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ㅤㅤ📿𝗖𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 𝟭𝟬: 𝗘 𝗾𝘂𝗲 𝗲 𝘀𝗼 𝗦𝗲𝗻𝘁𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼

No dia seguinte, eu desci com uma roupa mais social e meus pais me olharam.

— Vai sair, querida? — meu pai perguntou.

— Vou encontrar ele. — Sorri boba.

— Hmm, alguém está apegada. — minha mãe brincou e deixou um beijo no topo da minha cabeça, enquanto eu tomava um copo de leite.

— Quando vamos conhecê-lo? — ele perguntou.

— Não sei, talvez... em breve. — Sorri fraca, sem mesmo saber a resposta disso. Bem, acho que só dependia de mim e dele.

— Ok, se divirta, querida. — Ela me abraçou fraco e se distanciou.

Eu me despedi dos dois e saí de casa, em direção ao ponto de ônibus que ia para perto da aldeia. Passei a viagem inteira pensando no que eu diria para ele, mesmo sabendo que seria mais fácil quando o visse.

Assim que ônibus parou, eu desci e, pela primeira vez, estava ali sozinha, apenas para vê-lo. Andei em direção ao local e entrei no quarto, não o vendo no mesmo. Sentei em sua cama e esperei, até que ele apareceu, sorrindo ao me ver.

Me levantei e ele me roubou um selinho antes de me abraçar.

— Que bom que veio. — sua frase me reconfortou, quando eu tinha um pouco de medo de ser um incômodo.

— Eu fico com saudade muito rápido. — Sorri sem jeito. — Eu queria saber se você... Na verdade, o que nós temos? — resolvi começar desse jeito. — Nós... namoramos...?

— Rótulos são só rótulos. Eu gosto de você, você gosta de mim. Temos sentimentos. E eu gosto muito disso. — ele sorriu, segurando minha mãe.

— Eu queria saber se... Quer conhecer meus pais? — pergunto com um pouco de vergonha. Provavelmente minhas bochechas estavam rosadas.

— Se quiser conhecer a minha mãe. — ele disse, o que me fez sorrir.

Pegou minha mão e me levou até a mulher que me recepcionou muito bem no dia em que eu cheguei com minhas amigas.

— Mãe, essa é a Sofia. Ela é WerryMerry. — explicou e eu sorri.

— Eu sabia que era especial quando a vi entrando aqui, bem pequena. — Ela disse, vindo até mim. Foi aí que eu me lembrei que ela era a mulher que recepcionou eu e meu pai quando viemos aqui, e também mãe do Kauê e Yara.

— Obrigada, Dona Nina. — disse para ela saber que eu me lembrava.

Ela sorriu e eu me senti abençoada pelo sentimento que tinha por ele, e ele segurava minha mão orgulhoso.

Saímos de lá para irmos em direção à saída, mas Yara entrou na nossa frente, nos interrompendo.

— Ei, você. — Apontou o dedo em minha direção. — Cuida bem do meu irmão, viu? — ela disse soando como uma ameaça, mas não deixava de ser um pouco fofo. — Se machucar ele, eu te mato. — finalizou, e, em seguida, me abraçou. Eu retribuí, sorrindo de maneira surpresa.

Então, ela simplesmente sumiu da mesma maneira que apareceu quando eu a conheci. As memórias estavam mais vívidas do que nunca.

Pegamos o ônibus e eu o levei até a minha casa de mãos dadas. Definitivamente, eu estava feliz. Assim que abri a porta, minha mãe e meu pai o olharam, mas meu pai parecia muito surpreso por reconhecer aquele garotinho que viu há muitos anos atrás.

— Mãe, pai... Esse é o Kauê. E ele é a pessoa especial para mim. — traduzi o que achava significar WerryMerry.

— É um prazer te conhecer, Kauê. — Minha mãe lhe deu um abraço, como boas-vindas.

— Bom te ver de novo. — Meu pai acenou com a cabeça, já sabendo da história toda de repente.

— É um prazer conhecer a filha de vocês. Ela é WerryMerry. — ele disse e eles sorriram, mesmo não entendendo, mas sabendo que se tratava de algo especial.

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