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ㅤㅤJung-kook ainda estava acordado, já na cama, pronto para dormir, depois de ter descansado um bom tempo, graças ao "acidente".

ㅤㅤ— Pai, tá acordado? — manda mensagem para seu pai, depois de séculos. Seu bate-papo era um dos últimos, junto com algumas pessoas bloqueadas. Nem ele mesmo sabia como nunca chegou a bloqueá-lo.

ㅤㅤ— Tô. Fala. — diz, secamente, como sempre.

ㅤㅤ— As cordas da minha guitarra arrebentaram. Não posso usar a da escola.

ㅤㅤ— Não posso te dar uma agora.

ㅤㅤ— Que novidade! Eu sei disso, só quero o número da — quase que digitou "minha mãe". — Chae-young. — diz e suspira.

ㅤㅤSem dizer mais nada, ele manda o contato dela e Jung-kook salva imediatamente.

ㅤㅤ— Obrigado. — agradece e sai da conversa.

ㅤㅤ— Oi... é o Jung-kook... — ele manda para a mulher.

ㅤㅤ— Oi, querido! Eu ia mandar mensagem esses dias para perguntar como você estava... — ele não confiava nisso.

ㅤㅤ— Ah, sim... Então, a guitarra arrebentou as coisas... Preciso comprar umas novas...

ㅤㅤ— O quê? Caramba, que merda... Olha, aquela guitarra está muito velha... Por que não faz o seguinte... Vem pra Seul por um dia e eu compro uma novinha pra você, pode ser?

ㅤㅤ— Sério? — não consegue acreditar de cara.

ㅤㅤ— Sim! Amanhã vou ter um compromisso com meu trabalho — o qual Jung-kook nem sabia direito qual era, mas se lembrava vagamente de seu pai ter dito que era modelo... ou poderia ter sido apenas um sonho dele... — mas depois de amanhã, pode ser?

ㅤㅤ— Isso seria incrível! Mas não sei se vão me deixar sair... Meu professor é muito chato com isso! — Ela ri.

ㅤㅤ— É um daqueles velhos rabugentos? Não sei como colocam essa gente pra dar aula de música... Tipo... já passamos da era de Mozart, certo?!

ㅤㅤ— Não. — esse comentário lhe arranca uma gargalhada. — Ele não é velho, é até bem jovem... Mas odeia que não participemos de um segundo sequer das aulas... — diz, formando um bico em seus lábios.

ㅤㅤ— Oh... tudo bem, eu dou um jeito! Vamos fazer assim, então... Eu te busco aí, pode ser? Vou de carro.

ㅤㅤ— Okay, pode ser, então! — Sorri grande. — Espero que me deixem sair...

ㅤㅤ— Ah, eles vão deixar, deixa comigo! — diz num tom assustador de certeza.

ㅤㅤ— Okay, então...

ㅤㅤ— Boa noite, querido!

ㅤㅤ— Boa noite. — diz, comuma carinha feliz.

ㅤㅤEntão, ele suspira e se vira pro canto, deixano o abajur aceso para ele conseguir dormir.

ㅤㅤ...

ㅤㅤNo dia seguinte, ele acorda com o despertador, no horário certo. Precisava de um certo incentivo para levantar... mas não havia nenhum. De qualquer forma, ele começa a esfregar os olhos para se manter acordado.

ㅤㅤDepois de uns minutos, ele levanta.

ㅤㅤNão passou muito tempo até que ele estivesse na sala, arrumado, até um pouco antes do horário. As únicas pessoas presentes eram Yu-gyeom, seu amiguinho, a garota que esbarrou dele, Young-jae e Jae-beom.

ㅤㅤPor sorte, Yu-gyeom não tinha notado sua presença e não havia o provocado... ainda. Isso, até Jae-beom chamar a atenção de todos na sala, gritando para Jung-kook.

ㅤㅤ— E aí, cara? — grita e vai até ele, se aproximando.

ㅤㅤ— Chegou o bebê chorão! — ele não perderia a oportunidade...

ㅤㅤ— Olha aqui, cara... — Jung-kook ignora o comentário de Jae-beom e vai até Yu-gyeom, aproveitando que não havia professor na sala, ainda. — Eu tô cansado de você. — O segura pelo colarinho.

ㅤㅤYu-gyeom recua, dando alguns passos para trás, mas Jung-kook continua o segurando, até ambos chegarem na parede e o garoto acabar prensando.

ㅤㅤ— O que vai fazer?! — ignora suas pernas bambearem por um intante e resolve continuar provocando. — Me beijar?! — Dá um sorriso sarcástico.

ㅤㅤJung-kook mira com bastante precisão e dá um belo murro no rosto de Yu-gyeom.

ㅤㅤO garoto se delequilibra e quase cai, mas consegue se manter de pé.

ㅤㅤ— Seu idiota! — Ele grita e vai para cima de Jung-kook, dando um murro de volta no mesmo.

ㅤㅤA sala parecia em total êxtase, apenas soltando um "uou" a cada murro. Felizmente, ou infelizmente para alguns, o professor entra na sala antes de Jung-kook poder dar o troco novamente e os separa.

ㅤㅤ— Ei, ei, pode parar! — ele grita, separando os garotos que mais pareciam dois ímãs.

ㅤㅤ— Ele quem começou! — Yu-gyeom grita. Não dava para se dizer qual dos dois era mais infantil e idiota. Jung-kook era muito, mas Yu-gyeom passava de todos os limites quando se tratava de fingir ter oito anos.

ㅤㅤ— Não me interessa quem começou, os dois estão errados por brigarem! — ele diz e ambos acabam por desistir de se pegar.

ㅤㅤ— Mas professor-! — Jung-kook insiste em querer se defender.

ㅤㅤ— Chega! — ele o olha, fazendo um sinal para pararem de vez. — Yu-gyeom, você vai tirar o dia de suspensão!

ㅤㅤ— O quê?! Isso não é justo! — ele diz, fazendo birra e batendo o pé no chão.

ㅤㅤ— Acha que eu não ouvi você provocando o Jung-kook ontem? O provocou até ele finalmente quebrar aquela guitarra que você sabia que era velha! — até porque dava para se notar de longe.

ㅤㅤ— E-eu...

ㅤㅤ— Volte amanhã! — finaliza com ele. — Em você, Jung-kook, vai colocar um gelo nesse olho e só volta aqui... — para por um momento e Jung-kook paraliza. Chegou a pensar que não iria ser suspenso, mas, sim, expulso. — depois do almoço. — diz, e ainda estava pegando bem leve.

ㅤㅤ— T-tudo bem... — responde na maior passividade do mundo.

ㅤㅤKa-Yee suspira e sai do meio dos dois, que se encaram por dois breves segundos.

