ㅤㅤ𝗖𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 𝟴: 𝗧𝗵𝗲 𝗟𝗮𝘀𝘁 𝗡𝗶𝗴𝗵𝘁 . 🕯️
ㅤㅤMesmo sem ter a mínima noção do que fazer a seguir, Seung-min subia as escadas devagar, pensativo, quando ouviu um grito específico vindo do andar de cima. Se apressou para subir o mais rápido possível, mas os quartos estavam todos abertos. Seung-min verificou o quarto do casal, mas seu marido não estava ali, o que subiu um desespero pelo seu corpo.
ㅤㅤBaseado nos sons de batida que ouvia, ele subia até o ponto mais alto da casa, o sótão, encontrando sua porta traçada.
ㅤㅤ— Hyun-jin! — grita, enquanto se jogava em cima da porta, na esperança de abri-la.
ㅤㅤMesmo com todas as batidas e o som que ele mesmo fazia ao jogar-se em cima da porta, ele também ouvia o choro de Hwang vindo de dentro do cômodo. Ele estava ali dentro.
ㅤㅤ— Eu vou tirar você daí! — disse, correndo em direção às escadas desesperado.
ㅤㅤDesceu até a cozinha e encontrou as coisas reviradas, inclusive as facas e objetos afiados. Seu calendário estava todo marcado de vermelho no dia em que se encontravam, dia trinta e um de junho. Franziu o cenho, não entendendo o porquê de nada daquilo está acontecendo.
ㅤㅤCorreu até o porão para pegar um pé de cabra para situações que nunca imaginou chegar perto disso. As coisas estavam tão confusas em sua cabeça, ele nem se deu conta quando a porta fechou-se sozinha, apesar da batida forte. Correu até ela e tentava abrir, implorando para algum milagre acontecesse.
ㅤㅤAs luzes começaram a piscar, o que irritava seus olhos e fazia sua cabeça doer, enquanto escutava passos cada vez mais fortes vindo de cima de si, sabendo que era de seu marido que estava ali em cima, passando por sabe-se-lá-o-quê. Começava a chorar, pensando em como fazer para tirá-los daquela situação, enquanto seu coração não agüentava mais.
ㅤㅤ— Eu te avisei. — ouviu uma voz vindo de trás de si, e também bem perto.Se virou, mas não viu nada, o que o deixava cada vez mais nervoso e trêmulo.
ㅤㅤEnquanto tentava processar, ouviu a porta atrás de si se abrir, como uma chance para que tentasse de novo. Seja o que tivesse feito isso, Kim agradeceria pelo resto da vida. Correu pelas escadas como nunca antes, com o objeto nas mãos.
ㅤㅤQuando chegou lá, arrombou a porta, empurrando-a com tudo, sem se importar com mais nada exceto passar por ela. Viu Hyun-jin amarrado e amordaçado no meio de um pentagrama, com seu rosto coberto de lágrimas. Seu corpo, apesar de amarrado firmemente, tinha manchas de sangue e vários cortes.
ㅤㅤ— Está tudo bem, eu estou aqui... — Segurou-o em seus braços, enquanto desamarrava as cordas com cuidado para que não o machucasse mais.
ㅤㅤ— Seung-min... — disse, enquanto ainda chorava de dor e desespero, apesar de aliviado por estar com ele novamente. — Eles... No dia trinta... — tentava falar de um modo que fazia sentido, mas sua dor falava mais alto.
ㅤㅤ— Eu nem posso imaginar pelo que passou... Vamos sair logo dessa casa... — O segura mais firmemente para o tirar dali, ainda tomando cuidado para não machucá-lo.
ㅤㅤHyun-jin continuou calado, mesmo que soluçando, apoiando-se em Seung-min para conseguir andar, pois suas próprias pernas estavam todas completamente machucadas, incluindo um corte profundo em sua coxa.
ㅤㅤDesciam as escadas com cautela, por mais que ambos não agüentassem mais um segundo dentro daquele lugar. Quando finalmente chegaram ao primeiro andar, a pouco espaço da porta principal, a luz começou a piscar e Seung-min sabia que era um mau sinal.
ㅤㅤ— T-temos que sair... O-ou... — Hyun disse, sentindo o desespero se intensificar de novo, mesmo sabendo que Seung-min estava ao seu lado, o protegendo. Para fazer algo com ele, teria de fazer com Kim primeiro.
ㅤㅤ— Vamos ficar bem, eu te prometo isso. Vou te tirar daqui. — garantiu. E, mesmo se não conseguisse, faria de tudo para que ele tivesse ainda mais chances.
ㅤㅤPassaram pela porta e, ao chegar do lado de fora, se depararam com um céu completamente vermelho e uma Lua de Sangue, algo que não seria comum naquela época do ano, não sem nenhum aviso prévio. O vento começou a soprar forte, como se uma tempestade de areia estivesse chegando.
ㅤㅤPerto da floresta, Kim e Hwang viram tochas se aproximando.
ㅤㅤ— O que vamos fazer? — Olhou para o namorado, sem conseguir andar.
ㅤㅤ— Pode ser ajuda...
ㅤㅤÀ medida que o grupo se aproximava, menos ambos conseguiam vê-los. Eram pessoas vestidas de preto, carregando tochas em suas mãos.
ㅤㅤ— Por favor! Ele tá machucado, nós... precisamos de ajuda... — diz, na esperança de que aquele encontro o trouxesse qualquer coisa boa, mesmo o mínimo.
ㅤㅤPorém, seus planos foram altamente desacreditados quando uma faca foi lançada contra a sua perna, cortando-a na parte da canela. Agora, Hyun-jin não era o único a estar machucado.
ㅤㅤUma daquelas pessoas andou em direção à eles.
ㅤㅤ— P-por favor, façam comigo, não com ele. — implorou Kim, para que não machucassem a pessoa que ele amava.
ㅤㅤMesmo assim, não obteve nenhuma reação das pessoas à sua frente, e aquela mesma continuava a andar em sua direção, carregando maldade em suas mãos.
ㅤㅤPorém, parecia ficar alterado quando o relógio carregado por um deles marcou o horário de meia-noite, fazendo um som alto. Aquelas pessoas, se podiam ser chamadas assim, se entreolharam e saíram rapidamente dali, sem dizer mais nada.
ㅤㅤKim jurava que aquilo não poderia ser nada além de um aviso. Continuou caminhando com seu marido até o carro, onde jurava nunca mais pisar naquele lugar novamente. Por sorte, mais nada atravessou seu caminho naquela noite. A última noite.
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