imediatamente, ele estalou os dedos, fazendo isso aparecer na mesa.

— Vê se come direito, tá?

Aquilo foi uma forma dele mostrar que se preocupa comigo ou o que? Porque se ele estivesse tentando passar alguma credibilidade, não iria conseguir.

Agradeci timidamente e comecei a comer tranquilamente, enquanto ele permanecia ao meu lado, com um cotovelo apoiado na mesa, enquanto uma mão estava sendo seu apoio para o rosto. Seus olhos me fitavam atentamente enquanto eu mastigava e dava alguns goles sutis da taça. Foi então que notei uma pulseira ao redor do pulso forte do homem; provavelmente de ametista.

— Hora da sobremesa agora?

Ele sugeriu, e num piscar de olhos, um pedaço de torta de frutas vermelhas apareceu num pequeno prato de porcelana na mão dele.

— Hã? Claro, claro.

Ele pegou um garfo prateado e levou até o pedaço, que estava macio e suculento. Em seguida, levando até minha boca. Fiquei surpresa e sem reação nos primeiros três segundos, até finalmente aceitar e comer.

Qual é a desse cara? Ele está fazendo como a bruxa fez com João? O alimentou bastante até ele ficar gordinho para que ela pudesse comê-lo.

Sukuna me olhava de um jeito diferente. Eu diria que ele não me olhava como alguém que iria me matar, mas com um certo apreço. Uma certa compaixão, talvez. Mas, aquele silêncio estava estranho, então eu decidi perguntar:

— De onde veio essa pulseira? — terminei de mastigar um pouco do que ele havia me dado. — Quer dizer, ela não combina muito com a sua estética.

— Não mesmo, mas eu amo ela. Uso desde o dia em que a ganhei.

— Amar? — lambi suavemente meu lábio inferior, recolhendo os farelos. — Desculpa, não consigo imaginar que alguém como você seja capaz de amar.

— Eu também não sabia que eu tinha essa capacidade, até a mulher da minha vida aparecer — ele disse, pegando mais um pedaço no garfo.

— Você já se apaixonou? — agora eu estava realmente perplexa.

— Infelizmente, sim.

Pelo tom da resposta, pude supor que ela havia partido o coração dele.

— Não deve ter sido uma boa experiência, sinto muito.

— Foi uma ótima experiência — ele me deu mais um pouco de torta. — Mas me apaixonei por alguém que era meu completo oposto.

— Isso faz muito tempo?

Ele riu baixinho.

— Desde a era Heian. Ela era a feiticeira da família imperial — que estranho ver ele falando assim. — Forte, inteligente, poderosa, linda pra caralho...

Por mais que ele tenha me sequestrado e seja algo prejudicial para a humanidade, eu não consigo odiar. Por que não consigo odiar ele? É tudo tão confuso, ele não me parece o monstro que todos dizem.

— Ela não correspondeu aos seus sentimentos? — comi o último pedaço que restava.

— É uma pergunta que faço até hoje. Infelizmente a dúvida vai ser eterna, já que ela foi morta e eu não pude me declarar.

— M-Morta? Pelos deuses, por quem?

— Pelo maldito clã Gojo... — juro que ouvi a voz dele trêmula de raiva. — Eles tiraram ela de mim... tudo por conta da inveja, já que ela era melhor do que eles em tudo.

— Ela era de qual clã?

— Zenin.

Oh, uma ancestral!

— É o meu clã... — acabei pensando alto.

— Como você pode ser do clã Zenin se é um anjo? — é, mais cedo ou mais tarde ele iria perceber minha verdadeira natureza.

Eu geralmente uso um feitiço para disfarçar o cheiro do meu sangue, mas com esse selo no meu ombro, fico impossibilitada.

— Minha mãe era feiticeira, e meu pai é um anjo, e assim eu nasci.

— Anjos fodem? — a voz dele era ríspida, com um toque de curiosidade.

— Sim... quer dizer, eu não nasci por telepatia!

Sukuna começou a rir do que eu disse. Por que a risada desse desgraçado é tão satisfatória? Por que é contagiante e dá vontade de rir junto à ele?

Eu nem tive tempo de me perder em meus devaneios, pois vi três jovens mulheres entrando na sala de jantar. Elas estavam com roupas bem reveladoras, expondo muitas partes de seus corpos e foram aos risos até o homem de cabelos rosas, o abraçando e beijando seu rosto.

Limpei a garganta do jeito mais descarado possível, fazendo-as olharem para mim.

— Ah, essas aqui são...

— Concubinas. Todo rei tem, e eu sei pra que servem.

