ㅤㅤNo dia seguinte, Tae-hyung acordou sem a presença de Ji-soo ao seu lado, o que já o fazia começar o dia de mau-humor — sem o sexo matinal.

ㅤㅤ— Tae-hyung. — sua secretária tocou um recado deixado sabe-se-lá quando. — Sou eu, Roseanne. Precisamos conversar. Pode me encontrar na cafeteria mais perto de sua casa de tarde? Eu vou esperar por você. — finalizou.

ㅤㅤMesmo com dor de cabeça, ele se levantou e encontrou a casa vazia, já que estava de tarde, Jung-kook tinha ido trabalhar, Jin estava com Ji-soo — sua mãe, por estar no meio da semana — e sua governanta devia estar fazendo qualquer coisa, que não fosse cuidar da casa.

ㅤㅤAproveitou a tranquilidade e se arrumou para ver Roseanne na cafeteria — por mais que fosse mais a favor de drinks no lugar de café. Mesmo sabendo que iria encontrar com ela, ele se sentia melhor de saber que não precisava se vestir adequadamente, como tinha que fazer com algumas das mulheres que saiu.

ㅤㅤ— Oi... — Se sentou, surpreso por ela já estar no lugar combinado.

ㅤㅤ— Oi, Tae-hyung. — disse em um tom sério, menos simpático do que as outras vezes.

ㅤㅤ— Eu vim pra te dizer que... Não precisa se preocupar. Eu sei que sou um babaca com as mulheres que já fiquei, mas eu vou assumir o seu... O nosso filho. — finalizou.

ㅤㅤ— É muito bom saber disso. — Sorri, o olhando. — Mas eu não vim aqui para falar disso, por incrível que pareça.

ㅤㅤ— Não...?

ㅤㅤ— Eu não estou grávida. — disse. Ao mesmo tempo que sentia o chão sumir debaixo dos seus pés, por tanto pensar nisso, e ser mentira, ele também sentia um alívio por saber que essa preocupação era mentira.

ㅤㅤ— Então, você mentiu? — perguntou, sem entender o motivo disso.

ㅤㅤ— Não, é claro que não. — Riu, como se fosse motivo para isso. — Eu realmente achei que estava. Mas é bom saber que se importaria, se fosse verdade. — O olhou com um sorriso.

ㅤㅤ— Bem, já que está tudo resolvido, eu acho melhor voltar pra casa. — Se levanta.

ㅤㅤ— Não vai nem tomar um café? — disse, e ele sentiu como se tivesse fazendo um descaso. Pensou que, se ela estivesse grávida, ele não faria isso. Então, se sentou novamente e fez um pedido qualquer, apenas para passar o tempo.

ㅤㅤ— Claro. Roseanne... Sabe que somos amigos agora, não é? — disse, e ela parou de bebiscar seu café para pensar sobre o que tinha acabado de ouvir. — Eu quero dizer... Eu gosto da sua amizade. — finalizou, esperando que sua reação não fosse tão péssima.

ㅤㅤ— Claro, Tae-hyung. — Sorriu, bebendo mais um gole.

ㅤㅤ— Ótimo, por que... Eu estou com uma mulher, e ela é ótima, ela apoiou minha gravidez, mesmo sabendo que não era dela, e... — pareceu ser cortado quando viu uma cena do lado de fora da cafeteria.

ㅤㅤJi-soo estava sendo deixada de carro por um homem e dando-lhe um beijo nos lábios logo em seguida. Ele não conseguia acreditar no que estava vendo. Estava vendo a mulher em que confiou o traindo com outro. Talvez fosse assim que fez várias mulheres se sentirem, mas, é claro, ele só pensava na própria dor que estava sentindo.

ㅤㅤEle saiu da cafeteria sem nem olhar para o rosto de Roseanne, apenas girou a maçaneta e foi até ela, desnorteado.

ㅤㅤ— Ji-soo...? — a chamou, e ela parecia ter visto um fantasma. — O que isso quer dizer? — perguntou, mesmo sabendo que a resposta era mais clara do que o Sol do meio-dia.

ㅤㅤ— Olha, Tae-hyung... — Olhou para baixo e soltou um suspiro, pensando na melhor forma de dizer aquilo. — Ele é um homem bom, gosta de crianças... E, principalmente, não tem problemas com a mãe dele. — finalizou. — Sua mãe quer que eu te conserte, mas isso não vai acontecer. Me desculpa... E adeus, Tae-hyung. — Se virou de costas e foi embora, o deixando ali sem saber o que dizer depois disso.

ㅤㅤNem tinha planos para depois disso. Seu mundo tinha acabado de perder o sentido, quando ele deixou de abandonar e foi abandonado.