ㅤㅤ— Podem sair! — ele diz, antes que os dois acabassem se pegando de novo. — E, se brigarem no corredor, vão ser expulsos! — ele grita, antes que eles fizessem isso de novo.

ㅤㅤAmbos saem andando, como duas crianças que acabaram de brigar, cada um em um lado do corredor. Então, aquele amigo de Yu-gyeom vem correndo até ele e o abraça forte. O mesmo se surpreende, mas retribui.

ㅤㅤ— Eu ouvi dizer que você brigou com um cara, é verdade? — diz, segurando em sua nuca.

ㅤㅤ— É... como você sabe disso? — O olha, meio constrangido.

ㅤㅤ— Um garoto da sala de vocês saiu correndo e contou pra escola toda... — diz, ainda nervoso.

ㅤㅤ— ... Kunpimook, o que acha de a gente conversar em outro lugar? — ele pergunta, dando um toque discreto no ombro do mesmo, dando sinal para que ele visse Jung-kook do outro lado, sem nem reparar que estava completamente parado, encarando-os.

ㅤㅤ— Claro... — Ele volta a sua posição normal e ambos saem de lá.

ㅤㅤEles dão a mão, discretamente, no meio do caminho e Jung-kook toma noção que estava parecendo um maníaco.

ㅤㅤ— Ok... Isso tudo é estranho pra um caralho... — Sussurra para si mesmo, levando a mão para o rosto que estava latejando um pouco, indo em direção ao seu dormitório.

ㅤㅤMaldito Yu-gyeom, que sabia bater bem...

ㅤㅤ...

ㅤㅤPranpriya estava na pausa para o famoso cafézinho com seus novos colegas de trabalho, se poderia chamá-los assim.

ㅤㅤEntão, chegou uma foto do rosto machucado de seu amado namorado.

ㅤㅤ— Amor?! — manda.

ㅤㅤ— Mais tarde a gente faz ligação e eu te explico, beleza? — diz brevemente, pois sabia que ela não podia ficar muito e não daria para jogar aquele amontoado de informação para fazê-la infartar no trabalho.

ㅤㅤYe-ji limpa a garganta e se levanta, mesmo ainda mastigando.

ㅤㅤ— Tudo bem, todos de volta ao trabalho! — ela diz e Ryu-jin revira os olhos pela milésima vez.

ㅤㅤ— Ye-ji, você não é nossa chefe...

ㅤㅤ— Mas deveria! — ela diz confiante, com seus braços na altura da cintura, parecendo uma xícara, pomposa.

ㅤㅤ— Ah, se a Yu-na escutar isso... — Mark comenta, levando mais um gole de café à boca.

ㅤㅤEntão, todos acabam por se levantar.

ㅤㅤ— Só um minutinho, por favor... — Pranpriya diz, para digitar uma resposta para o namorado.

ㅤㅤ— Só falta você, "princesa"... — Ye-ji chega perto dela e se inclina, ficando bem perto de seu rosto, deixando-a nervosa, mesmo que a encarasse e não tivesse noçao disso, pois estava correndo com o aparelho em suas mãos.

ㅤㅤ— Okay! Mas vai explicar tudo direitinho! E se cuida! — ela manda e guarda o celular, quase que jogando o no chão, de tanta pressa.

ㅤㅤYe-ji suspira e sai de perto dela, indo para a porta. Então, todos saem da sala para volta. Enquanto Pranpriya passa, ela sente o olhar de Ye-ji, que estava na porta, pesar sobre ela.

ㅤㅤ...

ㅤㅤNo fim da primeira aula, Jung-kook já tinha cuidado do seu olho da maneira que era possível e estava entendiado. Por mais que odiasse as pessoas daquela escola, resolveu ficar no corredor, sentado em um banquinho.

ㅤㅤAs outras pessoas passavam para lá e para cá, já que era horário de almoço e mais movimentado que o normal.

ㅤㅤEntão, aquela garota de sua sala passa e o olha, então, ela para e se senta do lado dele, tirando um pão com algo dentro do bolso, enrolado em um papel alumínio.

ㅤㅤJung-kook a olha, com um ponto de interrogação na cabeça. Ele estava praticamente no meio do banco e ela na ponta. Ela só se sentou ali porque quis, não porque os outros bancos estavam ocupados, pois estavam livres.

ㅤㅤJung-kook se ajeita e chega para o canto, enquanto ela termina seu lanche. Depois de um tempo, ela termina e amassa o papel em suas mãos, olhando fixamente para frente.

ㅤㅤ— Como está seu olho? — Ela olha para ele.

ㅤㅤ— M-meu olho? — por um momento, se esquece que estava caolho bem no olho que estava do lado dela. — A-ah, um pouco melhor... obrigado. — nem sabia porquê agradeceu, nunca fizera isso do nada.

ㅤㅤ— Que bom! Sou a Lia, muito prazer! — Ela sorri e sua gentileza e fofura espanta Jung-kook.

ㅤㅤ— Ah... Jung-kook. — se apresenta, de qualquer forma.

ㅤㅤ— Eu sei. — Ri.

ㅤㅤO silêncio toma conta de novo, por alguns minutos.

ㅤㅤ— Mas você é muito pretencioso! — Ela franze o cenho, o olhando novamente. — Eu realmente esbarrei sem querer em você ontem. — diz e arranca um riso do mesmo.

ㅤㅤ— Eu nunca disse que foi por querer... — diz, a olhando, como conseguia. — Você está se entregando... — diz, rindo.

ㅤㅤ— E-eu... Ah! — acaba rindo junto.

ㅤㅤA risada dos dois vai se misturando e, depois de uns segundos, desaparcendo na conversa das pessoas que passavam.

ㅤㅤ— Não se preocupe com o Yu-gyeom... — ela quebra o silêncio pela terceira vez. — Ele é idiota assim com todos... — Suspira.

ㅤㅤ— É mesmo?

ㅤㅤ— Sim... é pior com as meninas... — Abaixa a cabeça.

ㅤㅤ— Caralho, que idiota! — grita, com raiva do que ouviu.

ㅤㅤ— Pois é... a maioria tem que vir de bermuda por baixo da saia, por causa da câmera idiota dele! — diz, com um tom agudo de tristeza e raiva.

ㅤㅤ— Agora, mais ainda, minha vontade de socar a cara de idiota dele só aumentou... — Ele dá um soco na própria mão.

ㅤㅤ— Bom, saiba que a sala inteira tá do seu lado... — Ri. — Até o professor!

ㅤㅤ— O professor?! — A olha.

ㅤㅤ— Ele teria suspendido vocês dois por brigar, acredite. Mas, se suspendeu só ele e deixou você voltar hoje, é porque tá do seu lado. — explica.

ㅤㅤ— Nossa... Mas também! Como ficar do lado daquele imbecil?! — Suspira.

