ㅤㅤ𝗖𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 𝟲: 𝗛𝘆𝘂𝗻-𝗷𝗶𝗻
ㅤㅤDepois de todo aquele movimento em sua vida, os negócios não poderiam parar. Era hora de voltar à ativa e refazer todos os seus passos. Rezava para seus novos sentimentos não atrapalharem seus planos. Porque ele jamais venderia as fotos preciosas que tinha de Yang.
ㅤㅤEntrou na boate e foi se aproximando do bar. Quanto mais chegava perto, menos acreditava no que seus olhos estavam vendo. Aquele era Hwang Hyun-jin. Depois de tantos anos, ele só tinha ficado mais bonito.
ㅤㅤMas não podia ignorar que teve uma história com ele. No Ensino Médio, Hwang era famoso por suas artes, sejam fotografias ou pinturas. Para todos que tinham interesse nessa área, Hyun-jin era um ídolo.
ㅤㅤMas é claro que essa história não poderia terminar bem. Um dia, Christopher resolveu mostrar algumas de suas fotos para ele, na intenção de que ele lhe desse alguns conselhos. Mas ele nunca se esqueceria das palavras dele... "Você não tem chance de chegar a lugar algum"
ㅤㅤHwang jamais teria noção do quanto isso afetou a mente daquele jovem. Suas palavras foram como facadas em seu peito, mais duras do que um amor não correspondido. Vê-lo depois de tudo isso, causou uma paralisia no corpo de Bang durante alguns segundos, quando ele finalmente percebeu sua presença.
ㅤㅤ— Christopher... — Se virou analisando cada parte de seu rosto para ter certeza de que era mesmo ele. — Meu Deus, quanto tempo! — O abraçou forte, como se fossem grandes amigos do passado.
ㅤㅤ— É bom te ver de novo, Hyun-jin. — Sorriu, logo depois de ser obrigado a retribuir o abraço, se quisesse conseguir alguma coisa ali. — Você parece mais...
ㅤㅤ— Bonito? — Sorriu de canto, jogando um pedaço de seu cabelo para trás, aquele que não estava preso em seu discreto rabo de cavalo baixo.
ㅤㅤ— É, foi o que quis dizer. — Olhou para baixo, meio sem jeito. Mesmo quando precisava flertar, ele nunca foi bom nisso, não importa o quanto tentasse. — Posso te pagar uma bebida?
ㅤㅤ— Uau... — pareceu surpreso com sua iniciativa. Sempre viu Christopher como um garoto muito tímido, não imaginava que ele daria o primeiro passo, mesmo sabendo que estaria afim, caso ele desse. — Claro.
ㅤㅤChristopher acenou para o garçom.
ㅤㅤ— Duas doses de Bloody Mary. — pediu.
ㅤㅤ— Além de tudo, você tem bom gosto. — Hyun-jin se aproximou um pouco mais, criando pouco espaço entre eles. O braço de Christopher se enrijeceu, como se não pudesse mais movê-lo.
ㅤㅤO garçom colocou as bebidas em cima da mesa. Não foi muito difícil o restante do trabalho, pois Hwang nem chegava a disfarçar que estava dando em cima de outros caras, bem na frente dele. Colocou o pó dentro de sua bebida e depois era só deixar a magia acontecer.
ㅤㅤ— Sabe, Christopher... Eu sempre te achei... um gato. — falou, depois de dar o primeiro gole.
ㅤㅤ— Eu... não esperava por isso. — respondeu da mesma forma tímida que costumava ser.
ㅤㅤ— É sério, eu-eu... — Nesse momento, Bang assistiu uma onda de tontura invadir seu corpo. — O que você fez?
ㅤㅤAntes que seu corpo pudesse atingir o chão, Christopher o segurou nos braços. Era sempre muto fácil fugir com os garotos dali, eles poderiam estar simplesmente muito bêbados e sem conseguir ir para casa sozinhos. Mas é claro que Bang estava lá para isso. Como pode um só homem levar tantos homens bêbados para casa? Ninguém nunca se perguntou isso.
ㅤㅤMesmo com dificuldade, metade do caminho já havia sido feito e ele estava na porta de sua casa com o corpo desacordado de Hyun-jin. Enquanto destrancava a porta, ouviu um barulho e uma das portas se fechando no corredor. Não conseguiu identificar qual porta tinha feito aquele som, mas pediu em seu interior que ninguém tivesse visto nada.
ㅤㅤEntrou em casa e fechou a porta atrás de si, encerrando sua missão no mundo exterior. Agora seu trabalho só envolvia ele, sua casa e Hwang Hyun-jin. Aquele babaca.
ㅤㅤDepois disso, seguiu o procedimento padrão. Pegou a bolsa com mais drogas, caso precisasse, amarrou Hyun-jin do lado da cama antes que ele acordasse e pegou sua câmera. Não demorou muito tempo para que ele estivesse abrindo os olhos mais uma vez.
ㅤㅤ— Mas que porra... Que dor de cabeça... — Acordava lentamente, antes de perceber o que estava acontecendo com ele.
ㅤㅤTentou levar a mão à cabeça, foi quando percebeu que estava preso. Uma sensação de desespero o invadiu, começando a enxergar as coisas na sua frente. Foi quando finalmente viu o rosto de Christopher.
— Ah, seu doente desgraçado... — Tento chegar até ele, mas não conseguia enxergar que estava totalmente entregue à ele, como em uma bandeja.
ㅤㅤ— Acalme-se. — Colocou um copo de água do seu lado. Mas ele não aceitou muito bem a ideia, chutou o copo. — Preciso de você calmo para que as fotos fiquem boas. — Suspirou, ficando de pé mais uma vez.
ㅤㅤ— Fotos? Você quer tirar fotos minhas? — Pensou que ele pudesse pedir qualquer coisa, menos fotos. — Logo você? — um tom de deboche em sua voz. Naquele momento, ele conseguiu atingir um ponto de raiva dentro de Bang.
ㅤㅤ— Eu me lembro bem do dia em que me disse que eu não tinha talento. Ficou guardado na minha memória. — Ele caminha até a mesa com as seringas, pegando uma dela e lotando de líquido.
ㅤㅤ— O que vai fazer? — perguntou, tentando se afastar na medida em que ele se aproximava. — Saia de perto de mim, seu maníaco! — gritou, mas foram suas últimas palavras antes de apagar novamente.
ㅤㅤCom certeza não daria para fazer nada com ele, sóbrio daquele jeito. A melhor forma de se trabalhar ainda eram os drogando, já que nenhum deles tinha uma mente aberta como a de Jeong-in.
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