Baile de Máscaras
Depois do intervalo, todos os alunos estavam na sala, conversando, durante a aula da professora So-min, que já havia pedido silêncio milhares de vezes.
— Com licença. — a diretora Ji-woo chega na porta da sala e o silêncio paira no ar. Todos se faziam de santo quando ela chegava.
— Toda, diretora. — diz, dando espaço para que a mesma tomasse a frente da sala.
— Obrigada, professora. — agradece e vai até o centro da sala para que tivesse a atenção de todos, mesmo que era óbvio, já que era a diretora. — Bem, como vocês já sabem, estamos quase no meio do final do ano e as férias estão chegando. — diz uma coisa que todos sabiam, mas não deixaram de abrir um sorriso ao serem lembrados. — Por isso, resolvemos organizar um baile de máscaras no sábado, no final dessa semana, com a participação de uma cantora famosa. — revela e a maioria ali faz uma cara de surpresa e animação, olhando para os amigos. Exceto Yoon-gi, que estava dormindo e Ji-min ficou triste por não poder olhá-lo, por mais que fosse algo besta e ambos fossem juntos de qualquer forma. — Vocês podem ir acompanhados ou sozinhos, o importante é que as regras são as mesmas da escola. Tenham em mente que será um evento formal e não entrará sem máscara. — dá uma pausa para pensar se tinha dito tudo que precisava. — Obrigado pela atenção. — diz, fazendo um cumprimento corporal para a professora e sai da sala.
No mesmo segundo, a sala volta a ser um caos, como se So-min nem estivesse ali, com todas as pessoas combinando com quem iriam. Pranpriya acabou de combinar de ir com seus dois amigos — já que não queria ir com Mark, para não correr o risco de iludi-lo a ficar com ele, mas sabia que Sana iria ficar com Tzuyu na festa, de qualquer jeito. Ji-min acordou o namorado e eles iriam juntos, enquanto Nam-joon e Jin, por mais que não fossem daquela sala, iriam juntos, com certeza, e Jung-kook ficaria de vela com Mark, como sempre.
Bom, nada de novo.
...
Em seu quarto, Pranpriya se encontrava na frente de seu espelho, completamente produzida pela melhor amiga.
— Tem certeza que tá bom? Não tá muito exagerado? — pergunta, observando os cachos que ela fizera na ponta de seu cabelo.
— Você tá perfeita, Pri! — diz, com um sorriso enorme.
— Obrigada, Sana. — Sorri e tira os olhos do espelho.
— E, o melhor... nossos vestidos combinam! — diz com uma empolgação de sempre.
— Argh... — Revira os olhos, segurando o riso. — Vamos logo, o Kunpimook vai reclamar. — diz, puxando o braço da garota para fora de seu quarto.
...
Em frente a festa, Ji-min e Yoon-gi esperavam por Jung-kook, que chega depois de um tempo.
— Demorou, hein? Estava se arrumando para a Pranpriya? — Ji-min provoca, fazendo o moreno rir e acertar um tapa em seu braço.
— E você para o Yoon-gi! — provoca de volta, fazendo o mais baixo corar. Era incrível que eles eram namorados, mas ainda se mantinham tímidos quando se tratava do novo estágio da relação deles. — Enfim, vamos entrar? — diz, passando na frente dos dois, que o seguem.
Chegando no salão de festas, já com suas máscaras, estava difícil reconhecer o pessoal da escola. Mas foi bem fácil reconhecer Ye-ji e suas amigas se aproximando. A garota usava um vestido azul, combinando com sua máscara e seu cabelo, e andava sempre na frente de suas amigas.
Jung-kook, antes que pudesse ser parado pela mesma, se separou dos seus amigos, que ficaram intrigados, mas entenderam tudo quando a viram. Então, Jung-kook se enfiou no meio das pessoas da festa, ainda com o olhar focado em Ye-ji, para garantir que ela não estava atrás dele. Mas, como resultado desse olhar para trás, ele acabou esbarrando em uma garota na sua frente.
— Opa, me desculpa! — pede, se virando para ver quem era e tendo uma grande surpresa.
— Oh... — era Pranpriya! Ele congela. — Tudo bem, não tem problema! — Sorri. Ele nunca imaginou que ela sorriria para ela. — Está mesmo muito difícil andar por aqui e reconhecer as pessoas... — comenta, olhando em volta. — Ainda mais que eu me perdi dos meus amigos... — Faz um biquinho, que ele não consegue deixar de achar fofo. Nunca imaginou que pensaria isso daquela garota grossa. Talvez Ji-min tivesse razão... Ele estava apaixonado por ela?!
— Você... quer dançar? — ele pergunta, sem saber o que dizer a mais.
— Pode ser, eu acho... — Dá de ombros. Não tinha porquê recusar uma simples dança, mesmo que fosse com um desconhecido. Ela poderia conhecê-lo, certo?