Me levantei da cadeira e comecei a caminhar para longe.

— Se divirtam com ele, meninas. Tchauzinho!

Eu sorri para elas sem mostrar os dentes, elas acenaram para mim, enquanto eu dava as costas e ia o mais rápido possível para a escada. Por que me sinto irritada com isso? É algo que vai além de constrangimento, além de simplesmente achar que estou atrapalhando.

Fiquei verdadeiramente "chateada".

[...]

No dia seguinte, eu acordei e abri as cortinas do meu quarto — o céu estava nublado e escuro —, indo arrumar minha cama em seguida. O kimono estava meio amarrotado, já que eu só tinha essa roupa.

A porta do quarto foi aberta subitamente, e era ele. Quem mais seria, não é?

— Bom dia, trouxe roupas novas para você.

Ele as colocou em cima da cama, e eu observei bem. Os tecidos pareciam ser de qualidade, mas eu tinha uma condição para usar.

— Se forem roupas das suas concubinas, eu prefiro ficar pelada.

— Por mim, tudo bem.

Ele cruzou os braços e eu paralisei. Esse idiota realmente concordou com essa ideia?

— O que?

— Por mim tudo bem. Vai ser até mais divertido assim.

Por mais que eu não goste da ideia, eu não posso demonstrar fraqueza. Imediatamente levei uma de minhas mãos até o laço, que ficava na parte de trás do kimono, e puxei para que pudesse se desfazer. O laço se desfez e a peça de roupa caiu no chão, me deixando completamente exposta.

Os olhos dele vagaram pela minha pele, observando cada traço de mim. Como se ele estivesse olhando bem, para ser capaz de memorizar como eu ficava nua. Uma brisa suave veio da janela, fazendo-me arrepiar, e eu senti meus mamilos ficarem enrijecidos.

Ele riu baixinho, uma risada de satisfação que era extremamente cafajeste.

Me encolhi, morta de vergonha, tentando esconder meu corpo com as mãos. Sukuna estava à somente alguns centímetros de mim, e eu me sentia tão vulnerável que parecia até mentira.

— Vou pegar outras roupas para você — ele disse, com um sorriso de canto, indo até a porta do quarto. — Belo corpo, inclusive.

Senti meu rosto ficar ruborizado quando ele "soprou" esse último elogio, antes de sair do quarto. Me sentei na cama e cobri meu corpo como eu pude com o kimono, aguardando ele retornar com as roupas novas.

Ele parecia estar me comendo com os olhos naquela hora. Meu coração estava acelerado, e minhas bochechas ainda estavam quentes. Eu estava um pouco trêmula, pelo nervoso crescente que crescia em mim ao ficar revivendo essa cena na minha cabeça.

Sukuna voltou para o quarto minutos depois.

— Aqui, acho que são do seu tamanho — ele me entregou algumas roupas pretas dobradas. — E, não se preocupe, não são das meninas.

— Obrigada... — eu ia me vestir, e percebi que ele continuava ali, mas encostado na parede e com os braços cruzados. — Pode ir, eu já vou.

— Nah, tô afim de ficar — ele sorriu maliciosamente. — Não se preocupe, não tem nada para esconder de mim.

Eu engoli em seco, e fui me vestir, sentindo os olhos dele em cima de mim. Tinha uma calcinha, um vestido e meias que iam até um pouco acima de meus joelhos. Vesti a calcinha, deslizando a peça íntima por minhas pernas e em seguida peguei o vestido. Ele parecia curto — e realmente era —, com a cintura um pouco mais acentuada, como se fosse um corset, e alças delicadas, e coloquei também as meias, já que ficar andando descalça naquele chão de pedra era terrível.

— Não acha... que o vestido está um pouco curto? — eu puxei um pouco a saia para baixo, vendo que mal cobria minha bunda.

— Não, acho que está perfeito — ele fez menção para eu passar primeiro pela porta, e assim fui.

Enquanto andávamos pelo corredor, eu ouvi ele rir baixinho e senti seus olhos fixos em minha bunda, enquanto eu tentava abaixar a saia diversas vezes.

Aparentemente eu passaria o dia todo sozinha, já que ele havia dito que tinha "afazeres importantes". Também disse que eu poderia passear livremente pelo palácio, exceto pelo quarto e quinto andar. Eu disse que entendi tudo e que não iria descumprir nenhuma regra.

Mas, na hora que ele saiu eu fui subindo a imensa escadaria até chegar no quarto andar. Infelizmente, quando eu ia avançar mais no corredor, fui impedida. Parecia haver uma parede invisível que não me permitisse prosseguir.

