ㅤㅤ𝗖𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 𝟭𝟬: 𝗙𝗶𝗳𝘁𝗲𝗲𝗻 𝗬𝗲𝗮𝗿𝘀 𝗢𝗹𝗱
ㅤㅤHirai Momo sempre foi uma criança curiosa. Com dez anos, quebrou um braço tentando escalar uma árvore só para chegar ao topo e descobrir o que tinha do outro lado da montanha. Sim, deu muito trabalho para Sana e Ji-soo, que sempre tentaram dar de tudo para aquela garotinha.
ㅤㅤMas muita coisa mudou quando ficou adolescente. Pensaram que isso seria só uma coisa de infância, mas agora ela tinha quinze anos e estava no sótão da casa, procurando coisas que pudessem ser algo novo para ela.
ㅤㅤFoi quando puxou o pano de cima de uma velha máquina do tempo. Um sorriso surgiu no seu rosto, mesmo que não tivesse ideia do porque suas mães tinham algo assim. Assim que ligou, tinha um destino em mente. Queria visitar um parque dos anos 80.
ㅤㅤLigou ele no seu cérebro e se sentou em uma velha cadeira ali, aproveitando a imersão. Foi em barraquinhas de doces, ganhou bichinhos de pelúcia que ela lamentava não poder levar para casa. Essa era a parte ruim, mas continuava sendo uma experiência muito boa.
ㅤㅤ[...]
ㅤㅤ— Como assim uma máquina do tempo? Essas coisas não pararam de ser fabricadas?
ㅤㅤAh, Kim Da-hyun... A melhor amiga de Momo, a mesma que ela sempre foi secretamente apaixonada, mas ninguém nem sonhava com isso. Era um segredo que ela achava que guardaria consigo até o túmulo.
ㅤㅤ— Dahy, eu consegui ir para um parque! Foi muito divertido, eu tenho certeza que vai gostar. — Puxou seu braço, insistindo para que ela aceitasse.
ㅤㅤ— Tudo bem, vou dar uma chance. — Sorriu. Ah, seu sorriso era tão lindo que deixava Momo sempre sem palavras.
ㅤㅤ[...]
ㅤㅤ— Ei, por que chegou tão cedo? — disse ao abrir a porta. — Minhas mães estão aqui, então... — se ela falasse qualquer coisa errada, seu plano poderia ir pelo espaço.
ㅤㅤ— Oi, Da-hyun! Momo não disse que você vinha. — Sana chegou, recepcionando a amiga da filha com um abraço.
ㅤㅤ— Nós... só vamos conversar um pouco. — Sorriu amigavelmente. Ainda bem que Da-hyun sabia que estava aprontando e Momo era sua cúmplice.
ㅤㅤ— Mas já estamos de saída. Vocês vão ficar bem aqui sozinhas?
ㅤㅤ— Deixa comigo. — Momo fingiu ser uma sodada, colocando a mão na cabeça.
ㅤㅤ— Isso mesmo, minha princesa. — Sana deixou um beijo no topo de sua cabeça.
ㅤㅤ— Mãe! — Franziu o cenho. Odiava ser tratada como criança, ainda mais na frente de sua crush.
ㅤㅤ— Desculpe. — Riu baixinho. — Então, tchau, meninas. Se comportem. — Acenou, passando pela porta com Sana.
ㅤㅤMomo aguardava ansiosamente o momento em que a porta se fechasse e a diversão começasse. Puxou Da-hyun pelo braço, enquanto riam juntas. Quando chegaram, Momo puxou uma cadeira extra para que ela se sentasse.
ㅤㅤ— Você tem que colocar isso. — Entregou um dos chips em sua mão e ela colocou no lugar certo, como se já soubesse de tudo. O bom disso era que Da-hyun era extremamente inteligente.
ㅤㅤ— Acha que vai funcionar mesmo?
ㅤㅤ— Funcionou comigo ontem. — Deu de ombros. — Então... para onde você quer ir?
ㅤㅤ— Quero ver as pirâmides. — Sorriu, como se achasse sua própria ideia impossível.
ㅤㅤ— Para as pirâmides, então!
ㅤㅤMomo fechou os olhos e Da-hyun fez o mesmo, quando as duas foram transportadas para o Egito, vendo toda aquela obra de arte bem diante dos seus olhos. Momo reparou como os olhos da garota ao seu lado brilhavam, como se encontrasse uma maravilha bem diante dela.
ㅤㅤ— Isso é...
ㅤㅤ— A coisa mais linda que já viu em sua vida? Pois é, eu sei. — Se gabou.
ㅤㅤ— Você é impossível. — Riu.
ㅤㅤ— Que tal um lugar diferente agora? — Segurou sua mão.