ㅤㅤ— Pergunte ao Jin-young e ao Kunpimook... — Ela dá de ombros.

ㅤㅤ— Os dois babacas que andam com ele? — A olha.

ㅤㅤ— Eles mesmos. — Suspira.

ㅤㅤO silêncio paira novamente, então, ele é drasticamente cortado quando o sinal toca e os alunos começam a ir para suas salas.

ㅤㅤ— Vai voltar agora? — Ela pergunta, se levantando.

ㅤㅤ— É, acho que já posso... Só vou trocar de roupa... — diz, já que tinha trocado para um pijama.

ㅤㅤ— Okay, mas não demore. — diz e ele estranha. — O professor não gosta de atrasos... — Sussurra, brincando.

ㅤㅤJung-kook ri da garota e ela se afasta acenando e diz um "até logo", que é retribuído por um aceno de volta.

ㅤㅤ...

ㅤㅤAssim que Jung-kook voltou para a sala, já arrumando, a sala toda o olhava boquiaberto. E o amigo de Yu-gyeom, parecia guardar a raiva dele e mais um pouco. Ou, talvez, fosse só a cara dele de sempre mesmo...

ㅤㅤYoung-jae e Jae-beom se aproximam dele.

ㅤㅤ— Cara, me desculpa... — Jae-beom diz, ao estar frente a frente com ele, junto ao amigo.

ㅤㅤ— Pelo quê? — Franze o cenho.

ㅤㅤ— Eu chamei a atenção do Yu-gyeom pra você... — diz, parecendo que ia chorar.

ㅤㅤ— Não, cara, não foi culpa sua... — Balança essa ideia.

ㅤㅤ— Viu? Eu disse... — Young-jae diz, dando um tapinha em seu ombro.

ㅤㅤ— M-mas se eu não tivesse chamado ele, o Yu-gyeom não ia falar nada... — insiste, com os olhos marejados.

ㅤㅤ— E você acha que ele não iria me ver, não? — Jung-kook arqueia as sobrancelhas.

ㅤㅤ— Viu só? — O abraça. — Para de pensar nisso... — Deita a cabeça no ombro dele e ele retribui o abraça.

ㅤㅤ— Meu Deus, deixem de ser gays! — Jung-kook revira os olhos e eles riem. Não dava para saber se estavam fazendo de sacanagem ou não.

ㅤㅤ— Como tá seu olho, Jeon? — Young-jae pergunta, após parar de rir.

ㅤㅤ— Me chama de Jung-kook... E tá ótimo, tô vendo até dois viados. — ele brinca.

ㅤㅤ— Idiota! — Young-jae o empurra e volta a abraçar seu amigo, escondendo seu rosto atrás dele.

ㅤㅤO professor entra na sala.

ㅤㅤ— Okay, galera! Voltando! — Ka-Yee diz, com o sbraços aberto.

ㅤㅤEntão, o amigo de Yu-gyeom, o qual Jung-kook imaginava ser "Jin-young", passa com tudo do lado dele, esbarrando forte em seu ombro.

ㅤㅤ— Ai! — ele reclama, levando a mão ao local.

ㅤㅤ— Jung-kook, como está seu olho? — o professor pergunta.

ㅤㅤ— Ah... bom, eu acho... — Coça a nuca e olha para baixo. Isso arranca um sorriso irônico do garoto.

ㅤㅤJin-young finge que nada aconteceu e vai para frente, com seu violão. Ka-Yee não percebe o que aconteceu e inicia a aula.

ㅤㅤ...

ㅤㅤNo fim da aula, Jung-kook deixa a guitarra lá, com um peso no coração e pega sua mochila, para sair de lá, como todos.

ㅤㅤ— Até a amanhã, Kook! — Young-jae diz e Jae-beom acena para ele.

ㅤㅤ— Falou! — Ele acena de volta.

ㅤㅤEle coloca a mochila nas costas e sai logo em seguida, torcendo para não ver Yu-gyeom. Enquanto procurava por um par de olhs castanhos de um filho da puta, ele se separa com um belo par de olhos negros, convidativos. Myoi Mina.

ㅤㅤ— Oh... Kook?! Céus, o que houve com seu olho?! — Ela diz, indo com a mão com uma luva em direção ao olho do mesmo, mas, por sorte, ele desvia. Pôde sentir a dor, mesmo sem ela o tocar.

ㅤㅤ— Ei, ei, ei, cuidado com essa mão! — Ele segura a mão da mesma e a abaixa.

ㅤㅤEla dá um sorriso malicioso, que faz Jung-kook ficar incrédulo. Não era possível que ela era tão maliciosa e perversa!

ㅤㅤ— Onde quer que eu a coloque, hum? — sim! Ela era!

ㅤㅤ"Inacreditável...", ele pensava, à respeito dela.

ㅤㅤ— Eu não costumo falar assim com garotas, mas cala a boca, pelo amor de Deus! — Coloca a mão na testa, em desaprovação.

ㅤㅤ— Aish, ok! Agora, conta a história desse olho aí! — diz, puxando a mão dele para um canto menos movimentado, a dois passos dali, perto dos armários.

ㅤㅤ— Por que eu te diria, garota? Eu nem te conheço! — Cruza os braços.

ㅤㅤ— Oh, é mesmo? — Sorri e coloca os braços atrás do corpo. — E quem te trouxe e ajudou a conhecer a escola mesmo? — Inclina o corpo pra frente.

ㅤㅤ— Eu e minha boa intuição! — Mostra a língua, deixando seu lado infantil à mostra.

ㅤㅤ— Meu Deus, você parece um bebê! — Aperta a bochecha dele, mas ele empurra sua mão novamente, fazendo-a rir, enquanto ele revira os olhos.

ㅤㅤ— Idiota! — Suspira, desviando o olhar.

ㅤㅤ— Estou esperando uma resposta... coelhinho... — diz, somente para o provocar.

ㅤㅤ— C-coelhinho?... — A olha, corando um pouco.

ㅤㅤ— Sim! — Ri. Por um momento, Jun-kook até cogiou achá-la fofa. Mas logo se lembrou que ela não passava de uma safada!

ㅤㅤ— Só quem pode me chamar assim é minha namorada, huh! — Volta a olhar pra outro lado.

ㅤㅤ— Ah, namorada? Isso é uma indireta por que quer namorar comigo? — se atreve a dizer, mas parecia que acabara de falar algo totalmente cabpivel.

ㅤㅤ— O-o quê?! Garota, você é louca?! — Arregala os olhos.

ㅤㅤ— Sou, por você! — Faz carinho debaixo do queixo dele, que se afasta, fazendo-a rir. Parecia que gostava de ser desprezada, não é possível!

