ㅤㅤ𝗖𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 𝟱: 𝗦𝗘 𝗔𝗦 𝗣𝗔𝗥𝗘𝗗𝗘𝗦 𝗙𝗔𝗟𝗔𝗦𝗦𝗘𝗠
O silêncio era pesado no salão principal. As garotas se reuniram em volta da mesa longa, onde algumas horas antes haviam rido e jogado, sem imaginar o que estaria por vir. Agora, a tensão e o medo dominavam o ambiente. Kyung-wan estava de pé no centro, claramente abalada, mas determinada. A escolha dela como líder não foi sem hesitação, mas, no fundo, todas sabiam que ela tinha o espírito de liderança e, mais importante, o maior desejo de encontrar Ji-soo.
Na-yeon foi a primeira a quebrar o silêncio.
— Certo, então Kyung-wan vai liderar as buscas. Sabemos que o hotel é enorme e estranho, mas precisamos nos manter juntas. Nada de se separar, entenderam?
Sana, sempre tentando manter o clima mais leve, fez um gesto de concordância com a cabeça, mas seu sorriso característico estava ausente.
Tzu-yu, ainda visivelmente desconfortável com a escolha de Kyung-wan, apenas assentiu, enquanto segurava firmemente a mão de Da-hyun, que estava ao seu lado. Momo, sempre quieta, apenas observava, seus olhos se movendo de Kyung-wan para as outras, analisando a situação.
Kyung-wan respirou fundo, tentando manter o controle.
— Ok, a primeira coisa que precisamos fazer é cobrir os corredores. Temos que pensar como Ji-soo. Se ela se perdeu, provavelmente tentou voltar para o quarto ou procurou ajuda em outro lugar — explicou, tentando soar mais racional do que estava se sentindo. — Só que... — Ela hesitou, olhando para as paredes ao redor. — Vocês perceberam, não perceberam? Esse hotel tem algo errado.
As meninas se entreolharam, a tensão aumentando ainda mais. As paredes, que antes pareciam normais, agora pareciam... vivas. Quase como se respirassem, cada curva e ângulo mudando sutilmente quando ninguém estava olhando diretamente.
— Eu percebi isso desde que chegamos, mas achei que era só a minha cabeça — murmurou Mina, sua voz trêmula.
Chae-young, que até então estava calada com seus fones, tirou um dos lados do ouvido e finalmente falou
— Não é paranoia. Eu ouvi coisas também... É como se o prédio estivesse se mexendo, ajustando. — Ela olhou ao redor, desconfiada.
Kyung-wan sabia que algo estava errado desde o início, mas agora estava claro que todos estavam sentindo o mesmo. E isso a fez sentir-se ainda mais responsável por garantir a segurança delas.
— Precisamos agir rápido — disse Kyung-wan, sua voz mais firme. — Vamos em pares, mas não se afastem. Eu vou com a Da-hyun. — essa escolha fez Tzu-yu franzir o cenho. Por que ela iria com Da-hyun? — Na-yeon, você e Sana ficam juntas. Tzu-yu, você vai com a Momo. E Mina e Chae-young.
As meninas assentiram, se preparando para seguir o plano. O grupo começou a se mover pelos corredores escuros e silenciosos do hotel, com Kyung-wan liderando Da-hyun por um caminho tortuoso. Conforme avançavam, os corredores pareciam mais estreitos, as paredes mais opressivas. O som de passos ecoava, mas havia outro som... um farfalhar leve, quase imperceptível, como se algo estivesse se arrastando pelas paredes.
Da-hyun, que normalmente era confiante e sorridente, parecia mais nervosa. Ela olhou para Kyung-wan com uma expressão de preocupação.
—Kyung-wan, você acha que essas paredes... estão nos observando? — perguntou Da-hyun, sua voz baixa, quase um sussurro.
Kyung-wan hesitou antes de responder. Ela queria dizer "não", mas no fundo, algo dentro dela também sentia essa presença estranha. As paredes estavam vivas, de uma forma que ela não conseguia entender.
— Não sei, mas o que quer que seja, a gente precisa continuar — respondeu.
Quando viraram uma esquina, as paredes à frente delas se moveram de repente. O corredor, que antes era longo e reto, agora se dividia em dois caminhos estreitos. Jeongyeon olhou rapidamente para Da-hyun, seus olhos arregalados.
Não hesitou antes de empurrá-la para onde estava se fechando, ouvindo um grito abafado quando ela ficou presa. Suas mãos agora pareciam sujas de sangue, mas que só existia em sua cabeça. Da-hyun agora também seria dada como desaparecida. E a culpa era dela.
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