Ambos dançam, aproveitando a música lenta do salão. Pranpriya segurava no pescoço de Jung-kook e ele segura sua cintura, com delicadeza e respeito. Ela olhava em seus olhos, se perguntando quem era aquele garoto e como ela nunca tinha conhecido alguém assim tão gentil como ele antes, sendo da mesma escola!
— Bom... talvez nós pudéssemos ir pra outro lugar... — diz e ela o olha com medo do que ele estava dizendo. — T-tipo lá fora, observando as estrelas... — diz, consertando o que ela, talvez, tivesse pensando, e ele jamais sugeria isso para uma pessoa que "acabou" de conhecer.
— Ah... — seu rosto se aliviou e ela riu de sua própria reação. — Claro! — Ela o olhou novamente e seus olhos se iluminaram. — Mas vai ser difícil sair daqui juntos com tanta gente... — Olha em volta novamente.
— Vem comigo... — Pegou timidamente sua mão e foi a levando para a varanda do lado de fora. Pranpriya se assustou um pouco com o toque, mas foi um gesto muito gentil e ela acabou sorrindo.
Então, chegando lá, ele se debruçou na sacada, olhando o lado de fora e tomando um ar, já que lá dentro estava completamente impossível. Até porque Ye-ji sugava a energia de todos ali.
— O céu é tão bonito... — ela comenta, observando as estrelas.
— Tem razão... — Sorri e faz o mesmo, mas move seu olhar para ela rapidamente.
Ele suspira e resolve colocar sua mão em cima da dela, que estava solta pela sacada. Ela percebe o toque e finalmente o olha, se perdendo naqueles olhos de jabuticaba. Quando eles perceberam, estavam próximos demais.
— Eu... posso? — pergunta, mais receoso do que tudo, conhecendo-a como a conheceu, sentindo sua respiração em sua pele.
Ela suspira, pensando se era uma boa ideia, mas acabou assentindo. Então, ele colou os lábios de ambos. Pranpriya sentiu-se muito rígida nos primeiros momentos, mas percebeu a calma do garoto, então, acabou se soltando. Ela nem sabia quem era ele...
— Você... — Se separa pela falta de ar e ele a olha, perdido.
— Alunos, por favor, compareçam ao salão principal. O show vai começar. — a voz da diretora surge e desperta ambos do transe.
— Melhor irmos... — ela diz, rindo.
— Tem razão... — Ri e se separa dela, indo na frente.
— Espera, você ainda não me disse seu... nome... — diz, mas ele desaparece entrando no local.
Então, ela dá alguns passos, não se conformando em deixá-lo ir assim, mas ele já havia sumido na multidão. Ela entra no meio, procurando-o por todos os cantos, mas sem sucesso. Por sorte, ela esbarra em Sana antes de esbarra em alguém pior — como Ye-ji.
— Amiga! Você não vai acreditar! — diz, puxando seu braço para a frente.
— O que? — perguntou sem muito interesse.
— Você não acredita quem vai fazer show aqui!
— Quem? — Arqueia uma sobrancelha, ainda sem interesse.
— A CL! — revela, dando pulinhos de alegria.
— Hum... Não conheço. — Suspiro.
— Como não conhece?! — grita, mas seu grito não parece nada perto do escândalo que faziam por causa da mulher. Pranpriya se perguntava por que aquela era sua amiga mais próxima, quando havia tantas pessoas naquela escola, que não precisavam ser babacas ou loucas. — Não me surpreende, — ela diz, depois de gritar de surpresa. — você só ouve música clássica. — Revira os olhos.
— CL! — ela ouve um grito conhecido bem próximo de si e se vira, vendo Ye-ji praticamente em cima do palco. — Eu sou sua maior fã! — diz aos berros. — Eu fundei o Six Bitches e sou a melhor das melhores aqui, tudo inspirado em você! — grita, achando que ela ficaria feliz com isso.
— Fico feliz por isso, mas você não pode se colocar em cima de todos assim... — fala no microfone e alguns alunos começam a gritar e vaiar a azulada. Pranpriya odiava admitir, mas uma cena dessa lhe fez dar uma pequena risada.
— Mas eu sou a melhor! Você me ensinou a ser a melhor! — grita, indignada.
— Não ensinei ninguém a passar por cima de ninguém, garota. Acho melhor abaixar tua bola e tirar essa coroa que tu se colocou, sem a ajuda e reconhecimento de ninguém. — diz e as pessoas vibram, fazendo Ye-ji ficar vermelha de raiva.
— Quer saber? Vai se foder! Você nem é tudo isso! — diz, tirando a máscara e jogando no chão, saindo dali, pisando forte.
Até suas amigas riram e uma delas, Chae-ryeong, preferiu ficar ali e não seguir sua "dona" depois daquela humilhação. É, parece que a rainha foi destronada pela sua própria ídola.
— Bom... quem tá pronto pra ficar louco? — CL grita e todo mundo vai à loucura. Até mesmo Pranpriya a aplaude, depois daquilo.
Bom, o resto da noite acabou com muita dança, algumas bebidas — que Pranpriya preferiu ficar longe, dado à último vez que bebeu — e nada demais. O que importava, era que a garota não encontrou mais o garoto lindo e misterioso.