ㅤㅤ— Garota, ninguém te falou o que rolou na sala? Pensei que a fucking escola toda já sabia! — diz, em tom mais alto.

ㅤㅤ— Sou de outro nível, coelhinho... — Molha os lábios.

ㅤㅤ— Okay, briguei com um idiota, é só isso! — Suspira.

ㅤㅤ— Só?! Passou pomada aí? — pergunta, parecendo realmente preocupada.

ㅤㅤ— Pomada? Não... — Apenas deu uma olhada e julgou estar de ótimo tamanho.

ㅤㅤ— E chama isso de cuidar?! — Arregala os olhos. — Garotinho descuidado... — Balança a cabeça, em reprovação, mas rindo, abrindo sua bolsa para pegar algo.

ㅤㅤ— O que está fazendo...? — Tomba a cabeça e Mina acha muito fofo.

ㅤㅤEntão, ela tira um algodão e uma pomada lá de dentro. Jung-kook continua em silêncio, enquanto ela passa a pomada no algodão e a guarda, deixando só o algodão "sujo" nas mãos. Ele se perguntava o que ela iria fazer com aquilo até que...

ㅤㅤ— Senta ali. — Aponta para um banco bem perto dos dois.

ㅤㅤ— Ou, ou, ou! O que vai fazer com isso?! — Coloca as mãos na frente do corpo, para que ela não ultrapassasse aquela "barreira".

ㅤㅤ— O que acha, gênio?! — ela... ficou hostil do nada?!

ㅤㅤ— E-eu...

ㅤㅤ— Só senta ali, vamos! — Aponta.

ㅤㅤ— Você vai... — acaba se rendendo e a obedecendo, com um pouco de receio.

ㅤㅤ— Cuidar de você, Jeon... — Se senta na frente dele, o obrigando a chegar para o canto.

ㅤㅤ— N-não precisa... — Suspira.

ㅤㅤ— Já que sua "namorada" não faz isso, eu faço! — diz, com um sorriso irônico no rosto, começando a passar pomada no rosto dele.

ㅤㅤ— Minha namorada mora em Seul! Besta... — murmura a última parte, mas parecia que nada escapava dos ouvidos afiados da morena.

ㅤㅤ— Não sou besta... E, se eu fosse "ela", eu viria correndo para ver como você estava... — diz, plantano uma sementinha do mal em sua cabeça. Aquela mulher mais parecia uma víbora!

ㅤㅤ— É, ela trabalha, nem todo mundo tem tempo como você, Myoi... E pare de falar como se ela não existisse! Idiota! — diz, dessa vez, para ela ouvir com clareza.

ㅤㅤ— Idiota é você! — Faz doer por querer.

ㅤㅤ— Ai! — Coloca a mão no rosto e se afasta. — Sua louca! — Franze o cenho.

ㅤㅤ— Deixa eu terminar e seja mais agradecido!

ㅤㅤEle suspira e acaba se rendendo. Ela termina e joga o algodão fora, numa lixeira ali perto. Jung-kook a observa, sem dizer nada.

ㅤㅤ— De nada! — Ela se levanta.

ㅤㅤJung-kook apenas desvia o olha e se levanta também.

ㅤㅤ— Não vai dizer nada? — Ela fica na frente dele, com um sorriso um tanto quanto suspeito.

ㅤㅤ— Ah... obrigada... — Coça a nuca, evitando os olhos negros dela para não acabar corando. Não é que ele gostava dela, muito pelo contrário, mas não tinha como negar que seu olhar era penetrante.

ㅤㅤ— Tem um jeito melhor de você agradecer... — ela diz e ele franze o cenho.

ㅤㅤ— Do que está falan- — ele é interrompido quando ela avança para cima dele, iniciando um beijo.

ㅤㅤEle a empurra, sem nem pensar em fazer isso com delicadeza. Quando ele a olha, incrédulo, ela não parece arrependida, apenas dá um sorriso de canto, com malícia.

ㅤㅤEla beija a mão e cola na boca dele, saindo de perto, logo em seguida. Ele fica um tempo tentando processar, e assim que percebe que aquilo foi outro beijo indireto, ele limpa a boca.

ㅤㅤ— Maluca... — sussurra, para si mesmo, indo para seu dormório.

ㅤㅤ...

ㅤㅤÀ noite, Pranpriya chega em casa e desabafa na sua cama, soltando um longo suspiro. Não demorou muito para receber uma chamada do namorado.

ㅤㅤEstava se sentindo horrorosa, pois estava suada do trabalho, mas, mesmo assim, atendeu, se virando de brussos.

ㅤㅤ— E aí, meu gato? — Ela sorri, mas seu sorriso some quando ela vê o olho dele e se lembra.

ㅤㅤ— E aí, minha gata? — Sorri. Ele mesmo, não se importava com isso...

ㅤㅤ— Tudo bom! E esse olho? Quer me explicar o que houve? — pergunta, mil vezes mais preocupada com ele do que ele.

ㅤㅤ— Briguei com um filho da puta da minha sala... — Suspira.

ㅤㅤ— Um filho da puta? — sem ver, faz um bico, questionando.

ㅤㅤ— Não faz essa cara, você é bem pior que eu, quando se trata de palavrão. — Ele ri.

ㅤㅤ— Não quis dizer isso... — Ela acaba rindo junto. — Idiota... — fala num tom "bobinho".

ㅤㅤ— Sou seu idiota, gata... — ele fala de uma maneira pejorativa, parecendo um "hétero top", como era chamado na Internet.

ㅤㅤ— Ai ai... — Ri. — Continua contando... — pede, assistindo seu sorriso sumir no assunto.

ㅤㅤ— Ah, é só um babaca que me provoca desde que eu entrei lá! — diz, fazendo pouco caso da situação.

ㅤㅤ— Aposto que é inveja! — diz, parecendo que já estava com a frase na ponta da língua, por tanta rapidez na resposta.

ㅤㅤ— Tá parecendo uma mãe quando o filho aparece brigando na escola. — ele brinca. — Não que eu saiba como é isso... — Olha para as unhas.

ㅤㅤ— Meu Deus, Jung-kook... — Ela ri. — Tô falando sério... — se segurando para não dizer "se você acha ele babaca, ele provavelmente é legal".

ㅤㅤ— Tá, mas já passou... o professor suspendeu ele e mandou eu voltar depois do almoço... Aquela hora, que te mandei mensagem...

ㅤㅤ— Ui, parece que o professor tem seus preferidos... — ela brinca.

ㅤㅤ— Você não é a primeira a me dizer isso... — ele ri, olhando para qualquer lugar abaixo da câmera do telefone, talvez, arrumando sua roupa.

ㅤㅤ— Ah, não? E quem foi o primeiro? — Ela arqueia uma sobrancelha.

