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Namorados

Pranpriya chega à sala e encontra um buquê de lírios roxos em cima do livro que ela havia deixado ali, antes de encontrar a carta de Kunpimook. Ela sorri e se aproxima, encontrando um bilhete.

"Trouxe as flores favoritas e uma aliança para a minha namorada. Escolhi uma rosa porque achei delicada como você. Espero que goste!

Um idiota."

Ela não pode deixar de dar um sorrisinho bobo, logo experimentando a aliança, colocando-a no dedo e sorrindo de orelha à orelha. Nunca um garoto foi tão gentil consigo.

...

No corredor, Ji-su chega correndo até Ye-ji, que conversava com uma garota aleatória.

— Ye-ji, Ye-ji! — ela chega, ofegante.

— Ai, o que deu em você, garota? — A olha com desprezo.

— Você não vai acreditar! A Pranpriya tá namorando com o Jung-kook!

— O que você quer dizer com "A Pranpriya está namorando o Jung-kook"?! — ela dá um berro imprescindível, que até mesmo a loira ouve de outra sala.

...

Ye-ji chega na sala onde Pranpriya estava segurando a carta, com o professor já em sala, pronto para começar a aula.

— Não, você não teve a audácia, vadia! — Chega, sem se importar com nada, agarrando nos cabelos loiros da garota, que não reage, apenas puxa ar entre os dentes.

— Senhorita Ye-ji! — o professor tenta intervir.

— Cala a boca! Você sabe que um "a" que eu disser pro diretor, você tá no olho da rua. — Olha firme para o homem que ela costumava dar de cima em suas aulas. Ele abaixa a cabeça e se cala.

— Ye-ji! — Jung-kook se levanta e caminha até as duas. — Larga ela!

— Oppa... — Olha para a garota, ainda sem reação, aperta mais sua mão e a larga. — Você vai ser meu. — fala com firmeza.

— Ainda não abaixou sua bola depois do que a CL fez, Ye-ji? — Kunpimook chega na porta da sala e diz, num tom de deboche.

— Cala a boca, seu nerd idiota! Ou vai se arrepender. — O empurra, saindo da sala. Todos sabiam que ela não pegou mais pesado, não só com ele, mas com todos, principalmente com Pranpriya.

— Tá tudo bem? — Jung-kook pega a mão dela.

Kunpimook vê que ela estava em boas mãos e sorri para a mesma, antes de ir embora.

— Estou sim. Obrigada. — Sorri para o mesmo.

Ele sorri e deixa um beijo na sua cabeça e fazendo um leve carinho onde a azulada apertou, logo depois, ele volta para seu lugar, olhando sem paciência pro professor, que não agiu com nada, mas ele não era culpado, Ye-ji poderia demiti-lo facilmente. Sana olha para a amiga com um sorriso largo, como se dissesse "Viu?".

...

Ye-ji conversava com Yu-na, Ji-su e Chae-ryeong na mesa reservada para as "abelhas rainhas".

— Então, Ye-ji, o que você vai fazer? — Ji-su pergunta.

— Espero que não deixe a nerdzinha ficar com seu homem. — Yu-na provoca, bebendo seu suco.

— Fala alguma coisa, Chae-ryeong! — Ji-su instiga, provocando a novata do grupo. — Ou só está no grupo para fazer os deveres de casa da Hwang? — diz, fazendo Yu-na rir.

— Argh, calem a boca! — Ye-ji grita, fazendo todas ficarem caladas e sérias. — Eu tenho um plano... — Suspira, se acalmando para contar.

— Ai, conta, conta! — Yu-na apóia seus cotovelos na mesa para ouvi-la.

Então, a azulada sorri e começa a contar.

...

Jung-kook andava pelos corredores, indo beber água para depois encontrar Pranpriya, no intervalo. Até que uma peste azulada pula em sua frente, o fazendo revirar os olhos.

— Olá, oppa! — Ela sorri de uma maneira sapeca.

— O que você quer, Ye-ji? — Cruza os braços.

— Sabe, oppa, eu não gosto da sua namorada. — comenta, olhando para suas unhas enormes, da mesma cor de seu cabelo.

— Eu odeio dizer, mas... foda-se! — diz, tentando passar por ela, mas ela dá um passo pra trás, junto à ele, impedindo-o de passar, segurando em seu peito, com um sorrisinho atrevido.