— Deve ser por causa desse selo de restrição — resmunguei ao olhar para meu próprio ombro.

Sem nenhuma opção restante, desci as escadas e fui "me aventurar" pelo segundo e terceiro andar. O primeiro andar era onde havia a sala de jantar, a cozinha, o hall principal, e o que parecia ser uma sala só de vinhos.

No segundo andar, tinha o meu quarto e mais três, junto à sala de estar na qual eu havia ficado presa no primeiro instante, e uma sala de tesouros, com montanhas e mais montanhas de ouro, jóias, baús e etc. Aquela sala era tão brilhante que parecia ter irritado minha vista.

Já no terceiro andar eu vi uma sala de música, uma sala de pintura e principalmente uma biblioteca enorme, que foi onde entrei sem pensar duas vezes.

O espaço é vasto e iluminado por candelabros antigos, cujas chamas tremulam suavemente, lançando sombras dançantes nas estantes repletas de livros. As paredes são revestidas por painéis de madeira escura, ornados com entalhes intrincados que representam criaturas místicas, ou algo muito similar. As estantes são feitas da mesma madeira escura, exibindo uma coleção impressionante de volumes encadernados em couro e perfeitamente alinhados, desde livros mais finos até grimórios.

Notei uma mesa de leitura decorada com cadeiras estofadas. Tinham uns dois ou três grimórios em cima dela, junto à um mapa antigo de papel amarelado.

Ao fundo da biblioteca havia uma escada em espiral que me conduziu a um mezanino adornado com vitrais coloridos, que filtram a luz do dia em padrões hipnóticos pelo ambiente, além do mais o ar está impregnado com o aroma de livros antigos e incensos. Acho que eu poderia ficar o resto da vida aqui.

Não peguei nenhum livro das prateleiras, preferi ler algum dos que estava em cima da mesa de leitura que eu havia visto antes. Me sentei confortavelmente na cadeira, e na hora que o abri, uma página caiu. Não era do livro, era de um papel creme que havia algo escrito à parte.

Dizia "minha maior maldição é ser apaixonado por alguém que não posso ter".

Aquela só podia ser a letra do Sukuna, e no fundo eu fiquei triste por ele. Só de lembrar da forma que ele falava dela ontem, eu conseguia imaginar o quão quebrado o coração dele estava. Eu realmente estava sentindo compaixão por ele?

Só podia ter algo errado comigo.

[...]

Após passar a tarde toda lendo um livro de feitiços e vendo quais eu sabia, e quais eu queria aprender, estava começando a anoitecer. Ele ainda não havia voltado, e eu estava começando a ficar entendiada.

Bom, ele não disse nada sobre eu não poder cozinhar, certo?

Saí da biblioteca e fui até a escada, descendo apressadamente e indo até a cozinha. Incrível que ele tinha tanta coisa naquela despensa, mas não cozinhava. Isso tudo era preguiça ou o que?

Lembrei de algo que minha mãe costumava fazer para mim: cupcakes. Quando eu era criança, era muito comum a casa estar sempre com o aroma desses bolinhos. Era algo que eu também fazia para meu sobrinho e meu irmão quando eu tinha tempo livre.

Será que eles estão bem?

Não quis pensar muito sobre isso e fui primeiro preparar a ganache para poder deixar esfriar enquanto eu preparava a massa. A massa era de baunilha, e ali tinha até mesmo cerejas frescas para eu poder colocar no topo, junto com o chantilly.

Estava quase tudo pronto, os bolinhos estavam no forno e a ganache estava esfriando.

— O que você tá cozinhando? — senti as pontas das unhas escuras e pontiagudas de Sukuna deslizar por minha nuca.

— Você não sabe chegar de um jeito convencional, não? — me arrepiei e reclamei, olhando para trás e o vendo com um sorriso travesso. — É cupcake de baunilha com chocolate.

— O cheiro tá ótimo.

— Obrigada, espera até você comer. Ou você só come humanos mesmo?

Ele riu, e deu pra ver que peguei ele de surpresa.

— Eu como coisas normais também.

Os bolinhos finalmente assaram, e agora eu havia retirado do forno para poder esfriar em cima da bancada. Sentei-me em cima da mesma.

— Agora tenho que esperar esfriar para eu rechear.

— Você se queima com isso? — ele zombou.

— Não, mas o selo de restrição me deixa vulnerável à esses problemas humanos.

— Se você se comportar direitinho, eu tiro ele.

Ele começou a abrir os bolinhos com a faca e segurar com a mão. Eu ri baixinho.