ㅤㅤ— Uma menina da minha sala. Ah, e falando nisso, aquela menina me beijou hoje... — fala numa naturalidade que dava para querer matá-lo.

ㅤㅤ— Espera, acho que entontei... — a câmera treme e ele tenta não rir. — Você disse o quê?! — Arregala os olhos, gritando a última parte.

ㅤㅤ— Ela me beijou e eu empurrei ela, Manoban! — grita de volta. Um casal admirável.

ㅤㅤ— Eu... não sei o que dizer... — paraliza. Quando isso acontecia, geralmente, o garoto não contava, ela descobria e Jennie tomava controle da situação, terminando com ele e o bloqueando de todas as redes sociais.

ㅤㅤ— Amor... não fica brava... — Suspira, ficando sério.

ㅤㅤ— Não tô brava... Mas se você realmente gosta de mim, é melhor evitar essa garota, Jung-kook... — ela fala séria, com um pequeno receio de ser tóxica. Mas, em comparação com a ex melhor amiga, ela era um anjo.

ㅤㅤ— Eu já fujo dela igual o diabo foge da cruz! — ele diz, em tom mais alto, parecendo concordar com ela, mas sem muito o que fazer daquela situação.

ㅤㅤ— Aish... faça o que pode... — Suspira.

ㅤㅤAmbos caem do silêncio, enquanto Jung-kook parece um maníaco e Pranpriya olha para baixo. Ela começa a se arrumar na frente da câmera.

ㅤㅤ— Ai... eu tô horrível... — solta, sem nem perceber.

ㅤㅤ— Ca a boca, Manoban, você é perfeita! — diz, mais do que sério, enquanto ela ri.

ㅤㅤ— É aquela velha coisa, "eu não sou feia, você que me viu na escola"... — Ela repete e se vira pra cima, segurando o celular na frente do rosto e torcendo para ele não acabar esmagando mais um pedaço de seu crânio, como acontecia todo dia.

ㅤㅤ— Você nunca é feia, amor... — fala, todo gay.

ㅤㅤ— Seu gay! — Ela ri e arranca uma gargalhada dele.

ㅤㅤ— Ha-ha-ha! Engraçadinha! — diz, rindo. — Aliás, preciso te contar mais uma última bomba- — diz e ela já treme.

ㅤㅤ— Se isso for mais impactante que o beijo... — ela diz, com medo.

ㅤㅤ— Eu vou pra Seul amanhã... — ele diz e ela engasga com a própria saliva.

ㅤㅤEntão, ela finge desmaio.

ㅤㅤ— Tu pare com essas coisas, ninguém desmaia com a mão levantada, pegando o rosto de maneira totalmente fotogênica. — Ele cerra os olhos, sorrindo.

ㅤㅤPranpriya não aguenta e ri. Maldito riso frouxo! Ela se levanta e se ajeita.

ㅤㅤ— Sério, conta isso aí! — ela diz, rindo.

ㅤㅤ— Então, eu mandei uma mensagem pra minha mãe e ela disse que vai me buscar de carro e me levar pra aí, pra comprar uma guitarra nova.

ㅤㅤ— E... a gente vai poder se ver?... — pergunta, com um pouco de receio.

ㅤㅤ— Acredito que sim, eu já vou perder o dia de aula mesmo. — diz, abrindo um sorriso e vendo ela fazer o mesmo.

ㅤㅤ— Ah, não acredito! — Abre um sorriso grandão. — Eu vou tirar umas mil fotos contigo! — diz, toda empolgada.

ㅤㅤ— Tô fodido. — ele brinca. — De qualquer forma, com uma guitarra nova, vou superar o Yu-gyeom no primeiro segundo de aula. — ele diz, soltando um riso serelepe.

ㅤㅤ— "Yu-gyeom"? — ela repete, levantando uma sobrancelha.

ㅤㅤ— O babaca da minha sala... — diz, com uma cara nada agradável.

ㅤㅤ— Ih, cuidado com isso, hein? — Segura o riso.

ㅤㅤ— Como assim? — dessa, vez ele quem levanta uma sobrancelha.

ㅤㅤ— Ódio vira amor muito rápido! — ela diz, quase rindo, apenas para provocá-lo e ver sua carinha quando ela faala essas coisas.

ㅤㅤ— O quê?! Cê é louca, Pranpriya... — Desvia o olhar, sem rir.

ㅤㅤ— Hehehe. — Ela ri. — Mas, olha, a gente começou assim, viu? — Arqueia as sobrancelhas, dessa vez, nem dava para saber se estava brincando.

ㅤㅤ— Vou fingir que nem ouvi... — Suspira. — Opa, minha mãe tá me mandando mensagem... — diz, a abrindo, logo em seguida.

ㅤㅤ— Então, tá marcado pra amanhã? — ela escreve.

ㅤㅤ— Claro! Mas fala com meu professor pra mim? — pede.

ㅤㅤ— Falo sim, querido. Posso te buscar que horas?

ㅤㅤ— Pode ser às seis da manhã, que é uma hora antes da aula, tá?

ㅤㅤ— Caralho! Eu nem sei como é acordar seis horas da manhã mais, garoto. — ela diz e ele ri.

ㅤㅤ— Pra você lembrar como é um porre ser estudante. — ele brinca.

ㅤㅤ— Tá, tá, eu vou te buscar esse horário!

ㅤㅤ— Valeu! — então, ele sai do chat.

ㅤㅤ— O que ela disse?! — Jung-kook percebeu que ignorou umas quinze frases seguidas da garota dizendo isso.

ㅤㅤ— Ah, ela é legal... Vai me buscar às seis... — diz, sem muita animação.

ㅤㅤ— Que bom, amor! — Sorri. — Então, é melhor você dormir, certo?

ㅤㅤ— É, sim... — Suspira. — Tô louco pra te ver... — Sorri, revelando seu sorriso de coelhinho.

ㅤㅤ— Também tô quase enlouquecendo, coelhinho... — diz e ele sorri, ignorando o apelido para não acabar de Mina e fazer a garota surtar de novo.

ㅤㅤ— Quase? — ele zomba.

ㅤㅤ— Tu não consegue desligar sem me fazer te xingar, né?! — já putinha.

ㅤㅤ— É, tipo isso. — Ele ri. — Tipo minha assinatura, benzinho. — ele brinca.

ㅤㅤ— Aish! Boa noite, Jung-kook! — Cora de raiva e desliga.

ㅤㅤ— Boa noite pra você também, gatinha. — ele diz, após ela desligar, rindo de sua reação.

ㅤㅤEntão, Pranpriya deixa um riso bobo de canto escapar e abraça um ursinho dela. Então, ouve a campainha tocar.

ㅤㅤApós tocar algumas vezes, sua mãe finalmente atende. Ela fica atenta, por puri tédio e curiosidade, que a consumiriam uma hora ou outra, de qualquer forma.

