ㅤㅤEnquanto tudo que Jeong-in sabia fazer era trabalhar, tudo que Hwang sabia fazer era curtir. Quer dizer, ele levava a sério o lance com a banda, mas nem se comparava com trabalhar naquela doceria aguentando pessoas estúpidas e um riquinho qualquer.

ㅤㅤHyun-jin no vocal e na guitarra, Ji-sung no baixo e Chang-bin na bateria, era assim a divisão das coisas enquanto tocavam um cover de Come As You Are. Normalmente fluiria bem, se não fosse pelo nosso querido cabeça de vento.

ㅤㅤ— Qual é, Hyun-jin... — Han parou o ensaio, visivelmente cansado. — Onde você tá com a cabeça?

ㅤㅤ— O que eu fiz dessa vez? — parou também, tentando entender.

ㅤㅤ— Você errou sete vezes, cabeça de vento! — Seo se intrometeu.

ㅤㅤ— Desculpa, pessoal, é que... Eu conheci um menino.

ㅤㅤ— Ah, eu sabia que tinha um homem na parada! — Seo começou a rir.

ㅤㅤ— Um menino, sério? E você não consegue se concentrar por causa disso? — Ji-sung cruzou os braços. Hwang meio que se acostumou com esse jeito dele. — Temos uma apresentação de verdade! Não pode perder isso!

ㅤㅤ— Acho que deu pra mim por hoje, galera. — ignorou tudo que ele disse, como se entrasse por um ouvido e saísse pelo outro, tirando sua guitarra de seu corpo.

ㅤㅤ— Vai deixar ele sair assim? — Han perguntou ao outro integrante, que deu de ombros para que seu amigo fosse feliz.

ㅤㅤ— Fui! — disse ao bater a porta.

ㅤㅤ[...]

ㅤㅤNão demorou muito para que Hwang estivesse de novo em frente à sua doceria favorita, agora mais favorita ainda por causa de quem trabalhava lá. Entrou, mas foi atendido por outro rapaz, um tal de Lee Felix, como mostrava em seu crachá.

ㅤㅤ— Deseja mais alguma coisa, senhor? — perguntou educadamente.

ㅤㅤ— Na verdade, sim... Eu queria que você pedisse a conta pra aquele garoto ali. — Apontou para Jeong-in que estava distraído demais para perceber.

ㅤㅤ— C-certo. — disse, saindo da mesa, entendendo que não era o garoto escolhido para cuidar de seus pedidos.

ㅤㅤ— Ei, Jeong-in. — Se aproximou dele, puxando-o para longe da mulher que atendia.

ㅤㅤ— Ficou maluco? Eu tenho que atender aquela moça! — parecia realmente focado no seu trabalho. Que azar, não é mesmo?

ㅤㅤ— Eu faço isso pra você. Aquele mesmo homem pediu pra você entregar a conta dele. — disse, deixando o papel em suas mãos.

ㅤㅤ— O quê? Mas que merda ele está pensando? Eu tenho meu trabalho aqui! — como sempre, surtando por nada.

ㅤㅤ— Só faz o que ele pediu. — Praticamente empurrou o próprio para seguir seu caminho. — O que deseja, moça? — perguntou, substituindo seu papel.

ㅤㅤYang teve que suspira uma última vez, com a vontade de tacar tudo pelos ares, mas a prioridade ainda era seu trabalho. Caminhou até a mesa do próprio com a conta nas mãos.

ㅤㅤ— Aqui está, senhor. — Entregou de maneira seca, entregando que não queria muito papo com ele.

ㅤㅤMas, para sua surpresa, ele entregou um papel a mais, além do dinheiro. Jeong-in estranhou e olhou o papel, vendo diversos números.

ㅤㅤ— É meu número. Me ligue mais tarde.

ㅤㅤ— Ok...

ㅤㅤO que ele tinha acabado de dizer? Ele disse sim! E deixou o babaca com um sorriso enorme no rosto, parecendo que tinha acabado de ganhar na loteria — mas claro que isso não seria um absurdo para ele. A questão é... Jeong-in disse sim! E nem sabia por que!