ㅤㅤJá fazia muito tempo desde que Tae-hyung viu Roseanne pela última vez. Bem, ele não viu, mas isso não queria dizer que ela não estava por dentro de tudo que acontecia em sua vida.

ㅤㅤNaquela manhã, ele acordou ao lado de Park Ji-soo, uma garota que já havia passado muitas noites ali — e sem ser paga por isso, por incrível que pareça.

ㅤㅤ— Ah, droga... — Ela disse, se sentando na cama.

ㅤㅤ— O que foi? — A olhou com os olhos semi-abertos.

ㅤㅤ— Tenho que ir trabalhar. — Se levanta correndo, atrasada.

ㅤㅤ— Mas já? São sete da manhã... — reclama, se sentando ainda meio tonto.

ㅤㅤ— É o horário que as pessoas trabalham, Tae-hyung. — Sorri ironicamente, entrando pro banheiro. Era esse tipo de fala que ele gostava nela.

ㅤㅤMais rápido que um trovão, ela já tinha saído do banheiro. Isso que era responsabilidade. Se fosse o próprio Kim, ficaria um bom tempo pensando no que fazer dali em diante.

ㅤㅤ— Espera, eu vou com você. — Se levanta, coçando os olhos e sem pensar em tirar o pijama até que fosse meio-dia.

ㅤㅤ— Gentileza sua. — Sorriu.

ㅤㅤ— Para de agir como se fôssemos só sexo casual. — brinca, abrindo a porta do quarto.

ㅤㅤAmbos descem e encontram Jung-kook se arrumando para ir pro trabalho, enquanto Tae-hyung parecia feliz, segurando sua cintura.

ㅤㅤ— Ah, bom dia, Ji-soo. — Acenou para ela com um sorriso. Tae-hyung nunca deixaria de achar estranho seu irmão conhecer a mulher com quem estava saindo.

ㅤㅤ— Bom dia, Jung-kook. — Sorri, indo para a cozinha pegar algo comer.

ㅤㅤ— Parece que essa é pra valer. — fala para seu irmão, assim que ela sai.

ㅤㅤ— Por incrível que pareça, irmão, acho que tem razão. Acho que a amo. — disse, a olhando na cozinha, conversando com sua governanta, que até parecia gostar dela também.

ㅤㅤ— Tae-hyung, isso é sério? — seu irmão parecia ter ouvido um milagre. — Você tem que falar isso pra ela. — Coloca a mão no seu ombro.

ㅤㅤ— Eu quero... Mas ainda preciso de coragem pra isso. — finalizou, vendo-a sair da cozinha.

ㅤㅤ— Bom, vou indo. — disse, sorrindo.

ㅤㅤ— Espera. — a interrompeu, pegando algo nas mãos e indo até ela. — Fica com isso. — Entrega a chave da porta. — Não precisa mais de convite pra vir aqui.

ㅤㅤ— Sério? Obrigada, meu bem. — Lhe dá um selinho, se virando para ir embora.

ㅤㅤQuando ela fecha a porta, seu irmão lhe olhava orgulhoso com um sorriso nos lábios. Ele revira os olhos e vai pegar alguma coisa para comer, porque não podia viver só de bebida.

ㅤㅤAssim que se sentou na mesa, ouviu seu telefone tocar e sua governanta nem mesmo se mexeu, muito menos ele. Sobrou para o pobre Jung-kook atender.

ㅤㅤ— É pra você. — ele disse, entregando o telefone em suas mãos. Sempre que isso acontecia, era um mau pressentimento.

ㅤㅤ— Alô? — perguntou, torcendo que não fosse alguém lhe cobrando qualquer tipo de coisa.

ㅤㅤ— Tae-hyung, sou eu, Roseanne. — disse, fazendo o suficiente para lhe arrepiar dos pés à cabeça. — Tenho que te contar uma coisa.

ㅤㅤ— Pode falar...

ㅤㅤ— Estou grávida.