ㅤㅤ— Matthew?! — a mãe dela diz, alto, fazendo-a dar um pulo e acabando por se sentar na cama.

ㅤㅤ— Não pode ser... — ela diz para si mesmo, querendo, mais do que tudo, aceitar o fato de que estava louca.

ㅤㅤEntão, ela desce da cama correndo, indo em direção a porta. Ela iria a abrir, mas lembrou que estava "feia", então, corre até o espelho, dá um ajeitadinha no cabelo e abre a porta, saindo dali.

ㅤㅤEla desce as escadas correndo, sem nem lembrar que, se Matthew tivesse ali, ele saberia que ela correu para vê-lo. E não deu outra! Lá estava ele, com aquela velha cara de idiota, com um buquê de flores nas mãos, o que faz Pranpriya se debruçar na escada, quase caindo corrimão abaixo, para vê-lo, sem chamar atenção. Bom... pelo menos, na sua cabeça, porque todos a olhavam, esperando ela dar o próximo passo.

ㅤㅤEla limpa a garganta, como se precisasse chamar a atenção de alguém ali. O olhar de ambos estava sobre ela, e a mãe tinha um sorriso extremamente suspeito nos lábios.

ㅤㅤ— Filha! — Ela corre até ela, dando os dois passos de distância que tinha entre as duas, e entrelaça o braço dela no de Pranpriya, se afastando para ele "não ouvir". — Mattheow veio te ver... — ela sussurra, mas claramente dava para ouvir que que ela dissera, ainda mais que não estava muito longe.

ㅤㅤ— E eu com isso?! — ela diz alto, torcendo para que ele ouvisse, olhando para trás, para ver se havia surgido o efeito que esperava. Sua mãe lhe dá um arranco de reprovação, puxando sua atenção para frente novamente.

ㅤㅤ— Que você vai falar com ele! — Olha pra ela, como se fosse óbvio.

ㅤㅤ— Eu?! — Arregala os olhos. — Tá louca?! — Faz uma pausa, gritando. — Surtou? Pirou? Bateu a cabecinha?

ㅤㅤ— Mme respeita que eu sou sua mãe! — diz e ela revira os olhos, como toda adolescente descolada tem a obrigação de fazer e blá blá blá... — Mãe, eu namoro!

ㅤㅤ— Não está fazendo nada demais e aquele garoto não te merece! — diz e Pranpriya quis colocar a mão na boca dela para fazê-la parar.

ㅤㅤ— Mãe! — Bate o pé no chão, mimadamente.

ㅤㅤ— Qual é, Pranpriya... — "Qual é?"?... — Só ouve o que ele tem pra falar, querida... — ela já estava apelando pra aquela maneira de falar cansada, que sempre acaba resultado, mesmo parecendo que estava cansando... só parecia mesmo.

ㅤㅤ— Argh! — Pisa novamente. — Tudo bem... — Suspira.

ㅤㅤ— Obrigada, obrigada! — Dá um sorriso gigante e deixa um beijo na bochecha da mesma.

ㅤㅤPranpriya revira os olhos pela reação interesseira da mãe e se separa dela, com um pouco de arranco. Então, a mulher vai para a cozinha, mas era óbvio para a filha que ela iria ouvir tudo do corredor.

ㅤㅤEla para na frente do garoto, com os braços cruzados.

ㅤㅤ— E então? — Arqueia as sobrancelhas.

ㅤㅤEle estava parado esse tempo todo, com o maldito buquê que, só de imaginar para que serviria, ela tinha vontade de esfregá-lo na cara linda e perfeita de idiota dele... melhor, focinho!

ㅤㅤ— Pra você! — todo esse tempo, não foi suficiente para ele pensar em algo melhor para dizer, pois parecia totalmente idiota e estático na frente garota, como se tivesse sido programado para isso. Mas não era de se julgar, as conversas de Pranpriya e sua mãe eram de deixar qualquer um estatelado... mas não podia se defender aquele crápula!

ㅤㅤPranpriya revira os olhos novamente e não as pega, continuando a olhá-lo com aquele olhar triturador, que, quando queria, intimidava qualquer um.

ㅤㅤ— Olha, eu sei que fui um babaca, mas tô me desculpando... — ele estranha. À essa altura do campeonato, já era para Pranpriya ter pego o buquê e estar com um sorriso de canto a canto, se não, abraça nele, como a cadelinha que era por esse imbecil.

ㅤㅤ— E a Da-hyun? — fala em tom irônico. Era óbvio que, não importa a desculpa mentirosa que aquele sem vergonha fosse arrumar de última hora, ela não cairia pela 135.336.245.234.234.224.232.123.344... vez naquele papo furado... não é Manoban?!

ㅤㅤ— Você não viu o feed? — ele estranha mais ainda. Como assim Pranpriya Manban não estava ligada a qualquer sinal de vida no Instagram?

ㅤㅤA expressão dela muda para de surpresa, mas continua na mesma posição. Qualquer sinal de baixar a guarda, era dar mole!

ㅤㅤ— Não... — diz, soltando um arfar baixinho.

ㅤㅤ— Eu e a Da-hyun terminamos... — ele diz.

ㅤㅤ— Você também chamou ela de "imatura"? — zomba, arqueando uma sobrancelha, tomando uma pose mais sarcástica, ainda com seu ego nas alturas, sem possibilidade de ninguém pisotear... bom, a não ser que ele estivesse com ainda mais forças nos seus argumentos de sacana.

ㅤㅤ— Sim, por que ela é! Uma vadia fútil! — diz, parecendo com raiva. Não fazia nem questão de esconder que ela provavelmente o traiu. Pranpriya se divertia com essa imagem em sua cabeça, mas, infelizmente, uma pontinha dentro de si sentindo pena, mesmo que o orgulho do mesmo não o deixasse perder a pose de estar sempre por cima e certo.

ㅤㅤ— É mesmo?! — ela faz uma cara de deboche.

ㅤㅤ— Sim, é mesmo. — Suspira, começando a se irritar com a situação, como se tivesse algum tipo de razão para isso.

ㅤㅤ— Eu namoro, Kim senhor convencido. — diz, falando de maneira pejorativa.

ㅤㅤ— Ah, namora? — Ele larga o buquê de flores num negócio do lado de fora e se aproxima. Pranpriya pôde sentir a provocação em sua respiração que se aproximava. — Eu não vi você mudando o status de relacionamento, gatinha... — a-aquele apelido...

ㅤㅤ— Estou muito preocupada com a vida real para me preocupar com status, Matthew, obrigada! — diz, desfazendo sua pose, antes que se entregasse, correndo para pegar a porta com uma certa urgência.

