ㅤㅤ𝗖𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 𝟴: 𝗠𝗼𝗼𝗻 𝗧𝗼𝘂𝗰𝗵
ㅤㅤJá pensou estar vivendo a vida como se fosse um sonho? Era assim que Ji-soo se sentia. Literalmente. Agora, estava revivendo o sonho em que acordava Sana com um sorriso no rosto. Nada nesse mundo poderia se comparar a essa cena. E, melhor ainda, sem nenhuma droga de telefone para atrapalhar. Eram só as duas.
ㅤㅤBom... isso até a campainha tocar.
ㅤㅤ— Deixa que eu atendo. — Deu um beijo em sua bochecha que a fez sorrir maior.
ㅤㅤSe levantou da cama, colocou um roupão jogado por ali e foi até a porta, sentindo seu coração bater forte ao ver na sua frente, Na-yeon.
ㅤㅤ— Na-yeon?! — foi a única coisa que seus lábios souberam dizer.
ㅤㅤ— Ji-soo? Você tem ideia da preocupação que eu fiquei? — Foi entrando, mesmo sem ter ideia do que estava acontecendo.
ㅤㅤ— Preocupada? — Franziu o cenho. Realmente não era o melhor momento para ter essa conversa. Na verdade, Park sequer pensou em como seria essa conversa.
ㅤㅤ— Sim, Ji-soo, preocupada. — Fez uma pausa em seu sermão para lhe abraçar, mas logo se separa. — Uma pessoa não sai de casa por anos e decide sair sem deixar nem mesmo um bilhete? Meu Deus, você precisa pensar mais nas pessoas que te amam.
ㅤㅤ— E como me achou?
ㅤㅤ— Tem um chip na sua fonte, não pode ser tão difícil. — Ela riu. — Eu te rastreei.
ㅤㅤ— Oi, o que está acontecendo aqui? — Sana apareceu, embrulhada em uma coberta. Claramente não esperava receber visitas e foi pega de surpresa por aquela Im Na-yeon parada ali.
ㅤㅤ— Quem é ela? — Na-yeon franziu o cenho, sem entender o que estava acontecendo.
ㅤㅤ— Por que ela está me olhando assim? — Sana perguntou, inocente demais para conseguir compreender logo de cara.
ㅤㅤ— Fui eu quem errei, eu quem tenho que me explicar. — Ji-soo se colocou entre elas, acalmando as duas para que não acabassem de um jeito ruim.
ㅤㅤ— Explicar o quê?
ㅤㅤ— Na-yeon, eu sei que era minha noiva e que eu fui uma babaca por você, mas... Não tive muita escolha, eu era apaixonada pela Sana antes mesmo de te conhecer. — falou olhando em seus olhos, era impossível ser mais sincera que isso.
ㅤㅤOs olhos de Na-yeon se encheram de lágrimas, não conseguiu se controlar e caiu no choro bem ali, na frente das duas, o que deixava a situação cada vez mais desconfortável. Sana, com seu jeito bondoso, queria abraçá-la e dizer que ia ficar tudo bem, mas sabia que ela poderia não interpretar isso tudo muito bem.
ㅤㅤ— Me desculpa. — Colocou a mão em seu ombro, mas ela se recuou, como se não quisesse contato. — Mas não posso mudar o fato que amo a Sana.
ㅤㅤFoi embora naquele estado mesmo, fechando a porta atrás de si e deixou as duas sozinhas, com Ji-soo se sentindo péssima pelo que tinha feito. Pelo menos a mão quentinha de Sana sobre suas costas ajudou o fardo que estava carregando.
ㅤㅤ[...]
ㅤㅤDeitada na cama, a visão que Ji-soo tinha não era das melhores. Mesmo que não usasse mais a máquina, aqueles sonhos continuavam voltando e voltando, sempre. A visão do trânsito naquele dia, as janelas cobertas por pequenas gotas de chuva e todos os detalhes presentes para que aquele se tornasse a visão de seu inferno particular. Dentro daquele carro.
ㅤㅤQuando acordou, nenhum telefonema a acordou e ela agradecia por isso. Mesmo assim, ela precisava tomar um ar e não dava para fazer isso dentro do quarto com Sana dormindo tão serenamente ao seu lado.
ㅤㅤAbriu a porta para o lado de fora e observa como a Lua estava linda naquela noite. Parecia-se até com alguém que ela conhecia... Se sentiu como uma criança de novo, simplesmente se deitou na grama do quintal, contando as estrelas no céu.
ㅤㅤQuando Sana abriu a porta e viu a cena, deixou escapar um risinho de sua boca. Sem que ela sequer a percebesse se aproximando, se deitou ao seu lado na grama, olhando como a vida era mais bonita no seu ponto de vista.
ㅤㅤ— Faz isso todas as noites? — perguntou com uma pequena dose de sarcasmo.
ㅤㅤ— Tive um pesadelo. — disse, soltando um suspiro baixinho.
ㅤㅤ— Sinto muito.
ㅤㅤ— Tudo bem. Já passou. — Segurou sua mão, voltando a apreciar as estrelas.
ㅤㅤ— É um hobby legal.
ㅤㅤ— Principalmente quando faço isso ao seu lado. É melhor ainda. — Sorriu.
ㅤㅤAs duas ficaram em silêncio, mas não um silêncio desconfortável, quando você quer dizer alguma coisa mas não encontra o quê. Um silêncio reconfortante que palavras não eram tudo que precisavam ser ditas. O próprio momento dizia tudo.
ㅤㅤ— Posso fazer uma pergunta? — Se virou para ela mais uma vez.
ㅤㅤ— Claro. — falou simples.
ㅤㅤ— Você é real?
ㅤㅤ— Acha que isso é real? — Se inclinou e tocou seus lábios em um beijo, suave como o toque de Lua, ela nunca iria se esquecer. — Eu sou real, e nunca mais vou sair do seu lado.
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