ㅤㅤShin poderia jurar por Deus, não tinha ideia de como chegou àquela situação, mas estava mesmo em um grupo reunido inicialmente para clube de literatura, mas agora todas as garotas estavam falando sobre sexo. Sim, o ato de fazer amor... Não só na frente de suas amigas, o que já era vergonhoso o suficiente, mas sim na frente da garota que gostava. Quando finalmente percebeu o que estava acontecendo, sentiu seu rosto enobrecer ao ponto de ter que desviar o olhar.

ㅤㅤAh, mas se ela visse o estado em que Chae-ryeong estava... Dobraria a língua para falar de si mesma. Estava em choque. Na sua cabeça, era muito particular para ser discutido na frente de todo mundo — e sem contar nas opiniões.

ㅤㅤE isso foi o pontapé inicial para poder se soltar o quanto quisesse. Nada mais importava além de ver as expressões no rosto de Lee.

ㅤㅤ— Então o Hyun-jin me virou de costas, me jogou na cama, e... — Todas podiam jurar que Ye-ji contaria até os mínimos detalhes se não fosse interrompida.

ㅤㅤ— Espera, tem gente que ainda não abriu a boca até agora, e eu estou curiosa... — Yu-na levou seu indicador até os lábios, examinando o rosto de Ji-su, Ryu-jin e Chae-ryeong, procurando buscar o rosto mais envergonhado para puxar as perguntas.

ㅤㅤ— Já contou da minha vida sexual inteira, Yu-na, o que mais eu teria para falar? — Suspirou, cruzando os braços. Apesar de namorar uma das maiores fofoqueiras que conhecia, ela era uma pessoa reservada de verdade.

ㅤㅤ— Você quem escolheu namorar comigo, agora aguenta! — Deu de ombros, mostrando o quanto não se importava. Mas é claro que aquele peso cairia nos ombros de alguém. — Ryu-jin, que tal você falar um pouco agora? — perguntou. É claro que seria ela, quem mais teria esse azar? Ou talvez não usou o truque de desviar o olho e ficou encarando demais.

ㅤㅤ— Estou na seca. — falou com tranquilidade, juntando suas mãos entre suas coxas. — Bom, desde que a senhorita líder decidiu que não sou mais boa pra ela... — Apontou Ye-ji, que começou a ficar nervosa com o rumo do assunto.

ㅤㅤÉ, poderia-se dizer que Ryu-jin tem um dom. O dom de deixar todas as pessoas constrangidas ao ponto que não dizerem mais uma palavra. Com certeza, em casos como esse, esse era um talento.

ㅤㅤ— Mas você não falou até agora, Chae-ryeong. — Juntou coragem o suficiente para provocá-la, deixar ainda mais vermelha do que já estava, simplesmente por combinar com a cor de seu cabelo. E, para outro lado, era muito divertido ver isso.

ㅤㅤ— O-o que eu poderia dizer? — falou quase sem conseguir, sua voz falhou. Você pode não gostar, mas é melhor aprender como, porque é sua vez agora.

ㅤㅤ— Nós sabemos que namora o Tae-hyun. Deve ter acontecido algo entre vocês em todo esse tempo. — disse sem nenhuma culpa, seu rosto livre de vergonha. Ainda assim, sorria de uma maneira calma, como se não soubesse todos os sentimentos que estava causando naquela garota agora. Sabia porque também os sentia. Naquele mesmo momento, estava a fazendo passar por aquilo que menos gostaria de passar.

ㅤㅤ— Ah, você sabe... — Não conseguiu continuar mantendo o olhar em cima, abaixou a cabeça. — Só o mais simples. — Deu de ombros, tentando dar um jeito de se safar.

ㅤㅤ— Não, eu não sei... — Se fez de desentendida. — Pode me explicar?

ㅤㅤ— É, Chae, explica. Estou curiosa. — Yu-na colocou o dedo indicador nos lábios, indicando estar mais do que interessada nesse assunto. Ryu-jin tinha que confessar que essa situação era no mínio hilária.

ㅤㅤ— Nós... Bom... — Seu rosto estava tão vermelho que estava praticamente da cor do seu cabelo. A qualquer momento, ela poderia infartar e Shin poderia satisfazer seu fetiche bizarro.

ㅤㅤ— Parem com isso! — Ji-su interrompeu para lhes dar uma bronca, olhando especialmente para Ryu-jin, porque sabia exatamente o que ela estava fazendo. — Não estão vendo como a menina está?

ㅤㅤ— Licença, preciso beber água. — Se levantou rapidamente, como se estivesse fugindo de algo ali. Provavelmente Shin.

ㅤㅤFoi nesse momento em que ela se deu conta do que tinha acabado de fazer. Tinha agido como um monstro com ela, como poderia pedir, agora, um pouco de amor recíproco?

ㅤㅤ— Acho que a reunião do clube acabou, né? — Ye-ji se deu conta, depois de alguns segundos em silêncio. O olhar de Choi aniquilava Ryu-jin e ela podia sentir queimando sua pele.

ㅤㅤO grupo se dispersou em um segundo, mas claro que ela não iria se livrar de sua melhor amiga barra babá para escapar dessa tão fácil. Agarrou seu braço, impedindo-a de dar mais qualquer passo.

ㅤㅤ— Mas o que foi aquilo? — perguntou com fúria no olhar, coo se tivesse tomado todas as dores da garota.

ㅤㅤ— O que é? Até parece que eu fiz com você. — Deu de ombros, um sorrisinho sacana em seu rosto, entregando-lhe o fato de que era uma babaca completa.

ㅤㅤ— Sabe como você agiu? Como uma idiota! — falou, sem se importar de ninguém ouvir. — Como quer que ela acabe se apaixonando quando continua agindo dessa forma?

ㅤㅤ— Ei, fale baixo! — Deu uma bronca, se soltando. — Quer que todo mundo acabe ouvindo meu segredo mais profano?

ㅤㅤ— Viu como você é? Você é uma artista, Ryu-jin. Uma poeta! Poderia escrever livros e mais livros falando sobre essa garota, mas insiste em agir desse jeito... — Se aproximou, segurando seus ombros com mais cuidado dessa vez. — Por favor, não estrague tudo com ela. — pediu encarecidamente, como se fosse um último desejo.

ㅤㅤBom, Ryu-jin torcia para que ela não morresse bem ali.

ㅤㅤMas, pelo visto, seu coração não aguentaria muito tempo mais, pois Shin a viu passando sozinha. É claro que ela não conseguiria aguentar.