ㅤㅤ— Alguém está mudando sua essência, Manoban? — Ele segura a porta que corria em sua direção, sem dificuldade alguma, graças ao tempo que passava naquela academia... Ah... malditos músculos... — Achei que você jamais deixaria isso acontecer... "feminista", não?! — diz de maneira pejorativa.

ㅤㅤ— Vai se foder! — ela grita com toda sua força, como jamais havia feito... quer dizer, não naquela entonação.... O que foi, ela e Matthew haviam brigado muitas vezes!?

ㅤㅤEntão, ela bate a porta com tanta força que não era qualquer músculo ganhado numa mísera academia que seguraria aquilo... aliás, apenas uma pessoas com poderes de superforça... quiçá o Hulk!

ㅤㅤEla dá um grito, aquele velho surto pós Matt-briga, como ela e a ex-melhor amiga costumavam chamar... Argh, era de enlouquecer pensar que somente Jennie poderia dar um jeito no jeito que Matthew a deixava com ódio de tudo e todos...

ㅤㅤDe qualquer forma, não tinha volta, nem para Matthew e nem para Jennie! E isso era, sim, uma decisão!

ㅤㅤSua vontade era de se encostar sentada na porta e chorar a noite inteira? Sim, mas ela queria fingir que não havia doído aquela "visitinha" e não poderia chorar com sua mãe lhe espionando de uma maneira tão discreta...

ㅤㅤEla bate o pé na droga da porta e vai em direção à escada, já havia desistido de jantar como qualquer adolescente normal em fase de crescimento, como diria sua mãe, para se trancar no maldito quarto, que estava começando a enlouquecê-la, ficar quieta dentro de quatro patéticas paredes, sabendo que havia um turbilhão da porta para fora. Mas, nada era um conto de fadas ali, e sua mãe lhe interrompe de realizar seu tão desejado percurso.

ㅤㅤ— Você foi muito grossa... — Coloca o braço em sua frente, na altura de sua cintura.

ㅤㅤ— É mesmo?! — Suspira.

ㅤㅤ— Sim, é mesmo, mocinha... — Cruza os braços, mas Pranpriya sabia que estava presa ali, de qualquer forma. — Deveria se desculpar... — ela fala baixo, mas o absurdo soa como um tapa na cara da prateada.

ㅤㅤ— Oi?! — grita ao ponto de furar os tímpanos.

ㅤㅤ— Não grita! — Lhe dá um tapa fraco no braço. — Não foi essa a educação que eu te dei, Pranpriya! Você vai mandar uma mensagem para ele agora, se desculpando!

ㅤㅤ— Nem que me foda! — diz e sai correndo pela escada acima.

ㅤㅤ— Pranpriya! — dessa vez, ela quem grita. Mas, por sorte da mesma, não parecia que ia insistir mais naquilo.

ㅤㅤPranpriya corre quase que sem fôlego e tranca a porta do quarto. Não queria sonhar com mais "encheção de saco" naquela noite.

ㅤㅤ...

ㅤㅤEla se joga na cama, quase que programada para ligar o celular e mandar mensagem para sua terapeuta, vulgo, Park Roseanne.

ㅤㅤ— Rosé... terapia... agora! — digita, desesperadamente.

ㅤㅤ— Já tá com o sorvete aí? — Roseanne responde, já imaginando que se tratava de mais um dos dramas da vida da prateada.

ㅤㅤ— E nem posso! Não posso sonhar em sair desse quarto... — Se vira de bruços, se escondendo do frio debaixo das mil cobertas em sua cama, após apagar todo sinal de luz que não visse da tela radioativa de seu celular.

ㅤㅤ— Problemas com a mãe de novo?

ㅤㅤ— Você já sabe de cor, pelo meu humor, Rosé...

ㅤㅤ— Acho que tô ficando boa nisso... — Ela ri, mas isso não era bom sinal...

ㅤㅤ— É, mommy issues... — faz referência à uma música que havia viralizado no TikTok.

ㅤㅤ— O que houve dessa vez, meu amor? — como sempre, extremamente fofa e atenciosa, não importando o quão louca era a vida da garota.

ㅤㅤ— Na verdade, não foi minha mãe... Quer dizer, ela não foi todo mal da história... Foi meu ex...

ㅤㅤ— O falecido?! — fala com muita surpresa. Pranpriya se esquecera que o chamava assim, após tudo que aconteceu.

ㅤㅤ— Sim, ele mesmo, o capeta... — Suspira. — Acredita que até hoje eu sigo ele?! — sua cabeça ia longe quando estava com raiva de Matthew e pensava nele... — Vou resolver isso agora! — diz, saindo do chat.

ㅤㅤ— Espera! Me conta a história primeiro! — insiste.

ㅤㅤTarde demais! Pranpriya já estava se distraindo com o feed, buscando na memória o que estava fazendo ali, até se lembrar do propósito principal, abrindo o perfil do maldito Kim Matthew, ou leia-se "senhor novo solteirinho".

ㅤㅤE, voilà! Unfollow no babaca, e a sensação de alívio a invadia... Jung-kook nem sonhara com essa história e ela podia imaginar seu orgulho ao ver isso.

ㅤㅤDe qualquer forma, estava só cumprindo algo que deveria ter feito à anos luz. Então, ela volta para o chat com sua ruivinha favorita... bom, era assim que o contato estava salvo!

ㅤㅤ— Voltei, desculpa, Rosie... — pede, mas não estava arrependida de verdade... Há coisas que devem ser feitas antes que a coragem vá embora, é um lema dela.

ㅤㅤ— Não tem problema, mas não me deixa curiosa por mais tempo... — apesar de ser uma ótima ouvinte, Roseanne odiava ficar esperando para ouvir a história toda, com os maiores detalhes possíveis.

ㅤㅤQuando Pranpriya se preparava para digitar mais um pouco da bomba, recebe uma mensagem de Matthew. Mas será que todas as pessoas não aceitavam levar um unfollow e ficar quietas?!

ㅤㅤ— Rosé! Ele me mandou mensagem! Rosé! Socorro! O que eu faço-? Eu vou surtar! O que eu respondo?! — manda para a amiga, aos berros, internamente, pois sua mão a mataria, de qualquer forma.

ㅤㅤ— Gata, calma! Não esquece que ele é um babaca e você superou ele, ok?! — diz, como os tapas na cara que ela precisava ouvir para encarar aquilo de um modo melhor.

ㅤㅤ— É... eu sei... — Recupera a respiração, para respondê-lo.

ㅤㅤ— Primeiro, me conta a história, e eu te ajudo a respondê-lo, se quiser... — oferece, mas, coitada, não adianta.

ㅤㅤPranpriya deixa o chat, indo como uma cadelinha manipulável para a mensagem latejante de Matthew.