— Pra que? Pra eu te matar?

— Depende, se for pra ter você em cima de mim, acho que vale a pena.

Senti meu rosto esquentar novamente, como havia esquentado mais cedo, quando ele me viu nua. O que ele tem que consegue me desconcertar tão fácil? Até parece que eu gosto dele.

— Não vai rechear eles junto comigo?

— Ah, sim! Claro!

Respirei fundo e desci da bancada, com um sorriso sem graça, tentando disfarçar a forma como eu fiquei sem jeito.

Se me contassem que eu ia rechear cupcakes e comer com o Sukuna na cozinha do palácio dele, eu apostaria todo o meu dinheiro que era mentira. Mas, aparentemente o destino teve planos diferentes para mim.

— Ficou espetacular! Parabéns, cupcake! — ele disse, mordendo mais um pedaço do bolinho que estava na mão.

— Por que me chamou de cupcake, e não de coelhinha dessa vez? — eu ergui o olhar para o mais alto.

— Porque você não é indefesa e frágil como uma coelhinha — ele prosseguiu. — Mas, certamente é fofinha, bonita e gostosa como um cupcake.

Eu não tinha o que responder. Agora, eu já tenho certeza que ele percebeu como me deixa e faz de propósito.

— Aí, sobe e toma um banho. Eu coloquei um pijama em cima da sua cama, vê se fica bom.

— Não me diga que ele é minúsculo igual à esse vestido.

— Acho que já atingi minha cota de perversão por hoje, relaxa que cobre tudo.

Quando eu fui para meu quarto, tomei banho com aquela maravilhosa água morna e me vesti com o pijama que ele havia deixado para mim. Era uma camisola branca delicada, de alças finas e acinturada. O tecido provavelmente era seda, a julgar pelo seu conforto e a textura.

As pontas dos meus cabelos estavam um pouco molhadas, mas minha pele estava fresca e eu me sentia leve.

Enquanto eu me olhava no enorme espelho, ouvi uma música. Uma melodia vinda de algum instrumento, eu tinha certeza que vinha do andar de cima e provavelmente era Sukuna na sala de música. De alguma forma, aquelas notas estavam me deixando hipnotizada e meus pés me guiaram pelo palácio até lá.

Eu cheguei à porta da sala de música e parei ali, observando silenciosamente enquanto ele estava absorto em sua melodia. Estava sentado diante do majestoso órgão, com seus dedos habilidosos dançando sobre as teclas, produzindo uma harmonia envolvente que preenchia o espaço com notas poderosas e fúnebres. A luz dourada dos candelabros estava refletindo sobre as teclas polidas do instrumento.

Enquanto eu escutava a música majestosa, senti uma estranha onda de emoção e uma nostalgia inexistente invadindo minha mente. As notas musicais ressoavam dentro da minha cabeça, como se eu já tivesse ouvido essa melodia um milhão de vezes, mas na verdade era a primeira vez. Eu não sabia explicar, mas era como se essa música fosse importante para mim, como se ela tivesse me marcado.

Lágrimas brotaram nos meus olhos, deslizando silenciosamente por minhas bochechas enquanto eu revivia lembranças fantasma. Era uma sensação de pertencimento e conhecimento.

A melodia que Sukuna tocava era mais do que um simples som; era como um encantamento que fazia uma ponte para o presente e um passado que eu simplesmente desconhecia.

Fiquei ali até o final, escutando nota por nota, e quando ele tocou a última, ele suspirou e passou a mão no próprio rosto, como se estivesse pensativo. Olhou para trás e me viu, sua expressão foi de relaxado para preocupado em uma questão de milissegundos.

— Ei, ei! Anjinha, tá tudo bem? Por que você 'tá chorando?

Ele veio até mim, porque eu simplesmente não conseguia parar de chorar.

— Você... você tocava essa música pra mim, Sukuna... você tocava ela... — eu chorava mais e mais, me sentia fora de mim. — E-Eu me lembro...

Senti as mãos dele em meus braços, me segurando para tentar me acalmar enquanto eu só sabia me sentir triste, e ao mesmo tempo com essa falsa nostalgia que me atingia com a mesma força de uma onda na praia em um dia de maré agitada. Eu estava perdendo as forças, sentindo uma estranha dor de cabeça.

Se não fosse por ele, eu teria caído no chão, já que acabei desmaiando.

[...]

O QUE ERA PRA SER SÓ UM CAPÍTULO, VIRARAM TRÊS 🗣️🗣️🗣️

criei uma lore gigantesca por causa de um pedido

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