ㅤㅤ— Vou onde você for. — Deu uma piscadela que a fez rir.
ㅤㅤMomo as transportou para 2000 em uma barraquinha de comida no meio de uma rua. O lugar era aconchegante, tinha cheiro de comida boa.
ㅤㅤ— Pode pedir o que quiser, vai ter o gosto exatamente igual. — Momo avisou. Se lembrada dos doces que comeu no parque.
ㅤㅤ— É sério? — Seus olhos brilharam mais uma vez. A vista perfeita do ponto de vista de Momo.
ㅤㅤ— Experimenta.
ㅤㅤDa-hyun pegou um cachorro quente, uma das coisas que quase nunca comeu em sua vida e se sentiu invadida pelo sabor que tinha. Com certeza, era uma das coisas mais gostosas que ela nunca comeu.
ㅤㅤ— Viu só? — Momo riu, apenas pela sua expressão facial.
ㅤㅤ— Para onde vamos agora?
ㅤㅤ— Já pensou em conhecer Saturno?
ㅤㅤ— Saturno? — Ficou de boca aberta, surpresa.
ㅤㅤ— Pensa maior, meu bem. — Segurou sua mão de novo, as transportando para outro planeta, literalmente.
ㅤㅤ— Isso é lindo... Mas como é possível estarmos respirando?
ㅤㅤ— Porque foi feito para apreciar, não para ser realista. Mas não é lindo?
ㅤㅤ— Vi poucas coisas tão bonitas como essa na minha vida. Obrigado por me trazer aqui, Momo.
ㅤㅤMomo não soube o que dizer, apenas sorriu. Era provavelmente o momento mais mágico de toda sua vida, ela não queria estragar.
ㅤㅤPegou sua mão e as transportaram para os anos 3000, onde deram de frente com uma criatura estranha, algo que elas nunca viram igual.
ㅤㅤ— Oi? — Momo tentou.
ㅤㅤ— Oi. — respondeu.
ㅤㅤ— Qual seu nome? — Da-hyun perguntou, dando a volta por trás da pessoa, se é que era uma pessoa.
ㅤㅤ— Tzu-yu. — respondeu sinceramente.
ㅤㅤTão sinceramente que tudo que as duas conseguiram fazer foi se desmancharem na gargalhada, bem diante daquela criatura chamada Tzu-yu.
ㅤㅤTudo foi maravilhoso, mas estava na hora de sair daquela realidade alternativa, e elas ainda riam quando estavam de volta para o sótão.
ㅤㅤ— Isso foi muito divertido... — Da-hyun disse, se recuperando.
ㅤㅤMomo a observava sem que ela sequer percebesse. Seu sorriso, o jeito como ficava sem ar quando ria demais, seu jeito que a achar maluca... Tudo nela. Era o momento perfeito. Ela se inclinou e colou seus lábios nos de Kim. Por mais que estranhasse, ela retribuiu, porque seus sentimentos por Hirai eram recíprocos, por mais que ela esperasse a vida toda achando o oposto.
ㅤㅤ— Momo! — Ji-soo abre a porta e vê a cena. Não sabia o que senti naquele momento.
ㅤㅤDa-hyun se levantou como um tiro naquele momento, dava para ver o medo estampado no seu rosto por ser pega no flagra.
ㅤㅤ— Desculpa, Ji-soo, preciso ir para casa. — Passou por ela e pela porta de uma vez só, sem nem ter coragem para se despedir. Não era bem assim que Momo imaginava seu primeiro beijo.
ㅤㅤ— O que estava fazendo, filha? — Ji-soo foi até ela e se abaixou.
ㅤㅤ— Eu vi essa máquina aqui em cima e pensei em trazer a Da-hyun para gente se divertir. Foi legal. — disse, meio cabisbaixa por ela ter ido embora. — Por que tinha uma dessas aqui em casa?
ㅤㅤ— Bem... — se preparou. Sabia que um dia teria que ter essa conversa. — Uma vez, eu perdi a memória em um acidente e me esqueci da sua mãe. Isso foi a pior coisa que me aconteceu, então, eu sabia que tinha algo errado, meus sonhos diziam isso. Então eu comprei essa máquina para me ajudar.
ㅤㅤ— E ajudou?
ㅤㅤ— Bom, estamos casadas até hoje. — Riu fraco.
ㅤㅤ— Acha que Da-hyun vai querer ficar comigo? — Se levantou da cadeira.
ㅤㅤ— Eu vi nos olhos dela, querida. Não se preocupe, tenho certeza de que vai ser uma história linda, assim como a minha com sua mãe. — Acariciou seu rosto, enquanto encostou na suas costas para sair daquele lugar.
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