— Jung-kook! — Ji-min grita, tocando seu ombro, mesmo que estivesse perto, o som estava alto demais para ouvi-lo.
— Oi! Finalmente achei vocês! — grita de volta.
— Onde você tava? Eu já tava preocupado! — diz, olhando-o sério.
— Ji-min tá com dependência emocional em você. — Yoon-gi zomba.
— Há-há! — finge uma risada e bate no ombro do garoto.
— Depois eu conto tudo, vamos aproveitar agora! — diz, se referindo ao barulho extremamente alto.
— Tá! — diz, começando a dançar "Hello Bitches" e tentando animar o namorado para se juntar à ele.
...
Mark se aproxima de Sana, Pranpriya e Kunpimook. Pranpriya, com seu ego alto de sempre, achou que ele viria falar com ela, mas ele só acenou para os três e se juntou a eles e foi falar com Sana.
— Podemos ir beber alguma coisa? Aqui tá muito cheio! — diz alto.
— Claro! — Sorri, não vendo maldade naquele convite.
Ele a leva até o bar, que continha bebidas com pouco teor alcoólico, já que eram jovens e aquela era uma festa da escola. Mark serve bebidas para ambos, ainda dançando.
— Sana, eu nunca te perguntei, você namora? — diz, enquanto dançam.
— Assim... não exatamente... — enrola.
— Hum, não disse que não... — provoca, fazendo-a rir.
— Por que da pergunta? — vai direto ao ponto, ainda sem entender sua intenção.
— A gente poderia... — Se aproxima e puxa sua cintura.
— Ah, não! — Coloca a mão na frente de sua boca, que estava prestes a lhe dar um selinho. — Eu não gosto muito de meninos, sou bissexual, mas tenho preferência por meninas. — explica. — E você é ex da Pranpriya! — o empurra.
— Qual é, ela terminou comigo, nem vai ligar! — grita, bravo.
— Nunca faria isso com ela! Agora, sai fora! — diz, largando a bebida ali e voltando para seus amigos. Por sorte, conseguiu voltar para Manoban mesmo com toda aquela gente.
...
Depois de um tempo, Sana conseguiu convencer Pranpriya a dançar, mesmo que fizesse isso meio torto — pois alertou que não sabia dançar, e nem animação alguma.
Por isso, Mark estava sozinho no bar, mas tomando apenas um suco de laranja, porque não gostava de nada que o tirasse da realidade. Então, ele é surpreendido por uma mão feminina — com unhas lilás, tocando seu ombro. Ele se vira para ver quem é e vê alguém familiar, mas não se lembra de imediato, por conta das máscaras.
— Oi! — Ela sorri.
— Olá...? — responde, franzindo o cenho.
— Não se lembra de mim? Sou eu, a prima da Pranpriya! — diz, soltando um riso divertido.
— Ah, sim! É um prazer revê-la! — Sorri de volta. — Roseanne, não é?
— Rosé! — diz, se sentando ao lado dele no bar. — O que está bebendo? Posso te acompanhar? — diz, fazendo sinal para o barmen ir até eles.
— Ah, é só suco de laranja. — diz, passando o dedo ao redor dôo copo.
— Você não bebe? — pergunta e ele assente negativamente. — Que fofo! — Sorri e ele cora.
— O que deseja, senhorita? — o barman pergunta.
— Um whisky, por favor. — pede e o olha, com um sorrisinho que ele não conseguiu ler.
— Pra já! — Sai dali, indo buscar.
— Então, por que a Pranpriya não veio com você? — pergunta somente para ter algum assunto.
— Na verdade, ela nem sabe que estou aqui. — Ri, cobrindo os lábios. — Eu faço parte da turma da tarde, então, nem deveria estar aqui hoje. — diz e agradece com a cabeça ao barman por trazer sua bebida, bebendo um gole.
— Entendi... — Suspira e bebe seu suco também.
Em menos tempo que ele pudesse processar, Roseanne vira sua bebida na boca e desce do banco, indo para trás dele e tocando seus ombros.
— Tá, você pode até não beber... — Deita a cabeça em seu ombro, o deixando paralisado. — Mas vai ter que aceitar dançar comigo... — diz, puxando-o para fora do banquinho, quase que o derrubando.
— Eu não sou bom dançando! — diz alto pela música alta.
— Tudo bem! — Ela não consegue segurar uma risada desajeitada.
Então, ela o puxa para dançar MTBD. Ele era todo desajeitado, tentando acompanhar s passos da garota, enquanto ela... Oh, Deus, ela era perfeita! Bom, era isso que ele estava pensando.
Vendo o quanto ele estava mal, ela o puxa, colando seus corpos para que ele a acompanhasse. Então, eles mal perceberam quando seus lábios colaram, iniciando um beijo. A falta de ar não demorou a aparecer, pois eles estavam dançando. Rosé não pode evitar um riso, que ele logo acabou dando também.
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