ㅤㅤEram cinco da tarde de uma sexta-feira. Kuina já estava mais do que cansada, estava exausta.

ㅤㅤAchou já ter dormindo quando viu aquela mulher entrando na sua loja, olhando para os lados, parecendo procurar alguma roupa, até que seus olhos se encontraram com os da balconista.

ㅤㅤKuina respirou fundo, se preparando para sair dali e ir falar com ela.

ㅤㅤ— Olá de novo! — Colocou as mãos atrás do corpo e sorriu de maneira gentil.

ㅤㅤ— Oi... — responde, desviando o olhar para as roupas.

ㅤㅤ— Precisa de algo, senhorita...? — Entra na frente de seu olhar, algo que chega a Sr algo irritante para a mulher.

ㅤㅤ— Estou procurando um terno para uma festa da minha empresa... — diz, ainda olhando para os lados.

ㅤㅤ— Certo, venha comigo que vou te mostrar nossos modelos mais bonitos! — diz, começando a andar na esperança que ela a seguisse. Assim ela fez.

ㅤㅤEnquanto os passos da de cabelos negros andavam seguindo os da outra garota, a mesma pensava em como se tornaria próxima daquela mulher.

ㅤㅤNem sabia ao menos o porquê queria isso. Na verdade, depois daquele dia, ela meio que havia esquecido aqueles pensamentos. Mas vê-la de novo... Era como se o destino estivesse tentando fazer com que elas se aproximassem.

ㅤㅤAgora, o motivo... ainda era desconhecido. Quer dizer, algumas memórias no subconsciente de Kuina diziam que havia um motivo certo, mas ela ainda não sabia.

ㅤㅤ— Esse aqui é muito bonito... — ela a mostra um dos modelos que mais combinava com a personalidade forte da mulher.

ㅤㅤ— É bonito... — comenta.

ㅤㅤ— Quer experimentar? O provador é logo ali. — Aponta.

ㅤㅤEla assente e pega o terno da cabine, o levando com ela para a cabine. Kuina fica a olhando, como se tivesse tendo pressentimentos de já ter a visto daquela forma. Era estranho, se parasse para pensar, por isso, balançou a cabeça, tentando se distrair, mas todos os lugares que olhava, parecia ter a imagem detalhada daquela mulher em sua cabeça.

ㅤㅤPassou-se um tempo e ela saiu do provador, vestida como terno. Kuina sorriu.

ㅤㅤ— Ficou muito bonito em você. — disse, sorrindo e fazendo-a abrir um sorriso tímido.

ㅤㅤ— Obrigada... Acho que vou levar. — disse tirando o cartão de sua bolsa. — Pago com você mesmo? — A olha por um breve momento e ela paralisa por um segundo.

ㅤㅤ— Claro! Siga-me. — disse, a levando até o caixa. Ficou atrás da bancada e digitou algo no computador.

ㅤㅤEla virou a maquininha para o lado da mulher e ela digitou a senha. Passou o cartão e guardou-o novamente.

ㅤㅤ— Está finalizado! — disse com um sorriso. — Obrigada, senhorita... — leu o comprovante. —Anne. — disse e ela sorriu fraco, assentindo e deixou a loja, largando Kuina em seus pensamentos confusos de memórias não-lembradas.