ㅤㅤ— Você realmente inflou seu ego, não é, Pranpriya?! Eu me humilho, — ele chamava aquilo de se humilhar?! — vou até sua maldita casa, falo mal da minha ex, que era bem melhor que você, — suas palavras... eram como facas... — e você me dá unfollow, agindo como uma vadia?! Pranpriya, eu não sei quem é aquele moreno babaca que você está namorando, mas aposto que ele não é tão "grande" como eu e só está te deixando mais maníaca do que você já era!

ㅤㅤPranpriya suspira, tentando não deixar aquilo entrar em seu coração e lembrar-se das palavras de Jennie... "Nunca... deixe... eles... te deixaemr por baixo!". E, o principal, "E muito menos falarem que seus pênis minúsculos são enxergáveis a olho nu!".

ㅤㅤ— É... Matthew, minha mãe disse que eu não deveria ter falado daquele jeito com você, que fui muito grossa, mas, aqui estou eu, dando os meus mais sinceros vai tomar no cu, seu doente, desgraçado! — parece que tirou um peso de um babaca musculoso enorme de suas costas. — E, ah, o dele é muito maior, kisses!

ㅤㅤEla sai do chat, enquanto ele digitava, fazendo algo que achou que só seria possível em outra vida, em outro signo... bloqueou Kim Matthew!

ㅤㅤMas não a tempo de não conseguir ler o "Vadia!" que ele mandara... Enfim, isso não importava mais! As opiniões babacas e machistas que Pranpriya odiava estavam definitivamente fora da vida de Pranpriya! Bom, pelo menos, fora da escola... Céus, com Jennie e ele lá, aquilo parecia um inferno na imaginação de Pranpriya... Claro, não dava para comparar sua ex melhor amiga com aquele chorume!

ㅤㅤBalança a cabeça daqueles pensamentos, ela volta para o chat com Roseanne... novamente...

ㅤㅤ— Desculpa, desculpa, tô aqui!

ㅤㅤ— Não se preocupe, gatinha... Falou com ele? — seu tom parecia que havia algum tipo de esperança em aquilo dar certo.

ㅤㅤ— Falei... — fala tão desanimadamente.

ㅤㅤ— E como foi? — como sempre, Roseanne e sua paciência invejável, que parecia que sugou tda de Jennie.

ㅤㅤ— Uma maravilha! Bloqueei ele definitivamente da minha vida! — diz, querendo se sentir por cima, mas ainda se sentia com raiva daquilo tudo.

ㅤㅤ— Jura?! Que bom, meu amor! Mas... isso quer dizer que vocês brincaram? — assertiva!

ㅤㅤ— Sim, Rosie... Quer dizer, não brigamos, ele falou uma meia-dúzia de merda, me chamou de louca e eu mandei ele tomar no cu e bloqueei... desculpa pelo palavrão. — não gostava de falar palavrão com a garota, que parecia um anjo.

ㅤㅤ— Não tem problema, Priya... Eu sinto muito por isso... — pareciam sem saber o que dizer.

ㅤㅤ— Não sinta, eu não sinto. — diz secamente.

ㅤㅤ— Tudo bem...

ㅤㅤ— Vamos lá falar de outra coisa! Ele não merece um print nosso... — diz e Rosé pode sentir a raiva do outro lado da tela. — Sabia que vou ver o Kook amanhã?! — diz, já recuperando sua animação.

ㅤㅤ— Mesmo?! Que novidade incrível, Pripri! — um apelido enterrado por elas, desde o começo da amizade.

ㅤㅤ— Faz tempo que cê não me chama assim, Rosie, tava com saudades... — Solta um sorriso bobo.

ㅤㅤ— Nha! — ela manda, seguido de um coração vermelho, que Pranpriya retribui logo de cara.

ㅤㅤ— Então, vou me encontrar com ele amanhã, quando ele vier comprar uma guitarra com a mãe dele... — diz, toda empolgada com a própria novidade.

ㅤㅤ— Meu casal... — responde, toda boba.

ㅤㅤ— Fica afiada que amanhã, provavelmente, vai ter várias fotitas!

ㅤㅤ— Já vou pensar nos comentários fofos, hehe.

ㅤㅤ— O problema é com a minha empresa... Se ele for lá, ele vai conhecer o Jong-in, ele vai ficar com ciúmes... — diz, lembrando-se do ridículo acidente com o irmão do mesmo.

ㅤㅤ— Jong-in? Você não me disse nada sobre isso, senhorita Manoban... — e Rosie era uma outra ciumenta, quando Pranpriya não lhe contava sobre as coisas em sua vida.

ㅤㅤ— É... como começar...? — Suspira, pensando.

ㅤㅤ— Não enrola! — estava falando igualzinho Jennie.

ㅤㅤ— Jennie?! Encarnou?! — quase que fazendo o sinal da cruz para espantá-la.

ㅤㅤ— Você tá enrolando...

ㅤㅤ— Eu?! Claro que não, Roseanne...

ㅤㅤ— É Rosé ou Rosie pra você e, se você não falar, eu vou chorar! — o tipo de ameaça que somente uma pessoa extremamente fofa usaria.

ㅤㅤ— Tudo bem, tudo bem... É um garoto muito gostoso, mas que, provavelmente, quebraria meu coração em um bilhão de pedaços, e, como você sabe, eu não tenho nem coração mais pra isso!

ㅤㅤ— Pranpriya, Pranpriya... Você namora, menina! — um verdadeiro "Toma juízo, garota!" materno.

ㅤㅤ— Eu sei, Rosé! — Balançando as perninhas, com um sorriso travesso no rosto, meio de nervosismo. — Só conheço ele e sei que fica com ciúmes de tudo... — inventando uma desculpa.

ㅤㅤ— E é atoa, Pripri? — Faz a mesma revirar os olhos.

ㅤㅤ— Aish, você tá igualzinha a Jennie, é melhor eu dormir! — Suspira.

ㅤㅤ— Sei, sei... De qualquer forma, boa noite, neném. — claro, era Rosé. Por que se fosse Jennie, ainda estaria falando de "macho", como elas costumavam brincar... mas isso não era uma boa memória... certo?!

ㅤㅤ— Boa noite, Rosie. — Já estava colando de volta um sorriso de volta no rosto, quando...

ㅤㅤ— E não esquece que eu tô de olho pelo Jung-kook! — até isso.

ㅤㅤ— Aish! — Pranpriya sai do chat.

ㅤㅤ— Também te amo! — onde diabos Roseanne aprendeu a ser debochada do dia pra noite?! Pranpriya pensava que deveria olhar o celular dela, quando a visse, para ver se ela não andava conversando com Jennie ou Jung-kook...

ㅤㅤDe qualquer forma, já estava na hora de ela dormir... Então, ela desliga o celular e se ajeita na cama para dormir.

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