— Espera, oppa! A diretora pediu para pegarmos uma coisa numa sala no terceiro andar. — diz.

— Nós dois? Por que ele pediria isso justamente para nós dois? — Franze o cenho.

— O-olha, eu não sei, mas vamos lá! — Pega a mão dele, mas ele a puxa, seguindo-a de qualquer forma, pois ela era insistente demais para deixá-lo ir e, talvez, essa história com a diretora fosse verdade.

Então, ela o leva para o local, em uma salinha do terceiro andar. Jung-kook ansiava para pegar logo o que quer que fosse para encontrar com Pranpriya.

— Entra! — Ela abre a sala, que estava escura.

— Espera... Essa não é a sala abandonada do terceiro andar? — o novato pergunta, enquanto adentra a mesma.

— É sim, mas tem luz aqui. — Ela ascende a luz e fecha a porta, trancando-a.

— Ye-ji, aqui só tem caixas vazias, o que a diretora quer que peguemos? — pergunta, virando-se para a azulada.

— Sem pressa, gatinho. — O empurra em uma cadeira sozinha ali e se senta em seu colo.

— O-o que você tá fazendo? — pergunta, se sentindo trêmulo, enquanto ela coloca as mãos em seus ombros, impedindo-o de sair.

— Você vai descobrir. — Começa a beijar seu pescoço.

...

Pranpriya estava sozinha no corredor, sentada em um banco. Dispensou a companhia de seus amigos porque combinou de se encontrar e ficar junto com seu namorado. Mas ele estava demorando muito e ela já estava começando a ficar impaciente, batendo seu pé no chão.

— Olá, Pranpriya! — Chae-ryeong, aparentemente, a garota mais legal do grupo de Ye-ji, senta ao seu lado.

— Oi? — Franze o cenho, estranhando a proximidade.

— Sabe, eu não queria ver você sendo enganada pelo garotinho popular, sabe? — Sorri de maneira sapeca. — Mesmo que ele estivesse com minha amiga nisso... — Faz um biquinho provocativo.

— Do que você está falando? — A olha, sem interesse, pois sabia que era armação.

— Se acha que estou mentindo, dê uma olhadinha na sala abandonada do terceiro andar... — Solta um risinho debochado antes de sair dali correndo.

Pranpriya suspira e balança a cabeça negativamente, mas resolve averiguar essa história direito, pois tinha pavor de ser feita de idiota, quando estava se entregando por completo.

...

Pranpriya abre a porta e vê Ye-ji no colo de Jung-kook, rebolando. Assim que a vê, Jung-kook a empurra de seu colo, fazendo-a cair no chão.

— Pranpriya! Não é nada disso que você está pensando, eu juro! — Se levanta, ficando de frente para ela.

Ela não faz nada, apenas fecha a cara e sai dali.

— Argh, seu idiota! — Ye-ji reclama, por ter sido jogada no chão, o empurrando.

Ye-ji também vai embora e ele fica sozinho, sem saber o que fazer para consertar aquela situação.

...

Pranpriya tenta procurar seus amigos, mas sente mal demais para fazer isso, então se senta em um corredor vazio, sentindo sua respiração ofegante e seu rosto queimando de raiva, enquanto seu olho lacrimeja.

— Pranpriya? Você tá bem? — uma voz masculina pergunta e ela olha para cima, vendo Ka-Yee. Ela revira os olhos.

— O que está fazendo aqui, idiota? Quer tentar me estuprar de novo? — O olha com mais ódio ainda.

— Me desculpa... Eu estava bêbado... — Se senta ao lado dela.

— Não tem desculpa pro que você fez. — ela responde, e ele solta um suspiro.

— O que houve com você? — A olha.

— Meu namorado me traiu. — explica.

— Poxa... sinto muito. — diz. Era óbvio que não sentia, mas o coração machucado de Pranpriya só se importava em receber palavras de conforto, sejam elas verdadeiras ou não.

Ela apenas começa a chorar. Ele a olha, surpreso, pois nunca a imaginou chorando. Ela se mostrava tão forte... Mas até os fortes tem um momento de fraqueza, certo? Bem, ele a abraçou. Ela até o tiraria de perto de si, mas não queria que a vissem chorando.

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